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É apenas conjectura, mas...

Rui Gomes, em 02.12.13

 

Foi com imensa surpresa e, diga-se, desagrado, que se verificou que Fito Rinaudo foi relegado para a bancada no jogo com o Paços de Ferreira, sem qualquer boletim clínico a indicar impedimento seu por lesão, levando terceiros à conjectura que a sua exclusão deve-se a uma opção técnica pelo treinador ou, outra, pela SAD, por razões que neste momento ainda não são claras.

 

Para o agravamento deste estado das coisas - pelo menos pela minha óptica - assente no que já escrevi ontem no texto que dá cobertura ao jogo, Gerson Magrão não só voltou ao lote dos equipados como também foi chamado a entrar em jogo, quando Vítor se encontrava disponível. A perplexidade de tudo isto deve-se fundamentalmente ao facto de Magrão ainda não ter justificado a sua contratação, disposição sublinhada pelo facto de Leonardo Jardim o deixar fora dos convocados durante diversos jogos, e o pensamento geral de que a sua saída em Janeiro era mais do que provável.

 

Estas considerações - reforçadas por rumores recentes quanto a uma possível saída do médio argentino no mercado do Inverno - leva-me a conjecturar que a Sporting SAD, em mais uma medida para baixar a folha salarial, estará mesmo decida a desfazer-se de Rinaudo. O problema é que o clube que mais tem sido noticiado como estar interessado nele é o seu velho emblema Gimnasia La Plata, que não aparenta ter condições financeiras para o receber, seja por empréstimo ou a título definitivo. Recorde-se que 15 por cento dos seus direitos económicos são da pertença do Sporting Portugal Fund e 35 por cento do Quality Football Ireland Fund e há um contrato válido até 2015.

 

Desconheço o salário de Rinaudo mas é de admitir que seja mais elevado do que o dos atletas contratados este Verão, a exemplo de Mauricio, Jefferson, Slimani, Welder, etc.. Salvo surgirem novas aquisições de relevo e tendo em consideração o já muito curto plantel do Sporting, não vejo de bons olhos esta hipotética medida, até porque sou daqueles que ainda acredita na mais-valia de Rinaudo, não obstante a sua reduzida utilização esta época, muito pela sensacional ascensão de William Carvalho.

 

Não deixa de ser irónico que ainda não há muito tempo era impensável um onze do Sporting sem Fito Rinaudo.

 

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publicado às 17:30

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8 comentários

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De Bruno Giménez a 02.12.2013 às 18:32

A bem dizer, "ainda não há muito tempo era impensável um onze do Sporting sem Fito Rinaudo" também por não haver melhor opção. De resto, julgo que só mesmo com Domingos Paciência é que Fabián Rinaudo se evidenciou revelando-se, inclusivé, indiscutível a sua titularidade (quando saiu do XI, por infeliz lesão, foi quando começaram os problemas).

Não obstante, a (in)gratidão, em futebol, é como a lógica: uma batata!

Como o Rui, também eu nutro - e nutrirei, independentemente do que vier a acontecer, grande carinho e respeito por Fabián Rinaudo. Merece-o, como poucos o merecem, nos últimos anos. Como homem e profissional de futebol, está tudo dito.

Já como jogador, além das qualidades que tem (a garra, o voluntarismo, a condução que faz do próprio jogo, entre outras), terá defeitos que farão com que a escolha não recaia nele (a anarquia táctica, a falta de eficiência no passe, o relativamente mau jogo aéreo, ect) - independentemente da mais-valia óbvia do actual titular, William Carvalho.

Dito isto, não querendo aprofundar muito, julgo que a escolha no jogo de ontem que refere no post se deveu a uma particularidade que difere Vítor de Gérson Magrão: o brasileiro é mais propício ao jogo exterior, ao passo que o português joga mais por dentro. E atentando aos minutos que Gérson Magrão fez, penso que era precisamente o jogo exterior que Leonardo Jardim pretenderia (e conseguiu, com relativo sucesso).

Poderia agorar tentar inserir a discussão sobre a composição do trio do meio-campo, mas julgo que a questão não se põe, por ora, face à dinãmica que, regra geral, William Carvalho, Adrien Silva e André Martins transpõem para o campo. Ainda que o foco pudesse recair sobre a titularidade ou não de André Martins (que ontem até fez questão de fazer uma das melhores exibições que lhe vi), além de que as características de Fábian Rinaudo sejam completamente distintas. Inclusivé, já vi discussões sobre a subida de William Carvalho para "8", inserindo Eric Dier a "6", opinião que, apesar de ter a sua lógica, discordo, pela menor criatividade que um meio-campo de tal ordem emprestaria.

O âmbito político-desportivo que pretende explanar, quanto a mim, não faz qualquer sentido. Quando muito, poder-se-á discutir se os honorários do argentino poderão ou não ser coincidentes com o grau de influência que tem na equipa e, ainda assim - falando em deconhecimento de causa, não me parece que Fabián Rinaudo ganhe tanto assim para que algo dessa ordem ocorra. É verdade também que Leonardo Jardim tem deixado Gérson Magrão de fora das fichas de jogo, recorrentemente. Porém, é igualmente verdade que o tem convocado, apesar disso, para uma fracção considerável dos jogos disputados até agora. Conjecturas nunca serão mais que mera especulação, com a relativa importância que se lhe possa dar....
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De Rui Gomes a 02.12.2013 às 18:47

Tem razão quanto a conjecturas, reconheço essa disposição das minhas e... também das suas.

Este post visa única e simplesmente despertar conversas de bola, mas consigo parece que vai sempre mais além, com a inevitável sensação - certa ou errada - de recados encomendados, recorrendo a uso liberal do termo.

A conclusão parece ser quase sempre a mesma: as mais-valias dos recém-chegados são invariavelmente reconhecidas, os que já lá estavam. de valor duvidoso. Sinto alguma dificuldade em compreender isto. Além do mais, não devemos perder de vista que não obstante a nossa satisfação pelos resultados, esta equipa - especialmente ao que concerne qualidade individual - oferece algumas dúvidas evidentes.
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De Bruno Giménez a 02.12.2013 às 18:54

Prezo em constatar que, de 6 parágrafos que escrevi a falar de futebol, vossa excelência se tenha focado precisamente no 7º parágrafo, que deixei para último propositadamente, por achar assunto de somenos. Talvez o Sr Rui ache isso mais importante...

Convido-o, ainda assim, a reler o que escrevi. Talvez uma segunda leitura lhe seja mais elucidativa do que escrevi, de facto, e não do que o Sr Rui retira das minhas palavras.
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De Rui Gomes a 02.12.2013 às 19:12

Abordei os outros parágrafos por outras palavras e de forma abreviada. Faz uma análise técnica sobre Magrão que no contexto real do jogo de ontem, não aquece nem arrefece. Ainda não vi nada dele que justifique a sua permanência do Sporting.

Além disso, como já citei, como explicar que LJ não conta com ele em uma série de jogos e, de repente, já é uma opção lógica. em detrimento de Vítor, neste caso, que se foi contratado e já tem provas dadas no futebol português, me parece que merecia mais oportunidades para se poder integrar no futebol do Sporting.

Sobretudo, e à parte do jogo de ontem, quem o Sporting mais precisa é de quem jogue mais por dentro e não no exterior.
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De Bruno Giménez a 02.12.2013 às 19:27

Primeiro, quando fala da opção específica num jogo específico e depois diz que "Faz uma análise técnica sobre Magrão que no contexto real do jogo de ontem, não aquece nem arrefece", então o Sr Rui apresenta-se. O que eu tentei pôr em perspectiva era precisamente o que o treinador pretenderia do jogo da equipa a partir do momento em que fez entrar o jogador em questão e, desse ponto de vista, parece-me que conseguiu inserir na equipa aquilo que pretendia. Tão só. Se vê nisto qualquer recado encomendado, ou o que mais lhe queira chamar, o defeito é seu...

Se quiser falar em termos gerais é outro assunto. Digo-lhe, aliás, que faço tão boa apreciação de Gérson Magrão quanto o Sr..

Bem, você acha, portanto, que estamos bem servidos de alas/extremos? Eu acho precisamente o contrário. Diego Capel, André Carrillo e Wilson Eduardo é muito curto, quer qualitativa quer quantitativamente (apesar de se poder falar, a espaços, de Carlos Mané também).
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De Rui Gomes a 02.12.2013 às 20:28

Bem... agora com um pouco mais de disponibilidade.

~Eu chamo ao Adrien um "todo-terreno " embora a sua maior esfera de acção seja no corredor central . Magrão entrou para o seu lugar aos 68' com o Sporting a vencer por 2-0 e em controlo do jogo. Quatro minutos mais tarde passou a vencer por 3-0 e a jogar contra 10.

Não compreendo, portanto, porque é que LJ desejaria mais jogo pelo "exterior" e, daí, a opção por Magrão .

Não sei se estamos bem servidos de extremos, nem sequer mencionei isso. Temos o que temos e será difícil contratar melhores neste momento, salvo algum achado ou a inesperada ascensão de um dos jovens da B.

Mas, fundamentalmente, por não considerar Magrão relevante para este Sporting, nunca lhe daria preferência sobre Rinaudo , não obstante as características mais defensivas do argentino . Outro facto que merece consideração é que temos vindo a jogar com 12/13 jogadores e muito embora não haja a Europa para nos preocupar, acho o leque de escolhas muito limitado, daí também o valor acrescido de Rinaudo .

Reconheço que enquanto o William se mantiver na sua actual forma, vai jogar sempre e dará poucas hipóteses a Rinaudo , mas é sempre prudente ter alternativas viáveis.

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De Anónimo a 02.12.2013 às 20:56

O Sporting fora da Europa é outra sorte grande desta direcção e fizeram bem por isso.
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De MaxMartins a 02.12.2013 às 21:46

Pode explicar porque acha que esta direcção fez tudo para ficar de fora da Europa...?Deve ser um lapso meu...mas não vislumbro o que é que a direcção fez para isso...

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