De Anónimo a 03.12.2013 às 15:20
A fraca adesão à game box no início de época tem muito mais a ver com a fé que muitos adeptos põe neste presidente e nesta direcção que na equipa de futebol ou o treinador. Afinal quantos sócios elegeram esta direcção? Agora é respeitar essa vontade e no fim o verdadeiro problema está lá na mesma. Ainda agora nas contas do 1º trimestre o que se evidencia são as vendas dos 2 putos. Continuar a vender, a baixar a despesa e as expectativas num clube da dimensão do Sporting tem o mesmo resultado prático que a economia portuguesa já evidencia, excepção feita a qualquer conjuntura como a que se vive e mesmo assim só para quem não se lembra que ainda há pouco tempo também dobramos o 1/3 do campeonato com alguns papagaios a falar do título.
"O" problema do Sporting, que já vinha de trás e só se evidenciou ainda mais neste modelo de futebol são mesmo as receitas, muito mais que os resultados desportivos. Muito inferior, por exemplo, que no Porto, um clube que diga-se o que se disser é muito mais pequeno e claro que não levo em linha de conta receitas extraordinárias provenientes das vendas. E de qualquer forma onde é que param esses milhões? Longe de mim estar a defender para o Sporting o mesmo modelo de gestão desportiva dos principais rivais. O Sporting foi campeão e nem por isso as receitas cresceram por aí além. De lá para cá já atingimos há muito o ponto de não retorno, o Sporting não volta à ribalta do futebol português sem um esforço financeiro que o clube só por si nunca vai conseguir realizar e sistemas à parte. E quem pensa o contrário não conhece a realidade financeira da SAD. E mesmo com dinheiro o trabalho que há para fazer não se faz numa época ou duas.
Genericamente não discordo , meu caro. O meu ponto, em contexto, além do cenário complexo que descreveu, é que o adepto necessita de sentir o entusiasmo por ir ver este ou aquele atleta "especial", do género que motiva massas.
A exemplo - talvez extremo, reconheço - não sou adepto do Real Madrid, mas sempre que possível assisto aos seus jogos somente para ver Cristiano Ronaldo em acção.
Lembro-me do tempo de Pele, Beckenbauer , Cruyff e outros que me levavam a estádios, até no estrangeiro, só para os ver jogar.
Isto não minimiza as suas considerações, mas não deixa de ser um factor.
De Anónimo a 03.12.2013 às 16:06
Sem dúvida que é um factor e também se verificou nas últimas duas vezes que fomos campeões e até com uma equipa muito mais barata que outra. Inclusive na 1ª época de Godinho Lopes.
Para ser inteiramente justo e sem quaisquer dados, calculo que mais tarde ou mais cedo a descrença dos sportinguistas no "sistema" também tinha que se fazer sentir. Por mais que gostemos de ir à bola também gostamos de ganhar. Não há nada mais parecido com a equipa do Sporting, com um leque de jogadores que o clube só por si, mais uma vez, não volta a ter de certeza, quando as coisas começaram a correr mal no último mandato e em que só metade da equipa é que corria que o Porto do último fim de semana. A nós até à Champions nos tinham impedido de ir e muito claramente já com Sá Pinto. O Porto só perdeu porque quis, porque um árbitro que até é da AFL ainda arranjou um penalty no fim.
Esta é uma época para todos os sportinguistas desfrutarem ao máximo do futebol da equipa e não se preocuparem com mais nada. É o que dá andar a eleger direcções do contra. Ainda vai aparecer aqui um boletim oficial qualquer a dizer que tiveram votos como nunca. Bem os podem chamar todos agora e ainda pôr uma mordaça na boca do presidente, que no fim ainda são poucos.
De Alvaro a 03.12.2013 às 18:40
Eu sei que aquilo que o caro anónimo realmente procura é que lhe deem atenção, mas...
"A fraca adesão à game box no início de época tem muito mais a ver com a fé que muitos adeptos põe neste presidente e nesta direcção que na equipa de futebol ou o treinador. Afinal quantos sócios elegeram esta direcção?"
Isto é para rir ?
Esta direcção, além de ter sido eleita por maioria dos sócios que votaram nas eleições (cerca de 59% dos sócios que votaram, fizeram-no nesta direcção), tem o presidente mais popular dos últimos 18 anos entre adeptos e sócios.
Um dos próprios defensores do "status quo" que vigorava em Alvalade, de nome Rui Oliveira e Costa, afirmou mesmo isso ontem à noite no "O Dia Seguinte", quando disse que se houvessem eleições agora, esta direcção ganharia por mais de 90% e que ele próprio votaria nela.
Você deve ir mesmo muito poucas vezes a Alvalade e não deve conviver com muitos Sportinguistas, seja em algum café ou Núcleos, ou então vive em algum Universo Paralelo.
Existem muitos factores para as vendas da Gamebox serem aquilo que são:
->Preços - Dificuldades financeiras dos portugueses.
->Desastrosa época passada - Poucas perspectivas de sucesso desta época quando se iniciaram as vendas da Gamebox.
->Anos e anos de desprestígio da marca Sporting e afastamento de sócios e adeptos.
Tudo leva o seu tempo. E não foi por acaso que desde a eleição desta direcção já tivemos uma subida do número de sócios.
O problema é que comprar uma Gamebox já não é para o bolso de todos.
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Dito tudo isto. Você só pode andar aqui a querer gozar com os outros, não vejo outra hipótese.
De Anónimo a 04.12.2013 às 14:16
A época passada desastrada também ainda tem responsabilidades na game box esta época? Depois do golpe de estado operado que devolveu finalmente o Sporting só a alguns sportinguistas? E ainda por cima têm os bolsos pequenos? Se calhar a mensagem do golpe não passou totalmente. E a época passada desastrada também é culpada pelas bojardas semanais do presidente?
Percentagens quando está em causa a capacidade de mobilização depois da tal época passada desastrada não dizem nada. Também verificou por exemplo outro candidato com 40%. Vou esperar que o caro tenha conseguido interpretar melhor esta segunda percentagem. Ainda há pouco tempo tivemos um presidente que foi sufragado com 90% e sem os números absolutos mais uma vez não são possíveis grandes conclusões. Mas segundo o caro menos popular entre os sócios nos últimos 18 anos. Assim à primeira observação e levando em linha de conta o que também já foi referido ou 90% passou a ser menos que 59% ou o caro esqueceu-se. E ao fim de 100 dias começaram as avaliações e o julgamento. Agradeça, isto sim à desastrada época passada, muitos desses juízes estarem hoje mais calados e se calhar alguns até com o rabinho entre as pernas, depois de tantas críticas ainda conseguiram ficar ligados a um registo pior. Sobretudo à mania da estabilidade, que não deixava de ser urgente e sempre fundamental em qualquer actividade, do presidente em chamar gente de todos os lados e com todos os feitios.
Obrigado pela atenção e quem não sabe nada do Sporting aconselhava também a não valorizar muito as opiniões de quem tende a estar sempre com o status quo, até segundo o caro. Eu por exemplo tenho outra opinião, se calhar porque gosto mais de pensar no que é certo do que no status quo.
De Alvaro a 04.12.2013 às 17:44
Caro anónimo,
em resposta à sua primeira pergunta... obviamente que sim. Depois de ficarmos em 7º lugar, tendo um futebol deprimente na maior parte da época, é óbvio que a maioria das pessoas nunca sequer imaginou que seria possível lutar pelos primeiros lugares na época seguinte. E é assim que a época anterior também tem responsabilidades na fraca venda de Gamebox's deste ano. Parece-me algo totalmente lógico, que nem sequer merece discussão.
Porque aquando do período em que se dá o maior registo de vendas da Gamebox (antes da época começar até aos primeiros 2 ou 3 jogos), os Sportinguistas ainda não tinham consciência do que esta equipa seria capaz e tínhamos bem fresco na memória a tristeza da época passada.
Golpe de estado ?
Não vamos falar de golpes, caro anónimo, porque se for para falar de golpes, temos muito que falar acerca das eleições de 2011. Mesmo muito...
Até porque ainda hoje não foi possível saber sequer qual o número de sócios que votou nessas eleições, já que esse número não foi colocado em acta da Assembleia Eleitoral, talvez por vergonha de terem que "inventar" um número, já que matematicamente não era possível calcular um, por várias discrepâncias que são possíveis de analisar fazendo cálculos simples com o resultados eleitorais de cada mesa e para cada órgão social.
E tanto no site do Sporting como noutros órgãos, o senhor Lino de Castro (ex-PMAG) teve que fornecer o número de sócios votantes no Conselho Directivo, como o número total de sócios votantes, porque não conseguiu apurar o número de sócios votantes nas eleições.
Veja bem... nem sequer uma coisa tão "primária" como o número de sócios votantes foi possível apurar para o registar em acta... na Acta da Assembleia Eleitoral de 2011.
Então quer dizer que para si, a época passada não conta para a fraca venda de Gamebox's deste ano, mas já conta para a mobilização dos sócios nas eleições ?
Boa piada...
As eleições deste ano (2013) foram "só" as segundas eleições mais concorridas de sempre da história do Sporting Clube de Portugal! Com o total de 16.055 sócios votantes.
Ficando apenas atrás das eleições de 1988 (17.093 sócios votantes), numa altura em que o Sporting tinha também mais sócios capacitados a votar.
E é fácil perceber porque assim foi. Os sócios sentiram a extrema importância destas eleições e também que era fundamental cortar com o passado, e assim o fizeram.
De Anónimo a 05.12.2013 às 11:37
O caro é que veio para aqui com política, percentagens e popularidades. Quando a única coisa que as percentagens dizem é que o clube não podia estar mais dividido ou ainda queria mais que ao meio? De lá para cá, popular é o treinador. Mas ainda bem que já chegaram os números absolutos - que nunca passam de uma amostragem - para ver se todos percebem de uma vez por todas que os sócios dos clubes desportivos e não é exclusividade nenhuma do Sporting, não misturam politica com futebol ou desporto e ainda bem. A parte que querem é ganhar e/ou ver o clube bem gerido, nesta altura até vou passar por cima, de propósito.
E infelizmente foi mesmo num caso político que conseguiram transformar o Sporting, ainda mais nos últimos dois anos. E também não sou eu que digo que o futebol consegue passar ao lado da política e acha que o "sistema" só diz respeito aos árbitros. Eu até acho que não há nenhuma actividade em Portugal mais complicada e os políticos não gravitam também à volta dos clubes por acaso. Ainda no outro dia falamos aqui que o Braga, só para citar um exemplo, ainda deve mais ao Mesquita Machado que ao Salvador. E é ver as outras transferências entre o poder local e até central e os clubes. Outra área onde o Sporting tem um défice monstruoso para os principais rivais, que muito contribuiu e continua a contribuir para a distância actual. E também aqui cabe às direcções impedir as descriminações e fazer muito mais através da capacidade ou não de influir, que nesta administração há a rodos, pena não ser verde. No Sporting quando também tivemos essa capacidade, chamem-lhe informação privilegiada ou outra coisa qualquer e esteve em cima da mesa a possibilidade de uma assentada pagar estádio e academia, foi uma quintinha no interior do Sporting que se interpôs. Nem aqui precisamos de adversários. Precisamos é de mudar muitas vezes e quantas mais melhor. Eles agradecem.
Meu caro, de acordo com a notificação publicada ontem, agradeço que recorra ao uso do seu nome ou um "nick" da sua preferência, para evitar a moderação.
Cumprimentos
De L a 05.12.2013 às 12:50
Com certeza, o esquecimento ficou-se a dever a estar absorvido a pensar na última contratação cirúrgica, mais um que vem ensinar o Betinho a jogar à bola. E para as broas vamos ter que esperar mais 3 meses para ver a rubrica da prospecção.
Obrigado caro "L".

Quanto à contratação, era bom de facto que fosse ou venha ser uma "joia" escondida, mas no curto prazo tudo indica que nada oferece.
De Anónimo a 04.12.2013 às 15:07
Este tema foi desencadeado por um post do caro City Lion. Onde para ser franco fiz o meu 1º comentário sem a consciência do autor. E sem a consciência, porque não obstante concordarmos de certeza em muito do que deve ser sempre o “pensar” Sporting, também já discordei e em absoluto com um certo tipo de discurso que também é inclusive responsável pela chegada de uma direcção, com as características da actual à liderança do Sporting. Com mais tempo, essa sim uma discussão que interessa esgrimir pelo Sporting. O futebol não é uma actividade regulamentada normal porque também depende sempre de um jogo, que ainda por cima sabemos todos viciado à priori em Portugal – não é por acaso que esta época já todos devem ter percebido que voltamos a estar encostados ao Benfica. Quem lidera nunca pode estar constantemente a ser julgado por erros como o treinador ou os jogadores. O mais importante sobre quem lidera é se tem ou não capacidade para trazer até ao clube tudo o que o clube mais precisa e a par das decisões mais importantes como a escolha da equipa directiva, o resto vai depender sempre muito mais de quem o rodeia, até porque essa história de um presidente que decide tudo não existe, nem nunca existiu em clube nenhum. E também há limites para tudo e a economia portuguesa não tem capacidade sequer para dois clubes verdadeiramente com expressão europeia e no patamar actual dos orçamentos dos nossos dois principais rivais, quanto mais três.
A controvérsia à volta do tema do post, receitas versus resultados desportivos, por onde passa muito da gestão de uma SAD ou de um clube, em muitas fases como a história do ovo e da galinha, é perfeitamente normal. No Sporting já devíamos ter aprendido todos que mesmo ser campeão não é garantia sequer de mais receitas ou melhores resultados financeiros per si mas sem resultados desportivos é que também não é possível nada. O caro Rui Gomes até já explicou muito bem como é que surgiu toda a novela à volta de sermos ou não candidatos esta época. Por mais que olhemos para o plantel actual e pensemos o quanto dava jeito um par de pantufas só no plano desportivo, até isso chega a uma altura e deixa de ser praticável, sobretudo e outra vez num clube da dimensão do Sporting.
Por último e só para o caro City Lion, que pensa nas receitas como a direcção anterior também pensou e muito bem ambos, independentemente do que vieram depois a ser os resultados no Sporting. Apesar de muito crítico e até de uma brincadeira que com todo o respeito só posso considerar de muito mau gosto - a história dos gémeos? Muito provavelmente a melhor decisão de Godinho Lopes foi a chamada do professor Jesualdo Ferreira, já na 2ª época e segundo sabemos todos porque até foi tornado público, dessa vez bastou o conselho de Aurélio Pereira. Qualquer actividade para ser bem sucedida, mais do que juros baixos, precisa é de boas decisões e para isso precisa acima de tudo das pessoas certas nos lugares certos. E este é que é desde há muito o principal handicap da gestão desportiva no Sporting e que depois também não permite melhores resultados financeiros. E o know-how necessário nunca abunda em clube nenhum, o que obriga sempre e ainda a mais critério.
Ainda alguém se lembra, por exemplo, quem é apresentou e já há quanto tempo o José Couceiro aos sportinguistas? E pergunto isto porque de uma forma absolutamente inacreditável ainda se continua a imputar os maus resultados a alguém que para além de ter apontado o futuro que ainda hoje se discute, ao dotar a formação de condições invejáveis, também deixou o clube há mais de um década e já na altura pelo primeiro devaneio de Luís Duque, "entusiasmado" com o primeiro título, também a ver com custos e receitas.