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Outra vez Platini !

Rui Gomes, em 05.12.13

 

 

A exemplo de um outro personagem nosso conhecido mais perto de "casa", Platini procura o protagonismo dos espaços noticiosos quase diariamente. Mas esta disposição não incomoda tanto como as suas recorrentes tentativas a modificar o futebol, a exemplo desta sua mais recente consideração de que "cartões amarelos" como punição disciplinar devem ser substituídos pelo afastamento do jogador infractor do jogo por um período de 10 ou 15 minutos.

 

«Eu mudaria o sistema de advertências, os cartões. O meu sistema seria mais como no râguebi, em que um jogador admoestado fica 10 ou 15 minutos fora do jogo. Dessa forma, o benefício é da equipa opositora, no mesmo jogo, em vez de uma sanção que transita para o jogo contra uma terceira equipa, a próxima no calendário. Isto é apenas uma uma ideia, agora precisa de amadurecer para vermos se pode realmente ser bom para o jogo. É uma proposta a ser explorada.»

 

Acho a ideia ridícula, porque com alguns árbitros a distribuírem cartões amarelos à dúzia, literalmente, o jogo de futebol de 11 conta 11 desapareceria por completo. Se o objectivo é reduzir as faltas e fazer sentir o "peso" das sanções, seria mais construtivo reduzir o número de cartões amarelos acumulados com direito a suspensão por um jogo, de cinco para três - isto no que refere a campeonatos domésticos -, a segunda ocorrência do género a ser punível com dois jogos e assim sucessivamente. Ou, se desejarmos, considerar impor o mínimo de dois jogos de suspensão a quem for expulso por acumulação de amarelos no mesmo jogo. Claro, optando por esta via, a suspensão por cartão vermelho directo também teria que ser aumentada.

 

Em análise final, qualquer medida inovadora no futebol não deve ter um impacto directo no jogo em si, ou seja, na forma como o futebol é jogado. Pela mesma razão, não sou a favor do uso de meios electrónicos para avaliar determinados lances, salvo, talvez, o da linha de golo.

 

publicado às 12:49

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38 comentários

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De Mike Portugal a 05.12.2013 às 16:15

Boa contra-resposta, Rui. Tirar influência do árbitro também é uma boa medida e para isso, claro que o meu "cartão azul" seria pior.

Em relação ao tempo útil de jogo, também defendo há muito que os jogos só deveriam ter 35m em cada parte, mas que o cronómetro parasse a cada falta/reposição em jogo. Digo 35m porque isso representa um pouco mais do que 75% de tempo útil, que hoje em dia é muito raro um jogo ter. Portanto acho que seria justa a diminuição do tempo.

Para diminuir ainda mais a influência do árbitro seria necessário implementar tecnologias para lhe tirar o poder de decisão nas regras de avaliação objetivas, ou seja, naquelas em que não implica nenhum tipo de subjetividade, tais como, a bola passou ou não a linha (qualquer das 4 linhas do campo), o jogador está fora-de-jogo ou não, etc...
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De Rui Gomes a 05.12.2013 às 17:26

Tecnologia para a linha de golo é viável, tudo o resto não. Como o for a de jogo, então, é totalmente impossivel. Vamos parar o jogo sempre que há um lance duvidoso ?

Se o Mike pensa que adicionar o cartão Azul aos dois já existentes não é aumentar a influência do árbitro, não sei que mais lhe dizer.

O maior problema com o jogo e a arbitragem não são os casos da linha de golo, ou se a bola atravessou ou não as quarto linhas do campo, mas sim todos os lances subjectivos à competência, visão, interpretação do juiz. E nesses, a tecnologia não pode ajudar salvo transformer o jogo completamente.

Ou sera que preferimos ver o futebol como a NHL, NBA, NFL, etc. em que o jogo é parado de cinco em cinco minutos ?
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De Mike Portugal a 06.12.2013 às 08:31

"Como o for a de jogo, então, é totalmente impossivel. Vamos parar o jogo sempre que há um lance duvidoso ?"

Claro que não. A tecnologia terá que ser robusta o suficiente para avisar de imediato o árbitro se é fora-de-jogo ou não, caso contrário não vale a pena aplicá-la. O tempo de resposta da tecnologia não poderá ser superior a 2 ou 3 segundos.

Concordo que os maiores problemas são os lances subjetivos. A questão é: se conseguirmos eliminar os erros dos lances objetivos, já é mais um passo que aproxima o jogo da verdade desportiva.
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De Rui Gomes a 06.12.2013 às 11:59

Há uma comissão da FIFA liderada por Franz Beckenbauer que andan já há cerca de um ano a estudar propostas para a alteração de algumas regras, com foco na do fora de jogo. Veremos o que eles eventualmente sugirão.

Na altura nós rimos dos norte-americanos, mas a melhor alteração à lei do fora de jogo foi implementada por eles na antiga NASL. Com a nova Liga - MSL - pela pressão da FIFA, não conseguiram implementá-la: uma linha azul a dois terços do terreno em cada meio campo. Reduz imenso o espaço que o auxiliar tem de se preocupar com o fora de jogo resultando na redução do erro e até abre mais o jogo.
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De Rui Gomes a 05.12.2013 às 17:35

Caro Mike, acabei por não compreender se o seu primeiro parágrafo é dito em ironia ou não.
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De Mike Portugal a 06.12.2013 às 08:28

Às vezes penso que acabei de chegar a este blog, Rui.
Já me devias conhecer o suficiente para saber que eu não escrevo nada em ironia.
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De Rui Gomes a 06.12.2013 às 11:53

Lida-se com tantos comentários que por vezes é difícil separar o joio do trigo.

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