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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Raro é o dia em que não conste um qualquer rumor sobre o alegado interesse de clubes da Itália e da Inglaterra - Manchester City, Tottenham, Lazio, só para nomear três - em Ricky van Wolfswinkel. O mais recente - Dezembro 2012 - tem como origem o jornal «La Nationale», de Florença, Itália, que garante que a Fiorentina prepara-se para tentar adquirir o jogador no mercado de janeiro. Segundo a notícia, os italianos acreditam que a difícil situação financeira do Sporting e as boas relações entre os dois clubes, viabilizarão a transferência.
O jovem avançado holandês veio para o Sporting no verão de 2011 por 5,075 milhões de euros, assinou um contrato válido até 30 de junho de 2016 e ficou com uma cláusula de rescisão de 22 milhões de euros, a qual, obrigatoriamente, só pode ser accionada durante o mês de junho. Em Novembro de 2011, o Sporting vendeu 50 por cento dos direitos económicos ao fundo «Quality Football Ireland Limited», por 2,537 milhões. No fim da época de 2011/12 constou que o salário do jogador iria ser melhorado significativamente, a fim de permitir o aumento da cláusula de rescisão para cerca de 30 milhões de euros. Não é claro se este aumento chegou a ser acordado entre as partes.
Caso se concretize o interesse da Fiorentina, tudo aparenta indicar que o Sporting não será obrigado a vender, mesmo que os valores satisfaçam o montante da cláusula, quer seja 22 ou 30 milhões de euros. A intriga reside com a necessidade do Sporting em vender, pelas suas conhecidas dificuldades financeiras. Desportivamente não faz o mínimo de sentido, já que Ricky é o único goleador do actual plantel e ainda com enorme margem de progressão. A lógica, onde lógica existe na indústria futebol, indica que o Sporting não tem interesse algum em vender o jogador e só se sentirá obrigado a repensar a situação se a oferta do emblema italiano, ou de outro, for irresistível. Apesar das circunstâncias, a Fiorentina vai ter uma surpresa, se está de facto a contar com uma venda a saldo, logicamente falando, claro.
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