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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Bem... não era a liderança que se esperava e desejava - 33 pontos, em igualdade com o 2.º FC Porto e o 3.º Benfica, salvo pela diferença de golos: 33-9 a favorecer o Sporting, 29-9 o registo do clube do Dragão e 27-12 para os "encarnados", e todos com 10 vitórias, 3 empates e 1 derrota - mas o pouco agradável nulo em Alvalade, perante o Nacional, precipitou precisamente isso.
O Sporting apresentou a sua já conhecida organização de jogo mas, a verdade se diga, inspiração ofensiva quase inexistente ao longo dos 90+5 minutos da partida. Com os madeirenses a jogar em bloco baixo, limitando-se a jogadas de transacção invariavelmente assentes em rasgos individuais, a notória falta de criatividade leonina pelo meio do terreno evidenciou-se novamente. Desconheço os remates à baliza, mas devem ter sido muito poucos, pelo menos os certeiros, não obstante 59 por cento posse de bola.
Leonardo Jardim apostou no mesmo onze que jogou contra o Belenenses e acabou por recorrer a três substituições: Slimani por André Martins a iniciar a segunda parte, Wilson Eduardo a render André Carrillo aos 67' e Diego Capel a dar lugar a Carlos Mané aos 83 minutos. Sinto alguma dificuldade em compreender a não entrada de um outro médio no lugar de André Martins. A opção por Slimani para a frente do ataque foi certíssima, mas com menos um médio e com Fredy Montero a ser obrigado a jogar mais recuado, o meio campo ficou algo descurado e as exigências aos incansáveis William Carvalho e Adrien Silva aumentaram significativamente.
A única verdadeira oportunidade de golo para o Nacional surgiu aos 56 minutos quando um seu avançado se isolou perante Rui Patrício, que saiu muito bem e forçou o remate ao lado. Embora sempre mais perigoso, o Sporting também não criou grandes oportunidades de golo, salvo aquela que marca o momento da partida - e um momento muito polémico - pelo golo invalidado a Slimani aos 65 minutos. Poderá ter existido falta de Montero no início do lance - fica a sensação que empurrou um defesa -, mas como o árbitro nada assinalou e deixou a jogada continuar, a invalidação do golo acaba por ser totalmente incompreensível.
Na minha opinião, os melhores jogadores em campo foram William Carvalho e Adrien Silva, os pilares do meio-campo do Sporting. A defesa foi competente, salvo no acima referido lance aos 56 minutos. Tanto Cédric como Jefferson estiveram muito bem no sector defensivo e iniciaram ou complementaram frequentemente as manobras ofensivas. Os extremos trabalharam muito, mas com dificuldades em penetrar a muralha defensiva do Nacional. Como sempre, Fredy Mantero raramente é servido e se não surgir um lance da sua inspiração individual, oportunidades para golo serão escassas.
Apesar da disposião pontual, é a primeira vez desde 2001-2002 que o Sporting lidera - ou partilha a liderança - no Natal. A continuar assim, vai ser um luta renhida a três até à última jornada. Como já referimos em um outro post, o historial de estatísticas indica que o líder no Natal tem 75 por cento de hipóteses de conquistar o título. Mas como, para todos os efeitos, temos três no momento, as estatísticas pouco esclarecem.
Nota: Só não volto a repetir a necessidade de se contratar um médio criativo em Janeiro, para não saturar os leitores, especialmente aqueles que insistem que temos plantel para aguentar o que promete ser uma grande luta até ao fim.
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