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A mensagem do Presidente

Rui Gomes, em 27.12.13

 

Não me vou dar ao trabalho de transcrever o todo da mensagem do presidente do Sporting - intitulada "Porque o Sporting somos nós" - por estar disponível no site do Clube aqui e, porventura, já terá sido lida por muitos dos leitores. Dito isto, no entanto, esta contém algumas considerações importantes e merecedoras de maior relevo e apreciação da nossa parte.

 

Surpreendente - para mim, pelo menos - ler o que podem ser considerados lamentos do presidente sobre determinados aspectos do Clube e medidas levadas a cabo pelo seu Conselho Directivo que, na sua óptica, não tiveram o impacto esperado e desejado:

 

1. Um acréscimo "apenas" de 6000 novos sócios, apesar de terem sido criados novos escalões "para permitir que todos se possam tornar associados e com regalias."

 

Sublinha ainda Bruno de Carvalho que este número é "manifestamente pouco para a grandeza do Sporting Clube de Portugal". As razões exactas para esta disposição serão várias e talvez de difícil dissecação. Não será injusto apontar para a crise do País como um dos factores que contribui para a menor adesão de sportinguistas a associação formal ao Clube. Além do mais, é a natureza humana, que não exclui sportinguistas, que a vasta maioria é composta por adeptos muito mais passivos do que activos.

 

2. Uma vez colocada à venda a "Gamebox Modalidades", apenas 200 foram vendidas. Considerando o notável ecletismo do Sporting, este baixo número é de facto surpreendente. Não sei até que ponto a não existência de um próprio pavilhão influencia esta vertente das operações, mas é provável que tenha um impacto negativo.

 

3. No que à venda de Gamebox para o futebol concerne, faltam ainda vender cerca de 2000, declarando o presidente que "estamos irremediavelmente afastados do objectivo de receita definido e necessário." Mesmo com a implementação inédita de os "Bilhetes Família" e os "Bilhetes Anti-Crise", que permitem limitado (1000) ingressos "Anti-Crise" ao custo de 5 euros, apenas se tem verificado uma média de compra de 150.

 

No último jogo em Alvalade contra o Nacional, houve uma campanha com preço único para todas as bancadas, de 7 euros para sócios. Apesar disto, lamenta o presidente, estiveram pouco mais de 38000 espectadores, sendo que contabilizando  as entradas Gamebox, significa que apenas 3233 sócios compraram bilhetes para o jogo.

 

Também aqui será possível avançar com um leque de factores que precipitam o todo da situação, mas considero que dois são cruciais: o primeiro, as baixas expectivas para a época anunciadas logo no primeiro dia e frequentemente reiteradas desde daí. A segunda, a não existência de nomes "cartaz" no plantel. Compreende-se perfeitamente a condicionante financeira, mas é esperar muito vender um produto que não apresenta activos sonantes, não obstante os resultados de maior agrado. O adepto de futebol, em geral, além do apoio ao clube da sua simpatia, é motivado a assistir "in loco" pela expectativa de ver jogar este ou aquele jogador de dotes superiores e pelo espectáculo, por si. A exemplo, extremo que seja, não sou adepto do Real Madrid mas tento não falhar um jogo seu por... Cristiano Ronaldo. Se me encontro na capital espanhola, a tentação de me deslocar ao estádio é irresistível. No Sporting temos muitos outros exemplos do género, mas vem-me prontamente à ideia o meu entusiasmo em ver em Alvalade um Peter Schmeichel, um André Cruz, um Acosta e até um Liedson, só para nomear alguns.

 

4. Por fim, na parte que compete a este meu texto, o presidente lamenta também o jornal do Clube - que ele descreve como "mudado e melhorado"- apenas ter "algumas dezenas de novos assinantes".

 

Concordo que tenha mudado, já o seu melhoramento é muito discutível. Desde o advento de notícias "online" hora a hora, um jornal como o do Sporting é forçado a ter um atractivo extra para estimular vendas e assinantes. Não sou perito na matéria mas, pela minha óptica, algumas das alterações levadas a cabo afectaram o interesse pela publicação. É lógico que cada leitor procure algo diferente de um jornal de clube: a minha preferência é notícias sobre as modalidades - escassas em outros órgãos noticiosos - as crónicas dos jogos da formação, algumas entrevistas com figuras interessantes que não sejam atletas e, sobretudo, os artigos de opinião, a minha leitura preferida.

 

O actual jornal começa logo menos bem com o editorial da autoria do seu director, José Quintela, que é um pobre escriba e tem como seu escopo quase exclusivo aquilo que eu considero propaganda avulsa e repetitiva. A edição, em si, para baixar custos, foi reduzida de 30 páginas para 20, eliminando muito espaço de publicação. Tem havido um número excesso de entrevistas - em alguns casos até de peculiar escolha - com "amigos" da nova liderança, que poderá muito bem reconhecer interesses e considerações pessoais, mas não incentiva vendas. Sobretudo, a parte que sempre me atraiu mesmo antes de me tornar colaborador, a diversidade de artigos de opinião que foi reduzida para um terço, ou menos ainda. Por norma, verificam-se apenas dois ou três cronistas - um deles o personagem de Daniel Sampaio - que me leva a dizer que se eu quiser "ouvir" sempre o mesmo "sermão" todas semanas, por palavras diferentes, limito-me a ir à Missa na Igreja do meu bairro. Felizmente para o jornal, José Serrano - valoroso colaborador de há já três décadas, ou mais - ressurgiu recentemente com os seus usuais interessantes "ataques" à comunicação social "encarnada". Outros colaboradores de notável interesse - excluindo a minha pessoa - desapareceram completamente. Em geral, a qualidade gráfica e a composição geral do jornal continuam a ter muita qualidade, graças à contribuição do seu director-adjunto de há uns anos, Rúben Coelho, e à sua equipa, muito embora nos créditos só apareça o nome de José Quintela, contrário ao que sempre se evidenciou.

 

Bruno de Carvalho termina a mensagem com um compreensível apelo a todos os sportinguistas para uma maior participação. Estará finalmente a reconhecer que navegar nestas "águas" clubistas, é sempre mais apetecível quando nos encontramos à distância e em terra firme.

 

publicado às 20:32

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17 comentários

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De Fredy a 27.12.2013 às 22:58

Excelente post apesar de não concordar totalmente com algumas(muito poucas na realidade) considerações.
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De Rui Gomes a 27.12.2013 às 23:02

Pode-as indicar, se desejar, e eu tentarei esclarecer melhor o meu ponto de vista.
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De Fredy a 28.12.2013 às 01:09

Não concordo com os factores que indica no ponto 3.
Julgo que a época anterior em muito contribuiu para o afastamento dos adeptos e não as baixas expectativas anunciadas.
É a forma como a equipa joga que me leva ao estádio e nunca um ou outro jogador em especial mas aqui posso realmente fazer parte de uma minoria mas que está bem longe de se reflectir na opinião da maioria das pessoas que conheço que vai ao futebol.
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De Rui Gomes a 28.12.2013 às 02:07

Caro Fredy , uma condição não nega a outra, já que é impossível esquecer de um momento para o outro a época passada. Se na sequência desta vem um discurso quase a anular qualquer raio de esperança do futuro, o resultado está à vista.

Novmente o encontro de duas disposições; uma equipa a jogar bem e um plantel com algumas estrelas. Penso até que a inesperada contribuição de Fredy Montero e a ascenção de William Carvalho tem ajudado.
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De Rui Gomes a 28.12.2013 às 02:22

Acrescentaria ainda algo que não incluí no post mas que sinto: à parte das pessoas envolvidadas, das duas partes, o todo do processo que levou à queda de uma liderança e à ascensão da outra, abalou muitos sportinguistas. Não é um factor isolado, obviamente, mas sim um elemento superior da equação.
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De Leão 1906 a 28.12.2013 às 01:18

Mensagem inesperada dificilmente compreensível.
Concordo com o seu post e até acho que foi simpático.

"...colocando em perigo a reestruturação efetuada com os possíveis efeitos negativos que daqui podem advir..."

"possíveis efeitos negativos " é o "understatement"do ano.Os resultados seriam cataclísmicos e se o nosso presidente for 1/4 do Sportinguista que penso que é ,demitia-se antes de chegar a essa situação.O passo seguinte era a o PER ou equivalente.

Portanto quero pensar que está apenas a dramatizar.
Mais estranho é este comunicado porque desalinha do discurso oficial:tudo está a ser tratado com rigor e competência;o Sporting está tranquilo e unido.
Se queria fazer um apelo,a frase atrás referida não podia constar ,pelas suas implicações:tudo estaria em causa.

Discordo de vários pontos:

1.As Assistências

Têm sido excelentes.Só no 1º ano de GL foram melhores,isto desde 2007/08,
o 1º ano a ter registo no site da Liga.E isto apesar de não termos vedetas,como diz o Rui.É uma prova da devoção dos Sportinguistas,porque é como diz:as estrelas do espectáculo são os jogadores.

Se dos 38.624,só 3.233 eram sócios significa que ou vendemos muitas Gamebox-daí "só" precisarmos de vender 2000-ou que os adeptos estão a acorrer em grande número, pagando bilhetes bastante caros.

Jogos dos núcleos deviam ser à tarde.Talvez aqui haja uma explicação para o nº ser inferior ao esperado-mas muito bom,atenção!
A questão do bilhete anti-crise parece-me mais um caso de pouca divulgação.

Conclusão :os resultados estão até acima das expectativas de muitos.

2.Os Sócios

Um aumento de 6000 é razoável para um mandato ainda tão curto.
Há que persistir e continuar a lutar para aproximar os Sportinguistas do clube.
Considerando que ganhámos 3 campeonatos em 33 anos(!) acho que mantemos uma implantação admirável mas temos que passar a ser competitivos de forma regular.

3.As amadoras e as Menos Amadoras

O número é realmente baixo.Tenho que dar razão ao Rui.A existência de um pavilhão seria essencial.Quem se lembra dos jogos no antigo pavilhão compreenderá melhor.
Aqui é o problema da galinha e do ovo:não há dinheiro ,não há pavilhão,como não há pavilhão,há menos receitas e ..voltamos ao princípio.Solução precisa-se.

4.O Jornal

Sou assinante da edição on-line.Mas subscrevo o que diz o Rui.


Em conclusão:dificilmente o Sporting se equilibra,no contexto actual,só contando com as receitas correntes, que até têm sido boas.
É também necessária uma almofada financeira que este presidente dizia que tinha mas que até agora não se viu.
Um presidente do Sporting tem que ser capaz de mobilizar recursos(ou de os ter).
Espero que tudo isto seja apenas dramatização.

Aliás,nas condições certas,um certo número de Sportinguistas até podiam comprar as Gamebox.
Não era por isso-mas também nunca seria,como é óbvio-que iríamos para a falência.
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De Rui Gomes a 28.12.2013 às 02:15

Boa análise caro Leão 1906, que serve em muito para complementar a minha, considerando que indiquei a existência de um "leque" de factores.

A única coisa que não escrevi mas que me faz pensar, é se isto é somente uma declaração algo dramatizada ou se é sinal de algum desespero, face à não entrada de receitas/investimento - a tal almofada finnceira - que facilitaria aq missão.
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De L a 28.12.2013 às 10:36


Caro Rui Gomes,

É o que foi sempre, mais desonestidade. Não vai de certeza anunciar agora o que sempre prometeu nas campanhas mas não resiste a uma áurea de sebastianismo antes de entregar a chave. Basta juntar as declarações mais recentes para perceber o que é.

No discurso ainda fresco que versou a humildade:

"Não sei durante quanto mais tempo serei presidente, mas que estes meses sirvam de exemplo daquilo que não se pode repetir e que não se afastem pessoas que querem servir o clube..."

Mais brincadeira como a já citada humildade, tipo não façam como eu, nomeadamente comigo o que eu fiz com tantos outros. E aqui um voto muito particular, espero sinceramente que a função de speacker nunca tenha chegado sequer a ser equacionada. Só serviria para afastar ainda mais adeptos do estádio. Da minha parte também é um timbre que dispensava bem ter que o ouvir muitas mais vezes.

E agora:

"Estamos irremediavelmente afastados do objetivo de receita definido e necessário, colocando em perigo a reestruturação efetuada com os possíveis efeitos negativos que daqui podem advir e para os quais todos fomos alertados."
O tempo em que se responsabilizavam as direções pelos resultados operacionais já lá vai e acabou com a famosa auditoria.

No imediato justifica pelo menos mais uma venda e desta vez até dispensa manchar a reputação dos jogadores, que nunca querem jogar no Sporting. Desta vez fica claro que a culpa é dos adeptos que não vão ao estádio. Nitidamente também já há um Sporting AC e DC. Anda o nosso salvador – o Sr. Carvalho - a acautelar a saída desde o 1º dia, publicamente até sempre deu para dizer a primeira coisa que lhe vem à cabeça e o Dr. Barroso a falar de um presidente para 30 anos. Deve-lhe estar a escapar alguma coisa e ele até fala muito com aqueles sócios que no principio não confiavam também muito no Bruno. Pelos vistos já nem o Bruno confia muito, mal fadados adeptos que não vão à bola e vão permitir tudo o que sempre esteve mais que acordado.

P.S. Boas notícias também no campo para o nosso central maravilha, parece que o Jackson às vezes também chega atrasado à bola.
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De Lionheart a 28.12.2013 às 10:58

Você é um brincalhão, mas eu não lhe acho graça nenhuma. O Carvalho pode ser acusado de não ter capacidade para resolver os problemas estruturais do Sporting, e ainda de ter desestabilizado a direcção anterior, mas não é responsável pelos problemas estruturais do Sporting. O seu tom jocoso é até chocante, chegando ao ponto de noutro tópico questionar as razões de queixa do Sporting da arbitragem no último jogo, o que demonstra a sua agenda duvidosa. Na minha modesta opinião, quem apoiou o Godinho Lopes devia ter algum pudor em gozar com que está agora na direcção. Não tenho dúvidas que se lá estivesse o Couceiro fazia a mesma coisa, por isso é que não lhe acho graça alguma. Ainda gostava de saber o que o faz mexer. Se o Carvalho estiver mesmo a lançar a escada para se ir embora, eh pá pelo menos não arranje para a presidência do Sporting outro empreiteiro à procura de apoio para as suas empresas "encostadas", porque disso já tivemos a nossa conta. Vale?
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De L a 28.12.2013 às 10:33


Antes de mais e até passando por cima das promessas das campanhas, que é o que os grandes apoiantes do Bruno fazem melhor, coniventes com a mentira, pelos vistos quem sempre questionou a estratégia – o que ainda recentemente provocou aqui uma discussão para lá de muito acesa - era capaz de ter alguma razão, segundo o que vem dizer agora o nosso próprio salvador.

Fica a nota e num cenário em que os resultados desportivos, dificilmente até podiam ser melhores, pelo menos até aqui. E apesar da solução efetivamente passar sempre por levar mais gente ao estádio, desengane-se quem pensa que as receitas de bilhética - per si – resolvem o que quer que seja.

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De Lionheart a 28.12.2013 às 11:46

Esta comunicação deve ser para preparar os sócios para a venda de jogadores em Janeiro, mas foi um erro fazê-lo antes do jogo de amanhã. Podemos voltar à questão dos apoios, de quem disse que os tinha e afinal não tinha, etc, etc. Não me apetece voltar a falar nisso, porque o mandato do actual presidente está a ser muito melhor do que eu esperava, e não me apetece contribuir para estragar o que de bom foi feito só para tirar desforço com os outros.

A questão de fundo é saber se isto é sustentável. E só pode haver sustentabilidade e evolução se estruturalmente o Sporting melhorar. E aqui o Carvalho pode também estar a lançar a escada para meter na gaveta outra promessa eleitoral, que tem a ver com o controlo da SAD pelo clube. Tal só será possível - seja com que direcção for - com uma muito maior participação dos Sportinguistas = €€€€€€. Não há volta a dar. Se estes não corresponderem em número suficiente, seja com o Carvalho ou com outro presidente, vai ocorrer aquilo que o Couceiro sempre admitiu. Agora os sócios e adeptos que decidam.
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De L a 28.12.2013 às 12:23

Segundo depreendo a facilidade com que o caro Lionheart acusa outros utilizadores do Camarote de terem uma agenda para além do Sporting decorre do caro chegar às mesmas conclusões e não ter agenda.
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De Lionheart a 28.12.2013 às 13:24

Apenas estranho seu "tom", daí as minhas dúvidas.
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De Rui Gomes a 28.12.2013 às 14:14

Não deixa de ser deveras surpreendente - ou talvez não - que sejam o L e o Lionheart a debater a mensagem do presidente, especialmente perante a notável ausência dos usuais defensores de tudo quanto é "Bruno", já para não evocar os "enviados especiais". Devem estar todos ainda a gozar as férias Natalícias.

Por não acreditar na palavra deste presidente, não alinho na tese do seu precoce abandono, aliás, nada está mais longe do meu pensamento. Acredito sim que este inesperado discurso visa abrir caminho para algo no breve futuro, o que será teremos de esperar para ver. A rápida aproximação do abertura do mercado de Janeiro poderá muito bem ser um alvo a equacionar, com vendas inesperadas, embora creia que esse não é o cenário mais apetecível.

O possível acréscimo de dificuldades financeiras não surpreenderá, uma vez que as receitas têm sido absolutamente mínimas. Os cortes baixam os custos operacionais mas não providenciam receitas, bem em contrário. Como bem sabemos, em quase tudo nesta vida, para haver dividendos tem de haver primeiro investimento, e esse não tem existido obviamente.
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De Lionheart a 28.12.2013 às 19:11

Caro Rui, para que se ultrapassasse esta questão de uma vez por todas, seria de toda a utilidade que esta direcção quantificasse o problema. Não há mal nenhum em falar de números pelo contrário. A literacia financeira deve ser fomentada em Portugal.

Os números que o Carvalho mencionou não são maus. O aumento no número de sócios até é bom, tendo em conta a realidade do país, mas é muito insuficiente para o que o Sporting precisava. E aí ele levou um "banho" de realidade, pois pelos vistos não basta ter um "presidente do povo" para os sportinguistas correrem a fazer-se de sócios.

Façam um exercício em que conste qual o aumento de receita à custa da valorização de activos no futebol e de receitas derivadas dos sócios e adeptos é necessário para evitar a perda do controlo da SAD pelo clube. No primeiro caso, estamos sem dúvida melhor do que há um ano, porque sem jogadores para vender a situação seria completamente dramática. Mas mesmo isso não pode ser um fim em si mesmo, senão o Sporting nunca conseguirá manter os bons jogadores o tempo suficiente para construir equipas para ganhar campeonatos.

Quanto ao segundo aspecto, quantifique-se quantos sócios deveria ter o Sporting e em que categorias (sócios que PAGUEM SEMPRE as quotas), e qual deveria ser a receita do "merchandising" e dos patrocínios, para que os sportinguistas possam ter uma noção CLARA do que é um clube de sócios VIÁVEL.

Se perante a realidade, a mobilização não for a necessária (que é o mais provável), pois esta direcção (ou outra) tem a legitimidade para fazer o que é necessário, e que outros sempre admitiram como possibilidade. As terceiras partes têm como garantia que estes responsáveis, tal como o fizeram com a reestruturação financeira, têm a capacidade de evitar que o clube se frature, pois com este presidente os elementos mais contestatários não levantam problemas ideológicos. E como ainda por cima a gestão desportiva tem sido aceitável, tal dá ao actual presidente e ao clube uma margem negocial que a anterior administração nunca teve para fora e muito menos para dentro.
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De Rui Gomes a 28.12.2013 às 19:41

Boa análise caro Lionheart . Em resposta muito breve - a minha disponibilidade hoje é muito pouca - a questão principal relaciona-se com uma observação de Agostinho Abade que eu publicarei mais logo, ou seja, o que tem vindo a ser feito quanto à redução de custos tem sido bem feito, agora é necessário receitas e, daí, o maior dilema desta Direcção face a não ter surgido o investimento prometido e que decerto desejam.

A bilheteira e a quotização é muitíssimo pouco face às necessidades. Vislumbro venda de activos, mediante o que entretanto ocorrer com o Elias - negociações em curso, aparentemente - e as resoluções de Labyad e Jeffrén , com possíveis receitas adicionais aqui.

Entre tudo isto, os resultados desportivos favoráveis têm contribuído para acalmar os ânimos mas não são garantia de receita adicional no curto prazo, salvo bilheteira claro.
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De Sergio Palhas a 28.12.2013 às 17:51

Parte deste discurso é o mesmo que o presidente proferiu no almoço com os nucleos do Solar do Norte e de Vila do Conde antes do jogo com o GV.

O ponto adicional que o presidente agora apresentou foi :

3. No que à venda de Gamebox para o futebol concerne, faltam ainda vender cerca de 2000, declarando o presidente que "estamos irremediavelmente afastados do objectivo de receita definido e necessário." Mesmo com a implementação inédita de os "Bilhetes Família" e os "Bilhetes Anti-Crise", que permitem limitado (1000) ingressos "Anti-Crise" ao custo de 5 euros, apenas se tem verificado uma média de compra de 150.

Considero no entanto um pouco dramático, no entanto compreendo que os números avançados sejam fracos e desmoralizantes.

O financiamento que muitos clamam só poderá vir pela venda de ações do clube ou venda de jogadores caso contrário só mesmo com empréstimos a juntar aos 100M€ do GL.

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