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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
As palavras são de Agostinho Abade - antigo presidente do Conselho Fiscal do Sporting - em entrevista a Bola Branca da Rádio Renascença. Não disse mais do que já era óbvio a todos os sportinguistas, mas também concordo com o seu raciocínio - já aqui referi por diversas vezes - que a chave é a entrada directa para a Liga dos Campeões, ou seja, para a fase de grupos, pelos respectivos milhões de prémio. Para isso, o Sporting terá de se qualificar pelo menos em 2.º lugar na Liga, já que o terceiro obrigará a disputa de uma pré-eliminatória que, à partida, não oferece garantias.
Relativamente às recém-declarações de Bruno de Carvalho sobre o débil estado da reestruturação financeira, Agostinho Abade entende que visam ser uma alerta para o universo leonino: «Não há saneamento possível sem o apoio dos sócios e adeptos. A situação era caótica e as despesas tinham de diminuir. Isso foi conseguido e agora há que aumentar as receitas. A equipa de futebol está a dar-nos motivos para ir ao estádio e temos de ajudar mais, mesmo neste contexto de crise económica.
O Sporting estava à beira da falência. Foram tomadas medidas de redução de custos e isso tem de continuar a acontecer. O que se pede agora é que as receitas aumentem. Os bons resultados da equipa de futebol podem estar a "camuflar" um pouco os problemas financeiros mas o Sporting está no bom caminho.»
Agostinho Abade saberá melhor do que muitos de que o mero aumento de receitas de bilheteira é insuficiente para as responsabilidades que enfrentam o Sporting, assim como a captação de novos sócios. Creio que tal como ocorreu no Verão com Bruma e Tiago Ilori, veremos a venda de alguns activos em Janeiro e, nos casos de Labyad e Jeffrén, empréstimos com algum retorno e redução da carga salarial. Se o cenário se vai estender a algum jogador agora considerado essencial, teremos de esperar para ver.
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