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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Escrevi na altura e reitero agora: a decisão de emprestar Valentin Viola no início da época foi errada, e pior ainda por ter sido ao Racing Avellaneda da Argentina, o seu clube original. Acredito que a decisão terá sido da SAD e que, para o efeito, o aval de Leonardo Jardim nem sequer foi solicitado, porque a decisão prendeu-se exclusivamente com considerações fora do foro técnico. É um jogador jovem - 22 anos - mas já demonstrou que tem talento e enorme margem de progressão e, a ser emprestado, deveria ter sido a um clube europeu - a exemplo do Cercle Brugge - para ganhar experiência e maturidade no futebol do velho continente e não devolvê-lo à competição sul-americana.
Terminou há pouco o chamado "Torneo Inicial" da Primeira Divisão da Argentina e o Racing situa-se em 19.º lugar, entre vinte clubes, após 19 jogos, com 16 pontos, fruto de 4 vitórias e 4 empates. Valentin Viola participou em 15 jogos: 12 como titular - 3 como suplente utilizado - acumulando 1016 minutos de jogo (11,3 jogos) e marcando um golo. As suas observações em recém-entrevista:
«Quando vim tinha outras expectativas, o clube estava muito bem, tinham renovado com o treinador e a equipa jogava também bem, mas o futebol argentino é muito irregular. Depois, surgiram os erros, mudamos de treinador, mas terminamos melhor do que pensávamos. Apesar de tudo não estou arrependido; estou muito cómodo no clube e é como jogar com amigos e estou perto da família.»
As suas palavras reforçam o meu ponto. O que ele menos necessita nesta fase crucial da sua ainda jovem carreira é estar "cómodo" e sentir que está a "jogar com amigos". Ele necessita, sobretudo, de um desafio pessoal aliciante em uma competição que se preste a exigir o maior rendimento possível, contribuindo, inevitavelmente, para o seu desenvolvimento, mormente no futebol europeu.
Na minha opinião, pelas circunstâncias do Sporting, seria a altura ideal para o recuperar e dar a Leonardo Jardim o quarto extremo que ele tanto deseja, mas que não exige, e que não é Diogo Salomão.
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