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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Conforme já aqui publicado no Camarote Leonino, Domingos Paciência foi apresentado na segunda-feira, dia 31 de dezembro, como o novo treinador do último classificado da «La Liga», o Deportivo da Corunha, assinando um contracto válido até ao fim da época.
Esta é uma múltipla boa notícia para o Sporting, já que vai-se ver desobrigado de lhe pagar o balanço do seu contracto que era válido até 30 de junho de 2013, aproximadamente 350 mil euros. Ainda mais melhor, fez-se acompanhar por três dos seus adjuntos - Miguel Cardoso, João Carlos e Sérgio Vieira - todos eles que também estiveram em Alvalade e usufriam de salário durante o exacto mesmo período.
Ninguém pode culpar Domingos Paciência de defender os seus interesses - foi despedido pelo Sporting, não de demitiu - no entanto, pela sua apresentação em Corunha fez uma declaração que despertou o meu interesse: «Acredito no meu trabalho. Quero trabalhar, quero estar no activo...tive outras oportunidades, para outros campeonatos, mas preferi esperar.» Sabe-se que uma dessas ofertas foi do Olympiacos - posição que acabou por ser preenchida por Leonardo Jardim - e o Domingos recusou pelo salário inferior relativamente ao do Sporting ou, então, não lhe agradou ir para um clube onde conquistar o título não é apenas um objectivo, é o único objectivo. Claro, sentiu-se confortado em saber que mensalmente iria receber cerca de 60 mil euros do Sporting. Agora, não deixa de ser algo curioso, aceita a posição num clube a meio da época, que está em último lugar no campeonato espanhol, com 12 pontos em 17 jogos, embora se admita que o salário oferecido supera o do Sporting. Poderá ser um risco bem calculado ou algum receio da parte de Domingos de aceitar desafios superiores. Para ser justo, sem conhecimento concreto de causa, deve-se lhe dar o benefício da dúvida.
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