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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
«Não tenho dúvidas que reuno as condições para retirar a equipa da crise, caso conrário não estaria aqui. Não tenho medo das dificuldades. Não se coloca a questão de o treinador sair ou ficar. Vou continuar, mais ainda nos momentos difíceis. Quando as coisas correm bem é fácil. A minha posição enquanto treinador está em risco desde o primeiro dia. Temos de viver com isso nesta profissão. Se me preocupar com isso, estarei a pensar em mim e não na minha equipa. Os adeptos devem apoiar a equipa mas compreendo-os. Temos de ter cuidado para tirar o melhor partido do público, não podemos perder o controlo. Tem de haver uma interacção com os adeptos, mas temos de ser capazes de nos concentrar naquilo que temos para fazer e não escutar o público. Não é uma tarefa fácil, mas penso que os jogadores o conseguiram fazer quando puxaram os adeptos. É uma situação normal, temos de jogar e trabalhar com isso e dar uma resposta em campo.»
Pela continuação da crise de resultados, é por de mais óbvio que a qualidade da contribuíção do treinador é sempre discutível. Quero acreditar no senhor Vercauteren mas, sinceramente, no clima que se vive dentro e em torno do Sporting, não sei se ele - ou qualquer outro - vai conseguir dar a volta à lamentável situação. Tecnicamente, verifico muitas melhorias no sistema de jogo da equipa mas, visto da bancada, sinto dificuldades em avaliar, com profundidade, quanto da improdutividade se deve ao baixíssimo estado psicológico dos jogadores, às suas deficiências individuais ou à incapacidade colectiva por demérito do técnico. Nestes momentos tão caricatos, uma boa parte dos adeptos vai reagir mais com emoção e muito menos com racionalidade. O que aparenta passar despercebido, é que quanto mais se agravar a emoção em torno da equipa, menos ela produzirá. Sempre foi assim e sempre será - é a natureza humana - quer acreditem ou não.
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