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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
«As influências e o peso de uma equipa são muito importantes. Durante o jogo, os jogadores do Real Madrid falavam com o árbitro, faziam gestos, não se passava nada... e bem. Eu fiz a mesma coisa e nem foi para o árbitro. Uma falta, manifestei-me que não era e ele estava lá não sei onde...
Tenho dúvidas que se estivesse no banco até ao fim perderíamos este jogo. Algumas não... não tenho dúvidas nenhumas».
A explicação de Jorge Jesus, na conferência de imprensa no final do jogo, sobre a sua expulsão, ordenada pelo árbitro italiano Paolo Tagliavento.
As imagens televisivas mostraram de modo esclarecido, Jorge Jesus a protestar veemente a falta assinalada a William Carvalho num lance com Modric.
Como já indiquei no meu outro escrito, Jorge Jesus fez um excelente trabalho a preparar a equipa para este difícil jogo e é um momento para o congratular e não criticar. Dito isto, se alguém tem de ter um comportamento sensato e equilibrado é o líder, indiferente se o árbitro decidiu bem ou mal um qualquer lance. Jorge Jesus devia ter reflectido sobre a sua participação num jogo de carácter europeu, no terreno de um adversário com enorme peso e influência.
Nunca saberemos se o resultado teria sido diferente, caso a expulsão não tivesse ocorrido, e não fica bem a Jorge Jesus oferecer essa hipotética garantia agora, especialmente se considerarmos que ele próprio é a parte mais responsável.
A indignidade desceu de vez ao Sporting. A mando de Bruno Azevedo de Carvalho. Preterindo todas as formalidades legais e estatutárias, em antecipação a uma eventual decisão que só pelos sócios podia ser tomada, eis que surgiu a expulsão de associado do Sporting do anterior presidente do clube, Luiz Godinho Lopes. Uma vergonha, que faria corar de estupefacção José de Alvalade. Uma indignidade sem limites e um absurdo legal condenar alguém sem contraditório, uma atitude que envergonha os verdadeiros sportinguistas.
Eis a defesa de Luiz Godinho Lopes, através de comunicado:
«Exclusivamente com o objectivo de esclarecer os sócios e adeptos do Sporting Clube de Portugal em primeiro lugar e para defesa da minha honra e integridade moral em segundo lugar, decidi fazer este comunicado.
Não pretendo, para salvaguarda do bom nome do nosso Clube, discutir na praça pública este tema e espero, nos tribunais, repor a verdade dos factos. Não sendo exaustivo, apresento a seguir o desfecho:
Quando em vésperas do jogo da Taça de Portugal, que com minha satisfação ganhámos, recebi o.."pseudo inquérito"....com a intenção de me expulsar - fiquei incrédulo.
Não reagi publicamente, pois entendi que o Sporting Clube de Portugal é sempre mais importante e, portanto, não deveria desviar as atenções para este tema, que já estava decidido: a minha expulsão de sócio.
Não reagi na semana seguinte pois a notícia relativa ao SCP era a não continuidade do treinador Marco Silva e a contratação de Jorge Jesus.
Fi-lo então na semana seguinte na certeza de que a "intenção" passaria a realidade muito brevemente. É assim que agora me notificam antes da Assembleia Geral do dia 28, para poderem apresentar esta decisão como se tivesse terminado, internamente, um dia de caçada e a conquista de um troféu e, logo, nada melhor do que a sua exibição.
Senão vejamos:
Quando se toma posse em Março de 2013, a seguir a um mandato interrompido e resultante de umas eleições muito atribuladas e se leva 19 meses (Outubro de 2014) a apresentar o resultado de uma "auditoria de gestão" de um período de 24 meses(duração do mandato anterior referido);
Quando se abre um inquérito que leva sete meses (Outubro de 2014 a Maio de 2015) e durante esse período, tal como na "chamada auditoria de gestão" não se interroga os visados;
Quando não se anexam os documentos que fundamentam a expulsão e são dados 15 dias para responder a um inquérito de sete meses e a uma "auditoria" apresentada 19 meses depois;
É porque se quer expulsar, independente de qualquer defesa.
As razões e fundamentos apresentados são extraídos de um contexto, com omissão propositada de informação, com vista a atingir o objectivo pré-traçado.
Amanhã serão apresentados novos resultados. Os visados não conhecem os mesmos nem lhes foram feitas quaisquer perguntas. No entanto a comunicação social foi informada e as conclusões de uma "auditoria que não o foi" vão ser apresentadas amanhã em Assembleia Geral.
Ouvir falar de desvios sem conhecer nem a base nem o seu objecto e calúnia. Discutir na praça pública só serve para manchar o bom nome do Sporting Clube de Portugal.
É assim que é "gerido" hoje o nosso Sporting Clube de Portugal. Quando tudo parece tranquilo, sem oposição interna e com "sede" de ganhar no futebol, decide-se "minar" por dentro.
A decisão de fazer a defesa no tribunal resulta de:
- poder ter acesso a toda a informação que ainda esteja no Clube
- poder estar perante uma entidade imparcial em que se confia
- poder repor com o tempo necessário e indispensável a verdade dos factos
Com a certeza de que:
- nunca "usei o lugar para meu benefício", de que
- "nunca geri com dolo", de que
- "todas as atitudes que tomei foram para beneficiar exclusivamente o Sporting Clube de Portugal" e de que
- nenhuma "verdadeira auditoria" pode manchar o meu bom nome
Irei processar pessoalmente os que agora me expulsaram e também os que tentaram prejudicar a minha imagem, pondo em causa os seis anos (1999/2003; 2011/2013)da minha vida que dediquei a tempo inteiro com prazer e sem contrapartidas ao Clube mas com sérios prejuízos profissionais e familiares. Aguardarei o desfecho com a mesma tranquilidade de jamais ter prejudicado o meu Clube.
Viva o Sporting Clube de Portugal.»
Além da enorme surpresa em ver Costa Rica vencer o Uruguai, por 3-1, o jogo ainda proporcionou outro acontecimento "inédito" - que eu considero justiça poética - pela "espectacular" expulsão daquele muito gentil rapaz que joga a defesa direito pelo clube do outro lado da Segunda Circular.
Maxi Pereira assume a distinção de ser o primeiro jogador a ser expulso no Mundial 2014 - no primeiro jogo da selecção do seu país - uma ocorrência fenomenal considerando que no campeonato português foram necessários 162 jogos para um árbitro ter a coragem de fazer justiça às suas inúmeras acções faltosas.
Neste caso concreto, aconteceu aos 90+4 minutos de jogo, quando Maxi Pereira decidiu pontapear o jogador costa-riquenho Joel Campbell, o 99.º cartão vermelho directo na história dos Campeonatos do Mundo.
A expulsão de Nani no embate com o Real Madrid está fazer correr muita tinta mas, curiosamente, alguns ingleses não consideram que a expulsão tenha sido injusta. Entre estes, Roy Keane, ex-capitão dos «Red Devils» que, a comentar o jogo para a ITV, afirmou que a decisão do árbitro foi correcta por ter sido «jogo perigoso» e «merecedor de cartão vermelho», indiferente da intenção de Nani. Explicou, ainda, que «um jogador tem de estar sempre consciente dos outros jogadores à sua volta quando se faz à bola. Foi um caso infeliz e eu compreendo as emoções, mas Nani foi bem expulso.»
Se os adeptos do Manchester United já estavam mal dispostos, mais furiosos ficaram pelas palavras do seu antigo capitão e manifestaram o seu desagrado nas redes sociais. Keane também explicou que muito embora a decisão final seja do árbitro, não se sabe ao certo se não foi por indicação do seu auxiliar que estava mais próximo do lance. De qualquer modo, mais um caso polémico do futebol que vai ser discutido nos cafés e nos bares durante muito tempo.
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