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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Uma das belezas do Desporto são as vitórias arrancadas a ferros. Aquele último esforço, aqueles últimos segundos de uma competição, que decidem pontos, jogos, vitórias e, por vezes, campeonatos. Como exemplo poderíamos falar do corredor que ultrapassa o adversário nos últimos metros por 0,05 segundos, daquele que salta mais um centímetro do que o outro na derradeira tentativa, do golo de Miguel Garcia contra o Az Alkmaar ou dos cinco segundos finais do último jogo do Campeonato Nacional de basquetebol, também conhecido por Liga Placard, que colocou frente‑a‑frente o Sporting CP e o FC Porto.
Uma jogada defensiva para evitar a derrota acabou em falta atacante evidente e inequívoca sobre Micah Downs. O norte‑americano fez o derradeiro lançamento, mas há todo um grupo de pessoas que está de parabéns, que sabe, melhor do que ninguém, o caminho percorrido para chegar até aqui.
Mas o Desporto tem sempre os dois lados da medalha, quem ganha e, inevitavelmente, quem perde. Este ano de 2021 revelou um mau perder transversal do FC Porto assente numa narrativa bélica contra as arbitragens, pressionando e condicionando o futuro, seja dentro ou fora de campo, nesta e noutras modalidades. Ao longo do ano futebolístico essa foi uma das formas de agir e os exemplos são conhecidos por todos. Porém, não se limitaram à Liga NOS ou à Taça da Liga.
Veja‑se a equipa B do FC Porto, em Janeiro:
"A nossa equipa bem pode queixar‑se, mais uma vez, dos muitos erros alheios que determinaram a perda de pontos. Foi mais do mesmo. Estão a brincar com o trabalho dos jogadores, treinadores e staff. Foi um golpe duro, ninguém percebeu a expulsão, só o árbitro percebeu. Não são os adversários que têm tirado pontos ao FC Porto B, têm sido os árbitros”.
Na final da Liga Europeia de hóquei em patins:
"Ainda não foi desta que o FC Porto voltou a conquistar a Liga Europeia de hóquei em patins. Na final disputada no Pavilhão Gimnodesportivo do Luso, os Dragões perderam diante do Sporting CP por 4‑3, após prolongamento, mas o trabalho da equipa de arbitragem espanhola teve muito que se lhe diga”.
Ainda na final do basquetebol, além dos pontapés às cadeiras e danificar o troféu de campeão:
"Foi das maiores roubalheiras a que assisti. Uma roubalheira monumental. Foi a maior vergonha que vi em toda a minha vida! Peço desculpa a todos os que gostam de basket e de desporto pelo que acabaram de assistir!... Hoje gozaram connosco e com o trabalho de uma época inteira. Este foi um título sonegado às claras num resultado fortemente influenciado pelo árbitro Carlos Santos".
A forma e o conteúdo dos azuis e brancos é sempre o mesmo e é transversal. A culpa, se não ganham, é sempre das arbitragens. Mérito dos outros é que não.
Artigo de Miguel Braga, Responsável de Comunicação do SCP
Terminada a Liga NOS, é altura de balanços, de olhar para o que foi conquistado nestes 34 jogos e de fazer um resumo dos números do Campeão. E é isso mesmo que nos propomos fazer nesta edição do Jornal Sporting – páginas 6 a 11 –, recordando dados estatísticos, frases marcantes do treinador ou pormenores que, dentro de campo, acabaram por garantir os 85 pontos do Campeão Nacional de futebol.
Além dos penáltis referidos pelo presidente (16) – nunca é tarde para recordar que sozinho, FC Porto teve mais pontapés de penálti a favor do que Sporting CP, SL Benfica e SC Braga juntos – há outros dados que apontam para a pressão incessante que a norte se faz aos homens da arbitragem, aos adversários, a tudo o que não vista azul e branco no futebol português.
Assim, e olhando para os três grandes do futebol português, finda a Liga e os seus 34 jogos, o Sporting CP fez 520 faltas, o FC Porto 534 e o SL Benfica 513, deixando assim as equipas com médias muito idênticas de faltas assinaladas por jogo: 15,3, 15,7 e 15,1, respectivamente.
Por outro lado, o equilíbrio acaba desfeito quando contabilizamos os cartões amarelos mostrados às três equipas: o Sporting CP acabou com um total de 89 amarelos, o FC Porto com 62, o SL Benfica com 81.
Mais uma vez, e para se perceber as diferenças: a média para o Sporting CP é de 2,6 amarelos/jogo, para o FC Porto apenas de 1,8, para o SL Benfica de 2,4. Ou dito de outra forma, o Sporting CP é brindado com um cartão amarelo ao fazer 5,84 faltas, o FC Porto ao fazer 8,61 e o SL Benfica 6,33.
Pode ler aqui a crónica completa de Miguel Braga
Quando Artur Soares Dias deu ordem de expulsão a Gonçalo Inácio, aos 17 minutos de jogo, no Estádio Municipal de Braga, muitos adeptos terão levado as mãos à cabeça. Outros tantos, pensaram que a missão tinha ganho contornos de impossível. Mas na Pedreira estava uma equipa técnica que olhou para o relvado e percebeu que era altura de mudar a abordagem do jogo. Fez, numa primeira fase, acertos posicionais. Muitas vezes ecoou pelo estádio “Paulinho! Paulinho! Fecha pela esquerda!”. Com o intervalo, mais mudanças, dando à equipa a experiência de Neto e a explosão de Matheus Nunes. Para se ter uma ideia da dificuldade, nesta edição da Liga NOS todas as equipas que se viram reduzidas a dez elementos na primeira parte não conseguiram vencer. Na realidade, nos 14 jogos anteriores onde aconteceu a dita expulsão antes dos 45 minutos, apenas Belenenses SAD e CD Tondela tiveram arte e engenho de alcançar o empate. Todos os outros perderam.
Olhando para a estatística de jogo, o Sporting aplicou a táctica que tantas outras equipas aplicam quando jogam com o Leão: dar a posse ao adversário e fechar espaços. E se é verdade que a equipa de Rúben Amorim perdeu no confronto da posse (30% contra 70%), conseguiu fazê‑lo sem recorrer constantemente à falta (o Sporting CP, apesar dos cinco cartões amarelos contra quatro do adversário, fez metade das faltas do SC Braga) e sem permitir aos bracarenses muitas oportunidades. E as que acabou por dar, a defesa liderada por um supercapitão Coates limpou ou apareceu o melhor Adán para fazer jus ao título de defesa menos batida da Liga NOS.
Ao minuto 81, o momento de jogo. Livre para ser cobrado a meio‑campo por Pedro Porro. No Backstage que mostrámos esta semana no canal do YouTube do Sporting CP, atenção ao detalhe aos três minutos e quatro segundos: a comunicação “gestual” de Porro a dizer a Matheus que vai passar a bola rápida e a esperteza deste a anuir e a arrancar antes dos adversários. O resto, bem, o resto foi um remate forte e bem colocado que acabou nas redes do SC Braga e permitiu ao Sporting CP ser a primeira equipa da Liga NOS a ganhar um jogo em inferioridade numérica desde a primeira parte. Apesar do feito, a vitória significou “apenas” três pontos. Mas para a posteridade, ficou também o abraço sentido (que pode ver no Backstage) entre Matheus Nunes e Gonçalo Inácio: assim se sente e vê a solidariedade entre jovens Leões.
Faltam cinco jogos para o fim do campeonato. Mais importante do que pensar nos pontos que ainda faltam discutir, é trazer o foco já para o jogo, frente ao CD Nacional, em casa, sábado que vem. O próximo jogo é sempre o mais importante.
Artigo da autoria de Miguel Braga, Responsável de Comunicação do Sporting CP
Miguel Braga, Responsável de Comunicação do Sporting CP, no programa Raio-X da Sporting TV, reagiu com ironia às sarcásticas palavras de Pinto da Costa, quando afirmou que "após o jogo dos leões em Faro ficou mais difícil para o FC Porto reconquistar o título":
"Pensei que estava a falar dos golos do Pote ou da garra dos jogadores do Sporting. É bom sinal ver o FC Porto tão preocupado com o Sporting. A nossa única preocupação é a conquista dos três pontos frente ao Belenenses SAD".
"Não é preciso reagir ao FC Porto pois o Duarte Gomes e o Pedro Henriques já reagiram e muito bem. Os especialistas de arbitragem já fizeram a leitura do lance duvidoso em que se viu que o Tomás Tavares tentou ludibriar o árbitro".
"O Sérgio Conceição foi expulso 8 vezes e levou 23 dias de suspensão. Já o Rúben Amorim com quatro expulsões foi suspenso 36 dias. Há dois pesos e duas medidas. Deixo a quem de direito pensar se há ou não perseguição a Rúben Amorim".
Miguel Braga, Responsável de Comunicação do SCP, no programa Raio-X da Sporting TV, fez vários reparos sobre a arbitragem do jogo com o Famalicão, enfantizando Nuno Manso, o auxiliar de Rui Costa que pediu a expulsão de Rúben Amorim no final da partida. Aliás, é o mesmo auxiliar que não viu causa alguma para assinalar falta nos dois lances polémicos envolventes de Jovane Cabral na área do Famalicão. Entre outras questões, foi revelado que Manso está a ser julgado por "ofensas à integridade física de uma vogal do Núcleo do Sporting em Braga".
"Se virmos bem as imagens percebemos que quem expulsa o Rúben Amorim é o árbitro auxiliar, Nuno Manso, que tem um episódio lamentável, em 2016, com uma vogal com o núcleo do Sporting em Braga. Nuno Manso está a ser julgado por ofensas à integridade física de uma mulher . É normal alguém que está a ser julgado por litígios seja nomeado pela terceira vez para um jogo do Sporting? Aconteceram várias coisas neste jogo que prejudicaram o Sporting".
"A imprensa desportiva passou ao lado da jogada capital pois no golo do Famalicão há uma simulação de um jogador do Famalicão e a regra geral passa por marcar falta e dar o cartão amarelo. O Rui Costa pode ser ludibriado, já o VAR que costuma estar tão atento ao Sporting, vendo até golos de 2 cms do Pote ou se a bola do Porro saiu... não me pareceu que tenha revisto o lance dada a velocidade com que o jogo foi retomado".
""O lance do Jovane acho pouco compreensível. Se fosse outro clube e outro jogador, o penálti seria marcado, é esta a minha opinião vendo os penáltis que marcam aos nossos rivais onde basta um toque. O futebol é um jogo de contactos".
"Começando pelas expulsões dos treinadores do Sporting só lembro que o Jorge Jesus foi mais vezes expulso em 8 meses no Sporting que em 6 anos no Benfica. O Rúben Amorim, enquanto jogador do Benfica, nunca foi expulso tal como nunca foi enquanto treinador do Braga. Há aqui uma atenção especial sobre os treinadores do Sporting. Em relação ao Sérgio Conceição (em resposta a Francisco J. Marques) proponho que se faça um apanhado das imagens dele antes de ser expulso e as do Rúben. Só temos de colocar as imagens lado a lado para as pessoas analisarem sem qualquer comentário".
NOTA: Ao que consta agora, Hugo Viana também terá sido expulso no final da partida por indicação do 4.º árbitro, alegadamente devido a um "incidente" nas imediações da zona que dá acesso aos balneários, em que terá afirmado: "‘É uma vergonha, vocês são mesmo uma vergonha, tenham vergonha na cara. Diz-me porque expulsaste o treinador, diz-me, diz-me. Queres-me expulsar, expulsa-me".
NOTA #2: Foi entretanto anunciado que Rúben Amorim foi suspenso 15 dias na sequência do vermelho visto no Sporting-Famalicão, e que foi aberto um processo disciplinar a Hugo Viana.
NOTA #3: Miguel Braga (SCP) reage à suspensão de Rúben Amorim: "Rúben Amorim foi suspenso 15 dias por alegadas palavras ao árbitro assistente - o treinador afirma que não disse o que está no relatório. Sérgio Conceição trocou uns mimos em Portimão e foi aberto um processo disciplinar. Quase que aposto que o mesmo deverá estar concluído no final de Maio e o castigo de 30 dias deverá ser cumprido nas férias. É a justiça do futebol português."
No futebol, continuamos a luta, jogo a jogo, sempre com o foco na conquista dos próximos três pontos. A última partida ficou marcada pela entrada sem sanção que Nuno Mendes sofreu (acabou por sair lesionado do jogo e, segundo o departamento médico do Sporting CP, foi um verdadeiro milagre o jogador ter escapado a uma lesão grave) e por dois golos anulados ao Sporting CP, um dos quais invalidado por um fora-de-jogo por dois centímetros.
Depois de em Dezembro passado o Sporting CP ter iniciado e liderado a discussão pública sobre a possibilidade de serem públicas as comunicações entre árbitro e videoárbitro, agora é a vez de voltarmos a pedir que se olhe para a ferramenta do VAR com atenção: a ideia não é apenas criticar, mas sim construir um futuro e um VAR melhor, mais justo e mais transparente.
Faltam nove jornadas para o fim da Liga NOS 2020/21. E a receita é a mesma: trabalho, compromisso, humildade e garra de Leão. Sempre juntos, até porque “Onde Vai Um, Vão Todos”.
Miguel Braga, Responsável de Comunicação Sporting CP
"Aos 25 anos João Palhinha chega à Selecção Nacional. Um caso de justiça, ampliada pelo facto de, no mesmo dia da convocatória, ter sido conhecida a sentença do Tribunal Arbitral de Desporto que dá razão ao jogador no braço de ferro com o famígero Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. Que o futebol em Portugal volte a ser jogado apenas dentro das quatro linhas é um desejo de todos nós. E que os nossos possam brilhar pela selecção como o têm feito na Liga NOS.
Luís Maximiano, Daniel Bragança, Pedro Gonçalves, Tiago Tomás, Nuno Mendes e Pedro Porro (este último para Espanha). De fora da convocatória acabou por ficar Gonçalo Inácio, outro dos jogadores "surpresa" no Sporting CP versão Rúben Amorim, titular da defesa menos batida da Europa do futebol.
(Espanha: Atlético de Madrid, 18 golos em 27 jogos; Itália: Juventus FC, 22 em 26 jogos; Inglaterra: Manchester City FC, 21 em 30 jogos; Alemanha: RB Leipzig e VfL Wolfsburg, 21 em 25 jogos; França: Lille OSC, 17 em 29 jogos; Holanda: Ajax, 19 em 25 jogos; Grécia: Olympiakos FC, 13 em 26 jogos; Roménia: CFR Cluj, 12 em 27 jogos; Rússia: FK Zenit, 19 em 22 jogos).
De realçar que destes dez campeonatos (Liga NOS incluída), o Sporting CP é a única equipa que ainda não perdeu um jogo dentro de portas. Números que só nos podem dar alento e força para enfrentar as 11 finais que faltam para o término da Liga NOS. E que dão uma real dimensão daquilo que já foi conseguido até ao momento. No entanto, todos sabemos que as verdadeiras contas só se fazem no fim, quando o árbitro apitar e quando terminar a competição. Até lá, humildade, trabalho e mais trabalho, são os ingredientes para a receita de sucesso".
Texto de Miguel Braga, no Jornal Sporting
No futebol, os pupilos do Míster Rúben Amorim continuam a fazer História dentro do campo: ao vencer o CD Santa Clara por 2-1, conseguiram um feito nunca antes alcançado por uma equipa do Sporting CP: ser invencível à 22.ª jornada da Liga NOS. Com mais esta vitória, a equipa conseguiu também igualar o melhor aproveitamento pontual de sempre do Clube após 22 jogos – 87,88% dos pontos, registo igual ao da equipa dos Cinco Violinos na época de 1946/1947. Apesar de todas estas boas indicações, continuam a faltar muitos jogos até ao término da competição. E temos já mais uma final no sábado frente ao CD Tondela: humildade, concentração e vontade são os ingredientes necessários para conseguirmos mais três pontos.
A semana que passou ficou também marcada pela notícia de que a Liga (através da sua Comissão de Instrutores) entendeu dar seguimento a uma queixa da Associação Nacional de Treinadores de Futebol, acusando Rúben Amorim de fraude e falsas declarações e o Sporting de fraude na celebração dos contratos. Mais uma grande mancha na reputação internacional do futebol português, já que internamente todos sabemos que temos um desporto-rei manchado tal e qual um dálmata. Um episódio triste, e na minha opinião, revelador de uma inveja e mesquinhez de trazer por casa. Tão mau como a ANTF, apenas os ditos instrutores assim como o silêncio ensurdecedor dos colegas de profissão. Uma vergonha totalmente evitável.
Excerto do artigo de Miguel Braga publicado no Jornal Sporting.
Miguel Braga, Responsável de Comunicação do Sporting, abordou, inevitavelmente, no programa Raio-X da Sporting TV, o processo envolvente de Rúben Amorim:
"Considero absolutamente incompreensível o processo movido pela Associação Nacional dos Treinadores de Futebol contra Rúben Amorim.
A associação presidida por José Pereira não tem em conta um dos seus associados mais talentosos e prefere refugiar-se na burocracia. Devia preocupar-se mais pelo facto de só terem existido 30 vagas para o curso de treinador nível 4 quando eram mais de 400 candidatos.
Este processo não é inocente. Nas condições de Rúben Amorim já estiveram Paulo Bento, Paulo Fonseca, Jorge Costa, Sérgio Conceição entre muitos outros...Porquê agora?
O Sporting lidera o campeonato e há uma tendência para ir contra o Sporting. No dia 5 de Março de 2020 Rúben Amorim foi apresentando como treinador do Sporting e no dia 13 de Março a ANTF fez a sua primeira queixa. Não se queixaram antes, porquê?
Também é de estranhar muito outros treinadores não terem saído em defesa de Rúben Amorim. Achava normal que o fizessem e até agora nada. Isto deixa-me desgosto pela falta de solidariedade dada a dimensão de uma possível pena, pois querem deixá-lo de um a seis anos sem treinar.
A celebração de um novo contrato na semana passada foi um sinal dado pelo presidente contra as forças exteriores".
No programa Raio-X da Sporting TV, esta segunda-feira, Miguel Braga, Responsáel de Comunicação do SCP, foi muito crítico em relação ao comportamento do assessor de imprensa do FC Porto, no episódio que acabou por marcar o pós-clássico e que envolveu, não apenas o homem que se senta ao lado do treinador nas conferências de imprensa, mas também Sérgio Conceição e um jornalista do site 'Zerozero.pt':
"Faz-me confusão o que se passou na sala de imprensa e nos momentos posteriores. Há um jornalista que faz uma pergunta ao treinador do FC Porto, assinalando um facto verificável, que qualquer pessoa que ponha o jogo para trás pode ver, e que é, no fundo, uma mola que existe no banco do FC Porto, que os obriga a saltar o triplo das vezes que saltou o banco do Sporting.
Houve um jornalista que se deu ao trabalho de contar quantas vezes saltou um banco e outro, porque, nestas últimas semanas, se tem falado muito que o comportamento dos bancos é, muitas vezes, uma forma de pressionar os árbitros. Fez o seu trabalho, está no sítio onde é suposto a imprensa estar a fazer perguntas e o que se passou foi deplorável. Faz-me confusão que num país livre, num país suposto democrático, exista esta espécie de 'bullying' a jornalistas que fazem perguntas que alguém acha incómodas.
É a liberdade de imprensa, é a liberdade de os jornalistas fazerem perguntas e não serem sujeitos a insultos ou tentativas de agressão. Toda a gente viu o que se passou - e depois não viu nada do que se passou... porque as câmaras não estavam lá. Como é possível um assessor de imprensa insultar desta forma um jornalista? É que não só o insultou na sala de imprensa, como foi a insultá-lo até ao carro dele, o que eu acho realmente surreal.
Há certos senhores que estão convencidos de que há uma coutada dentro do país e dentro do Estado de direito. E não existe. Faz-me confusão que algumas entidades, que gerem o nosso futebol, não digam nem uma palavra sobre este caso. Podia ser a primeira vez, mas não é. Desde 2009, pelo menos, há casos de tentativas de agressão e insultos.
Relativamente ao Sérgio Oliveira, o Rúben Amorim já disse tudo e, perante a resposta dele, não é preciso dizer mais nada. O mesmo para o Francisco Conceição. Aquilo que o Pedro Porro disse, deixa-me convencido, mas, olhando para as imagens e tendo em conta o que o Porro disse, percebe-se facilmente onde está a razão.
Além de Artur Soares Dias, há uma geração de árbitros que tem qualidade. Se for uma parceria de intercâmbio, eu não vejo onde é que está o tal atestado de incompetência de que a APAF fala. Até pode ser uma coisa bastante interessante e, se for para melhorar a arbitragem em Portugal, diria... tudo Ok, maravilhoso".
A angústia do adepto antes do penálti
Foi em 1972 que Peter Handke escreveu “A angústia do guarda-redes antes do penálti”, livro onde a angústia causada pelo pontapé da marca dos nove metros é uma metáfora da própria vida. Na edição desta época da Liga NOS, a ansiedade tomou conta dos adeptos no que se refere a pontapés de penálti: uns porque sim, outros porque não, muitos porque acreditam que o que mais importa é ganhar, mesmo que a vitória seja por meio a zero. Mas independentemente da razão que assiste (ou não) aos adeptos nacionais, olhemos para alguns números:
- Nas primeiras 20 jornadas, o FC Porto foi a equipa com mais pontapés de penálti a favor, num total de 12, o que representa um castigo máximo a favor em 60% dos jogos. Segue-se o FC Famalicão com seis pontapés de penálti a favor (30%) e um grupo de equipas – Gil Vicente FC, SC Farense, CD Santa Clara e Sporting CP – com cinco penáltis, ou seja, com 25%;
- E apesar de em Junho deste ano, Sérgio Conceição ter dito “temos de ter mais penáltis a favor, criar mais ocasiões para termos penáltis”, o FC Porto não só lidera a tabela este ano, como na época de 2019/2020 também foi a equipa com mais penáltis: um total de 14 em 34 jogos, representando 41,1% de jogos com penáltis a favor. Seguiram-se Rio Ave FC e CD Tondela, com 11;
- Recuando mais um ano, época 2018/2019, o pódio dos pontapés de penálti dividiu-se entre Sporting CP (15 a favor, ou seja, 44,1%), Vitória SC (dez) e SL Benfica (nove). E na temporada anterior, de 2017/2018, quem liderou foi o SL Benfica (11 a favor, num total de 32,3%), GD Chaves (dez) e Rio Ave FC (nove).
- Nas últimas dez temporadas, em seis delas, a equipa com mais penáltis a favor em 34 jogos, não atingiu a marca do FC Porto em 20;
- Do lado dos árbitros, o trio com mais pontapés de penálti assinalados é composto por: Rui Costa (em 14 jogos assinalou seis penáltis), Manuel Mota (11 jogos/seis penáltis) e João Pinheiro (nove jogos/cinco penáltis). Do lado oposto, está António Nobre que em nove jogos não assinalou qualquer pontapé de penálti.
Deixemos o poder dos números para a balança de Justiça de cada um e notar que além de liderar com números expressivos a tabela dos pontapés de penálti a favor, o FC Porto também se arrisca a ganhar o prémio Fair Play da Liga NOS – é actualmente a equipa menos amarelada do Campeonato –, o que não deixa de ser perversamente peculiar.
Miguel Braga, Responsável de Comunicação do SCP
Na Sporting TV, Miguel Braga, Responsável de Comunicação do SCP, fez alvo dos penáltis que são marcados a favor do FC Porto, o último dos quais facilitou a vitória dos portistas frente ao Marítimo, ontem à noite. Isto, na cauda de uma outra grande penalidade que garantiu o empate contra o Boavista:
"O FC Porto conseguiu vencer com o 12º penálti que foi marcado esta época a seu favor. São 12 penáltis em 20 jogos, o que quer dizer que, em 60 por cento dos jogos, o FC Porto tem um penálti a seu favor.
Relembro que, quando terminou a primeira volta, o FC Porto tinha os mesmo penáltis que o SC Braga, o Sporting e o Benfica juntos. Actualmente, já consegue ter mais, o que é uma coisa extraordinária.
Há ainda uma particularidade. Tem-se falado muito do novo jogador do FC Porto e ele está com uma média extraordinária de penáltis sofridos. Em 40 minutos, o Francisco Conceição já conseguiu ter dois penáltis por faltas cometidas sobre si, o que, se não é um recorde, é no mínimo um número muito interessante.
Fico satisfeito por o Benfica vir à nossa causa. Mais vale tarde do que nunca. No entanto, este é um pedido peculiar ou estranho, por ser altamente selectivo. Em jogos em que acham que têm razão, pedem para ouvir o áudio e para que a comunicação do VAR seja pública. Não é uma questão de... quando nos dá jeito queremos ouvir as comunicações do VAR.
Por uma questão de transparência e até por uma questão de principio as comunicações deviam ser audíveis! O Sporting tem-se batido, ao longo dos últimos meses, por isso, já fez comunicados por causa disso, espero que o Benfica deixe de ser tão selectivo e perceba que tudo isto é uma questão de transparência e um valor global para o futebol. Não deve ser utilizado apenas quando alegadamente achamos que teremos a nossa razão para ouvir aquelas comunicações.
Relativamente ao encontro do próximo sábado, no Dragão, se o Sporting ganhar o jogo não é automaticamente campeão, se perder o jogo também não deixa de ficar à frente".
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Entretanto, Rúben Macedo, o autor do penálti que permitiu aos dragões vencerem a partida nos Barreiros, que supostamente saiu do relvado em lágrimas (de crocodilo), tem sido alvo de muitos insultos nas redes sociais, nomeadamente depois de vir a público uma publicação sua no Instagram, em que citou o discurso de agradecimento de André Villas-Boas após ter sido distinguido com o galardão Dragão de Ouro em 2011. "O portista sente, sofre, luta. O portista quer, pede e exige. O portista junta, acumula e ganha".
Recorde-se que o agora extremo do Marítimo fez oito anos de formação no FC Porto e ainda quatro anos na equipa B portista, com empréstimos pelo meio. Chegou ao Marítimo no Verão, proveniente do Desportivo das Aves.
No programa Raio-X da Sporting TV, Miguel Braga, Responsável de Comunicação do Sporting, condenou as declarações de Pinto da Costa após o jogo com o SC Braga:
"Há uma relação directa entre a conferência de imprensa [de Pinto da Costa] e os actos que se seguiram, nomeadamente as ameaças de morte ao árbitro Luís Godinho e à sua família. Não é descabido afirmar que parte daquelas palavras foram incentivo às acções que se desenrolaram. O Sporting repudia qualquer incentivo à violência.
Essa narrativa de críticas à arbitragem não cola. É um tipo de comportamento que não ajuda nada. Aliás, pelo contrário, só estraga o futebol português. O FC Porto é a equipa em Portugal com menos amarelos e aquela que durante a 1ª volta do campeonato teve mais penáltis a seu favor, mais do que Sporting, Benfica e SC Braga juntos".
A propósito das críticas do Benfica à arbitragem, Miguel Braga teve isto para dizer:
"Estão de alguma forma tentar desvalorizar a liderança do Sporting apontando como argumento os árbitros ou outras coisas mais surreais, como a quantidade de jogos que tem sido desgastante para as outras equipas e o facto de o Sporting não estar na Europa e ter sido eliminado na Taça de Portugal.
Curiosamente, desde o dia 9 de Dezembro até (ante)ontem, se olharmos para os grandes, fizeram exactamente o mesmo número de jogos. A única equipa que fez mais jogos do que o Sporting, mais um, foi o SC Braga. O Sporting lidera o campeonato por mérito e é a única equipa que até ao momento está sem derrotas"
Miguel Braga, Responsável de Comunicação do Sporting CP, reagiu, no programa Raio-X da Sporting TV, às recém-críticas do FC Porto à arbitragem:
"Quem ouvir os responsáveis do FC Porto a falar e ver a realidade, não bate a bota com a perdigota. No jogo do FC Porto vi dois amarelos bem mostrados, se o 1º não é amarelo então pelo amor de Deus…
"Não podemos passar a vida toda com esta linguagem agressiva e estratégia bélica do FC Porto em tudo o que faz, vide o caso dos falsos positivos, e depois deparamo-nos com a realidade que nos diz exactamente o contrário: é a equipa com mais penáltis a favor e menos amarelos. Acho extraordinário".
Miguel Braga, responsável pela comunicação do Sporting, lamentou a posição assumida por Sónia Carneiro, directora executiva da Liga, no que diz respeito à suspensão do jogo de castigo aplicado a João Palhinha.
A presença de João Palhinha na visita do Sporting a Barcelos, para defrontar o Gil Vicente, amanhã, não é, por enquanto, um dado adquirido. Está dependente do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), que pode resolver o processo antes da partida da 18.ª jornada.
Neste caso específico, só uma decisão favorável aos leões poderá reverter o amarelo mostrado ao médio por Fábio Veríssimo no Bessa e que o teria afastado do dérbi com o Benfica, após inquérito do CD, se o Sporting não tivesse interposto uma providência cautelar juntamente com o recurso que fez seguir para o TAD – e que foi apreciada pelo presidente do TCAS.
O TAD admitiu o recurso a 30 de Janeiro. Na terça-feira estarão cumpridos 10 dias, pelo que a deliberação estará iminente.
ADENDA
A Federação Portuguesa de Futebol vai recorrer para o Supremo Tribunal Administrativo do provimento dado à providência cautelar apresentada por João Palhinha, pelo Tribunal Central Administrativo do Sul, confirmou esta segunda-feira à Lusa fonte federativa.
Na sexta-feira, o Conselho de Disciplina da FPF apresentou uma exposição ao Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais sobre a suspensão do castigo imposto ao médio do Sporting (cinco cartões amarelos), que possibilitou a utilização de Palhinha no jogo frente ao Benfica, em 1 de Fevereiro.
Palhinha foi castigado em 27 de Janeiro, em processo sumário, tendo o pleno da secção profissional do CD da FPF considerado improcedente o recurso do jogador.
E a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto?... pergunto eu.
Como Carlos Barbosa da Cruz escreveu, e muito bem, esta semana no jornal Record, “se se generalizou o uso do VAR, porque se concluiu, e bem, que a tecnologia podia suprir os naturais erros de julgamento dos árbitros, não entendo por que é que essa mesma tecnologia já não serve para corrigir lapsos” dessa natureza.
Não aproveitar todos os recursos ao nosso alcance para trazer mais justiça ao mundo, seja do futebol ou outro qualquer meio ou indústria, é afastarmo-nos do propósito de lutar por uma sociedade melhor e mais justa.
Com a admissão por parte do árbitro do seu erro, com imagens que o comprovem, insistir no erro é, simplesmente, desvirtuar a justiça desportiva. E como alguém disse um dia: “se errar é próprio do Homem, insistir no erro é próprio do diabo”.
Independentemente da actual discussão jurídica, a verdade é que em menos de um mês, o Sporting CP voltou a ser prejudicado, à imagem do que aconteceu com o caso dos “falsos positivos” de Nuno Mendes e Andraz Sporar.
Excerto da crónica de Miguel Braga, no jornal Sporting
Miguel Braga, Responsável de Comunicação do Sporting, no programa Raio-X da Sporting TV, deu voz ao descontentamento do Sporting CP, relativamente ao posicionamento do Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol no processo que conduziu à suspensão de João Palhinha.
"O Sporting foi prejudicado mais uma vez, pois esta decisão condicionou a preparação para o jogo com o Benfica. No regulamento existe a possibilidade da despenalização. É uma possibilidade legal. Foi unânime na imprensa desportiva que a falta foi mal assinalada, possivelmente nem era falta e muito menos cartão amarelo.
Tivemos um árbitro, Fábio Veríssimo, que teve a coragem de assumir o seu erro e, em comunicação com o Conselho de Arbitragem, ter explicado que cometeu um erro. Claro que não pode ter visto o lance em toda a sua extensão, quando, depois, chegou a casa e viu que tinha feito mal.
O facto de existir uma falta discutivelmente inexistente, o dar um cartão amarelo, um jogador ser suspenso automaticamente, o árbitro reconhecer o erro e admitir que não devia ter dado o cartão amarelo… Nada disto foi suficiente para o CD, que prejudicou o Clube e o jogador João Palhinha.
Ao contrário de outros clubes, o Sporting nunca premeditou o seu ataque ou tão pouco tentou minar este CD logo desde o seu início ou quando estava a ser formado. Agora, a reflexão que nós exigimos é que, perante uma injustiça, perante as palavras de um árbitro, que reconhece o seu erro, e perante a verdade desportiva, este CD agiu de forma errada.
Era o que faltava, agora, um tribunal desportivo tentar penalizar o Sporting. Isso não vai acontecer. É uma questão de credibilização da própria arbitragem. Errar é humano, o não admitir o erro e fingir que tudo está bem é que vai contra quem quer a verdade desportiva dentro de campo".
A inclusão de Sporar no negócio que conduziu à contratação de Paulinho ao SC Braga:
"Se olharmos para o início da época e para os jogos que o Sporar fez (ou não) a titular, não é preciso fazer uma dedução brilhante para perceber que, possivelmente, o Sporar ia ter menos minutos em campo do que poderá ter no SC Braga. E, para não termos um jogador parado, a desvalorizar, durante seis meses, foi uma opção estratégica do clube que se percebe facilmente".
Não deixa de estranhar os pormenores revelados pelos bracarenses no comunicado que confirmou a venda de Paulinho ao clube de Alvalade:
"Sei o que estava acordado dizermos, sei que numa transferência mais antiga, a do Rafa, o SC Braga não teve a grande preocupação de dar tantos pormenores. Teremos que lhes perguntar. Nós informámos aquilo que tínhamos de informar".
Miguel Braga conclui, não sem antes confirmar a compra, em Dezembro passado, de mais 40 por cento numa futura venda de Bruno Tabata, e de reconhecer que não existe qualquer pressa em exercer o direito de opção sobre Pedro Porro.
Reportagem de João Lopes, Record
Depois das reacções do FC Porto e de Francisco J. Marques, Miguel Braga, Responsável de Comunicação do Sporting, explicou os factos relacionados com a situação de Sporar e Nuno Mendes na Sporting TV, criticando a ignóbil postura do clube do Norte e respondendo, ainda, à ameaça dos portistas de que poderiam falhar o encontro da Allianz Cup:
"Temos de perceber a irresponsabilidade, tacanhez e a mesquinhez que é preciso para escrever um comunicado tão desprezível relativamente a um assunto como é a pandemia e os testes. O Sporting CP não está a ser beneficiado, não foi beneficiado nem sequer está a tirar nenhum proveito que não esteja completamente no seu direito. O Sporting CP foi prejudicado porque teve dois jogadores aptos impedidos de jogar por um erro de um laboratório que já admitiu o erro.
O Sporting implementou medidas adicionais ao planos de testagem protocolares e tem acompanhamento significativamente muito maior da saúde e do que se passa com os jogadores relativamente à Covid-19. Por achar estranho, foi pedir segundas e terceiras opiniões. E não pediu passado dois meses, foi logo no imediato. Os resultados demoram a chegar. E não é preciso o FC Porto falar com a DGS ou com a própria Liga, porque como devem imaginar o Sporting já o fez.
Acho uma irresponsabilidade, e não percebo o que se passa na cabeça do FC Porto por dizer isto, ainda deixar, além das pressões e ameaças públicas, uma semiameaça que é de não comparecer ao jogo. Para nós será mais fácil, estamos na final se não quiserem comparecer.
O Sporting CP tem a prova que existiu um erro e alguém no Norte do país quer que o Sporting continue a ser prejudicado, porque se calhar acordou mal disposto. Não se pode manter este tipo de atitudes irresponsáveis e muito pequeninas e estar constantemente a incendiar o futebol português, fazendo considerações por o presidente do Sporting CP ser médico e afirmando um chorrilho de mentiras e tentando uma narrativa enganadora e irresponsável.
Na véspera de um clássico, desviar atenções para o que se vai passar dentro de campo e denegrir o Sporting e o seu presidente é de uma tacanhez enorme de pensamento e uma forma de estar na vida e no desporto que, eu acho, as pessoas estão fartas".
Nem mais!!!
Nota: Além das declarações de Miguel Braga, o Sporting também emitiu um comunicado, disponível aqui.
Entretanto, o SC Braga, como não podia deixar de ser, também decidiu intrometer-se onde na realidade não é chamado e emitiu um comunicado, fundamentalmente para manifestar a sua "indignação" por o Sporting querer o que apelida de "tratamento de excepção".
Entre outras coisas, diz isto:
"As regras são muito bem explicitas e, julgávamos nós, tinham sido elaboradas com a obrigatoriedade de TODOS os clubes as cumprirem. Qual não é a nossa surpresa quando ontem, ao final da tarde, somos confrontados com dois ‘falsos positivos’ por parte do Sporting, alegando um putativo erro do laboratório de análises (entretanto desmentido ao jornal O JOGO pelo director clínico da UNILABS, Maia Gonçalves).
O SC Braga mostra-se profundamente indignado pela intenção do Sporting em ter um tratamento de excepção neste contexto pandémico, não só face ao protocolo vigente a nível da Liga profissional de futebol, como no que diz respeito à sociedade em geral. Iremos estar particularmente atentos à decisão soberana das autoridades locais de saúde, confiando que se mantenha o cumprimento escrupuloso das normas vigentes".
Cinco dias após a turbulenta viagem à Madeira, e depois de Rúben Amorim ter acusado a directora-executiva, Helena Pires, de ter exercido pressão sobre a comitiva leonina, agora foi Miguel Braga que surgiu a reforçar a tónica. No programa ‘Raio-X’, da Sporting TV, o responsável de comunicação do Sporting garante que o clube está apostado em “seguir em frente” quanto ao sucedido, no entanto sublinha as queixas do técnico contra a postura da Liga, que através de fontes do organismo já veio negar qualquer tipo de pressão.
“Ficou claro o que se passou. O Rúben (Amorim) tem muitas qualidades e uma delas é a forma como se expressa, não deixa dúvidas. Houve alguma falta de sensibilidade por parte da Liga, acredito que ao dia de hoje não voltariam a repetir essas palavras. Não foi o Sporting que decidiu não aterrar na Madeira ou se o avião podia ou não aterrar. Foi uma situação que não se deveria ter passado, mas passou”, considerou Miguel Braga, comentando a publicação de Pedro Proença, presidente da Liga, que aponta no sentido de o futebol manter a sua actividade, a despeito do agravamento da pandemia.
“Se há actividade em Portugal que está testada e trabalha diariamente para impedir que a pandemia cresça tem sido o futebol. Cada um daqueles jogadores ou elementos do staff já fez mais de 50 testes. Há esta preocupação, não somos imunes à pandemia”, salientou.
Excesso de zelo
A propósito do que considera ter sido uma falta ofensiva mal assinalada a Zouhair Feddal, frente ao Marítimo, o responsável frisou, igualmente, o desagrado em relação ao critério que tem sido aplicado pela arbitragem contra o Sporting CP: “Parece que de cada vez que saltam (os centrais do Sporting) na área é falta contra nós. E não se percebe o porquê...”
No programa Raio-X da Sporting TV, esta segunda-feira, Miguel Braga, Responsável de Comunicação do Sporting CP, voltou à carga sobre a arbitragem:
"A percepção que tenho é que os árbitros têm medo de, em caso de dúvida, tomarem certas decisões que possam prejudicar o Benfica ou o FC Porto. Um amarelo perdoado a Romário Baró em Guimarães que resultaria na sua expulsão, uma falta flagrante que antecedeu o primeiro golo do Benfica ao Portimonense, falta para grande penalidade cometida por Vlachodimos não assinalada...
Apesar dos processos instaurados pelo Conselho de Disciplina da FPF ao Sporting CP, Rúben Amorim e Emanuel Ferro, não quero acreditar em perseguição. É preciso perder o medo de ir contra o poder instituído que é representado pelo Benfica e o FC Porto."
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