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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Afirmação do empresário do jogador, António Araújo: «O Sporting, na pessoa de Augusto Inácio, fez uma proposta ao Franklim Freitas, presidente do Feirense. Não importa falar no valor aqui. Responsabilizava-se pela liquidação imediata e o Sporting levava já o jogador. Em futebol, para acontecer uma transferência, as três partes têm de estar de acordo. Feirense e Sp. Braga estão de acordo mas o jogador não está, porque não sabe de nada. Assim não há transferência.»
Rafa (Rafael Alexandre Fernandes Ferreira Silva), 20 anos, natural do Barreiro, fez o seu primeiro ano de formação no Atlético Povoense em 2003/04, mudou-se para o Alverca na época seguinte onde permaneceu até 2011, em 2011/12 jogou pelos juniores do Feirense e em 2012/13 juntou-se à equipa principal em competição na II Liga. Realizou 42 jogos como titular, 5 como suplente utilizado, acumulando 3203 minutos de jogo e marcando 10 golos, como médio ofensivo.
Campeonato Nacional-Sporting vs Benfica-28 de Março de 1982
«O jogo cemeçou logo um bocado "coxo". Aos quatro minutos o Carlos Manuel fez um golo de canto directo. Mais ninguém viu, só eu. Nem a própria televisão conseguiu tirar as dúvidas. Vi perfeitamente o Virgílio, de cabeça, a tirar a bola de dentro da baliza do Sporting. Foi a grande confusão! Os jogadores do Sporting caíram-me em cima, e o Manuel Fernandes levou um cartão amarelo.
Entretanto o Sporting empatou e, poucos minutos depois, aconteceu o caso entre Manuel Fernandes e o Bento. O Manel isola-se à entrada da área, o Bento sai-lhe aos pés e fica com a bola. Até aqui tudo normal. O Bento levanta-se e quando toda a gente pensa que ele vai repor a bola em jogo, qual é o meu espanto quando ele volta a trás vai direito ao Manuel Fernands e dá-lhe uma cotovelada. O Manuel Fernandes caiu, fez algum espectáculo, mas nem era preciso porque tinha existido um agressão clara. Nesse momento, o Bento apercebe-se que eu marco penalti, lembra-se e atira a bola pela linha final, porque com a bola fora, o jogo ficava interrompido e não haveria lugar à marcação da grande penalidade, mas sim a um pontapé de canto. Aproximei-me do Bento e disse-lhe: "Já é tarde meu amigo".
O Bento queixava-se de ter sido atingido na cabeça com um pontapé mas eu, sinceramente, não vi marca alguma. E depois, se o Bento tivesse ficado combalido no chão eu era o primeiro a parar o jogo. O problema é que levantou-se com o único propósito de agredir o adversário. O Jorge entrou para o lugar do Bento, o penalti foi transformado e o Sporting ganhou 2-1.
Nas semanas seguintes não se falou de outra coisa. O Bento até fez algumas insinuações de que eu o perseguia na sua vida particular, só porque ele tinha uma loja no Barreiro que era concorrente da minha. Enfim... coisas próprias das paixões que o futebol desperta. Dois anos mais tarde, em 1984, num Benfica - Sporting que consagrava o Benfica como Campeão Nacional, voltei a cruzar-me com o Bento no Relvado. Já no final do encontro, com a invasão de campo iminente, ele pergunta-me, "falta muito para a gente se pirar ?" "Dois minutos", disse-lhe eu. Mal apitei ele desatou a correr em direcção ao túnel com a bola na mão. Já perto dos balneários esperou por mim e ofereu-me a bola do jogo. Fizemos as pazes.»
* Do livro "Estórias d'Alvalade" por Luís Miguel Pereira.
Novembro de 2005: Com um grupo de amigos sportinguistas num camarote do "Sky Dome" em Toronto, Canadá, a assistir ao Sporting 5 Santos 3, na primeira época de Paulo Bento na liderança técnica do Sporting. A equipa leonina: Tiago (Nélson 45'), Rogério, Polga, André Marques, Paíto (Edson 45'), Carlos Martins (cap.), Luís Loureiro, Nani, Wender, Pinilla (Silva 60') e Deivid (Tello 65'). Suplente não utilizado: Beto. Os marcadores foram Deivid aos 22 minutos, Pinilla 38', Silva 61'e 82' e Anderson Polga aos 63'.
Evitamos de reiterar, pela inémisa vez, que a crise competitiva do Sporting centra-se na falta de produção ofensiva, que se traduz em golos. Mesmo admitindo que não tem a defesa mais impermeável de todas, não é por esta que se encontra na sua actual posição da tabela classificativa, visto que sofreu apenas 20 golos em 18 jogos da Liga, média de 0,9 golos por jogo, que é excelente. Já o outro cenário é significativamente diferente, para pior, marcando somente 16 golos em 18 jogos da Liga, média de 0,88 golos por jogo. Por insignificante que pareça, os 16 GM e 20 GS, que equivale a uma média negativa de 0,02 por jogo, traduz-se na soma dos resultados, considerando que tem 4 derrotas por 1-0, 1 por 2-1 e 2 por 2-0 e 3-1. De igual modo, os empates também ilustram a realidade dos pontos perdidos: 3 empates por 0-0, 3 por 1-1 e somente 1 por 2-2. Das 4 vitórias, apenas uma foi por uma diferença de dois golos, 2-0.
Através das múltiplas oscilações competitivas, mudanças de treinadores, sistemas de jogo alternativos, etc., os números suportam o argumento de que se o Sporting tivesse marcado, nem que fosse só mais 6 ou 7 golos, por modesto que seja, estaria diversos lugares mais acima na classificação. Podemo-nos dar à análise crítica dos diversos componentes que são parte integral do «make-up» da equipa, mas com a sua melhoria de jogo mais recente, esta não tem problema algum que a concretização de mais uns golos não solucionará.
- O meu colega do Jornal do Sporting, José Manuel Barroso, em entrevista ao Record, critica severamente Daniel Sampaio, quem ele considera um «incendiário», que não exerce a sua posição como vice-presidente da Assembleia Geral com neutralidade, mas com o único objectivo de destituír Luiz Godinho Lopes.
- O movimento «dar rumo» está desagradado pelo atraso na marcação da Assembleia Geral exigida pelo grupo.
- Pedo Baltazar diz que «vai ponderar» ser novamente candidato, mas apenas se não surgir nenhum projecto credível, insistindo, no entanto, na demissão de Godinho Lopes.
- Vera Jardim e Alexandre Patrício Gouveia negam terem sido convidados por Daniel Sampaio a integrarem uma comissão de gestão no Sporting.
- Nuno Farinha, no seu usual espaço de opinião, «Minuto 0», acentua o óbvio, designadamente que nem a vitória em Olhão - após nove meses sem ganhar fora - serviu para trazer alguma acalmia ao Sporting, com Daniel Sampaio no «olho do furação».
Por outras palavras, mais do lamentável mesmo na nação leonina e sem fim à vista. E o dia ainda vai a meio...
Alguém terá dito, algures, que a tristeza é um livro sábio que se tem no coração e que nos diz centenas de coisas. Dois amigos - devotos sportinguistas - conversavam e partilhavam da tristeza sentida pelo crítico e degradado momento que o seu clube atravessa, menos pelos erros que se têm vindo a cometer na sua gestão, muito menos ainda pelos desastrosos resultados desportivos, mais...muito mais, pela sua incapacidade de encontrar razão para a destruíção que verificam à sua volta e que ameaça a sua existência. O livro poderá ser sábio e nos poderá dizer muitas coisas, mas não consola o coração assolado. Espero que o meu amigo me perdoe por publicar esta sua tristeza sentida:
«Custa-me muito assistir a esta «guerrilha» permanente, que se instalou no nosso clube. Sempre considerei que nós sportinguistas pertencíamos a uma grande família, onde todos se respeitavam, e por isso achava que éramos diferentes dos outros, mas constato, infelizmente, que nos últimos anos temos nos comportado como irmãos desavindos...Esta família já viveu momentos melhores, que espero que volte a viver, que as feridas sarem, e nos juntemos todos à mesa para brindar as grandes vitórias do nosso emblema.»
Revejo-me nos seus sentimentos, mas sinto a dolorosa convicção de que há feridas que nunca curam, apenas cicratizam e se esquecem de doer por algum tempo. A divisão infligida na nação leonina pelos aventureiros sedentes pelo poder a qualquer preço e as manifestações públicas pelos energúmenos que os apoiam, pela sua ignorância, vai deixar feridas demasiado profundas para simplesmente serem esquecidas, porque a razão é incapaz de compreender a tristeza do coração.
Apesar da não novidade, temos aqui um perfeito exemplo de incoerência maliciosa por parte da comunicação social desportiva - neste caso, em particular, do «quasi-oficioso» emissário do clube da Luz - através do qual a informação é coordenada e manipulada à conveniência dos prevalecentes interesses. Sob a manchete: «Tivemos sorte em conseguir a vitória», eis o que o periódico desportivo «A Bola» publicou sobre as declarações de Franky Vercateren no final do embate com o Sporting Clube de Braga:
«A Bola»: Depois do final do jogo em que o S.C. Braga chegou a encostar o Sporting na sua grande área, o treinador dos leões reconheceu que a formação de Alvalade teve alguma sorte em ter conseguido terminar o jogo com os três pontos no bolso.
Vercauteren: Pode-se dizer que tivemos sorte em conseguir esta vitória, se calhar a sorte que nos faltou nos outros jogos. O adversário esteve forte, sobretudo no segundo tempo, mas estou satisfeito com o que fizemos no primeiro tempo. Sempre acreditei que a vitória ia chegar.
«A Bola»: Questionado sobre o golo invalidado ao SC Braga, Vercauteren defendeu que «o árbitro tem sempre razão e que as suas decisões têm sempre de ser aceites» e deixou elogios a Eric Dier, o jovem que lançou.
O artigo do jornal limitou-se a isto. Vejamos, então, a versão fidedigna das declarações do treinador do Sporting:
«Se o resultado me parece justo no final do encontro ? Depende de como se olha para o jogo. Se virmos só a segunda parte, temos de admitir que tivemos sorte, talvez a sorte que nos faltou nos outros jogos. Se virmos a primeira parte, então merecemos a vitória. Tivemos ocasiões de golo e dominámos a maior parte do tempo. Por isso acho que merecemos esta vitória que os jogadores já procuravam há tanto tempo, sobretudo pelo que fizemos na primeira parte. Defrontámos uma equipa muito boa, bem organizada e isso também nos dá valor».
«Se me pareceu bem anulado o golo de Alan ? Sim, vi logo que é falta. Mas acho que devemos dar paz aos árbitros e falar o menos possível deles para lhes dar condições para fazer um bom trabalho».
Seguiu-se um comentário sobre Eric Dier, semelhante ao que A Bola publicou e, depois, a última parte que o jornal deixou omissa:
«Se continuo a acreditar que podemos chegar à Liga dos Campeões ? Ainda é um longo caminho. Nós mantemos a ambição, mas ainda temos um longo caminho pela frente, que exige muito trabalho. Vamos continuar a trabalhar bem e, com o apoio dos adeptos, podemos chegar lá todos juntos. A vitória sobre o SC Braga não resolveu nada, mas é um passo importante no rumo que pretendemos seguir».
É por de mais evidente que «A Bola» compôe hábil e maliciosamente o que publica e deixa omisso o inconveniente. A predisposição para textos desta reduzida fidedignidade não é causa para espanto, pelo notórios precedentes de longa data, no entanto, nem por isso deixa de ser menos decepcionante que o conceito sobre os princípios da difusão de informação precisa e confiável, assentes em um impecável senso de ética e responsabilidade - quase como uma bossúla moral - sejam tão vulgarmente desprezados em um País que de há uns tempos a esta parte nutre a independência e a diversidade de expressão intelectual como pilares base de uma sociedade livre e diversificada.
* Artigo publicado hoje no Jornal do Sporting
A equipa de juniores liderada por Abel venceu o Celtic, por 2-1, em jogo realizado na Academia Sporting a contar para a 5.ª jornada do Grupo 4 da NextGen Series. Os golos dos «leões» foram marcados por Mané (12 min) e Medeiros (24 min). Com esta vitória, o Sporting consolidou a sua liderança do Grupo com 12 pontos. O próximo jogo está agendado para o dia 28 de Novembro com o Sporting a receber o Aston Villa.
Em jogo realizado na Academia Sporting este domingo, correspondente à 11.ª jornada do Campeonato Nacional de Juvenis, o Sporting goleou o Benfica, por 4-1. A estrela do jogo foi José Postiga - jovem irmão do bem conhecido Hélder - que contribuiu com um «hat-trick». O outro golo dos «leões» foi por intermédio de Mateus Pereira, através da marcação de uma grande penalidade, aos 69 minutos. Apesar desta derrota, o Benfica continua a liderar a Série D, com 27 pontos, mais 2 do que o segundo classificado Sporting.
José Gomes, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), foi, para ser simpático, infeliz com a sua afirmação de que « o Sporting não tem razões de queixa das arbitragens ». Enquanto que o Clube não deve usar este argumento para desculpar o ínicio de época desastroso, a por de mais evidente disparidade de critérios, nomeadamente quanto à amostragem de cartões amarelos na Liga, é um cenário que dá justa causa às queixas. Segundo as estatísticas de registo, até à 9.ª jornada, o Sporting já viu 38 cartões amarelos, mais 9 que a segunda equipa mais penalizada, o Olhanense, mais 27 que o FC Porto, 22 que o Benfica e 14 que o SC Braga. Paradoxalmente, o Sporting é a equipa com menos faltas sofridas - pelo menos assinaladas - o que disponibiliza outra preponderante consideração quanto à disposição criteriosa.
Como é usual cá no burgo, surge o argumento à conveniência de que equipas que não estão a jogar bem não se podem queixar, como se as Leis do Jogo da FIFA apenas existam para ser aplicadas a quem joga melhor ou é mais forte. Entretanto, com acrescida conflituosidade em um outro sentido, o presidente da APAF apenas «contestou» as declarações de António Salvador sobre a actuação de Pedro Proença no recém embate em Alvalade entre os dois clubes. Bem sabemos o que foi imposto ao Sporting, por muito menos, o que, em última análise, precipita ampla razão para pensar sobre o «campo inclinado» que é aplicável ao nosso Clube, hoje e já há uns tempos a esta parte.
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