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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
No regresso à competição, a equipa de sub-19 do Sporting CP visitou e venceu, o CF "Os Belenenses" por 0-6 naquela que foi a primeira jornada da série B do Torneio Nacional do escalão – prova organizada pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) para esta fase de retoma.
Ao intervalo, os jovens leões já venciam por 0-3, graças aos golos de Renato Veiga, Youssef Chermiti e Lucas Dias. No segundo tempo, a goleada seria consumada com os golos de Mateus Fernandes, Diogo Cabral e o segundo de Youssef Chermiti.
Neste primeiro momento competitivo, o Sporting vai enfrentar também o Benfica e a AA Coimbra na série B. Depois, seguir-se-á o cruzamento com os emblemas da série A, ou seja, o Vitória SC, o Leixões SC, o FC Porto e o SC Braga.
O Sporting anunciou a contratação de Miguel Alves, lateral-esquerdo de 15 anos, para a equipa de sub-16. O ex-jogador d'Os Marialvas, que em 2018/19 representou o Benfica, apontou como referência Nuno Mendes, que tem dado cartas na equipa principal dos leões.
"É muito bom para mim poder chegar a este grande Clube. Agora tenho de continuar a trabalhar. Estou mais próximo de realizar o meu sonho, mas ainda tenho de trabalhar muito para chegar à equipa principal. O que o Nuno Mendes tem feito só me dá mais força, vontade e esperança de lá chegar.
Sou um jogador forte na marcação, nos cruzamentos e nas bolas paradas, tanto a bater livres como cantos. Podem esperar tudo de mim, vou trabalhar e dar o máximo para poder oferecer muitas alegrias".
Enquanto que todas as atenções estão muito naturalmente viradas para a equipa principal masculina, não devemos perder de vista que na prova feminina - Liga BPI - o Sporting tem uma equipa que até ao momento regista 9 vitórias em tantos jogos, o que vale o primeiro lugar isolado na Zona Sul - três pontos à frente do rival da Segunda Circular -, com 47 golos marcados e apenas 4 sofridos.
O último jogo da fase de apuramento teve lugar no Funchal (foto), onde as leoas bateram o Marítimo local por 2-1, assegurando assim o seu impecável registo.
Além de constituir a real base da Selecção Nacional, reconhecimento para a técnica Susana Cova e seu Staff, que até este ponto da época já integraram cinco jovens na equipa: Marta Ferreira (18 anos), Andreia Jacinto (18 anos), Joana Martins (20 anos) e Neuza Besugo (21 anos), que complementam quatro outras que já se estrearam na Liga: Inês Gonçalves (19 anos), Carolina Beckert (20 anos) e Alicia Correia (17 anos), Mariana Rosa, de 19 anos, todas formadas no Sporting Clube de Portugal.
O desenvolvimento de talentos na Academia é uma das marcas notórias do ADN leonino que se tem estendido nos últimos anos também à equipa feminina do Sporting CP.
O seu a seu dono. A frase do título foi proferida por um membro do júri de avaliação de uma tese de mestrado, em defesa da mesma tese. A frase completa foi: “só Deus é perfeito, mas não escreve teses”.
Aplicando este pensamento ao futebol, com a devida vénia, seria: "só Deus é perfeito, mas não joga à bola".
Não há nenhum clube de futebol, tanto aqui ou na Cochinchina, que jogue sempre bem, e até que ganhe sempre. O futebol é, pode ser, um espectáculo. Mas é esse o seu principal objectivo? Não me parece. O principal objectivo é só ganhar. O que fica de um jogo, de um campeonato, depois de assentar toda a poeira, é o resultado. O êxito no futebol mede-se por perder e ganhar.
Qualquer adepto que não esteja de má-fé sabe bem isso. Claro que os adeptos preferem ver bons espectáculos dentro do campo e com nota artística. Mas jogar bem e acabar a perder, não entusiasma nada o adepto do clube que perde. Faz parte do ADN da natureza humana, festejar vitórias e não derrotas.
Por outro lado, os executantes do jogo chamado futebol, são pessoas como todos nós, com virtudes e defeitos. É verdade que têm uma apetência especial para essa tarefa, e são pagos acima da média, mas naturalmente não deixam de cometer erros. Têm dias em que tudo corre bem, e outros nem por isso. Na disputa de um jogo há sempre imponderáveis.
O Sporting partiu para esta temporada com uma equipa constituída por jovens vindos da formação, e por algumas aquisições, com potencial, mas sem o rótulo de craques. A equipa técnica afina pela mesma diapasão. Em comparação com os adversários mais directos, não está no mesmo patamar, em função do dinheiro investido no plantel.
E no entanto, está no primeiro lugar. Quem se atreveria a dizê-lo no início da campanha? Creio que nem o adepto mais optimista! E de tal modo surpreendeu tudo e todos, que a opinião especializada inventa justificações à dúzia, para aquilo que consideram uma quase impossibilidade.
O que não se deve é pedir a esta equipa a perfeição que não se exige a outras, que possuem condições para serem mais competentes. O que não se pode é exigir o céu, quando vivemos na terra. O que é totalmente inadmissível é arrasar estes jovens por, apesar de ganharem, fazerem um jogo menos conseguido. O que me parece ainda mais suicida é serem “ditos” sportinguistas a fazê-lo. O que se pode exigir é trabalho, empenho, determinação. O que se deve dar, é apoio, serenidade, compreensão.
Esta equipa, surpreendentemente, está no primeiro lugar. Não podemos saber como estará no fim de uma prova longa, e que ainda está no início. O que sabemos é que esta equipa deve bater-se para ganhar cada jogo que disputa. Por sua vontade, com humildade, creio que o tentará fazer. Se o vai conseguir ou não, o tempo dirá.
Aconteça o que acontecer, estou convicto que estes jovens darão tudo o que podem e sabem para honrar a camisola de leão ao peito que envergam. Mas são humanos, não são deuses. Estes, dado que não jogam à bola, o que podem fazer é protegê-los, porque, como se costuma dizer... protegem os audazes.
Rafael Moreira é o novo reforço do Sporting CP. O extremo-direito chega proveniente do GD Estoril Praia e muito provavelmente integrará a equipa de sub-23.
“Aquilo que sinto é orgulho e a certeza do trabalho bem feito. No Estoril Praia apostaram em mim, acreditaram muito nas minhas qualidades, e a mim coube-me trabalhar para corresponder e hoje chegar aqui. Continuem a apostar e a acreditar na formação. Há aqui grandes valores. Eu prometo dar tudo para continuar a manter o Sporting CP lá em cima”.
Ao que consta, o extremo assinou um contrato válido por três épocas com opção por mais duas, ou seja até 2025, ficando blindado por uma cláusla de rescisão de 40 milhões de euros.
O Sporting terá efectuado o pagamento de 500 mil euros ao Estoril Praia e ainda cedido 25% do passe de Chiquinho, um avançado de 20 anos formado no Sporting e sobre quem tinha os respectivos direitos. Chiquinho já faz parte do plantel principal dos canarinhos e agora passa a pertencer por inteiro a esse clube.
Alicia Correia, defesa-esquerdo da equipa principal de futebol feminino do Sporting CP, assinou contrato profissional com o Clube.
A jogadora de 17 anos chegou ao Sporting CP em 2016, proveniente do FC Barreirense, e representou os escalões de formação e depois a equipa B até chegar à equipa principal em 2020/2021. Tem sido aposta de Susana Cova e já conta com quatro jogos realizados e um golo pela mais importante formação leonina.
Deveras marcante, em 2020/2021, foi também a estreia pelo escalão principal da selecção nacional. Ao serviço da equipa orientada por Francisco Neto, a atleta verde e branca esteve em campo durante os 90 minutos da vitória de Portugal em casa de Chipre (0-3) no passado dia 23 de Outubro.
"É um grande orgulho sentir que todo o meu trabalho ao longo dos anos no Sporting CP tem vindo a ser valorizado. Desde que comecei a jogar futebol que um dos meus grandes sonhos sempre foi tornar-me profissional. Poder fazê-lo num Clube que aposta em mim e que me valoriza há cinco temporadas é muito bom".
Inês Fonseca, jogadora que integra a equipa sub-15 de futebol feminino do Sporting CP, assinou esta terça-feira contrato de formação com o Clube. A atleta ingressou no futebol leonino em 2018/2019, proveniente do CD Pinhalnovense.
“Estou muito feliz por assinar este contrato. É um sonho tornado realidade. Sempre foi o meu objectivo desde que cheguei ao Sporting CP e agora consegui. Ao ver os exemplos de Rita Fontemanha, Ana Capeta e Ana Borges, vou trabalhar para chegar ao mesmo patamar e defender sempre o Sporting".
Em entrevista à agência espanhola EFE, Frederico Varandas acusa o governo português de ter abandonado o futebol, por continuar a insistir que os jogos sejam disputados à porta fechada:
"O futebol está abandonado, sem apoio do Estado. É absurdo que dentro de um mês se venha a disputar em Portugal competições como o MotoGP e Fórmula 1 e não possa haver público nos estádios, como acontece noutros espectáculos, como as touradas.
Hoje já se sabe que a partir do 10.º dia em que o paciente testou positivo não existe risco de transmissão e em Portugal o doente continua ter de cumprir 14 dias de isolamento. Em Espanha ou Inglaterra os jogadores são isolados durante 10 dias.
Não se pode perder nunca o critério científico, o que está a acontecer devido ao ruído e à pressão, pois os verdadeiros grupos de risco são os idosos e os que têm já patologias associadas.
Não existe risco se os estádios receberem entre 20 a 30 por cento da sua capacidade. É impossível a sobrevivência económica dos clubes se esta restrição se mantiver durante muito mais tempo".
Leões da equipa B de futebol
O futebol voltou, mas não de forma igual. Depende das divisões em que se joga. Repare-se no exemplo que chega dos Açores este domingo.
Nos jogos da I Liga continua a não haver público nas bancadas e o Santa Clara - Marítimo decorre à porta fechada.
Já no Estádio Municipal da Praia da Vitória, nos Açores (Ilha Terceira), em jogo da Série G do Campeonato de Portugal, a partida entre Fontinhas e Estrela tem “lotação esgotada” com público nas bancadas.
O Governo Regional dos Açores permite 10% de público nos estádios, à excepção do Santa Clara, que acatou as recomendações da Liga Portugal e da DGS para os encontros das Ligas profissionais.
Este domingo, a DGS confirma 552 novos casos e 13 mortes em Portugal.
Mónica Mendes, internacional portuguesa, é a mais recente contratação da equipa sénior de futebol feminino do Sporting Clube de Portugal. Aos 27 anos, a central - que também pode actuar como lateral-esquerda - chega ao emblema Leonino proveniente das italianas do AC Milan para trabalhar às ordens de Susana Cova em 2020/2021.
Em Portugal, Mónica Mendes representou a SR Bairro da Bela Vista, o Beira Mar AC Almada e a SU 1.º Dezembro, tendo sido ao serviço deste último clube que ganhou mais notoriedade – vencendo três Campeonatos Nacionais e três Taças de Portugal entre 2009/2010 e 2011/2012. Seguiram-se vários anos no estrangeiro, com a jogadora a representar diversas equipas nos EUA, Chipre, Noruega, Suíça e Itália. No estrangeiro, conquistou títulos ao serviço do Apollon Limassol FC (Chipre), FC Neunkirch (Suíça) e ACF Brescia (Itália).
"Estive nove anos no estrangeiro e a vida levou-me a tomar esta decisão agora. Nunca fechei as portas a Portugal e sempre disse que estavam abertas para o meu regresso. Quis o destino também que fosse para o Clube pelo qual tenho muita estima e um carinho muito grande desde que sou pequena devido à minha família. Cresci com o gosto pelo Sporting CP, o que torna este projecto ainda mais especial para mim".
Inês Gonçalves, avançada de 19 anos que está a realizar a pré-época com a equipa principal de futebol feminino do Sporting CP, assinou esta sexta-feira contrato profissional com o Clube.
Contando já com 11 internacionalizações pelas selecções de sub-16 e sub-19 no currículo, a jogadora verde e branca na época passada somou 17 golos em 18 jogos ao serviço da equipa B e juniores.
“É um sonho realizado. Há dois anos cheguei ao Sporting CP depois de sair da minha zona de conforto e hoje fui recompensada. Este é o caminho que quero seguir, trabalhar mais todos os dias para conseguir alcançar objectivos a nível pessoal e colectivo”.
Já aqui no blogue se discutiu a polémica questão da bota que tirou o terceiro lugar da Liga ao Sporting, a escassos minutos do final do jogo, com todas as consequências. Concordo que o SCP podia e devia ter arrumado este assunto, antes do último jogo da época. Teve essa grande oportunidade, mesmo descontando erros graves de arbitragem. Não concordo, porém, com alguns sportinguistas que aqui defenderam veementemente que a decisão do árbitro/VAR foi totalmente correcta.
Pode concluir-se, que de acordo com as imagens e a colocação das malfadadas linhas, determinadas em cada momento pelo VAR, se descobriu que havia uma nesga de bota a pôr o marcador do golo em jogo. Mas também se pode questionar se a colocação da câmara utilizada que dá azo ao traçamento da linha, era a mais correcta, de acordo com a realidade, como também aqui foi defendido. E muito mais se pode questionar se a decisão seria a mesma, noutro contexto.
Mas quero, a partir deste caso concreto, que prejudicou o Sporting, ir um pouco mais além nesta questão da marcação ou não, de foras-de-jogo ao milímetro. É um preciosismo de pretenso rigor, que prejudica as equipas em jogo e o próprio futebol. Na lei do fora de jogo beneficia-se quase sempre o infractor que é precisamente quem procura tirar alguma vantagem do adiantamento. E tem evidentes reflexos no posicionamento das defesas, que se organizam com base nesse pressuposto. No fundo, o que se perde é a fluidez de jogo.
Na minha perspectiva, esta medição falível dos fora-de-jogo, a partir de linhas virtuais só por si susceptíveis de erro, que decide por uma unha do pé ou da mão, é uma aberração. A perfeição nunca existiu , nem existirá. Por isso, seria de bom senso alterar a lei de fora-de-jogo, no sentido de criar uma margem de segurança, que não deixe dúvidas, como por exemplo o corpo ou parte dele, na totalidade. Ganharia a dinâmica do jogo e a verdade desportiva. Isto para não pôr em causa a própria regra, o que talvez merecesse profunda reflexão.
Numa última nota, parece-me não merecer qualquer discussão, que em caso de dúvida se decide sempre contra o Sporting CP. Ou por um pé, ou por uma pretensa falta ofensiva, ou por um qualquer derrube na área considerado normal. Eu não sou de assumir atitudes de “calimero”, mas o histórico das arbitragens nos jogos do Clube, tem um saldo fortemente negativo em casos menos claros. E se nalguns pode não ter efeitos graves, noutros já tem custado títulos.
E faço esta pergunta: que raio de influência tem uns centímetros de um pé, na sequência de uma jogada?
Depois de um ano de empréstimo ao GD Estoril Praia, Duarte Carvalho está de regresso ao Sporting Clube de Portugal e assinou contrato profissional esta quinta-feira. O jogador de 18 anos parte para o segundo ano como sub-19 em 2020/2021.
Pelos juniores dos canarinhos, realizou 22 partidas e marcou 4 golos.
"Estou no Sporting CP desde que me conheço e desde que dou uns toques na bola. Entrei no Sporting CP quando ia fazer seis anos. É a minha segunda casa e já conheço todos os cantos. É bom estar de volta e espero que seja um bom ano.
Volto assim ao Clube do meu coração e espero ficar aqui durante muito mais tempo. (...) Contem connosco, que queremos dar muitas alegrias ao Sporting CP".
Mariana Rosa, lateral direita de 19 anos, na formação do Clube desde 2016/17, assinou contrato profissional com o Sporting Clube de Portugal e em 2020/2021 vai ser aposta na equipa principal de futebol feminino.
“Tudo isto é o cumprir de um grande sonho. Sou Sportinguista desde sempre, costumo ir ao Estádio José Alvalade e estou no futebol feminino do Sporting CP desde o início do projecto. Nem tenho palavras para descrever o que sinto.
O futebol feminino do Sporting tem melhorado muito, tem feito muito bem a aposta na formação. Está melhor em todos os aspectos, ano após ano, e isso é óptimo para o Clube e para mim também.
Vai ser difícil lutar pelo mesmo lugar da Ana Borges, que é a minha jogadora preferida. Ela joga muito bem e tem muita experiência”.
A batalha de Aljubarrota, onde um muito pequeno exército português, sem a sua cavalaria tradicional que se passou para o inimigo, venceu o gigante castelhano, tem sido objecto de estudo. Em linhas gerais, a vitória de Aljubarrota é resultado de uma táctica de guerra inovadora, conhecida como o “quadrado” e por alguma displicência do inimigo, que convencido da sua superioridade, julgava que “eram favas contadas”. Mas explica-se também pela determinação de um exército, bem mentalizado e dirigido, pelo jovem Nuno Álvares Pereira. À sua fiel imagem havia muitos jovens naquele exército, muitos deles agregados numa ala que ficou conhecida pela “ala dos namorados”, tendo em conta a sua juventude.
Mas não é dessa batalha que garantiu a independência nacional que pretendemos falar neste contexto. Queremos falar de futebol e do nosso “novo Sporting”. A introdução do texto vem a propósito de se encontrar alguma similitude, com as devidas distâncias, com a actual equipa principal do Clube.
Nesse sentido, pode-se considerar que temos também uma equipa guerreira, motivada e determinada, que vai ganhando batalhas, conseguindo vitórias, nas quais muitos não acreditavam e que outros “castelhanos” não desejavam. Dessas vitórias fazem parte um comandante jovem, ambicioso e sem medo algum de arriscar. Dessas vitórias fazem muitos jovens imberbes que podemos classificar como uma “ala dos namoradas”. Dessas vitórias fazem parte as tácticas adequadas a cada situação.
A questão que se coloca é: vão-se ganhando batalhas, mas pode-se ganhar a guerra com a “ala dos namorados”? Pode-se desde que a equipa seja composta também por veteranos com experiência. O que acontece, na minha perspectiva, é que não existem em qualidade e quantidade. Em campo temos Coates, Ristovski, Battaglia. Fora dele (lesionados) Vietto, Acûna e alguns jovens com mais experiência, como Jovane e Francisco Geraldes, para além de alguns emprestados.
Na preparação da próxima época deve seguir-se esta estratégia, mantendo em campo a “ala dos namorados”, mas enquadrada com atletas de boa qualidade e mais experiência, necessários para ganhar uma guerra. Neste momento, creio que não existem, e portanto é preciso ir ao mercado providenciar esses meios. E estou convicto que o timoneiro, com a sua competência, estará atento à situação.
Na simbiose entre juventude aguerrida e experiência competente estará a solução. E para poder dar passos neste caminho a formação é vital. Pena foi ter sido descurada, sobretudo na fase de aproveitamento dos novos talentos., aos quais não foram concedidas todas as oportunidades. Por outro lado. para que esta tarefa tenha total êxito, precisamos de um Sporting unido e ao lado da equipa, nos bons e nos maus momentos. Aljubarrota também é consequência da vontade de toda a nação.
Cândido Portinari, Futebol, 1958
Óleo sobre madeira, 35,2X26,8 cm, Casa-Museu Portinari, S. Paulo, Brasil
A pintura Futebol retrata a cena de um jogo de futebol entre meninos e tem por cenário o campo de Brodowski, terra natal de Portinari. O futebol de rua, em Brodowski, apareceu nos primeiros anos do século XX, antes mesmo de se construir o campo de jogos no antigo largo da Igreja de Santo António, onde rapazes de todas as idades jogavam com bolas de meia ou de bexiga de boi. Mais tarde, como tema da arte de Portinari, que transporta as lembranças da infância para a sua obra, a cena ficaria eternizada pelo pintor.
A Casa-Museu Portinari, em Brodowski, pratica o intercâmbio com a comunidade em que se insere, valorizando manifestações da identidade, da cultura e do património brasileiro. Também, será uma forma de revalorizar a obra através de uma leitura para os dias atuais, cultivando a presença dos “meninos” e dos cidadãos na esplanada do Museu e na Praça onde este está instalado e valorizando, assim, as manifestações culturais, a identidade e o património paulista.
O “Brodowski Futebol Clube” e o “Clube Atlético Bandeirante” fazem parte da identidade cultural desportiva da cidade de S. Paulo, tendo contribuído para a formação de campeões locais, regionais e estaduais. Também as inúmeras equipas de “várzea” (futebol amador) mobilizaram, e ainda mobilizam, atletas e adeptos fiéis e abnegados (In Enciclopédia Itaú Cultural).
A Ministra da Saúde, Marta Temido, sublinhou a severidade de ocorrerem concentrações de pessoas para assistirem aos jogos da I Liga, que vão ser retomados em 3 de Junho, sem público e transmitidos em canais pagos:
“Por ocasião de competições desportivas, haver concentrações em determinados espaços, é evidente que isso não vai poder acontecer da forma como estávamos habituados".
As dez últimas jornadas da edição 2019/20 da I Liga portuguesa de futebol vão decorrer à porta fechada, entre 03 de Junho e 26 de Julho, depois de a competição ter sido suspensa em 12 de Março.
“Nós cá estaremos para dar as explicações que entendam necessárias e a Direcção-Geral da Saúde (DGS) para produzir os normativos adequados para que todos se sintam então devidamente enquadrados", referiu a Marta Temido, recusando, no entanto, criar uma “sociedade excessivamente normatizada, em que não é possível prever tudo e os riscos de falhas também acontecem”.
“Há um momento em que cada um tem de se responsabilizar pelos seus comportamentos individuais e ainda pelo ambiente de eventual risco em que se coloca. O comportamento individual tem sido o melhor garante dos resultados alcançados”.
Segundo o boletim epidemiológico divulgado este domingo pela DGS, Portugal contabiliza 1.316 mortos associados à Covid-19 em 30.623 casos confirmados de infecção.
Relativamente a sábado, há mais 14 mortos (+1%) e mais 152 casos de infecção (+0,5%).
Mais 14 mortos... Para alguns, e não só em Portugal, o registo diário de fatalidades é quase uma estatística desportiva, tal a sua irresponsabilidade em movimentarem-se na sociedade convencidos que são "à prova de bala".
Graça Freitas afirmou este domingo que, caso os testes às equipas de futebol derem um número elevado de casos positivos de Covid-19, terá de ser equacionada pelas autoridades “a avaliação de risco”:
“É uma situação muito complexa, conciliar o retorno da actividade do futebol com regras sanitárias e de segurança. É difícil definir linhas vermelhas. Se os testes feitos às equipas derem um número elevado de casos positivos, terá forçosamente de ser equacionada pelas autoridades de saúde de nível local, regional e nacional a respectiva avaliação do risco em concreto”, disse a Directora-Geral da Saúde, na sua conferência diária sobre a evolução pandemia.
“De acordo com os resultados, está prevista a intervenção da autoridade de saúde. Qualquer decisão de avaliação do risco e de medidas em concreto envolve os três níveis: local, regional e nacional. As regras vão ser cumpridas, aguardemos os resultados e depois vamos avaliar os riscos”, acrescentou.
Recorde-se que três jogadores do V. Guimarães tiveram, este sábado, resultados positivos à Covid-19, nos testes efectuados pelo clube.
Estes são os primeiros casos detectados em jogadores de equipas da I Liga de futebol.
Mario Zanini, Futebol, óleo sobre tela, 51,5X73 cms, Colecção Particular
O brasileiro Mario Zanini foi pintor, desenhista, gravador, ceramista e professor de artes plásticas. Filho de emigrantes italianos, Zanini desenvolveu a sua trajetória artística em São Paulo, onde residia no bairro operário do Cambuci. Em 1927, tornou-se amigo de Alfredo Volpi, vindo a integrar, juntamente com este artista, o Grupo Santa Helena.
Na pintura Futebol, à maneira dos fauvistas, Zanini recorre a pinceladas largas para a definição das formas e à explosão libertária da cor através das cores primárias - amarelo, azul e vermelho, num diálogo com o branco e o preto dos equipamentos. As formas (a humana e a natureza) são sugeridas, não existindo preocupação com o desenho formal e realista. Os tons de castanho (claro e escuro) permitem o tratamento da forma humana num diálogo com a paleta dos equipamentos. O uso livre da cor cria tensão entre uma pintura emocional e a formalização da estratégia do jogo: a expectativa da concretização da jogada e o voo livre na diagonal do guarda-redes que procura a defesa. Afinal, o diálogo entre forças antagónicas - o dinamismo e o bloqueio da jogada pelos futebolistas.
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