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O leão mostra a sua raça

Naçao Valente, em 03.01.22

O ano de 2021 ficará como um capítulo altamente positivo na história do Sporting CP e do desporto nacional. Arrasámos nas modalidades, inclusive a nível europeu, e conquistámos três títulos em quatro no futebol profissional, com a proeza de ganharmos a Primeira Liga, feito que não se verificava desde 2002. Penso estar certo, ao afirmar, que nem em sonhos esperávamos tamanhos êxitos.

Desportivamente brilhante, portanto, deve-se, prioritariamente, à competência e empenho de todos os nossos atletas e dos seus técnicos, mas também às condições proporcionadas pelas estruturas de apoio, à frente das quais se encontra o presidente Frederico Varandas.

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A revolução feita no futebol profissional, sob a batuta do técnico Rúben Amorim, em boa hora contratado, apesar de muito contestado pelos catedráticos em tudo o que mexe, e que auguravam o pior, pelos motivos mais irracionais. Mas para além da sua competência, o nosso “míster” encaixou como uma luva no projecto que lhe terá sido apresentado pela “estrutura” dirigida por Hugo Viana, com o beneplácito da Direcção.

Este projecto, predominantemente assente em jovens com potencial, muitos deles vindos da nossa formação, tem de ter continuidade, para que as vitórias sejam uma constante e não apenas um mero episódio passageiro. Nesse sentido, tudo deve ser feito para manter a equipa que lhe dá corpo, nomeadamente o técnico. A percepção que tenho é que Rúben Amorim está empenhado em cimentá-lo, até atingir patamares bem mais elevados, e antes de, eventualmente, partir para outros voos.

Para além de quem trabalha directa e exclusivamente no terreno, é imperativo que haja estabilidade. Nesse sentido, parece-me importante que se mantenham os actuais órgãos sociais, que iniciaram o projecto, e que em condições muito difíceis recuperaram o Clube do buraco negro, onde tinha caído. 

Além de terem aberto as portas ao êxito desportivo, estão a fazer um trabalho exemplar (que precisava de ser muito mais divulgado) na recuperação financeira do Clube, sem a qual a componente desportiva não pode de modo algum ter sucesso. A decisão cabe aos associados, que em momentos decisivos, costumam ter bom senso.

O Leão, meio anestesiado durante muito tempo, está, de novo, a mostrar a sua raça. O que se pretende é que a mostre feroz e permanentemente, e não apenas em “fogachos”, com a consciência que haverá muitas dificuldades, e que não pode voltar a adormecer.

publicado às 03:34

No absurdo reino da estupidez

Naçao Valente, em 23.10.21

O que dá mais e maior visibilidade a qualquer colectividade desportiva, são as actividades por si desenvolvidas e os êxitos que lhe estão associados. A parte, mais obscura, da gestão financeira, por norma, não merece dos adeptos a mesma atenção. São assuntos que devem ser entregues a técnicos competentes, sob as orientações do órgão directivo.  Daí que a votação de orçamentos, construídos com rigor, passa ao lado de muitos associados.

O que se passa nesta altura no Sporting CP, em relação à votação dos R&C, não é vulgar, nem corresponde a uma apreciação técnica dos documentos. Não passa de uma opção política abusiva, de um segmento de associados, que se colocou à margem do Clube, como atitude revanchista para com os Órgãos Sociais vigentes, desde que perderam o poder e os privilégios.

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A propósito do absurdo reino da estupidez, isto, no Twitter, autoria de

um qualquer bandalho que se intitula "Barão Verde (Brunista 1906)".

O que se está a passar, na sequência da marcação de uma Assembleia Geral para aprovar os R&C,  é um absurdo, ao querer meter na Ordem de Trabalhos, anunciada, assuntos não previstos. Os sócios podem pedir a realização de AGs, dentro do estabelecido nas regras, assim como indicar os temas a tratar. Agora alterar a Ordem de Trabalhos de uma reunião marcada, é um aberração.

O que pretendem os signatários com as manobras de registo? Mostrar-se, desestabilizar, fazer ruído. Quem prejudicam, principalmente, não são os Órgãos Sociais transitórios, mas sim o Clube, em nome de um projecto há anos derrotado. Na ânsia de voltar ao poder, não medem a incongruência da sua acção.

Mostram, esclarecidamente, que não percebem o que se passou com a queda do brunismo, rejeitado pelos sportinguistas. Mostram pouca inteligência, ao enveredar pela arruaça. Mostram estupidez funcional ao insultar os associados que não os apoiam. Não percebem que por esse caminho, para além do núcleo duro, não ganham nem um voto.

O que me preocupa é que provoquem distúrbios, e com isso, arrastem o nome do Sporting, para o seu absurdo reino da estupidez.

publicado às 02:35

A pesada herança

Naçao Valente, em 08.10.21

O presidente Frederico Varandas foi eleito em 2018 num acto ao qual concorreram vários candidatos. Um processo eleitoral realizado de acordo as normas Estatutárias, assumindo assim, legitimamente, a presidência do Sporting Clube de Portugal, por quatro anos.

Tendo em consideração a situação em que se encontrava o Clube, na sequência do ataque à Academia de Alcochete, previa-se que a nova Direcção não teria uma tarefa fácil. A pesada herança que recebeu do 'brunismo', exigia competência, coragem e determinação, para colocar o Clube na via da recuperação.

O Sporting que recebeu então, estava numa situação financeira muito preocupante. Com problemas imediatos de tesouraria, teve que organizar em tempo recorde o lançamento de um empréstimo obrigacionista, que permitisse pagar o que não tinha sido pago em tempo útil. Com o clima deveras hostil e desconfiado, dos meios financeiros, mas com o apoio dos sportinguistas que por norma põem o Clube acima de interesses particulares, o presidente e a sua direcção, levaram a tarefa a bom porto.

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Mas a direcção anterior, demitida na sequência de grave desrespeito aos Estatutos, deixou também uma situação desportiva bastante complicada, em consequência das rescisões que foram apresentadas pelos activos mais valiosos da equipa de futebol profissional. Houve que correr atrás do prejuízo, procurando resgatar alguns desses activos, ou em alternativa, negociar com os clubes que os contrataram para minimizar os estragos. Essas negociações, facilitadas pelos jogadores em causa, e pelos novos clubes a que pertenciam, permitiram recuperar uma boa parte do valor in limbo, com reflexos positivos nas contas do Clube. Porém, nunca se saberá o que se perdeu nessa sangria.

No entanto, a pior herança recebida por esta Direcção, a cereja em cima do bolo, foi o desrespeito pelos resultados eleitorais, por parte de um grupo, cada vez mais minoritário de apoiantes do anterior presidente. Como se verificou em todas as Assembleias Gerais após as eleições e também nas redes sociais e na rua, a contestação atingiu dimensões de extremo cariz antidemocrático, como nunca tinha acontecido no Clube. Esse grupo, de sportinguismo duvidoso, atacou os Órgãos Sociais eleitos, especialmente o presidente, recorrendo ao insulto e à arruaça, com o intuito de conseguir a sua demissão.

Passaram cerca de três anos. Depois de alguns erros no percurso, entrou-se num caminho de esperança e de construção de um Sporting competitivo. Ganharam-se todas as provas nacionais, com relevo para um campeonato que se tinha tornado numa mera miragem. Nas restantes modalidades conseguiram-se muitos êxitos, não só no panorama nacional, mas também no plano internacional, Apesar de uma situação pandémica, com reflexo nas receitas, a situação financeira ficou controlada.

Indiferente à situação descrita, esse grupo, alheio aos interesses do Clube, não desiste do seu projecto de má fé e desestabilização. Aproveitando alguma apatia dos associados, na participação em assembleias gerais, e de alguma ausência de mobilização, conseguiu numa atitude meramente destrutiva, boicotar instrumentos de gestão. Como diz Miguel Braga, não lhes chega ganhar votações, legitimamente, por falta de comparência de muitos sócios. Fazem questão de,  como um grupo antidemocrático, insultar quem deles discorda.

O presidente Varandas pediu mais uma AG, na qual pretende que se clarifique a situação. Das duas uma: ou os associados comparecem como a maioria que são e põem no seu lugar este grupo minoritário e arruaceiro alienado, ou então deixam que eles voltem a assumir o protagonismo que tiveram outrora, com as inevitáveis consequências de mau grado. Os Sócios sempre souberam dizer presente em momentos fundamentais. Acreditemos que o voltem a fazer!

P.S.: Um antigo atleta e treinador de kickboxing do Sporting, de quem não me lembro o nome, manifestou recém-interesse em concorrer a presidente do Sporting. Nada a dizer sobre esse direito, se reunir as condições exigidas. O que causa perplexidade, é o facto de ele ter considerado o mandato desta direcção o pior de sempre. Ou muito me engano ou os testas de ferro do brunismo, já estão a posicionar-se.

publicado às 03:19

O caminho faz-se caminhando

Naçao Valente, em 30.09.21

A até agora prestação negativa na Liga dos Campeões, do Sporting CP,  deu azo a um coro de ladainhas. Umas vindas daqueles adeptos que esperam mesmo que elas aconteçam, e de que precisam como de pão para a boca, outras, de adeptos que tomam a nuvem por Juno, e consideram que por o Clube ter feito uma boa época já é uma super equipa.

Nos jogos europeus com adversários superiores, financeira e desportivamente, perder, não me surpreende. O que mais me surpreendeu foi a derrota por números elevados, num jogo, claramente atípico. No entanto, perder com estas equipas, não é nenhuma desonra. Desonra seria sim se não nos batêssemos desde o primeiro ao último minuto. A equipa de futebol profissional evoluiu e cresceu na última temporada, mas quem tem os pés assentes na terra, sabe que o Sporting, não está no mesmo patamar dos colossos europeus.

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Para o futebol caseiro, temos equipa para lutarmos pelas provas nacionais, com os nossos adversários mais directos. Apesar disso, é preciso ter a noção que os dois rivais, com os quais disputamos os primeiros lugares, ainda são, quer em investimento desportivo, quer, e como consequência, em qualidade de plantel, superiores. O Sporting, iniciou na época transacta, um caminho que visa colocá-lo ao mais alto nível. Mas nesse caminho, apenas se deu um primeiro passo.

O projecto da actual estrutura, passa por construir uma equipa competitiva, com jovens jogadores, dando preferência à “prata da casa” que vem da nossa Academia. Antes deste processo começar, já o defendia, como forma de alavancar o futebol do Clube. No entanto, este projecto, precisa de tempo para ser implementado. E para isso, os adeptos, precisam de ter plena consciência que vão existir avanços e recuos. O imediatismo, é o seu maior inimigo.

Como tem dito, e ontem voltou a reafirmar, Rúben Amorim, a consolidação deste caminho faz-se caminhando e ainda faltam uns “aninhos” para estar ao mais alto nível. Daí a sua estratégia patente, para dentro e para fora, do “jogo a jogo”. Não gerando o Clube grandes recursos ordinários, faz parte do projecto formar e lançar jovens de alto potencial (veja-se Nuno Mendes, como exemplo) para o suportar desportiva e financeiramente...

Na minha análise, é mesmo este o caminho que o Sporting tem de fazer, para atingir uma bitola verdadeiramente europeia. Contudo, os comentários que leio nas novas conversas de café, as redes sociais, muito mais mediáticas, levam-me a admitir algum pessimismo. Basta um resultado menos positivo, mesmo perante os ditos “tubarões”, para pôr tudo em causa, começando pelo treinador que dirige e projecto, e que tem mostrado competência, para o executar. Isto não significa que não se possa criticar com moderação e positivismo. O que não tolero é bota-abaixismo, sem qualquer consistência "científica".

O meu receio, é que este projecto, que reafirmo, vejo como o único para tirar o Sporting da “vil tristeza” não esteja a ser verdadeiramente compreendido por muitos sportinguistas, e se possa deitar fora, o ainda menino, com a água do banho. E se isso acontecer, prevejo mais e mais anos tanto de instabilidade desportiva como financeira. Se este caminho for interrompido, pela vincada irracionalidade ligada ao futebol, a culpa não será de quem o quer executar, mas daqueles que por razões diversas, mas convergentes, o destruírem. Vou manter a esperança que isso não aconteça, e que vença o bom senso.

publicado às 13:00

As Notas de Julius 2021/22 (05)

Julius Coelho, em 12.09.21

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes do jogo com o FC Porto da 5.ª jornada da Liga BWIN, que resultou num empate 1-1. Golo de Nuno Santos (16').

Jogo muito intenso excessivamente quezilento, com um árbitro muito fraco e com o VAR ausente, o João Pinheiro deve ter adormecido lá na cidade da trafulhice. O Sporting teve o pássaro na mão e justamente podia ter ido para intervalo com uma diferença mais dilatada no marcador, afinal o Diogo Costa foi o melhor em campo. No momento das substituições ficou claro as limitações do plantel.

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DESTAQUE - PEDRO PORRO - 5 - Esteve num nível muito elevado e foi o principal desequilibrador da equipa, arrancou nos minutos iniciais dois amarelos ao adversário que nunca o conseguiu parar, executou vários cruzamentos venenosos com conta peso e medida para as costas da defesa do FC Porto, um deles aproveitado com êxito pelo Nuno Santos no primeiro golo do jogo.

ANTONIO ADÁN -4 - Não pode ficar penalizado na nota por o adversário ter feito um único remate à baliza e que deu golo, noite sem grandes apuros não merecia aquela bola indefensável do Luis Diaz.

LUÍS NETO 4 - Não comprometeu e esteve sempre à altura, levou um amarelo injusto num lance que nem falta foi sobre o Corona. O lado direito da defesa da equipa foi o que esteve sempre melhor; no lance do golo a bola já vinha envenenada por incompetência do Matheus Nunes que permitiu a jogada e não a matou depois quando o devia ter feito.

SEBASTIÁN COATES (CAP) 4.5 - Também em excelente nível, e como sempre foi o melhor da defesa, sofreu dois penáltis na área do FC Porto (Taremi e Pepe) mas o VAR estava a dormir, foi também muitas vezes bombeiro no auxílio forçado ao Feddal.

ZOUHAIR FEDDAL - 2 - Fez um mau jogo, o que é difícil de compreender. É um jogador experiente e habituado a estes jogos mas falhou muitos passes fáceis e em zonas proibidas. Não está com a confiança que se exige e fisicamente pareceu débil.

RÚBEN VINAGRE 3 - Pareceu acusar a responsabilidade e mostrou pouca mobilidade, ao fim da primeira parte já mostrava dificuldades na recuperação com a velocidade que se exigia, o treinador esticou até ao limite no tempo a sua permanência em campo, viu-se por duas vezes perto da área adversária com espaço para cruzar, mas não decidiu da melhor forma.

JOÃO PALHINHA 5 - Foi um autêntico mouro de trabalho e um grande tampão às manobras ofensivas dos médios do FC Porto. Lutou até final como um verdadeiro leão, sempre incansável, merecia ter tido ao seu lado essa mesma atitude do seu colega Matheus Nunes e outro galo cantaria no resultado final do jogo. Executou alguns passes largos de bom recorte a lançar o Nuno Santos.

MATHEUS NUNES - 3Voltou a estar muito distante do que já lhe vimos fazer, terá que acalmar porque a equipa necessita do seu futebol, ontem nunca conseguiu agarrar o jogo. Verdade que lançou o Porro que cruzou para o golo do Nuno Santos e pouco depois isolou o mesmo Nuno Santos que na cara do Diogo Costa falhou o que seria o segundo golo mas esperava-se mais. Esteve directamente envolvido no golo do empate do FC Porto, perdeu a bola no meio campo e depois perseguiu o adversário sem matar o lance como se impunha, a bola depois acaba cruzada para o Luis Diaz.

JOVANE CABRAL - 2 - Aos 31 minutos fez um excelente passe isolando o Nuno Santos que voltaria a falhar o golo permitindo a defesa do guarda-redes do FC Porto e mais nada se viu nem antes nem depois até ao momento de ser substituído pelo Pablo Saraiba. Muito pouco e terá deixado o treinador muito preocupado.

NUNO SANTOS 5 - Teria tido uma noite memorável para recordar mais tarde com os netos, mas faltou melhor eficácia nas duas vezes em que isolado não conseguiu ampliar o marcador. Quem não marca, acaba quase sempre por pagar bem caro por isso como se veio a verificar. Marcou um excelente golo chegando a tempo ao cruzamento bem medido do Pedro Porro. Foi sempre o que mais incomodou a defesa portista.

PAULINHO 3 - Teve missão difícil e não conseguiu aparecer mais vezes lá na frente entre as linhas da defesa do FC Porto como ele gostaria. Quase nunca foi servido em condições sendo frequentemente obrigado a recuar para procurar a bola; ainda assim teve um excelente cabeceamento cheio de intenção mas o Diogo Costa estava bem posicionado e defendeu para canto.

PABLO SARABIA - 3 - Chegou, vindo do PSG, na quinta feira, fez um treino na sexta e foi a jogo no sábado integrado numa equipa nova, com tudo novo à sua volta, que se lhe podia exigir? Mesmo assim mostrou pormenores interessantes, quando devidamente integrado e com melhor condição física será um elemento muito útil à equipa. Entrou aos 60 minutos a substituir o muito apagado Jovane e a poucos minutos do fim quase que oferecia um golo cantado ao Paulinho.

RICARDO ESGAIO - 3 - Entrou aos 70 minutos e muito provavelmente vai ser um dos bombeiros do plantel para esta nova temporada, para ajudar a apagar os fogos à esquerda e à direita nas laterais; irá saltar para lá muitas vezes principalmente para o lugar do Rúben Vinagre que se tem mostrado máis débil para os 90 minutos. Cumpriu sem grandes registos.

MATHEUS REIS - 1 - Não se entende a teimosia do treinador neste jogador; não tem o mínimo de qualidade para jogar no Sporting, arrisco-me a dizer que ainda consegue ser pior do que o Borja. Sem timing de entrada na bola, sem critério no passe, sem noção do seu posicionamento, nada, cada vez que entra é uma vitamina mais para o adversário ficar mais forte. Só fez aselhices. E coincidência ou não, entrou e logo a seguir o FC Porto fez o golo do empate.

BRUNO TABATA - 1.5 - Parece que anda a regredir em vez de melhorar, entrou muito mal no jogo, falhando passes fáceis, sem critério nas decisões só demonstrou o quanto curto está o Sporting de plantel. Já o vimos fazer muito melhor.

RÚBEN AMORIM 3.5 - Quanto ao onze que escolheu, não há nada a dizer, face às circunstâncias. Não tem culpa das hibernações repentinas do Jovane. Mesmo assim, enquanto tiveram pernas foram melhores que o adversário e podiam ter marcado nesse período mais um ou dois golos. Quanto ao sistema estratégico idem, jogaram com muita competência e intensidade. Os maiores problemas começaram quando chegou a hora das substituições e se viu quanto curto é o plantel na qualidade e depois aquela insistência no Matheus Reis não o favorece.

SÉRGIO CONCEIÇÃO - 3 - É difícil para qualquer adversário jogar contra a sua equipa, pela forma como a monta, mostram muita maturidade e muita matreirice, manobram bem os momentos do jogo, conhecem-nos de cor e nesse aspecto levam vantagem à equipa do Sporting que tendo jogadores mais jovens ainda sem o currículo de número elevado de jogos contra grande adversários mostram menos experiência, mas... foi o seu guarda redes o melhor elemento do jogo.

NUNO ALMEIDA (Árbitro) 1 - Arbitragem horrível, é muito frustrante ver-se este tipo de arbitragens nos jogos do nosso campeonato; sem personalidade, sem critério equilibrado, sem justiça, sem nada, porque esta gente tem medo de apitar jogos do Porto; quis ele fazer uma entrada de leão e depois saiu como um cordeirinho amedrontado. Mau de mais. Melhor ter dado o apito ao Pepe, ficávamos mais esclarecidos. Tantos erros num só jogo.

JOÃO PINHEIRO ( VAR ) - ( - ) Não esteve lá, não pode ter nota.

publicado às 03:49

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Ugarte já está em Lisboa para rubricar contrato com o Sporting, válido até 2026 e com cláusula de rescisão de 60 milhões de euros, e deve assistir ao jogo com o Vizela, hoje, em Alvalade.

Está assim à vista o ponto final num longo processo negocial entre Sporting e Famalicão e, consequentemente, o desfecho aguardado quer por Rúben Amorim, que há muito tinha o jogador identificado, como pelo próprio Ugarte, que publicamente manifestara a sua vontade em rumar a Alvalade.

Recorde-se que o Sporting vai pagar 6,5 milhões de euros por 50 por cento do passe do médio e pode adquirir até mais 30 por cento do seu passe, junto do Famalicão, quando Ugarte completar 90 jogos oficiais, por mais 6 milhões de euros, ou seja, 2 milhões fixos por cada 30 jogos.

Não é esperado que seja hoje apresentado pelo Sporting.

publicado às 18:00

Para reflexão

Leão Zargo, em 31.07.21

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“Agora tenho a confiança (dos adeptos sportinguistas). E tenho uma equipa formidável, séria, trabalhadora, generosa. Ganhei as pessoas e acredito ter competência para que o Sporting vença ou demonstre que vai continuar a crescer. (…) Mudou muita coisa, mas temos de nos manter humildes e continuar a trabalhar. Sem ilusão nenhuma de que a unidade existe quando há resultados… Aí é que ela existe sempre.”

(Frederico Varandas em entrevista à revista Expresso, 30.7.2021)

Há uma coisa que todos nós sabemos: a união dos sportinguistas não se decreta. É o sinal da constante travessia, o que se sonha real e o real que se cria. Não se impõe, constrói-se, cimenta-se com “esforço, dedicação, devoção e glória”, o lema do nosso Clube. É uma teia que se tece diariamente. As palavras do presidente leonino devem-nos fazer reflectir sobre os caminhos que o Sporting pode e deve percorrer. É que é mais fácil subir uma montanha quando se vai acompanhado. Isso também nós sabemos.

publicado às 17:34

Mas que palhaçada!!!

António Costa diz que desconhecia despacho sobre festejos do Sporting

Rui Gomes, em 21.07.21

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O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta quarta-feira que não deu instruções nem conhecia o despacho que autorizou os festejos do Sporting, no debate do estado da nação que decorre na Assembleia da República.

Na sua primeira intervenção no debate na Assembleia da República, a deputada do CDS-PP Cecília Meireles (quem?) defendeu que "há um esclarecimento que o senhor primeiro-ministro tem de fazer".

"Em 10 de Maio deste ano, às 22h30, o seu Ministério da Administração Interna enviou um despacho a autorizar celebrações da liga de futebol e de um clube, com milhares e milhares de pessoas, ecrã gigante e cortejo até ao Marquês nas horas seguintes ou nos dias seguintes e esta autorização foi dada apesar de vários pareceres contra".

Cecília Meireles questionou António Costa se o ministro Eduardo Cabrita "assinou este despacho" à revelia do primeiro-ministro e sem o seu conhecimento ou se assinou este despacho "com o seu conhecimento".

"O ministro assinou conforme entendeu que devia assinar ou assinou no cumprimento de instruções suas? Se assinou no cumprimento e instruções diretas do primeiro-ministro, é isso que explica que o ministro ainda hoje seja ministro perante a perplexidade do país".

Na curta resposta, o primeiro-ministro disse que "não conhecia" o despacho e não deu "nenhuma instrução para despacho".

Típico de um circo!... Entre outras coisas, a gravata verde não fica bem a António Costa. Deve pesar na sua consciência "encarnada"!...

E essa deputada Cecília Meireles, como tantos outros políticos cá do burgo, deve estar a tentar justificar a sua inconsequente existência ao abordar esta questão. Isso, ou pretende desviar atenções de casos muito mais importantes.

publicado às 18:15

O Sporting Clube de Portugal

Leão Zargo, em 01.07.21

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O Sporting Clube de Portugal foi fundado em 1 de Julho de 1906 com a finalidade de ser “tão grande quanto os maiores da Europa” (José Alvalade, 8 de Maio de 1906). Essa finalidade faz parte do ADN leonino desde o seu instante original. Por essa razão, o próprio José Alvalade assumiria a presidência do Clube em 1910, orientando-o no sentido do ecletismo (futebol, ténis, críquete, atletismo, ciclismo…), da criação de delegações (a primeira foi o Viana Taurino Club, de Viana do Castelo, em 1910) e da glória desportiva.

Apesar de ter sido um dos fundadores da Liga de Football Association, o Sporting não se inscreveu no Campeonato Regional de Lisboa de 1906-07. No entanto, uma equipa leonina participou em Fevereiro e em Março de 1907 num torneio organizado pelo Internacional (CIF), realizando três desafios frente ao Cruz Negra, em Alcântara. São os primeiros jogos de futebol documentados historicamente que foram disputados pelo Clube. Em Julho de 1907 foi inaugurado o campo de futebol no Sítio das Mouras, na Alameda do Lumiar, num terreno cedido pelo Visconde Alvalade.

O Campeonato de Lisboa de 1907-08 foi a primeira competição oficial em que o Sporting participou, com mais cinco clubes: Carcavelos, Sport Lisboa, Lisbon Cricket, CIF e Cruz Negra. A prova disputou-se no usual sistema de todos contra todos a duas voltas, e os leões ficaram classificados em segundo lugar, logo atrás dos invencíveis ingleses do Carcavelos. A inaugurar este Campeonato, em 1 de Dezembro de 1907, houve um Sport Lisboa 1 - Sporting 2, na Campo da Quinta Nova, em Carcavelos.

publicado às 03:04

"Rúben Amorim teve-os no sítio"

Rui Gomes, em 20.06.21

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José Mourinho, actual técnico da Roma, comentou o título nacional ganho pelo Sporting na última época e elogiou não só a equipa, como também Rúben Amorim, em entrevista à GQ Portugal:

"Há uma série de factores que terão contribuído para isso. Começo pelo meu jovem colega [Rúben Amorim], que foi líder. Cometendo aqui e acolá algum excesso - eu cometi tantos quando era da idade dele, ou até mais velho... - mas à boa maneira portuguesa teve-os no sítio, muitas vezes foi líder daquele grupo.

Depois, o plantel tinha muito jogador com fome de ganhar, de crescer, de atingir outro patamar. Havia pouca gente rica, de barriga cheia ou acomodada. Eventualmente, e seguramente, há mérito também da Direcção e da estrutura que o suportou.

Para um plantel como o do Sporting, um jogo por semana foi uma grande vantagem. O facto de terem sido eliminados prematuramente das competições europeias deu-lhes uma vantagem tremenda relativamente ao rival directo, cujo sucesso levou a muitos jogos a uma dimensão altíssima.

Defrontar tanto a Juventus como o Manchester City tem um nível de exigência mais elevado do que o que se joga em Portugal. Foi mais difícil para o FC Porto acompanhar a 'pedalada' do Sporting, que estava a jogar um jogo por semana. Mas acho que foi bom para o futebol português. Parabéns, foi merecido".

publicado às 03:00

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O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol pronunciou-se esta terça-feira sobre os processos instaurados relativamente ao Famalicão-Sporting (5 de Dezembro de 2020) e Belenenses SAD-Sporting (27 de Dezembro de 2020), aplicando quase 10 mil euros em multas, que passamos a detalhar.

Do primeiro duelo, referente à jornada 9 do campeonato, saíram sanções de 306 euros para os jogadores Luís Neto, Feddal e João Palhinha, enquanto Hugo Viana 'subiu' para os 612 €. Este processo está relacionado com os acontecimentos no túnel depois do apito final de um jogo que terminou empatado a dois golos e com muita polémica, dado o tento anulado a Coates já na compensação.

Quanto ao duelo com a Belenenses SAD, no Jamor, Rúben Amorim foi multado em 1.910 euros e o Sporting em 6.380, sendo o processo contra Emanuel Ferro, adjunto, arquivado. O CD sustenta a coima a Rúben Amorim com a inobservância de deveres e aos leões por apresentarem "um quadro técnico sem as habilitações mínimas", ou seja, pela postura do seu treinador no jogo quando ainda não estava inscrito no IV nível da UEFA.

Somando tudo, temos 9.820 euros, em decisões que, como tem sido norma, deverão ser alvo de recurso por parte dos visados - jogadores, director-desportivo e sociedade.

What else is new???

publicado às 04:02

E se corre bem?

Ricardo Leão, em 12.05.21

publicado às 10:05

Presente e futuro

Naçao Valente, em 09.04.21

Estamos a viver um momento que não vivíamos há muito tempo; estarmos no primeiro lugar da principal prova nacional, com um avanço pontual significativo. Creio que muito pouca gente, nas suas melhores previsões, imaginaria esta situação, tendo em conta o ponto de partida, e muitas outras condicionantes.

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Tenho vindo, tal como muitos outros sportiguistas, a usar a sensatez, evitando entrar em deslumbramentos. É extremamente positivo ter mantido durante um tempo considerável dez pontos de avanço, mas este avanço, numa prova tão longa, e em que a contabilização assenta em três pontos por jogo, não é uma margem assim tão grande, quando ainda estão muitos pontos em disputa.

Portanto, moderação tem de ser a palavra de ordem, sem deixar de ter total confiança na equipa que nos tem surpreendido pela positiva. Pelo que já fez e pelo que precisa de fazer, precisa do nosso apoio incondicional. E estou convencido que este grupo unido e solidário está a fazer tudo, para ganhar este campeonato, e para dar essa alegria aos adeptos.

Pode-se pedir esforço, entrega, empenho. Não se pode é exigir que sejam perfeitos, e que não possam ter, melhores ou piores momentos. Nenhuma equipa consegue manter o seu máximo nível durante uma prova longa. Além disso, é preciso ter consciência que não temos um conjunto de galácticos. É um grupo com cerca de metade de atletas razoáveis e experientes, e de outra metade de jovens, alguns até com a idade de júnior, e com grande potencial, mas que não são jogadores feitos.

Por isso, custa-me ler análises que por aqui aparecem, a criticar a equipa e a sua direcção, após um jogo com um empate que foi injusto, e onde se pode dizer que não imperou a verdade desportiva. Todos nós temos a tendência para botar “faladura”, sobre tudo e mais umas botas, sobre qualquer assunto, sobre o qual geralmente até somos ignorantes. No futebol esse desiderato atinge o expoente máximo. Porque falar é fácil, para quem não tem que fazer. Porque quando tiver que fazer, pia mais fino.

Este grupo de 'leões' que nos espicaça as emoções e nos põe os nervos em franja, está a dar o seu melhor. Não devemos esquecer que quando entram em campo têm do outro lado onze adversários. E pode-se argumentar que têm que ganhar porque os outros são mais fracos. Mas não é bem assim. Os outros também sabem jogar, com uma agravante, quando jogam contra a nossa equipa, contra o primeiro classificado, fazem o jogo das suas vidas. E os nossos têm que o fazer em todos os jogos. E convém não esquecer que são humanos, e não máquinas. Há alturas que o muito querer, pode não significar poder.

Quando entramos na recta final, a nossa equipa, que vale como grupo, irá lutar jogo a jogo com todo o empenho. Haverá coisas a corrigir, há sempre. Mas uma equipa que ainda não perdeu nesta prova, merece não só o nosso apoio, mas também o nosso respeito. Não vai haver nenhum jogo fácil. Temos de confiar nesta equipa, ainda em crescimento. Não pode ser uma equipa só para o imediato, mas para o futuro. Se falhasse e todo o projecto podia ficar em causa. Vi, neste blogue, críticas despropositadas, mas vi ainda pior nas redes sociais; muitas facas afiadas. Os sportinguistas têm de continuar alerta e unidos.

publicado às 04:19

O Sporting das "estrelinhas"

Naçao Valente, em 08.03.21

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O Sporting CP está no primeiro lugar da I Liga, com , pelo menos, nove pontos de avanço, sobre o segundo classificado, quando acabar esta jornada. Mas esta situação, impensável no início da época, deve-se ao facto do clube  ter o melhor plantel? Considero que não. Qualquer um dos nossos adversários mais directos, tem plantéis de grande qualidade. Então porque conseguiu o Sporting este avanço pontual?

Tenho assistido às mais variadas e até contraditórias explicações sobre esta questão, por parte de jornalistas especializados e de comentadores ex-jogadores ou ex-treinadores. E se há alguns que aceitam o indubitável mérito da equipa sem “mas”, há outros que admitindo cinicamente o mérito, vão esgrimindo argumentos, como desculpas, onde predomina a dita "estrelinha", o facto de fazer menos jogos ou o demérito dos adversários.

A verdade, na minha perspectiva, é que o predomínio do Sporting CP tem sido conseguido com muito mérito e competência, por uma equipa que funciona no campo e fora dele, com verdadeira união, com uma estratégia humilde, plasmada no jogo a jogo,e com uma táctica assumida e interpretada com rigor por todos os jogadores. Mérito da equipa técnica, sob o valoroso comando de Rúben Amorim, que conseguiu com o plantel disponível, tirar o maior rendimento de todos os atletas.

Para aqueles que procuram minimizar o que esta equipa tem feito, para serem honestos na análise, deviam colocar na discussão a evidência do muito dinheiro investido pelos dois rivais principais, e por outro lado, a construção da nossa equipa onde pontuam muitos jovens, alguns com idade de júnior. Deviam considerar a competência, a solidariedade entre sectores e jogadores, a raça, a entrega, e a eficácia, numa equipa sem “estrelas”, onde todos são iguais.

Ainda estamos longe do fim deste campeonato. É preciso ter a consciência que não está ganho, como alguns ousam assumir, ou por euforia, ou para desviar o foco do grupo. É necessário manter a mesma estratégia, e rever e alterar, pontualmente, aspectos técnico-tácticos, que surpreendam os  adversários. Acredito que a estrutura técnica estará atenta. Do exterior, críticas isoladas que vejo (poucas) de “supostos” adeptos, que consideram por exemplo o último jogo “uma vergonha”, espero que, como vozes de burro, não cheguem ao céu.

No último desafio - já extensivamente debatido - houve de facto alguma apatia, alguns jogadores algo acomodados, outros inadaptados às posições, e ainda um ou outro fora da melhor forma. Isso conjugado com a pressão alta do adversário, o que já tinha acontecido frente ao FC Porto, condicionou a equipa. Por outro lado, pareceu-me que esta, depois de marcar o primeiro golo, talvez inconscientemente, prioritizou defendê-lo. E o facto é que até à marcação do seu único tento, o adversário não tinha feito um remate à nossa baliza. Demonstra confiança, sem dúvida, mas não deixa de ser algo arriscado. Nesse aspecto tem haver outra atitude.

No debate sobre o interessante texto “Um olhar prognóstico sobre o que falta disputar", o Leão do Norte, escreveu, com toda a propriedade, que  “o facto (de o Sporting)  chegar a este ponto e estar nesta situação não foi obra do acaso”. As “estrelinhas” que são atribuídas a vitórias que pareciam impossíveis, como a sorte que protege os audazes, são fruto da crença, do trabalho e da vontade. Apesar disso, deve haver a pretensão, como tem sido dito, de disputar cada jogo como se fosse mais uma final, para ser vencida, mantendo a intensidade do primeiro ao último minuto. Acredito que o grupo quer manter a distância conseguida e tudo fará nesse sentido.

publicado às 03:04

Mais um passo

Naçao Valente, em 02.03.21

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Na minha maneira de ver o futebol, não existem jogos fáceis, embora saibamos que há uns mais fáceis que outros. Compete à nossa equipa, no caso o Sporting, reduzir as dificuldade não os complicando. É esse o caminho que é preciso fazer para chegar em primeiro lugar. Caminho longo, para o qual demos mais um passo seguro.

O último jogo que disputámos, considerado o jogo do título, nas análises dos especialistas e até nas discussões dos adeptos, foi apenas mais um, independentemente das dificuldades implícitas. De uma maneira deveras simplista podemos concluir que a equipa cumpriu os objectivos mínimos: não perder pontos, em relação ao adversário mais próximo, nesse jogo.

Passo a passo, como estratégia delineada, e bem, estamos já a uma distância considerável dos adversários directos. Como uma equipa construída quase a partir do zero, o Sporting está a surpreender, até mesmo os mais optimistas. Como não acontecia há muito tempo, a equipa, bem dirigida, joga com muita personalidade, com confiança, com empenho, com determinação, com humildade. Enquanto adepto, confio na sua competência, e acredito na sua eficácia.

Por outro lado, observo a reacção dos adeptos, e vejo, algum deslumbramento,(legítimo) presente em diversas manifestações, em que parece que se está a comemorar um título que ainda está longe de ser conquistado. A diferença pontual, significativa, para adversários mais próximos, não garante neste momento essa euforia. Três derrotas e cinco empates podem deitar tudo a perder, embora os concorrentes também possam perder pontos. Não nos devemos esquecer que estão quase quarenta pontos em jogo.

Bem hajam aqueles, que neste espaço, apelam à prudência: Rui Gomes, Leão Zargo, Leão do Norte, entre muitos outros. Mas não posso deixar de fazer um elogio muito especial ao Julius, como grande conhecedor do futebol, que de uma forma pedagógica, tem chamado a atenção para o excesso de optimismo, com uma paciência de catequista, salvo seja.

Estou convicto que esta equipa leonina, se continuar a manter a mesma competência, não perderá toda essa vantagem, e até poderá aumentá-la. Mas temos de ter a consciência que no futebol se pode passar de bestial a besta. Podem acontecer imprevistos, como castigos ou lesões, que impliquem alterações significativas no onze titular. E não podemos esquecer que há, pelo menos, dois ou três jogadores fundamentais que não têm substituto à sua altura.

Demos mais um passo. Outro virá a seguir. É nele que a equipa se vai concentrar. É nele que nós adeptos nos devemos concentrar, para não se dar um passo em falso. Como diz o poeta, o sonho comanda a vida, e devemos sonhar, mas com a consciência que o sonho não passa disso até se transformar em realidade. E que essa realidade, estando cada vez mais próxima, ainda depende, para se concretizar, de mais alguns passos.

publicado às 05:33

Nem oito, nem oitenta

Naçao Valente, em 17.01.21

Rúben Amorim chegou ao Sporting CP há cerca de um ano. Encontrou uma equipa que se arrastava em campo, de treinador em treinador. Contou com a interrupção dos jogos de futebol para começar a reformular o plantel. Quando se reiniciaram os jogos, já tinha feito uma pequena revolução com jogadores vindos escalões inferiores, e afastando os que não lhe garantiam um mínimo de confiança. Após a retoma, a “nova” equipa fez um resto de campeonato positivo, apenas perdendo o terceiro lugar por detalhes.

Foi uma equipa renovada, com reforços pontuais, que se mostraram ser mais-valias, que iniciou esta temporada. Ao contrário do que estávamos habituados, e contra muitas más perspectivas, a equipa até surpreendeu bastante, chegando quase ao meio do campeonato sem derrotas e isolada no primeiro lugar. Não foi um percurso fácil, com jogos ganhos com brilhantismo mas também com algumas vitórias arrancadas a ferros e até com alguma “estrelinha”, mas esta também dá trabalho.

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Este percurso levou os adeptos a acreditar numa época de grande sucesso. Também tenho acreditado, embora de forma mais realista. Não me deslumbrei, e nunca entrei em euforias como aconteceu com muitos sportinguistas. Sempre considerei que temos uma equipa em formação, com muitos jovens, alguns juniores, que estão longe de serem jogadores feitos. Por outro lado, notam-se desequilíbrios entre sectores. Na defesa para além dos que são titulares, não se vislumbram substitutos à altura. Há posições onde não há suplentes que garantam segurança.Os suplentes com uma ou outra excepção, não asseguram o mesmo desempenho, dos que são titulares.

O muito que se conseguiu fazer até agora, resultou de uma grande unidade do grupo, de muita garra, de muita entrega e também de alguma qualidade. Sejamos realistas: o nosso plantel não está ao mesmo nível dos adversários. E, por isso, devemos estar orgulhosos do que têm feito. E ainda devemos perceber que são pessoas, não são máquinas e que, como tal, estão sujeitos a falhar. O campeonato é uma maratona. Vai haver jogadores castigados, jogadores lesionados, jogadores infectados, e jogadores que vão apresentar cansaço.

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O que não deve acontecer é passar-se de oito para oitenta. Nunca estive no oitenta, nem estou agora no oito. Continuo a acreditar muito na equipa, e na estratégia de jogo a jogo, retirando de cima desta, uma pressão algo exagerada. É o caminho para começar a falhar. Tenho consciência, que em função das circunstâncias, é muito difícil chegar no fim em primeiro. Mas sem deixar de crer nessa possibilidade, seria importante um lugar europeu. E isso consegue-se com confiança na equipa, independentemente de melhores ou piores jogos.

No imediato, o plantel precisa de alguns reforços pontuais. Mas reconheço que nesta fase do mercado não os há em abundância, e os de qualidade que estão disponíveis, são caros. Não me parece que o Clube disponha de meios para os contratar. Para contratar “reforços” que não façam a diferença nada adianta. Concordo inteiramente com o Rúben Amorim quando diz que quem vier que seja para acrescentar, hoje e amanhã. Porque para além do imediato, é nisso que tem que se apostar.

publicado às 03:19

"Só Deus é perfeito..."

Naçao Valente, em 29.12.20

O seu a seu dono. A frase do título foi proferida por um membro do júri de avaliação de uma tese de mestrado, em defesa da mesma tese. A frase completa foi: “só Deus é perfeito, mas não escreve teses”.

Aplicando este pensamento ao futebol, com a devida vénia, seria: "só Deus é perfeito, mas não joga à bola".

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Não há nenhum clube de futebol, tanto aqui ou na Cochinchina, que jogue sempre bem, e até que ganhe sempre. O futebol é, pode ser, um espectáculo. Mas é esse o seu principal objectivo? Não me parece. O principal objectivo é só ganhar. O que fica de um jogo, de um campeonato, depois de assentar toda a poeira, é o resultado. O êxito no futebol mede-se por perder e ganhar.

Qualquer adepto que não esteja de má-fé sabe bem isso. Claro que os adeptos preferem ver bons espectáculos dentro do campo e com nota artística. Mas jogar bem e acabar a perder, não entusiasma nada o adepto do clube que perde. Faz parte do ADN da natureza humana, festejar vitórias e não derrotas.

Por outro lado, os executantes do jogo chamado futebol, são pessoas como todos nós, com virtudes e defeitos. É verdade que têm uma apetência especial para essa tarefa, e são pagos acima da média, mas naturalmente não deixam de cometer erros. Têm dias em que tudo corre bem, e outros nem por isso. Na disputa de um jogo há sempre imponderáveis.

O Sporting partiu para esta temporada com uma equipa constituída por jovens vindos da formação, e por algumas aquisições, com potencial, mas sem o rótulo de craques. A equipa técnica afina pela mesma diapasão. Em comparação com os adversários mais directos, não está no mesmo patamar, em função do dinheiro investido no plantel.

E no entanto, está no primeiro lugar. Quem se atreveria a dizê-lo no início da campanha? Creio que nem o adepto mais optimista! E de tal modo surpreendeu tudo e todos, que a opinião especializada inventa justificações à dúzia, para aquilo que consideram uma quase impossibilidade.

O que não se deve é pedir a esta equipa a perfeição que não se exige a outras, que possuem condições para serem mais competentes. O que não se pode é exigir o céu, quando vivemos na terra. O que é totalmente inadmissível é arrasar estes jovens por, apesar de ganharem, fazerem um jogo menos conseguido. O que me parece ainda mais suicida é serem “ditos” sportinguistas a fazê-lo. O que se pode exigir é trabalho, empenho, determinação. O que se deve dar, é apoio, serenidade, compreensão.

Esta equipa, surpreendentemente, está no primeiro lugar. Não podemos saber como estará no fim de uma prova longa, e que ainda está no início. O que sabemos é que esta equipa deve bater-se para ganhar cada jogo que disputa. Por sua vontade, com humildade, creio que o tentará fazer. Se o vai conseguir ou não, o tempo dirá.

Aconteça o que acontecer, estou convicto que estes jovens darão tudo o que podem e sabem para honrar a camisola de leão ao peito que envergam. Mas são humanos, não são deuses. Estes, dado que não jogam à bola, o que podem fazer é protegê-los, porque, como se costuma dizer... protegem os audazes.

publicado às 05:04

Do jogo falado, ao pote de Amorim

Naçao Valente, em 01.12.20

A partir do momento em que a televisão se tornou num grande estádio, que a realidade futebolística se democratizou. Os adeptos da modalidade que estão dispersos por todo e território e arredores, tiveram acesso aos jogos através de um ecrã. Nesse aspecto deu-se um avanço positivo.

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Mas como em tudo, existe o verso e o reverso da proverbial medalha.  Com essa realidade virtuosa, vieram muitos aspectos perniciosos. Aos comentadores das peripécias dos jogos, com apreciações pautadas de modo grosseiro pela subjectividade, foram acrescentados comentadores profissionais, ao serviço dos vários clubes, cuja função principal é fazer pressão sobre as instâncias com influência no futebol, com o intuito de tirar dividendos para os clubes que defendem. Estamos perante o jogo falado, quase tão importante como o jogo jogado.

Estes pontas de lança da opinião assertiva, andam mais assanhados do que nunca. A razão é simples. O Sporting CP, está, ao contrário das previsões, a bater-se “taco a taco” com os que há anos se consideram donos e senhores dos títulos em disputa, e cujos orçamentos e plantéis estão muito acima da média. Daí que se sirvam de  erros de arbitragem, incluindo, os polémicos, para considerar que os homens do apito protegem o Sporting CP. A verdade é que o percurso do Clube, é “limpinho limpinho”. Todos os pontos foram conquistados, com suor, trabalho, e sofrimento, e às vezes com brilhantismo, dentro das quatro linhas.

Comentadeiros” avençados começam a estar assustados com o pote de Rúben Amorim onde pontificam meninos irreverentes, confiantes e competentes. O 'Pote' de Amorim, não é apenas Pedro Gonçalves. São também Nuno Santos, Porro Nuno Mendes, Mateus Nunes, Palhinha, João Mário, Jovane, Tomás, e vários outros que estão na rampa de lançamento. Uns adquiridos, outros produtos da formação, trabalhados e mentalizados por Amorim, que estão a responder acima das expectativas. E incomodam muita gente.

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Outra lição que está a ser dada é que o valor de um treinador, não se mede pelos “níveis” que possui, mas pela capacidade e competência que demonstra. Tenho dúvidas que outro treinador, por mais currículo que apresentasse, estivesse a fazer este tipo de trabalho, visando o presente, mas também o futuro. Este é o caminho que sempre defendi, que deve continuar, sem  criar desalento ao primeiro percalço.

O campeonato é uma muito fatigante maratona. O esforço tem que ser bem gerido. Haverá momentos melhores e outros piores. Mesmo com a máxima competência no jogo jogado, será difícil chegar ao fim em primeiro. O jogo falado tudo fará para que não aconteça. Por isso, nunca é demais denunciá-lo, como bem o fez o Leão do Norte. E com apoio firme, e a estrelinha que também é importante, quem sabe se não podemos ganhar a maratona, sem triunfalismos e sem arrogância. Se assim for será uma estalado de luva branca, no atoleiro do futebol falado.E talvez o início de uma mudança, que urge.

P.S.: Pedro Gonçalves, sem deixar de ser o que foi, já é muito diferente. Joga numa outra posição e assume-se como goleador que não era. Trabalho, sem dúvida, do treinador.

publicado às 03:19

Do jogo falado, ao pote de Amorim

Naçao Valente, em 01.11.20

Desde que a televisão se tornou num grande estádio, que a realidade futebolística se democratizou-. Os adeptos de clubes que estão dispersos por todo e território e arredores, tiveram acesso aos jogos através de um ecrã televisivo. Nesse aspecto deu-se um avanço positivo.

Mas como em tudo existe o verso e o reverso da medalha.  Com essa realidade virtuosa, vieram muitos aspectos perniciosos. Aos comentadores das peripécias dos jogos, com apreciações pautadas pela subjectividade, foram acrescentados comentadores profissionais, ao serviço dos clubes, cuja função  principal, é fazer pressão sobre as instâncias com influência no futebol, com o intuito de tirar dividendos para os clubes que defendem. Estamos perante o jogo falado, quase tão importante como o jogo jogado.

Estes pontas de lança da opinião assertiva, andam mais assanhados do que nunca. A razão é simples. O Sporting CP, está, ao contrário das previsões, a bater-se “taco a taco” com os que há anos se consideram donos e senhores dos títulos em disputa, e cujos orçamentos e plantéis estão muito acima da média. Daí que se sirvam de  erros de arbitragem, incluindo, os polémicos, para considerar que os homens do apito protegem o Sporting CP. A verdade é que o percurso do Clube, é “limpinho limpinho”. Todos os pontos foram conquistados, com suor, trabalho, e sofrimento, e às vezes com brilhantismo, dentro das quatro linhas.

“Comentadeiros” avençados começam a estar assustados com o pote de Amorim onde pontificam meninos irreverentes, confiantes, competentes. O Pote de Amorim, não á apenas Pedro Gonçalves. São Nuno Santos, Porro Nuno Mendes, Mateus Nunes, Palhinha, João Mário, Jovane, Tomás, e outros que estão na rampa de lançamento. Uns adquiridos, outros produtos da formação, trabalhados e mentalizados por Amorim, que estão a responder acima das expectativas. E incomodam muita gente.

Outra lição que está a ser dada é que o valor de um treinador, não se mede pelos “níveis” que possui, mas pela capacidade e competência que demonstra. Tenho dúvidas que outro treinador, por mais currículo que apresentasse, estivesse a fazer este tipo de trabalho, visando o presente, mas também o futuro. Este é o caminho que sempre defendi, que deve continuar, sem  criar desalento ao primeiro percalço.

O campeonato é uma maratona. O esforço tem que ser bem gerido. Haverá momentos melhores e piores. Mesmo com a máxima competência no jogo jogado, será difícil chegar ao fim em primeiro. O jogo falado tudo fará para que não aconteça. Por isso, nunca é demais denunciá-lo, como bem o fez o Leão do Norte. E com apoio firme, e a estrelinha que também é importante, quem sabe se não podemos ganhar a maratona, sem triunfalismos e sem arrogância. Se assim for será uma estalado de luva branca, no atoleiro do futebol falado.E talvez o início de uma mudança, que urge.

publicado às 18:06

O “Papa” acusou o toque

Leão Zargo, em 21.10.20

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O homem que deu nome ao sistema ficou preocupado e abriu o flanco. Costuma ser assim desde há algumas dezenas de anos quando nas noites quentes do Porto ele e o pugilista congeminaram a estratégia de poder portista. Até se deu bem, o sucesso dele está à vista, mesmo que tenha seguido um caminho almofadado com “chitos” e “fruta”, muita “fruta”.

Pelos vistos, a vitória em Alvalade era certa e segura. Daí que considerou que seria normal aconselhar o presidente do Sporting que regressasse ao exercício da medicina e dissertou sobre a importância das claques para os clubes. Logo ele, que de claques e afins é bastante entendido, e o Bruno Pidá, o Guarda Abel e o Macaco estão aí para o provar.

Pinto da Costa dedicou parte importante do seu tempo a falar sobre o Sporting CP e do seu presidente e percebe-se a razão. A estrutura do FC Porto acusou o toque e o empate frente ao Sporting. Ainda por cima, foi um empate muitíssimo mal amanhado e com demasiadas pontas penduradas. Lamento as palavras daquele a que alguns apelidam de “Papa”, mas lamento ainda mais os sportinguistas que se regozijaram e aplaudiram.

A fotografia tem alguns anos, mas trata-se de uma imagem exemplar do futebol português inspirado pelo “Papa”.

publicado às 17:30

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