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As Notas de Julius 2023/24(22)

Julius Coelho, em 15.12.23

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o SK Sturm Graz da 6ª jornada da Liga Europa (fase de grupos), que resultou numa vitória por 3-0 golos de Viktor Gyokeres 39' e Gonçalo Inácio 60', e 70'.

LEÃO FECHOU A EUROPA DE CADEIRINHA 

Com o grupo já fechado nos 2 primeiros lugares, o Sporting cumpriu o último jogo com uma vitória fácil e categórica batendo os austríacos do Sturm Graz, que só por uma vez conseguiram criar perigo para a baliza do jovem guarda redes Franco Israel. Rúben Amorim aproveitou para gerir a equipa já a pensar no clássico de segunda feira contra o FC Porto, dando 45' a todos (excepção a Adán e Diomande) que num ritmo de um treino competitivo mas sem esforçar, dominaram sempre a partida até ao fim.

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DESTAQUE - GONÇALO INÁCIO - 4 - Entrou na segunda parte e marcou 2 golos.

FRANCO ISRAEL - 3 - Fez a defesa da noite para a fotografia, na única oportunidade dos austríacos.

RICARDO ESGAIO - 3 - Cumpriu no limite da nota positiva.

LUÍS NETO - 3 - Mostrou falta de competição, mas ainda aviou alguns austríacos.

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 4 - Imperial, até a jogar a passo é rei, só para quem sabe.

MATHEUS REIS - 3.5 - Feliz com a boa assistência que fez para o primeiro golo, procurou abraços pelo feito.

NUNO SANTOS - 3 - O seu golo Puskas está a correr mundo, mas ontem esteve longe de brilhar.

MORTEN HJULMAND - 3.5 - De pantufas dominou o meio campo.

DANIEL BRAGANÇA - 3 - Motor a 2 tempos para trás e para a frente e... no golo cantado que falhou.

FRANCISCO TRINCÃO - 3 - Precisa fintar todo o mundo para se sentir realizado.

PAULINHO - 3 - Não forçou muito para se poupar, para se sentar no banco no clássico.

VIKTOR GYOKERES - 3.5 - O Viking nunca brinca em serviço, 1 golo, 1 bola no poste e foi tomar banho.

MARCUS EDWARDS - 3.5 - Entrou na 2ª parte para ensaiar o turbo, alguns raids que empolgaram o público.

HIDEMASA MORITA - 3.5 - Competitivo em todos os lances, meteu o pé a sério dando ingredientes ao jogo.

DÁRIO ESSUGO - 3.5 - Jogar a lateral até pode ser solução, mas ter que fazer lançamentos com as mãos...!

PEDRO GONÇALVES - 2 - Um quarto de hora na posição do invisível.

RÚBEN AMORIM - 5 - Ficou com os jogos com o Atalanta atravessados, evitava os 2 jogos suplementares em Fevereiro. A equipa cumpriu e geriu o tempo de jogo de cada um a pensar no clássico, tudo saiu perfeito.

CHRISTIAN IIZER - 1 - Perdeu 3-0 e ficou apurado para a Liga Conferência na sua luta a dois com o Rakôw, que entretanto foi goleado em casa pelo Atalanta. Mostraram ser uma equipa de um 3º escalão europeu. Defendem mal e atacam pior.

WILLIAM COLLUM (Árbitro - Escócia)- 4 - Tanta bulha e tanta conversa com todos para acabar por dar um único amarelo em tantas aviadelas, deixou jogar à britânica, como se de uma peladinha bem rasgadinha se tratasse, divertiu-se.

STUART ATTWELL (VAR - Inglaterra) - 3 - Não teve quaisquer motivos, nem lances duvidosos para intervir.

publicado às 03:35

As Notas de Julius 2023/24 (21)

Julius Coelho, em 10.12.23

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Vitória de Guimarães da 13ª jornada da Liga BETCLIC, que resultou numa derrota por 3-2. Golos de Gonçalo Inácio 41' e Nuno Santos 77'.

FALTOU CABEÇA, ESTOFO E UM ÁRBITRO & VAR HONESTOS

O Sporting caiu em Guimarães e é derrotado pela segunda vez em duas semanas a oportunidade de cavar uma vantagem confortável na liderança agora repartida com o FC Porto, que recebe em Alvalade na próxima jornada. A equipa conseguiu o mais difícil, chegar à vantagem no marcador, mas um penálti inventado pelo árbitro deu o empate ao adversário, mesmo ao cair do pano da primeira parte (45+7). A entrada do Nuno Santos (fez o 2-2) na segunda parte, trouxe à equipa maior velocidade na procura de voltarem à vantagem, ofereceu de bandeja ao Francisco Trincão soberana oportunidade para fazer o 2-1 (rematou à figura do guarda redes vimaranense), mas os erros de Morita e sobretudo de Adán repartidos com a defesa, mataram a noite do leão, num jogo em que no conjunto de Rúben Amorim houve vários momentos de desconcentração de alguns jogadores que tiveram uma prestação de sub-rendimento.

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DESTAQUE - GENY CATAMO - 3.5 - Dos mais regulares em todo o jogo, tentou várias vezes dar ritmo mais acelerado para contrariar a lentidão com que a equipa construía os lances de ataque. Ganhou a maioria dos duelos, obrigando o Guimarães a jogar quase sempre com as suas linhas muito recuadas.

ANTONIO ADÁN - 2 - Continua a alternar o bom (fez 2 excelentes defesas a negar o golo ao Guimarães) e o péssimo, voltando a borrar a pintura, uma má abordagem em que se colocou a jeito no lance que abriu caminho ao penálti de João Pinheiro. Tem também responsabilidades, repartidas, no terceiro golo que ditou a derrota da equipa, fazendo mal a mancha quando o poste estava a seu cargo.

RICARDO ESGAIO - 1 - Jogar bem um jogo muito de vez em quando é manifestamente curto para se ser jogador do Sporting. Ontem voltamos a ver a sua versão normal, uma fraca prestação com vários erros no passe e na abordagem dos lances. Sempre muito limitado quando o adversário não dá espaços.

OUSMANE DIAMONDE - 2.5 -  Fazer de Coates, só mesmo o Coates. Começou bem, imperial no corte mas o segundo golo do adversário perturbou-lhe a concentração e o norte dos espaços, com culpas directas no 3º golo, comido numa tabela tão simples.

GONÇALO INÁCIO - 3 -  O Pote e o Trincão fizessem os golos cantados na baliza do Bruno Varela e o jogo teria tido um outro desfecho, com o jovem central a sair de uma noite muito positiva. Fez o primeiro da noite pleno de oportunidade, mas depois também acusou a forma como sofreram o segundo golo e foi por ali abaixo, perdeu serenidade e precipitou-se várias vezes, errando vários passes.

MATHEUS REIS - 2.5 - Quando encostado à linha é uma nulidade no apoio da construção, com muita falta de critério na decisão no último terço e com cruzamentos disparatados. Demasiado previsível nos seus movimentos.

MORTEN HJULMAND - 3 - Cauteloso no tempo de entrada pelo receio do amarelo que o retiraria do clássico, atacou a bola e o adversário só pela certa. Evitou o contacto físico o que lhe retirou muito do seu potencial, ainda assim teve exibição positiva, com vários cortes importantes pela boa leitura que teve dos lances.

HIDEMASA MORITA - 2 - Continua em evidente sub-rendimento e com o agravante de ter cometido erros e falhas de concentração que não lhe são habituais, precipitou-se quando não leu bem o lance que resultou no 2º golo do Guimarães, desviando a bola para dentro da sua baliza quando ia direitinha para as mãos do Adán. Momento alto, quando num passe acrobático assistiu para o Gonçalo Inácio fazer o primeiro golo do jogo.

PEDRO GONÇALVES - 3.5 - Com mais concentração podia ter feito o 2-0 aos 45+1', precipitou-se no timing na sua arrancada em que se isolou e chapelou o Bruno Varela, golo anulado por muito pouco. Esteve nos dois golos da equipa, no passe para Morita no 1º e desmarcou o Nuno Santos no 2º.

MARCUS EDWARDS - 2 - Exibição muito cinzenta, nunca conseguiu concluir os lances, perdendo vários por antecipação dos defesas adversários e por não largar a bola no momento certo, deu muito pouco à equipa.

VIKTOR GYOKERES - 2.5 - A pior exibição desde que chegou, tudo lhe saiu errado, teve grande oportunidade de isolar facilmente o Nuno Santos para eventual remontada (seria a segunda da noite), mas mediu muito mal o passe. Deixou-se aprisionar na teia montada pelos centrais vimaranenses que abusaram do contacto físico, várias (muitas) vezes na falta clara, a que o árbitro fez vista grossa em toda a primeira parte.

NUNO SANTOS - 3.5 - Esteve à beirinha da remontada, mas o passe de morte do Viktor saiu para as suas costas e logo a seguir de ter feito o 2-2 após fuzilar o Bruno Varela. Mostrou sempre inconformismo até ao derradeiro segundo, empurrando a equipa sempre para a frente.

PAULINHO - 2 - Compreende-se a sua entrada e no momento certo, mas foi ineficaz nas suas acções, sempre muito precipitadas e que pediam melhor decisão.

FRANCISCO TRINCÃO - 2.5 - Tentou levar a sua magia ao ataque, com alguns (poucos) movimentos bem executados na diagonal, na procura de espaços a rasgar a última linha da defesa vimaranense, mas faltou uma melhor sincronização com os colegas. Teve soberana oportunidade de fazer o 2-1, rematou de primeira mas à figura do guarda redes Bruno Varela, podia e devia ter feito melhor.

RÚBEN AMORIM - 2 - O que conta são os resultados e o Sporting vai no 4º jogo sem ganhar aos cinco primeiros classificados na Liga, terá que reflectir, não pode ser só coincidência, estará a faltar algumas coisas importantes e terá que analisar a fundo. Verdade que é sempre por detalhes que acabam mortos na praia, mas só ao Sporting acontecem esses detalhes? Tem sido sempre com muito esforço e muito trabalho para a equipa chegar ao golo e depois o adversário em lances muito simples mete a bola na baliza do Adán, algo não estará a bater certo. As experiências antes feitas com o Esgaio a central nunca resultaram, porquê repetir? Com a saída do Hjulmand quem ficou a cargo de fechar à frente dos centrais? Foi treinado ou foi solução de recurso? Ficou confuso e deu em mais um derrota no espaço de 2 semanas, com 6 pontos a voarem.

ÁLVARO PACHECO - 4 - Preparou bem o jogo, recuar a equipa para sair só em contra-ataque, anular algumas das peças principais do Sporting, especialmente Gyokeres, mas teve um grande aliado, será que já sabia? O árbitro permitiu o vale tudo para pararem o sueco e ainda lhes ofereceu um penálti em lance escandaloso. Aproveitou e bem depois os erros da defesa do Sporting para marcar mais dois golos, teve mérito na ousadia.

JOÃO PINHEIRO (Árbitro) - 1 - Mais uma arbitragem habilidosa deste árbitro que soma erros e mais erros nos jogos do Sporting, fácil e inteligente a sua estratégia, deixar o jogo correr para os 2 lados, sabendo que grande parte do tempo estaria o Sporting no ataque e com isso a defesa contrária iria cometer faltas que ignorou, para depois seguir o mesmo critério nos raros lances de ataque do Guimarães e nas pouquíssimas faltas (6) cometidas pela defesa do Sporting e com isso limpou-se, deu uma imagem de igualdade, mas muito mentirosa. A cereja no topo do bolo, a prontidão ao assinalar um penálti escandaloso, como mostraram as imagens.

HUGO MIGUEL (VAR) - 1 - Um mistério, alguém que explique o reaparecimento deste árbitro no VAR, precisamente num jogo complicado para o Sporting, depois de ter sido castigado com 2 meses de ausência por um erro em que beneficiou precisamente o mesmo Sporting, curioso!. Que coragem teve ele em não chamar o árbitro para ver as imagens do lance escandaloso do penálti!!! E agora vai acontecer-lhe o quê?...

Talvez, a exemplo de António Nobre e Artur Soares Dias, vai ser premiado com jogos nas Arábias, com Pinheiro a seu lado. Quando pensamos que mau trabalho vai ser punido, acaba por ser premiado, tal a podridão do sistema vigente.

publicado às 03:34

As Notas de Julius 2023/24(20)

Julius Coelho, em 05.12.23

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Gil Vicente da 12ª jornada da Liga BETCLIC, que resultou numa vitória por 3-1. Golos de Pedro Tiba (auto golo) 43', Vicktor Gyokere 52' e 56'.

MAIS UM "SHOW" DE GYOKERES NO REGRESSO DO SPORTING À LIDERANÇA

O Sporting voltou ao 1º lugar da Liga, agora isolado, após a vitória com competência contra a equipa de Barcelos. O leão liderado pelo possante avançado sueco Viktor Gyokeres (marcou 4 golos, 2 foram anulados e desbaratou toda a defesa gilista), teve sempre o domínio do jogo durante os 90', apesar de ter estado a perder por um golo muito fortuito, através de uma bola parada, na única vez que a equipa do Vítor Campelos criou perigo na baliza de Adán. O treinador do Sporting quis que a equipa ainda desse mais intensidade e velocidade ao jogo, fazendo 3 substituições de uma assentada após o intervalo, dando uma mensagem muito clara para a busca da vitória. Os golos acabaram por acontecer dando justiça no resultado final, contra um adversário que tentou surpreender e que teve no seu guarda redes o melhor elemento da equipa, que com excelentes defesas evitou uma goleada.

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DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5 - Demolidor, é o terror das defesas, sempre que lançado em profundidade ninguém o agarra, um "animalazo" na luta física e nunca se cansa. Aos 90' continuou a fazer sprinters, arrastando toda a equipa contrária atrás de si e levando à loucura todas as bancadas do estádio que gritaram pelo seu nome. Marcou 4 golos mas o VAR anulou 2.

ANTONIO ADÁN - 3 - Parecia ser mais uma noite tranquila até que, sofreu mais um golo numa bola parada, tudo normal como tem sido um hábito nos últimos tempos.  Não teve lances para grandes intervenções.

RICARDO ESGAIO - 3 - Até que estava a agradar a sua exibição, com melhor acerto nos dribles e na decisão, mas por questões estratégicas teve que ser substituído e já não regressou para a segunda parte.

OUSMANDE DIOMANDE - 4 - Exibição segura e com evidência em vários lances em que ganhou na antecipação.

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 4 - Todas as camisolas da equipa tinham a assinatura do "El Comandante", momento para assinalar o rei estrangeiro com maior numero de jogos pelo Sporting. Exibição autoritária e a bom nível no jogo. Levou um amarelo injusto que o retira do jogo de Guimarães mas que lhe dá descanso para defrontar o FC Porto. 

GONÇALO INÁCIO - 2 - Voltou a não estar bem, foi ultrapassado várias vezes, errou no passe e foi lento na reacção (comete a falta que resulta no golo do Gil). Não está a passar um bom momento, denota algum esgotamento e por isso foi substituído sem surpresa ao intervalo.

NUNO SANTOS - 3 - O treinador do Gil Vicente preparou-lhe uma armadilha, desviou da esquerda para a direita o possante ala Félix Correia que foi sempre uma dor de cabeça que o Nuno nunca conseguiu curar, dando-lhe muitos problemas. O seu melhor momento, o remate que acabou no golo do empate, depois de a bola ter sido desviada pelo Pedro Tiba.

MORTEN HJULMAND - 4 - Dominou o meio campo com o colega japonês, uma dupla em fato macaco que funcionou muito bem, sempre muito segura a bloquear as tentativas de organização do jogo adversário. Cada vez mais se nota a sua influência na estratégia do passe directo para o espaço do Gyokeres.

HIDEMASA MORITA - 4 - Sempre ligado à corrente fez a melhor exibição dos últimos jogos. Funcionou como um relógio suíço na cobertura ao seu colega dinamarquês, nas dobras a bloquear as linhas de passe do adversário e depois na ajuda a conseguir espaços para ligar o jogo da equipa. 

PEDRO GONÇALVES - 4 - Também com a exibição mais positiva das últimas semanas, apesar de ainda não ter voltado aos golos. Um remate  que levou a bola a passar a centímetros da barra e duas assistências, uma quase que dá golo a que o Edwards falhou, a outra deu mesmo golo, com Gyokeres de primeira a fuzilar para o 3-1.

MARCUS EDWARDS - 4 - Como aconteceu em Bérgamo, entrou após o intervalo e desequilibrou ainda mais o jogo para o lado da sua equipa, só o conseguiram parar na falta. Um dado novo, dá sinais de maior maturidade, as suas exibições de melhor nível estão a aparecer mais regulares.

GENY CATAMO - 3.5 - Deu a sapatada final para o assalto à vitória, o adversário passou a ter na sua frente e nas costas Geny Catamo, Marcus Edwards, Pote e Gyokeres, ficaram de todo baralhados e sem argumentos, sem saber onde fechar.

JEREMIAH ST.JUSTE - 1 - Já tem o prémio assegurado do azarado da época. Entrou... lesionou-se e...saiu! Felizmente parece que desta vez não será grave, torceu um pé e será facilmente recuperável.

MATHEUS REIS - 3 - Um dilema que o Rúben tem na ala esquerda, o Nuno Santos que é de tracção à frente que define com qualidade competente no ataque, mas defende mal, tem por outro lado o Matheus Reis de tracção atrás que garante competência a defender e que se movimenta bem no apoio no ataque, mas que define sempre muito mal os lances, fica complicado.

EDUARDO QUARESMA - 3 - O miúdo até que se saiu bem, forte e concentrado nos duelos, nunca deu espaços ao adversário. Exibição positiva.

PAULINHO - 2 - O resultado já estava praticamente fechado quando entrou, ainda tentou mostrar-se tentando fazer o seu golito em 2 lances, mas sem sucesso.

RÚBEN AMORIM - 6 - O Sporting vive uma Nova Era, desta vez a equipa aproveita os deslizes dos adversários e não vacila no jogo que os pode ultrapassar, mesmo após o desgaste de um jogo europeu. Mérito do seu treinador em impor essa nova mentalidade . Ontem não vacilaram e cumpriram com justiça na vitória que se exigia para chegarem à liderança isolada da Liga. Repetiu a estratégia de Itália, com a entrada do mesmo trio no inicio da segunda parte, quando o adversário já oferecia espaços, e, voltou a dar resultado, deram cabo deles, do sonho do Gil Vicente, de pensar que podia roubar pontos em Alvalade.

VÍTOR CAMPELOS - 2 - Montou bem a estratégia, treinou-a afincadamente, surpreendeu na troca do Félix Correia (grande exibição) para a direita, para aproveitar o adiantamento do Nuno Santos, sabendo que do outro lado o Esgaio defendia melhor e é mais posicional, verdade é que chegaram à vantagem no marcador, mas os argumentos do Sporting foram sempre superiores e pareciam nunca acabar.

CLÁUDIO PEREIRA (Árbitro) - 3 - Arbitragem desnivelada, técnico e disciplinarmente. Esteve muito bem em contrariar o VAR validando o segundo golo do Sporting mas borrou a pintura com 2 amarelos mal mostrados, a Esgaio e ao Coates, em lances que nem falta foram. 

LUÍS FERREIRA (VAR) - 3 - A primeira vez que aparece como VAR nos jogos do Sporting e deixou dúvidas, anulou 2 golos ao Gyokeres em lances que mais uma vez não são mostradas as várias imagens de outros ângulos que se exigia, parece propositado, e quis anular o 2-1 ao Sporting, valeu o árbitro que não foi em cantigas, o Gyokeres não faz falta, o defesa sabido, mal sentiu o contacto atirou-se para a piscina.

publicado às 03:04

As Notas de Julius 2023/24 (19)

Julius Coelho, em 01.12.23

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Atalanta da 5ª jornada da Liga Europa (fase de grupos), que resultou num empate 1-1. Golo de Marcus Edwards 56'.

 A VITÓRIA BATEU NOS POSTES 

O Sporting garantiu o apuramento para o play-off na Liga Europa, mas perdeu uma grande oportunidade de trazer para Lisboa a sua primeira vitória em terras italianas, depois de empatar em Bérgamo contra a Atalanta, partida em que desperdiçou várias oportunidades cantadas (numa delas a bola acertou nos 2 postes) numa segunda parte dominadora, mas só conseguiu marcar um único golo, o do empate e com isso ficou fora da luta pelo primeiro lugar no grupo.

Um jogo algo semelhante ao de Alvalade, com uma primeira parte com domínio absoluto dos italianos que caíram em cima dos leões desde o inicio, praticamente sem os deixar sair do seu meio campo, com a excepção do costume, Viktor Gyokeres, que arrancou sozinho por ali fora e quase que fez o primeiro da noite.

A estratégia inicial voltou a falhar, com vários jogadores (Esgaio, Reis, Trincão, Morita), completamente fora da frequência do ritmo e da intensidade elevada dos italianos. Jogar com Ricardo Esgaio e Matheus Reis nas alas, é jogar com cinco defesas posicionais. Só com as entradas de Geny Catamo e Marcus Edwards juntando a subida de rendimento de Morita, deram a volta ao jogo, para uma segunda parte de superioridade  clara, mas atraiçoada por um  Pote desinspirado que se fartou de falhar golos cantados.

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DESTAQUE -VIKTOR GYOKERES- 4.5 - Não sabe jogar mal, é o "DURÃO" da equipa, quase sempre muito isolado na frente, vai-se a eles sem medo com todas as ganas e consegue quase sempre destruí-los, o treinador italiano teve que substituir quase toda a defesa na segunda parte, estavam de rastos de tanto correr e lutar com o Viking. Merecia ter marcado naquela fantástica arrancada na primeira parte. Fez a assistência para o golo do Edwards. 

ANTONIO ADÁN - 2.5 - Noite fria, noite desinspirada do guarda redes espanhol, mal batido no golo italiano e vários erros na reposição da bola. Ontem pareciam aqueles dias, em que cada remate sai golo, valeu os colegas da defesa não terem deixado rematar. Inseguro.

RICARDO ESGAIO - 2 - Não é jogador para estas andanças, para tão alta frequência de intensidade e de luta corpo a corpo, andou aos papeis a maior parte das vezes, perdeu a esmagadora maioria dos duelos e nunca conseguiu acertar um passe a rasgar as linhas do meio campo italiano. Com culpas do sufoco inicial.

JEREMIAH ST. JUSTE - 4 - Boa exibição e com uma árdua tarefa, a de não deixar jogar o melhor jogador da Atalanta e que caía quase sempre no seu lado, travou luta de titãs e levou a melhor.

OUSMANE DIOMANDE - 3.5 - Das melhores exibições da equipa, tarefa também complicada, nunca é fácil substituir "El Comandante, el patrón". Sentiu dificuldades na primeira parte com as movimentações velozes dos italianos, mas depois de acertar as marcações ganhou confiança e assumiu o comando da defesa  acabando em excelente plano.

GONÇALO INÁCIO - 3 - Prestação muito irregular em todo o jogo, pouco confiante no passe quando viu os primeiros a serem interceptados, mostrou também desconforto na leitura do espaço, estava a dormir no golo italiano.

MATHEUS REIS - 2.5 - Muitas dificuldades em ler o jogo do adversário, inibiu-se e deixou-se ficar mais posicional, teve medo de arriscar no apoio às linhas da frente. No golo italiano parou a espera do fora de jogo, inaceitável. 

MORTEN HJULMAND - 3 - Bem tentou quebrar aquele sufoco italiano na primeira parte, mas com toda a gente da equipa muito recuada, só havia linhas de passe para os lados e para trás. Junto com o Morita foi dos mais pressionados e vigiados pelos adversários, que lhes caiam logo em cima, não os deixando ver o jogo de frente.Subiu de rendimento na segunda parte com as entradas do Geny Catamo e do Marcus Edwards.

HIDEMASA MORITA - 3 - Foi eclipsado em toda a primeira parte, os adversários não o deixaram rodar e ver o jogo de frente caindo-lhe em cima. Subiu muito de rendimento na segunda parte, agora com mais espaços e essencialmente pela entrada dos colegas que na frente provocavam desequilíbrios no adversário, obrigando-o a recuar. Isolou o Pote mas...não era a noite do Pote.

PEDRO GONÇALVES - 3 - "que noche" .Será difícil equacionar o que mais poderia correr-lhe mal, correu, lutou, suou e não saiu um único drible à Pote, teve sim a arte de isolar-se e logo por por 3 vezes e.......inacreditável, o grande Pote perdeu-as todas, hipotecou a vitória da equipa nesse tremendo desperdício. Um Pote e 2 Postes não combinam para nada... "y asi se fuy la vitoria por el cano". 

FRANCISCO TRINCÃO - 1 - Aiiii! Francisco, estavas a ir tão bem e de novo "fregaste" tudo, mas que raio de jogo foi esse? Com esses dribles da treta querias passar esses italianos? Isso é para os amadores do Dumiense, que tremenda fragilidade, jogaste à Francisco que ninguem conhece,  queremos é o Trincão.

MARCUS EDWARDS - 4.5 - Nem o acidente lhe quitou a forma, excelente e muito decisiva a sua entrada no jogo, com impacto directo na destruição do esquema da equipa italiana e que permitiu ao Sporting assumir as rédeas do jogo. Marcou um grande golo e quase que marca o segundo a passe do Geny Catamo, já dentro da pequena área devia ter feito melhor. Assistiu para um golo certo e cantado no "toma-lá e faz-te famoso" para o Pote com a bola a bater nos 2 postes da baliza do Juan Musso e que quase provocava vários ataques cardíacos nas bancadas nos adeptos italianos.

GENY CATAMO - 3.5 - Não teve o mesmo impacto do colega inglês, tinha que ultrapassar um opositor duro e  difícil e quando o conseguiu, levou o pânico na defesa italiana, num desses raids, ofereceu um golo cantado ao colega Edwards que desperdiçou.

NUNO SANTOS - 2.5 - Entrou já na fase de domínio absoluto do leão, com mais espaços para explorar, conseguiu alguns bons lances mas falhou sempre o acerto do ultimo passe.

SEBASTIÁN COATES - 2 - Foi a grande surpresa do jogo não ter sido titular. Foi lançado para o ataque final à vitória no último quarto de hora, importante nas bolas paradas que acabaram por não acontecer, os italianos já numa estratégia de muita contenção, não deixaram o jogo correr. 

RÚBEN AMORIM - 3.5 - Viu uma cópia do jogo de Alvalade, a sua equipa foi sufocada em toda a primeira parte e depois sufocou os italianos na segunda e no final com as contas feitas merecia a vitória com justiça. Mas não conseguiu o antídoto para conter a já esperada entrada forte dos italianos, verdade que tiveram menos oportunidades que em Lisboa, mas houve equívocos na estratégia inicial, alguns elementos voltaram a não mostrar estaleca para aquele nível intenso e rápido. Mexeu bem depois, sabia que os italianos não iriam aguentar fisicamente toda aquela pressão e saltou-lhes em cima, quase que consegue o triunfo, não fosse tanto desperdício de oportunidades claras. A melhor notícia da noite chegou da Áustria com a vitória do Raków que garantiu a passagem do Sporting, mas no ingrato 2º lugar que tentou evitar.

GIAN PIERO GASPERINI - 3.5 - Não teve trabalho para preparar o jogo, foi só pegar no que já estava feito do jogo de Lisboa e repetiu a mesma dose, a mesma estratégia suicida, actuação dos seus jogadores no limite da intensidade e pressão no início (sabe da dificuldade de alguns jogadores do Sporting lidarem com a reacção) e depois "veremos o que passa na segunda parte". Confiou acima de tudo nos postes da sua baliza e fez bem, eles não falharam. 

MICHAEL OLIVER (Árbitro - inglês) - 2 - Arbitragem com tiques de vedetismo, vários erros de análise em alguns (muitos) lances, com um critério algo estranho, apitando com decisão diferente em situações idênticas, calha sempre bem ser amigo da casa, fica tudo mais fácil. 

STUART ATTWEEL (VAR - inglês)  - 3 - O golo italiano deixou dúvidas, mais uma vez não foram mostradas as diferentes imagens do lance e que se exigia serem exibidas, em nome da transparência. Não houve mais lances que pedissem a sua intervenção.

publicado às 02:34

As Notas de Julius 2023/24 (18)

Julius Coelho, em 27.11.23

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Dumiense/CJPII para a Taça de Portugal - 4ª. Eliminatória, que resultou numa vitória por 8-0. Golos de Luís Neto 8', Paulinho 28', 58' e 71', Francisco Trincão 46', Sebastián Coates 53', Nuno Santos 75' (penálti) e Viktor Gyokeres 83'. 

CABAZ DO NATAL NA TAÇA

Sporting cilindra, um frágil Dumiense, com uma goleada de 8 golos e uma exibição sem nunca tirar o pé do acelerador. Tudo fácil para o leão, que depois de desbloquear o jogo nas bolas paradas, partiu então para um festival de oportunidades criadas e finalizadas evidenciando um elevado índice de eficácia no tiro à baliza. Rúben Amorim surpreendeu, apresentando um esquema diferente do habitual, um 4-4-2 com Geny Catamo e Nuno Santos a funcionarem como extremos e o Francisco Trincão a juntar-se ao Paulinho na frente do ataque. A equipa leonina, incluindo os que entraram na 2ª parte, assumiram sempre o jogo até final, numa intensidade média-alta, que expôs as naturais fragilidades do adversário e que por isso nunca conseguiu dar réplica ou incomodar uma única vez o jovem guarda redes Franco Israel.

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DESTAQUE - PAULINHO - 3.5 - Hat-trick e uma assistência e arrumou com o assunto numa noite muito produtiva.

FRANCO ISRAEL - 3 - Foi espectador privilegiado.

RICARDO ESGAIO - 3 - Conseguiu a proeza de ser enganado por 3 vezes pelo adversário. No resto cumpriu.

LUÍS NETO - 3 - A entrada do respasto da noite, marcou o seu primeiro golo com a camisola do Sporting que provocou fortes aplausos das bancadas e... dos colegas.

SEBASTIÁN COATES (CAP) - 3.5 - Marcou o 4º da noite e a festa não ficou por aí, igualou o recorde de Anderson Polga como o estrangeiro com mais jogos (342) pelo Sporting.

MATHEUS REIS - 3 - Fez a sua parte que lhe competia sem dar chances nos duelos.

MORTEN HJULMAND - 3.5 - Uma assistência e um exibição regular sempre em alta durante todo o jogo.

DANIEL BRAGANÇA - 3 - Uma meia assistência. Foi dos elementos mais fracos da equipa, sempre muito escondido do jogo, na única vez que apareceu serviu bem o Paulinho, no lance que resultou no terceiro golo da noite.

GENY CATAMO - 3.5 - Da lesão a titular, entrou com gás dando boa imagem depois da paragem prolongada.

NUNO SANTOS - 3.5 - Com 4 assistências (3 de pontapés de canto), ganhou por direito a ser o escolhido para a marcação do penálti (7º golo) que marcou muito bem, sem hipótese de defesa.

FRANCISCO TRINCÃO - 3.5 - Um grande golo com bonita estética. Sempre muito focado e criativo em todo o jogo.

MARCUS EDWARDS - 3 - A diferença notou-se logo que entrou, uns quantos raids que acabaram com o pouco que restava do físico do adversário.

VIKTOR GYOKERES - 3.5 - Quando entrou até parecia que estava a perder, um golo e uma assistência nos 30' que jogou. É um exterminador.

DÁRIO ESSUGO - 3 - Mostrou que tem de facto enorme margem de evolução, com um físico que mete respeito a qualquer adversário e só tem 18 anos.

EDUARDO QUARESMA - 3 - Teve o seu prémio merecido, pelo trabalho que faz durante a semana nos treinos, cumpriu.

RÚBEN AMORIM - 5 - Pois... numa noite muito difícil pessoalmente, o míster não facilitou e exigiu à equipa seriedade e boa resposta, mesmo tratando-se de um adversário frágil com enormes limitações. Ensaiou um novo esquema e que resultou em muitas oportunidades e muitos golos, como não se via há mais de 30 anos em Alvalade.

FÁBIO OLIVEIRA - 2 - Noite bem histórica para a sua equipa meio amadora na visita a Alvalade, apesar do cabaz dos 8 golos sofridos nunca desmontaram o seu jogo perante as evidentes limitações em quase tudo, na velocidade, na altura, na técnica individual..., bastava o Sporting dar algumas acelerações e ficavam todos de pantanas, depois, ainda tiveram que levar com o Gyokeres e o Edwards quando já gritavam pelo fim do jogo.

BRUNO COSTA (Árbitro) - 4 - Jogo fácil de dirigir sem casos de difícil decisão, o penálti foi também muito claro.

VAR - (fase sem VAR)

publicado às 03:04

As Notas de Julius 2023/24 (17)

Julius Coelho, em 13.11.23

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Benfica da 11ª jornada da Liga BETCLIC, que resultou numa derrota por 2-1. Golo de Vicktor Gyokeres.

JÁ COM AS PORTAS DO CÉU À VISTA, O LEÃO DEIXOU-SE ARRASTAR PARA O ABISMO 

Aos 94', a 2' do final dos descontos e do jogo, ninguém imaginaria que o Sporting viesse a deixar escapar  uma vitória que parecia já segura e adquirida, depois de uma exibição bem conseguida, em que jogou em inferioridade numérica durante quase toda a segunda parte, período em que controlaram as acções atacantes do Benfica, que nunca  conseguiu criar qualquer perigo, com excepção de um remate de fora da área, a que o guarda-redes espanhol respondeu com a grande defesa da noite. Um momento de desconcentração permitiram dois erros grosseiros, que teve consequência na reviravolta do marcador. Em dois minutos, o Sporting passou de líder isolado com 6 pontos de vantagem, para o segundo lugar em igualdade pontual com o Benfica.

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DESTAQUEVICKTOR GYOKERES - 5 - Não merecia de todo aquele final, foi ele, sozinho contra o Mundo, e quando teve uma oportunidade...fuzilou marcando um grande golo.

ANTONIO ADÁN - 4 - Pontuação elevada pela extraordinária defesa ao remate com selo de golo do Di Maria. Não teve chances de responder nos golos sofridos.

RICARDO ESGAIO - 3 - Muito confuso e com muitas limitações técnicas no início do jogo, falhando muitos passes. Melhorou com o decorrer da partida, com um melhor acerto, mas deu sempre pouco de útil à equipa.

OUSMANE DIOMANDE - 4.5 - Grande exibição, imperial em quase todos os lances, ganhando os duelos a todos os que lhe apareciam pela frente. Dos que mais merecia ter saída da Luz com a vitória, fez por isso.

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 3.5 - Manteve sempre um total controlo da defesa, evitando que o adversário chegasse com perigo à sua área, depois da expulsão do Gonçalo Inácio até ao descalabro no tempo dos descontos, só o Di Maria conseguiu ter um remate violento enquadrado, fora da área. Com as mexidas provocadas pelas substituições (mais uma vez), ficou algo confuso com o que tinha que fazer e foram mais dois golos sofridos, não pode ser coincidência.

GONÇALO INÁCIO - 1 - Um fora de série não pode voltar repetir o mesmo erro grosseiro 2 vezes, deixar-se expulsar com 2 amarelos com muito jogo ainda pela frente. Estava avisado, sabia quem era o árbitro. Amarelado tinha que abordar de outra forma aquele lance, sem ter que ir à queima, pôs-se a jeito e viu o resultado e que teve consequências desastrosas para a equipa. Sabe que desta vez o treinador terá muito que dizer-lhe.

MATHEUS REIS - 3.5 - Exibição regular e muito competente, secou a estrela argentina. Provou porque teria que ser ele o titular na Luz. 

MORTEN HJULMANDE - 5 - Encheu o campo, mas foi penalizado pelo resultado negativo da equipa no final, em caso de vitória teria um 6 e encheria as capas dos jornais por esse mundo fora. Foi um leão de juba.

HIDEMASA MORITA - 3 - Muito pouco Morita se viu, com uma prestação fraca e sempre muito em esforço. Num jogo que era muito importante nas contas do campeonato a equipa necessitava do japonês ao seu melhor nível. As já várias lesões contraídas ao serviço da selecção estão a prejudicar muito o Sporting.

PEDRO GONÇALVES - 3 - A sua exibição ficou marcada e muito dela explicada quando por 2 vezes (uma delas estava fora de jogo) se isolou na cara do Trubin e não conseguiu meter a bola na baliza. Pouco Pote.

MARCUS EDWARDS - 5 - Foi o grande desequilibrador da nossa equipa, com uma grande primeira parte. Sempre muito confiante nos duelos, carregou a equipa nos melhores lances. Excelente a assistência para o golazo do Gyokeres. A expulsão do Gonçalo obrigou a várias mexidas e foi injustamente o sacrificado.

JEREMIAH ST.JUSTE - 2 - Entrou mal no jogo, com várias perdas de bola, fora da sua posição teve dificuldades em adaptar-se. Teve também culpas no lance do segundo golo, quando chegou tarde e permitiu o cruzamento letal.

FRANCISCO TRINCÃO - 2 - Não se entendeu a sua função, tenha sido qual fosse, verdade é que não a cumpriu. Era hora de segurar a bola e entregou-a por duas vezes ao adversário.

NUNO SANTOS - 1 - Um desastre. Explicou porque nunca poderia ser titular contra este Benfica, com o Di Maria no seu corredor. Defendeu mal e quando foi lançado no último quarto de hora, com equipa ainda na frente do marcador não fechou como devia o seu corredor e já com o argentino de rastos. Teve culpa directa nos golos da reviravolta do adversário. Mal posicionado marcou com os olhos o João Neves que, sozinho, na zona de penálti fuzilou sem estorvo de ninguém e logo a seguir no segundo golo, a pergunta que se coloca é, onde andava? Se entrou para fechar na hora de defender, onde estava para impedir aquele cruzamento letal?

PAULINHO - 1 - O mais correcto até era não ter nota, não se viu. Qual era afinal a sua função? 

RÚBEN AMORIM - 2 - Teve a glória à mercê de dois simples minutos, período em que decidiram oferecer a vitória ao adversário, que marcou dois golos de rajada muito consentidos, por erros grosseiros. Depois de uma má entrada no jogo, foram competentes principalmente quando em inferioridade numérica, a jogar com 10, mas tudo se perdeu pelo cano nos derradeiros instantes. As substituições que operou, com as consequentes mexidas em várias posições no terreno, voltaram a fazer estragos irreparáveis, falta de concentração que originou a derrota e a consequente perda da liderança da Liga.

ROGER SCHMIDT - 2 - Toda esta sorte que tem tido nos jogos com o Sporting um dia vai-se acabar. Equipa que apresentou poucas ideias, apesar da melhor entrada na partida no período inicial, mas com pouco fio de jogo, muito aos repelões e que viveu principalmente dos rasgos individuais de alguns dos seus jogadores. Metade do tempo jogaram em superioridade numérica e ainda com os ventos arbitrais sempre favoráveis e mesmo assim,  a sua equipa só conseguiu marcar por erros muito consentidos, grosseiros, do adversário.

ARTUR SOARES DIAS (Árbitro) - 2 - Deu um curso prático ao País via TV em directo, de como se inclina um campo na base da inteligência aplicada, de quem percebe muito da poda. Percebeu-se logo onde ía "atacar", nos lances divididos, em que na sua esmagadora maioria beneficiou sempre o mesmo. Foi mais tarde solidário com o desespero do Benfica, o caminho que lhe abriu com a expulsão do Gonçalo Inácio não estava a ser suficiente, tinha que abrir também uma auto estrada e passou a inventar faltas e fazer vista grossa a outras, em que o mais beneficiado foi sempre o mesmo.

TIAGO MARTINS (VAR) - 3 - Só ele tem os meios para medir o lance de eventual fora de jogo que resultou no 2º golo encarnado validado por 4cm? Ficaram muitas dúvidas, até pelo tempo de espera, foi estranho.

publicado às 07:00

As Notas de Julius 2023/24 (16)

Julius Coelho, em 10.11.23

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Raków Czestochowa da 4ª jornada da Liga Europa (fase de grupos), que resultou numa vitória 2-1. Golos de Pedro Gonçalves 14' (Penálti) e 52' (Penálti).

O LEÃO NÃO QUIS ESMAGAR O CAMPEÃO POLACO

Num jogo com pouca história, o Sporting cumpriu diante do Raków e ficou a um empate contra o Sturm Gráz de garantir o apuramento para a fase seguinte, a eliminar. Uma expulsão e um penálti logo aos 12', inclinaram a partida definitivamente para o lado dos leões, que passaram a controlar o adversário (em inferioridade numérica) quase sempre no seu meio campo, num ritmo invariavelmente moderado e sem necessidade de grandes acelerações. Uma outra grande penalidade no início da segunda parte permitiu ao Pedro Gonçalves assumir o protagonismo, ao bisar na partida. Com a vantagem de 2 golos, Rúben Amorim decidiu-se pela gestão do resultado, fazendo várias substituições (5), momento em que o adversário aproveitou para fazer o seu golo e voltar ao jogo, o campeão polaco ainda acreditou que podia chegar ao empate, perante a inércia do ataque do Sporting que falhou muito no último passe, mas o resultado já não se alterou.

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DESTAQUE - PEDRO GONÇALVES - 3.5 - Bisou, marcando com competência as 2 grandes penalidades e foi tomar banho mais cedo.

ANTONIO ADÁN - 3 - Voltou a assistir ao jogo de cadeirinha e na única vez que o adversário chegou à sua baliza... marcou, 2º episódio da mesma série.

RICARDO ESGAIO - 2.5 - Esticou-se pelo seu corredor 2 ou 3 vezes, mas a bola nunca lhe chegou, saiu cedo para descansar para a Luz.

JEREMIAH ST. JUSTE - 3.5 - Foi um dos melhores elementos da equipa, está com fome de bola e acabou com o jogo logo aos 12', foi lá à frente à área polaca comer o defesa do Raków, foi derrubado, penálti e expulsão para o central romeno.

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 3 - Exibição sem esforço suplementar. Terá que analisar a perda de concentração da defesa nos momentos das substituições, a equipa voltou a sofrer um golo oferecido da mesma forma que sofreu na Polónia, quando se procedia na troca de colegas na defesa.

GONÇALO INÁCIO - 3 - Exibição moderada, a ritmo de treino. Um deslize que ainda foi a tempo de recuperar.

NUNO SANTOS - 2.5 -  Continua sem grande forma. Muita parra, mas tudo se perde na definição e no último passe. Foi do seu lado que nasceu o golo do adversário

DANIEL BRAGANÇA - 3.5 - Levou o jogo a sério, o mais regular e o que mais tentou levar a equipa para a frente, sabe que estão vários olhos em cima dele. Foi quem mais rematou em boa posição de marcar, mas também foi quem mais falhou, a bola nunca chegou à baliza do Vladan Kovacevic.

MARCUS EDWARDS - 3 - Protagonizou dois ou três lances com rasgos individuais que animaram as bancadas, um o guarda redes do Raków fez a defesa da noite, num outro, com melhor pontaria seria golo, e no último, o defesa cortou a bola com o braço e que resultou no 2º penálti.

PAULINHO - 2 - Era o seu dia de aniversário, fez tudo para ter um presente e como não conseguiu marcar, o árbitro resolveu dar-lhe quase no final do jogo... um amarelo!

FRANCISCO TRINCÃO - 3 - O que mais fez mexer o ataque da equipa, mas faltou-lhe mais intensidade nos bons lances que criou. Quase que marca, rematando na passada uma bola que ia direitinha para o golo, mas um defesa desviou-a.

MORTEN HJULMAND - 2 - Entrou na segunda parte para uma exibição em modos gestão, a pensar no dérbi de domingo. Nada de importante registou.

MATHEUS REIS - 2 - Entrou para substituir o Gonçalo e pouco depois o Raków fez o seu golo, por ali, a ideia era gerir o resultado e não adormecer.

IVÁN FRESNEDA - 2 - Voltou a mostrar algumas dificuldades e pouca confiança pela falta de competição, repetiu várias vezes o mesmo lance do passe para trás. O melhor momento, um excelente passe que quase isolava um colega na área.

OUSMANE DIOMANDE - 2 - Foram 20 minutos só para não perder o ritmo, a pensar no dérbi. 

TIAGO FERREIRA - 2 - Recebeu um belo prémio do seu treinador, pela enorme dedicação ao clube, uma estreia que não vai esquecer na sua vida, mas foi pouco feliz, entrou e o adversário fez golo. Foi sempre um elemento estranho na equipa.

RÚBEN AMORIM - 2.5 - Várias análises à exibição da equipa e às suas decisões durante o jogo, podia ter esmagado o adversário quando ficou reduzido a 10 e a perder muito cedo. Mas preferiu aproveitar essa grande facilidade que o jogo lhe ofereceu e fazer uma gestão do resultado e dos seus jogadores, a pensar já no dérbi de domingo. Ganhou o jogo é um facto, mas perdeu-se o espectáculo e ainda viu a equipa sofrer mais um golo oferecido, quando procedia às substituições na defesa, situação que já se repetiu em jogos anteriores e que terá de rever.

DAWID SZWARGA - 3 - A sua equipa até podia ter entrado no relvado com 13 jogadores que dificilmente evitaria a derrota, tais as fragilidades apresentadas quando o Sporting acelerou a espaços o jogo. A expulsão do seu jogador e o golo madrugador fizeram o Sporting desistir do jogo e mudar logo aí o chip para o dérbi de domingo com o Benfica. Numa grande desconcentração da defesa do Sporting conseguiram fazer o seu único golo, na única vez que chegaram à baliza leonina e isso explica tudo.

ENEA JORGJI (Árbitro, Albânia) - 2 - O lance do primeiro penálti aconteceu mesmo à sua frente e estava a pouca distância, faltou-lhe qualidade e coragem para logo ali decidir. Mostrou ser um árbitro temeroso, refugiando-se no VAR, para que seja o VAR a decidir e resolver os lances importantes. Fraco.

JUAN MARTÍNEZ MANUERA (VAR, Espanha) - 6 - Percebeu que tinha no relvado um colega fracote e assumiu os lances capitais, é para isso que chegou o VAR ao futebol, trazer mais justiça desportiva.

publicado às 02:34

As Notas de Julius 2023/24 (15)

Julius Coelho, em 06.11.23

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Estrela da Amadora da 10ª jornada da Liga BETCLIC, que resultou num vitória por 3-2. Golos de Daniel Bragança 33', Marcus Edwards 71' e Paulinho 79'.

A ALMA DE CAMPEÃO DEU A REMONTADA

Vitória muito sofrida do leão, teve que roubar a estrelinha ao Estrela para levar os 3 pontos. Depois de uma primeira parte muito bem jogada, com muitos remates e um domínio quase absoluto do jogo, que faziam merecer uma vantagem mais expressiva no marcador ao intervalo, que o único golo marcado pelo Daniel Bragança. Com uma péssima entrada no início da segunda parte, muito apática e desligada, a equipa pôs-se a jeito para o que viria a acontecer a seguir, o Estrela com grande surpresa fez de rajada 2 golos e a remontada de todo inesperada aproveitando uma má noite da defesa do Sporting e do seu Capitão uruguaio que gelou por completo o público de Alvalade. O Treinador leonino cheirou o perigo e reagiu de imediato com 4 substituições que voltaram ligar a equipa e deram a volta ao jogo, conseguindo com mérito e justiça a segunda remontada da noite, provocando grande explosão de alegria nas bancadas do estádio com o golo fulminante do Paulinho que garantiu a vitória e a diferença dos 3 pontos de vantagem para o segundo classificado, o Benfica.

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DESTAQUE - MARCUS EDWARDS - 5 - Depois de uma primeira parte muito cinzenta em que foi dos piores elementos da equipa, soltou o génio na segunda parte, assumindo o grito de revolta da equipa numa reacção com 45' brutais, destruiu por completo o Estrela e fazendo brilhar a estrelinha de um campeão com muita alma, um golo de raiva porque tudo lhe saia mal, pegou na bola e armou uma grande "Maradonice" fazendo o empate, a seguir, cruza milimétricamente para a cabecinha de ouro do Paulinho fazer o golo da vitória, com o eco ensurdecedor do estrondo da explosão de alegria nas bancadas do estádio. Estava feita a remontada.

ANTONIO ADÁN - 3 - Noite fria, noite estranha, noite ingrata "noche de mier......."). 2 golos sofridos e não teve que fazer qualquer defesa no resto do tempo. Fica a ideia que podia ter feito algo mais no segundo golo.

RICARDO ESGAIO - 2 - A surpresa é quando acerta um bom jogo, ontem voltou à sua normalidade, ou seja, passou ao lado do jogo, fica-lhe difícil concluir bem as decisões. Muito demorou a sua substituição.

OUSMANE DIOMANDE - 3 - A defesa enfrentou um teste dos mais difíceis da época, o Estrela tem gente muito habilidosa na frente e são muito velozes, os momentos que facilitaram pagaram bem caro por isso. Só com a entrada do St. Juste e do Gonçalo Inácio conseguiram agarrar os avançados adversários pelos colarinhos. O costa marfinense também sentiu um desconforto pouco habitual.

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 1 - " Que noche, para olvidar" . Com avançados espertos, bons de bola e muito rápidos são como um vírus para o capitão uruguaio, que se sente mais desconfortável. Esteve pelas piores razões nos dois golos do Amadora.

MATHEUS REIS - 2 - Dos mais fracos. Não consegue dar boa sequência aos lances que cria, ou que tem espaço e timing para decidir, pedia-se também a sua substituição.

NUNO SANTOS - 3 - Não parece em forma, mete turbo nas suas acções, mas depois não lhes dá boa sequencia, somando más decisões nos cruzamentos ou nos remates sempre mal enquadrados.

MORTEN HJULMAND - 4.5 - Dos mais regulares em todo o jogo, está a evoluir muito fisicamente, na hora do gelo foi à luta com boa reacção, foi importante a limpar de raiz várias tentativas de contra ataque do Estrela. Tentou os seus remates mortíferos fora da área, mas saíram sem direcção. 

DANIEL BRAGANÇA - 3 - Uma primeira parte intermitente, melhor a aparecer na "llegada", com espaço para rematar, fez o primeiro da noite, com um remate bem colocado sem hipótese para o António Filipe. Podia ter feito o 2-0 em 2 ocasiões, mas rematou para as nuvens. Deixou o adversário fazer várias transições e ficou sem pulmão para a segunda parte sendo o primeiro a sair, 57'.

PEDRO GONÇALVES - 3.5 - Importante a sua acção entre linhas, foi sempre o elemento da equipa que melhor ligou o jogo. Ficou a milímetros de um grande golo.

VIKTOR GYOKERES - 3.5 - Deu-se ao jogo como é habitual, as bolas raramente lhe chegaram em condições, as que teve aproveitou-as quase todas bem, por 3 vezes fugiu e deu a bola de bandeja na área para o golo, só uma delas foi bem aproveitada (Daniel Bragança no 1º golo). Teve ocasião para atirar à baliza, mas a bola saiu ao lado do poste.

PAULINHO - 4 - Quando teve oportunidade de resolver o jogo não vacilou e marcou, dando a vitória justa à equipa já nos instantes finais da partida. Já tinha saudades dos cânticos em seu nome que  se ouviu em todas as bancadas do estádio com o golo e o Paulinho voltou a sorrir.

GONÇALO INÁCIO - 4 - Já é um insubstituível da equipa, enorme a diferença que se notou após a sua entrada, é um craque naquela posição, depois de um jogo à Beckenbauer a meio da semana, entrou para ajudar a dar a volta ao jogo e a verdade é que os avançados do Amadora foram completamente anulados. Fez um excelente corte que impediu que o adversário ficasse isolado no centro da área.

FRANCISCO TRINCÃO - 3.5 - Continua a atravessar um momento muito bom, solto, imaginativo, dominador dos lances e sempre a criar roturas na defesa adversária, decisiva a sua entrada para a remontada.

JEREMIAH ST JUSTE - 3.5 - Esteve muito melhor que o Matheus Reis, principalmente na segurança que deu na abordagem aos lances. Teve que meter a sua muito conhecida 6ª velocidade por 2 vezes, para ir buscar os adversário que se escapavam nas costas da defesa. É de outro nível.

RÚBEN AMORIM - 5 - Não merecia a traição do seu capitão, mas soube reagir e bem, 4 substituições que resultaram em cheio, voltaram a ligar a energia à equipa que já parecia moribunda com os 2 tiros do Estrela. Na hora H sacou para a sua equipa a estrelinha ao Estrela e deu a volta ao jogo com alma de campeão. Um dos objectivos da época está já alcançado, chegar ao jogo da Luz na frente, após 9 vitória e um só empate. De novo um grande Sporting.

SÉRGIO VIEIRA - 4 - O mérito de estar a fazer um grande trabalho numa equipa modesta, é quiçá a equipa da Liga que melhor interpreta os contra ataques, através de lances simples e bem desenhados. Ontem depois de uma primeira parte cinzenta, muito por culpa do Sporting, apresentou-se destemido no inicio do segundo tempo, conseguiu o impensável, a remontada, explorando uma noite menos feliz do Sebastián Coates, mas depois ficou sem argumentos quando o Sporting voltou a acordar e a pegar no jogo. Fica para a história a boa réplica que deu.

ANDRÉ NARCISO (Árbitro) - 2 - Vimos equívocos a mais nas suas análises, mostrando incoerência em algumas decisões, algumas anedóticas e provocadoras para os jogadores do Sporting. Faltas que não viu e outras que viu mas não quis marcar. Ameaçou perder o controle do jogo. 

FÁBIO MELO - 1 - As coisas não mudam, continua tudo na mesma, que diferença tem o lance do Bragança com o lance em Chaves do João Neves? Só mesmo a cor das camisolas, é este tipo de incoerência que marca a péssima arbitragem portuguesa desde há décadas.

publicado às 04:05

As Notas de Julius 2023/24 (14)

Julius Coelho, em 03.11.23

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Farense, Taça da Liga Allianz grupo C, 2ª jornada, que resultou numa vitória por 4-2. Golos de Viktor Gyokeres 24', 28' (Penálti), 63' e Nuno Santos 56'.

LEÃO TRITURADOR 

O Sporting enganou bem o Farense e o seu treinador, apresentou um 'onze' que nunca tinha jogado antes, com vários jogadores muito menos utilizados e ainda com um "6" surpreendente. O jovem central  Gonçalo Inácio que para espanto de todos, carregou a equipa para uma exibição de gala, realizando a melhor primeira parte da época até agora, com um futebol total e de grande categoria, muito criativo e até espectacular em muitos momentos e que merecia um resultado mais confortável, somou oportunidades para fazer o dobro dos 4 golos que marcou.Gyokeres voltou às grandes exibições e apontou o seu primeiro hat-trick de leão ao peito, Trincão confirmou que a sua boa forma está de volta e Inácio deu grande espectáculo no meio campo. A única nota negativa, Israel voltou a chumbar e já se percebe que não dá garantias. Com esta vitória demolidora, o Sporting praticamente garantiu as meias finais da Taça da Liga.

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DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5 - Destruiu a defesa do Farense, fez do Talocha e do Artur Jorge o que quis. Marcou 3 golos e podia ter feito 4 ou 5, é de outra galáxia e já tem os adeptos aos seus pés, está a nascer um novo herói em Alvalade.

FRANCO ISRAEL - 1 - A única nota negativa da noite, não convence. Deixou a ideia que nem sabe por onde entraram os 2 golos que sofreu, mostrou falta de qualidade em bolas cruzadas perfeitamente ao seu alcance e que socou em vez de as agarrar com firmeza.

RICARDO ESGAIO - 4 - Ontem o jogo saiu-lhe ao seu jeito, aproveitou o desnorte da defesa adversária que já não sabiam a quem marcar pelas entradas constantes e de rompante da dupla Trincão e Gyokeres, deixaram-no muitas vezes sozinho e com espaço à direita que aproveitou para ensaiar vários cruzamentos de todas a formas e feitios.

JEREMIAH ST.JUSTE - 3.5 - A forma está a chegar-lhe, ontem já se viu a sair com mais confiança com a bola colada no pé.

OUSMANDE DIOMANDE - 4 - Assumiu e bem o centro da defesa e tudo ficou seco à sua frente, varreu tudo.

MATHEUS REIS - 3 - Adora provocar "bulha" em todos os lances, sempre muito frenético mesmo quando não se justifica. Simulou um penálti claro, sinal que ainda não perdeu o tique malandro que só prejudica a equipa e a ele próprio.

NUNO SANTOS - 3.5 - Foi dos que correu mais e ingloriamente, porque foram poucas as vezes que lhe passaram a bola quando estava bem posicionado para entrar na área isolado sem oposição. Marcou o golo mais estranho da noite, um remate que fez a bola passar por 2 túneis, o último do Ricardo Velho, até chegar ao fundo da baliza lentamente.

GONÇALO INÁCIO - 5 - Fez um jogo à Beckenbauer e deu espectáculo, a verdade é que surpreendeu a todos a forma como fez rodar a bolinha por entre as linhas do adversário, com passes milimétricos e de primeira, foi um recital de futebol que empolgou a equipa para uma grande exibição. Ontem sim, mostrou naquela posição que...!!! Será?

DANIEL BRAGANÇA (Cap) - 3.5 - Tudo o que faz é em esforço, com pouca pedalada para aspirar a titularidade, mostrou boa mobilidade e vontade de fazer bem. Apareceu por 3 vezes em boa posição de fuzilar a baliza do Velho, mas foi lento e os defesas tiram-lhe o pão da boca.

FRANCISCO TRINCÃO - 5 - No jogo contra o Olivais e Moscavide já tinha sido dos melhores elementos da equipa e ontem provou que o Trincão pode estar de volta, finalmente com o timing que se exige no drible e com confiança que não perde a bola, este sim é o Trincão que conhecemos e que os adversários detestam.

PAULINHO - 3.5 - Muito esforço, muita entrega, muita pressão na frente, muito desgaste, nunca foi egoísta entregando-se de fato macaco à equipa. Não teve glória, não fez golos e nem lances famosos, mas fez o trabalho sujo que alguém tinha que fazer lá na frente. Uma perda de bola teve consequência letal, o adversário fez o primeiro golo.

PEDRO GONÇALVES - 3.5 - Entrou bem na partida e marcou a sua qualidade em vários lances na construção como o passe largo que isolou o Gyo para fazer o 4º da noite. Teve também o seu momento em que podia ter marcado com a bola a sair ao lado rente ao poste.

LUÍS NETO  - 3 - Meia hora no jogo e cumpriu. Viu o adversário fazer o seu 2º golo mas foi pelo lado oposto sem qualquer culpa sua.

MARCUS EDWARDS - 3 - Manteve o ataque da equipa sempre ligado e a construir lances de perigo constantes.

SEBASTIÁN COATES - 2.5 - Jogou o quarto de hora final numa altura em que a equipa já geria o resultado.

DARIO ESSUGO - 1 - Má entrada com constantes perdas de bola e com passes que não chegavam aos destino, só por uma única vez conseguiu acertar o passe, quando serviu à distancia o Nuno Santos. Precisa de fazer muito mais.

RÚBEN AMORIM - 6 - Faz muito tempo que não se via tanta gente preocupada com o Sporting e com o futuro do seu treinador, cada vez se vêm mais mensageiros a fazer-lhe perguntas estranhas. Ontem foi mais um bonito episódio que ficou gravado na história do Sporting, uma excelente exibição com uma equipa feita em dois dias e que triturou um adversário que apresenta quase sempre nos seus jogos muita abnegação. Um modelo de jogo muitíssimo bem trabalhado que funciona quase sempre bem, independentemente dos protagonistas. A sua equipa está a atravessar um dos melhores momentos da época.

JOSÉ MOTA - 1 - Foi enganado, veio com os dentes afiados com a sua equipa na melhor versão para roubar a final four ao Sporting. Esfregou as mãos de contente quando viu a equipa que ia defrontar com a maioria dos titulares dos leões sentados no banco. Depois ficou perplexo com o que ia acontecendo no terreno, a sua equipa a ser triturada sem conseguir passar do meio campo, num festival de futebol verde e branco e com os golos a aconteceram na sua baliza, foi bem enganado e teve uma viagem difícil no retorno a Faro.

GUSTAVO CORREIA (Árbitro) - 5 - Boa arbitragem, deixando correr o jogo sem grandes interrupções. Aguentou-se bem sem a amostragem dos cartões amarelos, mesmo em lances que justificavam, mas foi coerente nas decisões.

NUNO MANSO (VAR) - 4 - Interviu muito bem e assim devia ser sempre, no penálti que o árbitro assinalou por suposto derrube ao Matheus Reis, as imagens mostraram que de facto foi simulação grosseira do defesa brasileiro que acabou por ser admoestado com cartão amarelo, pela simulação.

publicado às 02:19

As Notas de Julius 2023/24 (19)

Julius Coelho, em 01.11.23

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Atalanta da 5ª jornada da Liga Europa (fase de grupos), que resultou num empate 1-1. Golo de Marcus Edwards 56'.

 A VITORIA BATEU NOS POSTES 

O Sporting garantiu já o apuramento na Liga Europa, mas perdeu uma grande oportunidade de trazer para Lisboa a sua primeira vitória em terras italianas, depois de empatar em Bérgamo contra a Atalanta, em que desperdiçou várias oportunidades cantadas (numa delas a bola acertou nos 2 postes) numa segunda parte dominadora, mas só conseguiu marcar um único golo, o do empate e com isso ficou fora da luta pelo 1º lugar no grupo. Um jogo algo semelhante ao de Alvalade, com uma primeira parte com domínio absoluto dos italianos que caíram em cima dos leões desde o inicio, sem os deixar praticamente sair do seu meio campo, com a excepção do costume, Viktor Gyokeres, que arrancou sozinho por ali fora e quase que faz o primeiro da noite. A estratégia inicial voltou a falhar, com vários jogadores da equipa (Esgaio, Reis, Trincão, Morita), completamente fora da frequência do ritmo e da intensidade elevada dos italianos. Jogar com Esgaio e Matheus Reis nas alas, é jogar com 5 defesas posicionais. Só com as entradas de Geny Catamo e Marcus Edwards juntando a subida de rendimento de Morita, deram a volta ao jogo, para uma 2ª parte de superioridade  clara, mas atraiçoada por um  Pote desinspirado que se fartou de falhar golos cantados.

DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 4.5 - Não sabe jogar mal, é o "DURÃO" da equipa, quase sempre muito isolado na frente, vai-se a eles sem medo com todas as ganas e consegue quase sempre destruí-los, o treinador italiano teve que substituir quase toda a defesa na segunda parte, estavam de rastos de tanto correr e lutar com o Viking. Merecia ter marcado naquela fantástica arrancada na primeira parte. Fez a assistência para o golo do Edwards. 

ANTONIO ADAN - 2.5 - Noite fria, noite desinspirada do guarda redes espanhol, mal batido no golo italiano e vários erros na reposição da bola. Ontem pareciam aqueles dias, em que cada remate sai golo, valeu os colegas da defesa não terem deixado rematar. Inseguro.

RICARDO ESGAIO - 2 - Não é jogador para estas andanças, para tão alta frequência de intensidade e de luta corpo a corpo, andou aos papeis a maior parte das vezes, perdeu a esmagadora maioria dos duelos e nunca conseguiu acertar um passe a rasgar as linhas do meio campo italiano. Com culpas do sufoco inicial.

JEREMIAH ST. JUSTE - 4 - Boa exibição e com uma árdua tarefa, a de não deixar jogar o melhor jogador do Atalanta e que caía quase sempre no seu lado, travou luta de titãs e levou a melhor.

OUSMANE DIOMANDE - 3.5 - Das melhores exibições da equipa, tarefa também complicada, nunca é fácil substituir "El Comandante, el patrón". Sentiu dificuldades na primeira parte com as movimentações velozes dos italianos, mas depois de acertar as marcações ganhou confiança e assumiu o comando da defesa  acabando em excelente plano.

GONÇALO INÁCIO - 3 - Prestação muito irregular em todo o jogo, pouco confiante no passe quando viu os primeiros a serem interceptados, mostrou também desconforto na leitura do espaço, estava a dormir no golo italiano.

MATHEUS REIS - 2.5 - Muitas dificuldades em ler o jogo do adversário, inibiu-se e deixou-se ficar mais posicional, teve medo de arriscar no apoio ás linhas da frente. No golo italiano parou a espera do fora de jogo, inaceitável. 

MORTEN HJULMAND - 3 - Bem tentou quebrar aquele sufoco italiano na primeira parte, mas com toda a gente da equipa muito recuada, só havia linhas de passe para os lados e para trás. Junto com o Morita foi dos mais pressionados e vigiados pelos adversários, que lhes caiam logo em cima, não os deixando ver o jogo de frente.Subiu de rendimento na segunda parte com as entradas do Geny Catamo e do Marcus Edwards.

HIDEMASA MORITA - 3 - Foi eclipsado em toda a primeira parte, os adversários não o deixaram rodar e ver o jogo de frente caindo-lhe em cima. Subiu muito de rendimento na segunda parte, agora com mais espaços e essencialmente pela entrada dos colegas que na frente provocavam desequilíbrios no adversário, obrigando-o a recuar. Isolou o Pote mas...não era a noite do Pote.

PEDRO GONÇALVES - 3 - "que noche" .Será difícil equacionar o que mais poderia correr-lhe mal, correu, lutou, suou e não saiu um único drible à Pote, teve sim a arte de isolar-se e logo por por 3 vezes e.......inacreditável, o grande Pote perdeu-as todas, hipotecou a vitória da equipa nesse tremendo desperdício. Um Pote e 2 Postes não combinam para nada... "y asi se fuy la vitoria por el cano". 

FRANCISCO TRINCÃO - 1 - Aiiii! Francisco, estavas a ir tão bem e de novo "fregaste" tudo, mas que raio de jogo foi esse? Com esses dribles da treta querias passar esses italianos? Isso é para os amadores do Dumiense, que tremenda fragilidade, jogaste à Francisco que ninguem conhece,  queremos é o Trincão.

MARCUS EDWARDS - 4.5 - Nem o acidente lhe quitou a forma, excelente e muito decisiva a sua entrada no jogo, com impacto directo na destruição do esquema da equipa italiana e que permitiu ao Sporting assumir as rédeas do jogo. Marcou um grande golo e quase que marca o segundo a passe do Geny Catamo, já dentro da pequena área devia ter feito melhor. Assistiu para um golo certo e cantado no "toma-lá e faz-te famoso" para o Pote com a bola a bater nos 2 postes da baliza do Juan Musso e que quase provocava vários ataques cardíacos nas bancadas nos adeptos italianos.

GENY CATAMO - 3.5 - Não teve o mesmo impacto do colega inglês, tinha que ultrapassar um opositor duro e  difícil e quando o conseguiu, levou o pânico na defesa italiana, num desses raids, ofereceu um golo cantado ao colega Edwards que desperdiçou.

NUNO SANTOS - 2.5 - Entrou já na fase de domínio absoluto do leão, com mais espaços para explorar, conseguiu alguns bons lances mas falhou sempre o acerto do ultimo passe.

SEBASTIÁN COATES - 2 - Foi a grande surpresa o não ter sido titular. Foi lançado para o ataque final à vitória no ultimo quarto de hora, importante nas bolas paradas que acabaram por não acontecer, os italianos já numa estratégia de muita contenção, não deixaram o jogo correr. 

RÚBEN AMORIM - 3.5 - Viu uma cópia do jogo de Alvalade, a sua equipa foi sufocada em toda a primeira parte e depois sufocou os italianos na segunda e no final com as contas feitas merecia a vitória com justiça. Mas não conseguiu o antídoto para conter a já esperada entrada forte dos italianos, verdade que tiveram menos oportunidades que em Lisboa, mas houve equívocos na estratégia inicial, alguns elementos voltaram a não mostrar estaleca para aquele nível intenso e rápido. Mexeu depois bem , sabia que os italianos não iriam aguentar fisicamente toda aquela pressão e saltou-lhes em cima, quase que consegue o triunfo, não fosse tanto desperdício de oportunidades claras. A melhor notícia da noite chegou da Áustria com a vitória do Raków que garantiu a passagem do Sporting, mas no ingrato 2º lugar que tentou evitar.

GIAN PIERO GASPERINI - 3.5 - Não teve trabalho para preparar o jogo, foi só pegar no que já estava feito do jogo de Lisboa e repetiu a mesma dose, a mesma estratégia suicida, actuação dos seus jogadores no limite da intensidade e pressão no início (sabe da dificuldade de alguns jogadores do Sporting lidarem com a reação) e depois "veremos o que passa na segunda parte". Confiou acima de tudo nos postes da sua baliza e fez bem, eles não falharam. 

MICHAEL OLIVER (Árbitro - inglês) - 2 - Arbitragem com tiques de vedetismo, vários erros de analise em alguns (muitos) lances, com um critério estranho, apitando com decisão diferente em situações idênticas, calha sempre bem ser amigo da casa, fica tudo mais fácil. 

STUART ATTWEEL (VAR - inglês)  - 3 - O golo italiano deixou dúvidas, mais uma vez não foram mostradas as diferentes imagens do lance e que se exigia serem exibidas, em nome da transparência. Não houve mais lances que pedissem a sua intervenção.

 

 

 

publicado às 15:39

As Notas de Julius 2023/24 (13)

Julius Coelho, em 31.10.23

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Boavista da 9ª jornada da Liga BETCLIC, que resultou numa vitória por 2-0. Golos de Geny Catamo 37' e Pedro Gonçalves 85'.

LEÃO ULTRAPASSA CAMPO MALDITO E GANHA VANTAGEM NA FRENTE DO CAMPEONATO

Ganhar com toda a justiça no Bessa a um Boavistão à antiga, foi uma demonstração de força e um sério aviso aos rivais que o agora mais líder Sporting está de pedra e cal na luta pelo título. A equipa leonina dominou os principais momentos do jogo, impondo a lei dos génios (Catamo e Pote), que empurraram a equipa para a vitória, marcaram os 2 golos numa grande noite do leão que voltou a desperdiçar várias oportunidades de matar o jogo sem ter que passar por apuros, quando o adversário ameaçou empatar a 15' do final (um golo invalidado por fora de jogo) aproveitando o momento em que Rúben Amorim fez várias mexidas na defesa (3 substituições). O leão sentiu o perigo, vestiu o fato macaco e voltou a carregar na defesa do Boavista marcando o segundo golo, num lance genial de calcanhar de Pedro Gonçalves que aniquilou o adversário.

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DESTAQUE - PEDRO GONÇALVES - 5 - Um golo de antologia na hora H, num momento crítico quando equipa  dava sinais preocupantes de querer ceder ao bom futebol que praticou em quase toda a partida, um golo que garantiu a vitória e a liderança mais isolada na Liga. Decisivo também no lance do primeiro golo, com um excelente passe a descobrir o Morita solto. Marcou um livre obrigando o guarda redes do Boavista à defesa da noite e foi dele a primeira grande perdida 30', isolado na cara do João Gonçalves atirou para as nuvens.

ANTONIO ADÁN - 3.5 - Noite de pouco trabalho, defendeu bem para canto um remate forte de meia distancia e pouco mais teve que fazer. No golo anulado, uma execução de primeira e muito perto da baliza que não lhe deu hipótese de reacção a tempo de defender.

GENY CATAMO - 5 - A peça que desequilibrou o tabuleiro do Petit, o falso defesa direito que jogou sempre no ataque. O jovem moçambicano impôs a sua lei no jogo, que o adversário nunca conseguiu contrariar, marcou o primeiro golo pleno de oportunidade, fuzilando a baliza axadrezada, pouco antes quase que marca um grande golo, com a bola quase a entrar no ângulo direito da baliza. Deu de bandeja uma bola ao Gyokeres que não conseguiu empurrar à boca da baliza. Foi aposta claramente ganha.

OUSMANE DIOMANDE - 5 - Exibição imperial, autoritária e de grande qualidade técnica na leitura dos lances, num um para um foi indomável, na relva, pelo ar e no contacto físico e saiu sempre a jogar com a bola coladinha no pé. Executou de forma exemplar a estratégia de respaldar o adiantamento do Geny no corredor. Nunca é demais repetir que o Sporting tem de facto o melhor trio de centrais da Liga.

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 4 - Foi o líder que se conhece, o "El Comandante", o maior elogio é contarmos as defesas que o Adán teve que fazer ou os lances que teve que intervir. Soberbo na recuperação em lances que a bola foi metida nas suas costas.

GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Foi o elo mais débil no centro da defesa, várias abordagens mal calculadas a juntar alguns passes mal direccionados que fez irritar o seu capitão por ter que o corrigir, demorou a adaptar-se ao ritmo da partida subindo de rendimento após o golo anulado ao Boavista.

MATHEUS REIS - 4 - A melhor exibição que lhe vimos fazer até agora, correu muito mas com produtividade, com melhor acerto no último passe. Executou o excelente cruzamento para o Geny fuzilar no primeiro golo.

MORTEN HJULMAND - 5 - Apresentou a sua melhor versão, uma exibição das melhores que lhe vimos fazer, encheu o campo e desta vez mostrou pulmão para estar em quase todo o lado, ganhou multiplos lances em antecipação no meio campo do Boavista que causaram contra ataques em superioridade numérica, voltou a aparecer junto à área adversária a tentar os seus remates mortíferos de meia distância.

HIDEMASA MORITA - 4 - Um pouco menos exuberante que o habitual mas sempre presente nos apoios no meio campo e nos principais lances ofensivos da equipa. Correu muito, o campo todo e foi sempre solidário a recuar muitas vezes, para ajudar a fechar linhas.

MARCUS EDWARDS - 3- Exibição estranha do pequeno inglês, esteve no bom e no mau. Foram 2 os momentos que o marcaram, lançou uma bola que isolou o Pote ainda na primeira parte e aos 53' podia e devia ter matado o jogo num lance em que se isola, após uma grande falhanço do central axadrezado e com o Gyokeres ao seu lado que seria só empurrar para a baliza deserta, permitiu o corte do Chidozie. Terá que preparar as orelhas, vai ouvir das boas do treinador.

VIKTOR GYOKERES - 3 - A exibição menos conseguida do avançado sueco, muito vigiado principalmente na primeira parte em que raras vezes conseguiu libertar-se. Falhou à boca da baliza uma bola cruzada pelo Geny e mais tarde bem posicionado para fuzilar para o segundo golo da partida, acertou mal na bola que saiu longe da baliza.

JEREMIAH ST. JUST - 2 - Entrou mal no jogo, ainda procura voltar ao ritmo competitivo, melhorou na parte final já com bom timing de chegada nos cortes e nas dobras.

RICARDO ESGAIO - 3 - O mérito da execução bem feita, quando cruzou para o Pote no lance que resultou no golo que matou o adversário e garantiu a vitória. Podia ter feito o terceiro, em cima da linha de golo não acertou na bola.

NUNO SANTOS - 2.5 - Entrou e logo com um deslize grave, permitiu uma bola nas suas costas para um adversário cruzar sem oposição e que resultou no golo que seria anulado, um erro que podia ter saído muito caro à equipa. Redimiu-se depois com um cruzamento bem medido a que o Paulinho e o Esgaio falharam o terceiro golo à boca da baliza deserta.

PAULINHO - 2 - Entrou quase ao cair do pano mas ainda a tempo de poder fazer o terceiro, falhou por centímetros a bola à boca da baliza cruzada pelo Nuno Santos e teve soberana oportunidade de fuzilar, mas  decidiu mal, quis entrar pelo meio de 2 defesas que lhe sacaram a bola.

FRANCISCO TRINCÃO - 1 - Sem lances de registo no pouco tempo que jogou.

RÚBEN AMORIM - 5 - O grande mérito de ter passado e ganho uma das batalhas mais complicadas do campeonato, vencer no Bessa contra um Boavistão à antiga e num relvado muito mau. Preparou bem os seus jogadores e surpreendeu com a titularidade do Geny e com a sua posição mais adiantada no terreno sempre  bem respaldada pelo Diomande. Não merecia que o golo do Boavista viesse a ser validado, precisamente no momento em que a equipa se adaptava na defesa, após a substituição de vários elementos. O Sporting foi sempre melhor, mesmo na hora de sofrer em que teve que vestir o fato macaco. É agora líder incontestado e com toda a justiça.

ARMANDO TEIXEIRA (PETIT) - 3 - Osso duro de roer muito à imagem do seu treinador, este Boavista que joga bom futebol, com os processos bem treinados pelos seus jogadores, sempre muito apoiados por um público ferrenho e frenético que torna o seu campo muito difícil para qualquer adversário. No final reconheceu que o Sporting foi melhor e mereceu a vitória.

NUNO ALMEIDA (Árbitro) - 5 - Contra todas as nossas expectativas arrancou uma boa arbitragem com muitos poucos erros e que podia ter evitado, principalmente no cartão ao dinamarquês do Sporting em que nem falta foi.

RUI COSTA (VAR) - 5 - Teve dois lances complicados para decidir, no primeiro as linhas ajudaram-no na decisão, de invalidar o golo ao Boavista, no segundo decidiu não intervir, o lance da entrada de pistões à perna do Diomande, um amarelo dado pelo Nuno Almeida mas que podia ter tido outra cor, com a expulsão do jogador do Boavista.

publicado às 03:04

As Notas de Julius 2023/24 (12)

Julius Coelho, em 27.10.23

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Raków Czestochowa da 3ª jornada da Liga Europa (fase de grupos), que resultou num empate a 1-1. Golo de Sebastián Coates 14'.

LEÃO SEM ADERÊNCIA TROPEÇA NUM RAKÓW E NUM RELVADO DE BAIXÍSSIMA QUALIDADE

A jogar no recinto do adversário e perante o seu público, num relvado muito impróprio e condicionado logo aos 8', com a expulsão do seu ponta de lança (Gyokeres), foram adversidades a mais que colocaram a equipa leonina em situação inédita esta época. Valeu o golo do capitão uruguaio, que aproveitou a desorganização do Rakóv pela demora injustificável (6') na substituição do seu jogador, que saiu lesionado no lance com o avançado sueco do Sporting. Na frente do marcador e em inferioridade numérica os leões conseguiram controlar o jogo até ao intervalo e com grande chance de ampliar o marcador, com Pote isolado a não conseguir chapelar o guarda redes sérvio. O leão regressou para uma segunda parte diferente, com as saídas de Edwards e Pote a equipa perdeu o controle do meio campo, os substitutos Geny Catamo e Paulinho nunca conseguiram segurar a bola o que deu ânimo à equipa polaca para avançar no terreno, acabou por fazer o seu golo e colocar mais pressão nos instantes finais na busca do golo da reviravolta.

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DESTAQUE: MORTEN HJULMAND - 3.5 - Deu equilíbrio à equipa, jogando simples no passe e com boa leitura na antecipação cortando muitos lances de ataque à equipa polaca. Enquanto as pernas duraram, foi o responsável por não se notar a diferença numérica no meio campo em toda a primeira parte. Ressentiu-se com as saídas do Pote e do Edwards e mais esgotado já não conseguiu responder e acompanhar no apoio ao jogo esticado do Paulinho e do Geny Catamo.

FRANCO ISRAEL - 3 - Apareceu com surpresa no onze titular mas não ganhou pontos, falhou algumas abordagens em lances de fácil controle e que manifestaram alguma insegurança. A imprevisibilidade da bola naquele relvado deixou-o sempre desconfortável.

RICARDO ESGAIO - 2 - Voltou a deixar a marca maldita, de ter responsabilidade directa em vários golos do adversário, não tem justificação com a sua experiência, oferecer a bola ao adversário naquelas circunstâncias com a equipa toda balanceada no ataque e em inferioridade numérica, um golo que animou a equipa e público adversário e colocou em sérias dificuldades a sua equipa até final do jogo.

OUSMANE DIOMANDE - 3 - Levou sempre a melhor na maioria dos duelos, mas foi também atraiçoado pelo terreno em vários lances, que lhe sacaram a confiança na sua abordagem. Salvou o colega Esgaio de noite ainda mais negra dobrando-o diversas vezes já depois de ultrapassado.

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 3.5 - Marcou o golo muito oportuno, no momento certo, aproveitando bem alguma desorganização defensiva do adversário que demorava a organizar-se na sua nova estratégia em superioridade numérica. Valeu a sua experiência para segurar o empate nos minutos finais, cortando bolas que levavam a trajectória de golo iminente e ainda executou lançamentos para o Paulinho e o Geny para contra ataques com espaço aberto.

GONÇALO INÁCIO - 3 - Os centrais foram o melhor sector da equipa, sempre coesos e raramente deram espaço ao adversário. Executou um dos seu espectaculares passes longos que isolou o Pote na cara do guarda redes do Raków. Sentiu mais dificuldades nos minutos finais, quando a acudir as costas do colega Matheus Reis que já não conseguia fechar com competência.

MATHEUS REIS - 2 - Os laterais que vestem a camisola do Sporting têm que mostrar mais qualidade nos duelos e na leitura do jogo do adversário. Quando os colegas do meio campo acusaram o natural desgaste de jogarem durante largo tempo em inferioridade numérica, pedia-se que fosse mais consistente e competente a fechar as suas costas, foi comido várias vezes e da mesma forma pelo adversário, que viu a ali uma porta de entrada na área do Sporting. Muito tardou... a sua substituição!.

HIDEMASA MORITA - 2.5 - Muito esforçado mas pouco eficaz no que tão bem sabe fazer, o passe curto e as triangulações que deixaram de existir, principalmente quando o Pote deixou o terreno, pareceu receoso na abordagem em vários lances, quiçá pelo estado deplorável do relvado repleto de sulcos, que faziam a bola saltitar e mudar muitas vezes de direcção.

PEDRO GONÇALVES - 3 - Exibição intermitente com alguns bons flash em lances bem executados, ajudou a equipa a guardar a bola em toda a primeira parte e esteve muito perto de fazer o segundo golo, isolado tentou o chapéu ao guarda redes sérvio, o que daria outra tranquilidade à equipa naquelas circunstâncias, mas a bola saiu demasiado baixa. A sua substituição prematura (58'), só se explica por desgaste.

MARCUS EDWARDS - 2 - Nunca conseguiu ultrapassar a defesa adversária, rapidamente se desgastou nos confrontos físicos em que mostrou a sua habitual fragilidade. Foram raros os lances que conseguiu segurar a bola ou concluir com critério, naturalmente foi o primeiro a sair de cena e dar o seu lugar ao Paulinho.

VIKTOR GYOKERES - 1 - Quando ainda ligava os motores da sua máquina infernal, foi colocado fora do jogo, um pisão precipitado a um adversário valeu-lhe a expulsão, deixando a equipa à mercê de esforços extras e reforçados durante mais de 80'.

GENY CATAMO - 2 - Mal entrou e logo se notou que algo não estava bem com as suas botas, pouca ou nenhuma aderência para aquele (relvado) tão raro para as competições europeias. Com muita dificuldade em se manter de pé quando tentava as suas habituais arrancadas com bola. Não conseguiu segurar e guardar a bola na hora que a equipa mais necessitava.

PAULINHO - 2 - Muito isolado perdeu-se em confrontos físicos na ultima linha defensiva do adversário e acabou por ser presa fácil, os apoios estiveram sempre muito distantes.

NUNO SANTOS - SEM NOTA - Substituição muito tardia, aos 90'? Para quê?

DANIEL BRAGANÇA - SEM NOTA - Era urgente a equipa ter mais bola e recuperar o controle perdido no meio campo, mas ... entrar aos 90' de jogo para essa tarefa?

RÚBEN AMORIM - 2 - Teve um duro golpe e muito inesperado, quando viu a sua equipa reduzida a 10 logo aos 8' de jogo, não vinha preparado para essa situação e nunca conseguiu reagir com a precisão que se impunha, dando à equipa o que o jogo pedia naquelas circunstâncias. Os treinadores também erram. A jogar em inferioridade numérica e meter 2 jogadores em simultâneo com características de esticar jogo foi arrojado de facto, mas, ao mesmo tempo um suicídio táctico, com isso perdeu a posse de bola e o controle do meio campo, convidando o adversário a acreditar que podia obter um resultado escandaloso e quase que o conseguia.

DAWID SZWARGA - 3 - Teve tudo a seu favor, todas as estrelitas do seu lado, jogar em casa perante o seu público, um terreno muito especial que só eles bem conhecem, uma expulsão logo no inicio do jogo que colocou a sua equipa em superioridade numérica, um adversário que cometeu erros tácticos claros e ainda ofereceu de bandeja o golo do empate e nem assim conseguiram vencer o jogo, dificilmente voltará a ter tantos astros tão alinhados.

ANASTASIOS PAPAPETROU (Árbitro) - 4 - Arbitragem segura e autoritária, sempre em cima dos lances, decidindo quase sempre bem e no mesmo critério.

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ANGELOS EVANGELOU (VAR) - 4 - Ficou à sua responsabilidade a grande decisão do jogo, a expulsão do Viktor Gyokeres. Aceita-se o vermelho pelo pisão precipitado, até porque o jogador do Raków não pôde prosseguir na partida.

publicado às 05:35

As Notas de Julius 2023/24 (11)

Julius Coelho, em 22.10.23

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Olivais e Moscavide para a Taça de Portugal - 3ª. Eliminatória, que resultou numa vitória por 3-1. Golos de Marcus Edwards 43' (Penálti), Geny Catamo 52' e Daniel Bragança 90+4'. 

DESPERDÍCIO NUMA NOITE SEM ESTRELAS

A defrontar uma equipa da Distrital e em campo neutro, o leão tinha a obrigação de fazer muitíssimo mais. Entrou na partida praticamente a perder, após um disparate do jovem espanhol Fresneda que provocou uma grande penalidade sem necessidade e só na segunda parte conseguiu dar a volta ao jogo, com a entrada fulgurante do Geny Catamo que marcou e assistiu. Uma noite muito desinspirada da equipa do Sporting que se fartou de esbanjar oportunidades claras de golo, só com o guarda redes pela frente, (Marcus Edwards por 3 vezes, Paulinho 2, Pote e Daniel Bragança por uma vez). 

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DESTAQUE - FRANCISCO TRINCÃO - 3.5 - Agitou sempre o jogo com persistência e critério, mas nem sempre definiu muito bem. Muito móvel e activo, procurou os caminhos de rotura na defesa adversária, dando-se às linhas de passe e passando a bola em lances muito bem desenhados para golo iminente. A jogar assim a titularidade fica ali à porta.

FRANCO ISRAEL - 3 - Um golo a frio aos 8' de penálti em que adivinhou o lado. Não foi mais colocado à prova mas mostrou habilidade no jogo de pés.

IVÁN FRESNEDA - 2 - Está com a mala-pata, o fantasma de Atalanta voltou atacá-lo e a persegui-lo. Um impulso algo disparatado fez com que chegasse um pouco atrasado num desarme desnecessário dentro da sua área a fazer penálti. Ainda recuperou, aparecendo em vários lances em que saiu por cima, mas foi insuficiente para alterar o destino marcado de ficar nos balneários após intervalo.

JEREMIAH ST. JUSTE - 2.5 - Uma exibição "programa", sem forçar, depois da longa paragem. Hesitante no início do jogo em que perdeu alguns duelos a que foi recuperando com o decorrer da partida. Experimentou alguns choques com o adversário e ganhou o seu desafio, não se lesionou e nem se ressentiu da lesão anterior.

LUÍS NETO - 3 - Duas curtas aparições na época e foi titular ontem com a missão de patrão da defesa a que levou bem até ao fim. Não deu nem dá a intensidade que a equipa necessita nas saídas, mas cumpriu em todo o resto.

MATHEUS REIS - 2.5 - Estranhamente não conseguiu destacar-se perante um adversário muito limitado, cumpriu na missão defensiva mas deixou muito a desejar no apoio do ataque com prestação medíocre.

DÁRIO ESSUGO - 2.5 - Só conseguiu destacar-se quando o adversário ficou acabado fisicamente, e,  quando finalmente fazia a diferença no meio campo, o treinador decidiu substitui-lo. Tecnicamente não está a evoluir e torna-se em alguns lances mais problema que solução.

DANIEL BRAGANÇA - 2 - Assim vai ficar difícil um futuro na equipa. Teve um teste que tinha a obrigação de passar com nota elevada e deixou-se engolir no tempo, sem nunca fazer a diferença lance após lance. Não estranha a sua reacção de semblante pesado e triste quando marcou, só teve que empurrar a bola para dentro da baliza oferecida de bandeja pelo Geny, estava consciente que até esse momento, pouco ou nada lhe correu de feição em toda a noite.

PEDRO GONÇALVES - 2 - Jogo que deu para o treinador fazer experiências, o Pote na esquerda a fazer o corredor não é a sua praia de todo, não vai voltar a repetir, ainda assim, um tirazo em arco que tirou tinta na trave da baliza do "chato" Rúben Gonçalves, que só pôde "defender" com os olhos.

MARCUS EDWARDS - 2.5 - Fazer o golo do empate na execução de um penálti bem marcado, após um sensacional slalom dentro da área adversária que acabou em rasteira não foi suficiente para chegar à nota positiva. Exibição fraca e escandalosamente perdulário em lances de golo feito. Muito apagado em grande parte do jogo.

PAULINHO - 1 - Aos 84', Paulinho explicou a todos os que assistiam porque fez ontem um dos piores jogos com a camisola do Sporting, recebeu uma bola cruzada com régua e esquadro do Nuno Santos direitinha para a sua cabeça e na altura mais desejada para um cabeceamento fulminante, onde teve tempo para escolher o lado da baliza e acabou num ... passe para o surpreendido guarda redes, foi o culminar dos vários erros que protagonizou em toda a partida no último terço do terreno.

GENY CATAMO - 3.5 - Mexeu muito definitivamente com o jogo, o adversário tinha antídoto para todos, menos para o jovem moçambicano, que executou vários raids supersónicos que rebentaram com defesa da equipa de Olivais e Moscavide. Fez o golo do empate numa tremenda execução e assistiu em bandeja de prata, o Daniel para o último golo do placard. Cheira a titularidade.

NUNO SANTOS - 2.5 - Mostrou diferença quando entrou, uma intensidade de nível superior mas pecou também na definição, alguma precipitação. Tremendo remate com selo de golo aos 72' e um excelente cruzamento para o Paulinho falhar o golo de forma grosseira.

MORTEN HJULMAND - 2 - Mostrou maior acerto e objectividade no passe que o Dário Essugo.

RICARDO ESGAIO - 1 - Nada acrescentou nos 10' que jogou.

GONÇALO INÁCIO - 2 - Ensaiou excelente jogada com passe de rotura que quase deu golo.

RÚBEN AMORIM - 3 - O que valeu foi terem defrontado um adversário com excessivas limitações, em que só conseguiu chegar perto da baliza do Sporting por 2 vezes em toda a partida. Muitos erros na definição do último passe e no remate à baliza, com perdidas de golos escandalosas. Vários elementos da equipa renderam muito pouco, com os níveis de concentração muito baixos.

RICARDO BARÃO - 2.5 -  Deixou correr o tempo e explorou as ofertas do adversário que levaram o resultado incerto quase até final. Seria um escândalo as imensas limitações tão visíveis da sua equipa em toda a partida conseguirem levar o Sporting a prolongamento. 

HÉLDER CARVALHO (Árbitro) - 2 - Tudo acabou em bem, mas o que seria uma boa arbitragem, ficou manchada por um erro grave: não viu um penálti claro na área do Olivais e Moscavide, uma mão na bola que a impediu de seguir para golo.

publicado às 07:34

As Notas de Julius 2023/24 (10)

Julius Coelho, em 09.10.23

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Arouca da 8ª jornada da Liga BETCLIC, que resultou num vitória por 2-1. Golos de Gyokeres 31' e Morita 68'.

A FÚRIA DO VIKING

O Sporting CP segurou a liderança da Liga contra todas as adversidades. Num erro gravíssimo do árbitro sofreu uma expulsão e logo a seguir o golo do empate do Arouca que fez soar todos os sinos de alarme em Alvalade. Foi necessário arregaçarem as mangas e com um extraordinário espírito de união, liderados pelo fantástico Viktor Gyokeres que empurrou a equipa para a vitória merecida. Conseguiram manter sempre o equilíbrio do jogo estando em inferioridade numérica desde os 42', muito mérito do treinador que respondeu sempre bem ao que a equipa e o jogo pediam.

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DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5.5 - Empurrou a equipa para a vitória, incorporou todas as dores da equipa perante a injustiça da expulsão e partiu para a guerra com a fúria de vingança, ostentando o estandarte do Leão com muita firmeza. Marcou o golo inaugural após uma excelente desmarcação e depois ...foi destruindo sozinho toda a defesa do Arouca. É de facto um ponta de lança fantástico.

ANTONIO ADÁN - 3 - Voltou a ser fuzilado, mas desta vez com um cabezazo, teve reacção tardia à bola que passou por cima da sua cabeça, fica a ideia que podia ter feito algo mais. Brilhou já na parte final segurando a vitória com defesas seguras a remates que levavam perigo.

RICARDO ESGAIO - 2.5 - Ameaçou surpreender quando arrancou logo no início 2 cruzamentos bem intencionados mas, baaah! Voltou à sua versão normal e claro, foi substituído no início da 2ª parte..

OUSMANE DIOMANDE - 2 - Viu-se expulso pelo árbitro sem ter feito nada, uma das expulsões mais estranhas que temos visto. O jogo também não lhe estava a correr de feição, viu o primeiro amarelo após uma quezília desnecessária com um adversário e aos 4' de jogo oferece uma bola que tinha controlada ao avançado do Arouca, que quase se isola na área do Sporting.

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 3.5 - Exibição de bom nível, oferecendo sempre o peito às balas, pena que não tenha visto o Rafa escapar nas suas costas e ir cabecear para o golo do empate e que colocava a equipa líder do campeonato em sérios apuros. Acabou em bom plano, também ele a empurrar a equipa para a vitória.

GONÇALO INÁCIO - 3.5 - É a segunda boa exibição em jogos seguidos, o que indica ter encontrado o seu bom momento de forma, muito rápido a decidir o ataque aos lances, assumindo liderança nos duelos. Mostrou confiança no passe entre linhas.

NUNO SANTOS - 2.5 - Muita parra, muita energia...desperdiçadas! Nada saiu com resultados práticos das suas acções e também foi substituído após o início da 2ª parte.

MORTEN HJULMAND - 3 - Na fronteira da nota positiva. Exibiu-se sem selo de qualidade, muito esforçado e preocupado em querer fazer tudo bem. Assumiu pouca autoridade nos lances, dando algumas poucas mordidas nos adversários e falhou algumas intersecções que provocaram espaços abertos para o adversário poder contra atacar.

HIDEMASA MORITA - 4 - O elemento mais regular da equipa em todo o jogo e quando a equipa mais necessitou. Apareceu de rompante na área do Arouca a fazer o golo da vitória que fez levantar as bancadas quase cheias do estádio.

PEDRO GONÇALVES - 3.5 - Ainda anda longe da sua melhor forma, não consegue definir bem na maioria dos lances, mas brilhou no melhor momento da noite, desta vez saiu uma lebre da cartola, quando serviu redondinha a bola para o Morita fuzilar para o golo que segurou a liderança no campeonato.

MARCUS EDWARDS - 3.5 - Foi o sacrificado com o disparate do árbitro, saiu para entrar o Matheus Reis. Com um início fulgurante, parece ter reencontrado o caminho das boas exibições, executou vários cruzamentos brilhantes que desequilibraram a defesa adversária, um deles resultou no 1º golo.

MATHEUS REIS - 3 - Também na fronteira da nota positiva, procurou sempre correr mais que a bola mas deu importante disponibilidade física, o que fez equilibrar na desvantagem numérica. Assegurou as costas dos colegas da frente que tentavam com maior risco passar de novo para a frente do marcador.

GENY CATAMO - 3 - Entrou com a missão de aproveitar os espaços que o avançado sueco provocava na defesa do Arouca, era o momento do risco total e correu bem, 10' após a sua  entrada a equipa fazia o 2º golo. Decidido correu em largas diagonais pelo centro do terreno a provocar o caos nas linhas adversárias.

EDUARDO QUARESMA - 2 - Surpreendeu a sua entrada a substituir o Nuno Santos e fez exibição irregular. Dificuldades visíveis no início em acompanhar a intensidade dos lances. Foi ultrapassado uma vez e quase dava o 2º golo do Arouca, recompôs-se e teve melhor reacção na antecipação e nos cortes, não inventou no passe. Por estratégia foi substituído nos derradeiros instantes da partida (era necessário meter água na fervura, a vitória estava praticamente garantida).

DANIEL BRAGANÇA - 2.5 - Entrou bem na partida, deu o equilíbrio que podia perder-se num momento muito decisivo do jogo. Mostrou personalidade em prender e esconder a bola, teve critério no passe para os colegas em espaços mais abertos livres de adversários.

LUÍS NETO - 1 - Estratégica a sua entrada nos instantes finais, o seu treinador jogava já com o relógio, com a liderança do campeonato a segundos de estar assegurada.

RÚBEN AMORIM - 5 - Ufff, que jogo mister! Suou a bom suor no banco e com a alma apertada. Manteve-se sempre (aparentemente) calmo depois de 2 violentos murros no estômago, o árbitro ter inventado uma expulsão e o golo do empate logo a seguir. Teve a cabeça fria e foi dando à equipa o que ela necessitava, os jogadores foram muito solidários dentro do campo, mas tiveram um líder no banco que os soube orientar para atingirem o objectivo. Superaram uma das provas mais complicadas que tiveram até agora no campeonato e que vai unir ainda mais o grupo.

DANIEL RAMOS  - 2.5 - Já esfregava as mãos de contente, uma expulsão caída do céu e logo a seguir ver a sua equipa fazer o golo do empate, diga-se, que após um excelente cruzamento que foi meio golo. Mas não contou com a força do leão liderado por um Viking em fúria, nem com 3 e por vezes 4 defesas à volta do gigante sueco o fizeram parar, foi missão impossível e teve que arrear na ideia de pontuar. Levaram sim um tremendo pesadelo para as próximas noites, o Viking  de verde e branco em fúria ainda a correr atrás deles.

ANTÓNIO NOBRE (Árbitro) - 1 - Como uma decisão de todo imbecil de um árbitro pode estragar um jogo e dar cabo dos objectivos de uma equipa! Fica assim tão fácil expulsar um jogador do Sporting? Colocar a equipa a jogar mais de 50' em inferioridade numérica? E não foi só esse erro, teve outros, menores mas igualmente incompreensíveis. É grave!!! No intervalo deve ter-se dado conta das tremendas asneiras que fez, porque regressou para a segunda parte de consciência bem pesada.

BRUNO ESTEVES (VAR) - 3.5 - As asneiras fé-las o árbitro, o muito pouco mas não menos importante que lhe tocou a si fazer, fé-lo correctamente.

publicado às 03:34

As Notas de Julius 2023/24 (09)

Julius Coelho, em 06.10.23

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Atalanta da 2ª jornada da Liga Europa (fase de grupos), que resultou numa derrota por 2-1. Golo de Viktor Gyokeres 76' (Pénalti)

OS LEÕES OFERECERAM A PRIMEIRA PARTE E 2 GOLOS, TIVERAM REACÇÃO E... QUASE QUE EMPATAM

Jogar toda uma primeira parte numa frequência de competitividade errada, contra uma equipa muito atlética e com elevada intensidade, teve consequências bem decisivas no resultado. Os italianos entraram fortes e abafaram por completo o meio campo leonino, empurrando-o para trás, sem surpresa marcaram por duas vezes e não permitiram que o ataque do Sporting chegasse sequer perto da sua área. Os leões mantiveram-se sempre muito recuados e sem espaço para impor o seu jogo, sem conseguirem adaptar-se às marcações cerradas dos jogadores italianos.

Ao intervalo Rúben Amorim rectificou o equívoco da estratégia inicial, fez entrar três elementos, entre eles Coates, para a 2ª parte, e viu-se um outro Sporting, totalmente transfigurado. Sob a batuta do capitão, a equipa ganhou confiança, passou finalmente a ganhar os duelos aos italianos e a provocar espaços na sua defesa, invertendo os papeis, passou a ser a equipa de Bergamo a ter que recuar, para defender de qualquer forma a vantagem do resultado. Marcou o golo que já se adivinhava, reduzindo a diferença no marcador e que voltou a empolgar o público de Alvalade e ainda teve ocasiões claras para empatar, com uma bola no poste com o guarda redes italiano batido, o que daria melhores perspectivas na luta pelo 1º lugar do grupo. 

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DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 3.5 - Não fez um bom jogo, sempre com marcação em cima por 2/3 adversários e sem apoios perto em toda a primeira parte. Com a melhoria da equipa no segundo tempo, conseguiu fugir por várias vezes à marcação e aparecer em lances com perigo na área italiana. Foi agarrado pelo Toloi que devia ter sido expulso com segundo amarelo. Marcou bem o penálti, fazendo o golo que voltou a dar esperança à equipa.

ANTONIO ADÁN (Cap) - 3 -Sofreu 2 golos sem possibilidades de defesa, no primeiro foi fuzilado, no segundo ainda faz defesa  incompleta, mas a bola sobrou de novo para o avançado italiano que de baliza aberta colou-a nas suas redes. Impôs-se sempre nas alturas, nas bolas cruzadas para a sua área.

IVÁN FRESNEDA - 1 - Muito inadaptado nos movimentos quando na posse da bola. Excedeu-se várias vezes nos espaços largos que deu nas suas costas e que foram sempre explorados e aproveitados pelo veloz Ademola Lookman. Inexplicavelmente desistiu de acompanhar o seu opositor que entrou na área isolado e fez o 2º golo italiano. Teve dificuldades em ler o jogo, perceber que teria que ser mais posicional a fechar o espaço entre ele e o colega costamarfiense.

OUSMANE DIOMANDE - 2.5 - A inadaptação do Fresneda que abriu sempre demasiado espaço no corredor, pô-lo em toda a primeira parte à beira de um ataque de nervos, perdeu confiança e andou à deriva sempre atrás do avançado nigeriano do Atalanta que fez o que quis. Recompôs-se na segunda parte com as rectificações feitas pelo seu treinador e acabou em bom plano, fazendo o remate defendido com o braço e que resultou na grande penalidade.

GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Não sabe ser comandante, ninguém ainda lhe passa cartão, quando assume o centro da defesa terá que assumir a autoridade e aprender a orientar os colegas nos movimentos, tudo isso lhe faltou em toda a primeira parte. Na outra missão, cortou tudo pelo chão e pelo ar, levou sempre a melhor numa luta dura e sem tréguas com os avançados italianos. Quase que faz golo em 2 golpes de cabeça, o primeiro em excelente posição, a um metro da baliza cabeceou ao lado.

MATHEUS REIS - 2.5 - Voltou a dar muita disponibilidade física, mas faltou-lhe mais futebol, mais tino nas decisões, sempre muito precipitadas e esforçadas. Onde andava no primeiro golo da Atalanta? Lance que foi construído e desenhado na sua zona. 

NUNO SANTOS - 2 - Exibição aquém do esperado na estreia do seu novo look do cabelo, nunca se adaptou ás marcações apertadas dos italianos, foi sempre presa fácil e foi engolido em toda a primeira parte. Sem surpresa já não voltou na 2ª parte.

MORTEN HJULMAND - 1 - No espaço de 4 dias completou 2 noites desesperantes, mostrando uma insegurança inédita numa posição no terreno que é decisiva na estratégia do seu treinador. Nunca entrou no jogo e foi atropelado pelo meio campo do Atalanta, nem a sua melhor arma, a exuberância física fez qualquer diferença, perdendo sempre nos duelos, foi elemento a menos na equipa e por tudo isso também ficou no balneário após intervalo.

HIDEMASA MORITA - 3 - O melhor elemento do meio campo durante o pesadelo da primeira parte, uma ilha pequenina no centro do vendaval italiano e que pouco ou nada se notou, mas nunca se afundou. Vingou-se na segunda parte, ajudando a carregar a equipa para a frente a que obrigou os italianos a provarem do seu próprio veneno. 

PEDRO GONÇALVES - 2.5 - Uma primeira parte em que fez o que pôde mas não o que sabe. Sentiu o orgulho ferido, não é normal vê-lo durante tanto tempo a cheirar a bola. No segundo tempo e já com as posições de toda a equipa rectificadas no terreno fez jus aos galões assumindo a guerra, ganhou a maioria dos duelos e ajudou a empurrar os colegas para a tomada do castelo de Bergamo.

PAULINHO - 1 - Foi desactivado na estratégia apresentada pelo treinador do Atalanta, muito isolado nas suas acções em toda a primeira parte, perdeu a maioria dos duelos sempre por antecipação, deixou-se empurrar para caminhos que não conhece, como ter que fechar perto da sua área. Não voltou para a segunda parte.

SEBASTIÁN COATES - 3.5 - Que diferença! Foi "El Comandante" que a equipa necessitava quando o barco parecia que estava irremediavelmente perdido, prestes a afundar-se. A importância que tem na orientação da defesa e nas saídas de bola, supera a sua já excelente qualidade técnica e física em que faz a diferença. Estancou de vez a hemorragia dos lances perigosos do adversário.

GENY CATAMO - 3 - Mexeu claramente com o jogo, foi a chave que ajudou a abrir as portas de ferro do castelo italiano, teve o empate nos pés, o guarda redes italiano já batido e com a bola a decidir bater no poste e voltar para trás, seria explosivo nas bancadas de Alvalade. Foi duramente alvejado com faltas bem duras pelos italianos que nunca encontraram a fórmula de o parar.

MARCUS EDWARDS - 3 - A par do colega moçambicano entrou bem no jogo, confundiu o adversário provocando-lhe inesperados desequilíbrios e que geraram surpresa no treinador italiano, que se viu obrigado a reagir, fazendo várias substituições, metendo mais médios e defesas para conseguir parar a dupla endiabrada.

RICARDO ESGAIO - 2.5 - Trouxe melhor equilíbrio nas acções defensivas pelo seu corredor, aliviando o colega Diamonde que pôde respirar finalmente do sufoco que o Fresneda lhe provocou na primeira parte. Obrigou o avançado nigeriano a emigrar para outras zonas mais recuadas do terreno. Leu bem o jogo e sabe de cor os movimentos básicos da equipa, soubesse ele também decidir melhor os lances e seria jogador para outro patamar.

DANIEL BRAGANÇA - 1 - Uma substituição que ninguém entendeu, aos 90'? Ía mudar o quê? Entrou, deu uma sarrafada num italiano (pisão), levou amarelo e consequente livre perto da sua área.

RÚBEN AMORIM - 2 - A versão estratégica da primeira parte foi um autêntico fiasco, com uma frequência competitiva muito errada comparada com a dos italianos, que foram sempre mais rápidos e intensos a ocupar os espaços em todas as zonas do terreno. Viu a sua equipa engolida e sem nunca conseguir adaptar-se ao jogo do adversário, que fez 2 golos sem surpresa perante a supremacia que apresentou. Com o Suicido à vista e em modos acelerado esperou impacientemente o intervalo para refazer tudo de novo, Leu o que falhou e rectificou posições no terreno, fez revolução com a entrada de 3 elementos e finalmente se viu a equipa que é líder do campeonato nacional a jogar futebol, a desenvolver o seu jogo e a obrigar os italianos a recuarem e a provarem do seu próprio veneno, pena que já não foi a tempo e o poste da baliza do Juan Musso também não deixou.

GIAN PIERO GASPERINI - 4 - Viu a sua equipa fazer uma primeira parte irrepreensível, surpreendendo o leão no seu covil. O Gasperini é um treinador ardiloso, montou bem a estratégia numa base muito atlética e exigente na velocidade e intensidade dos seus jogadores, com o bloco muito subido e marcando bem em cima as saídas de bola do Sporting, asfixiando-o. Os 2 golos apareceram com naturalidade numa primeira parte bem conseguida e tornaram-se decisivos no resultado final. Viu-se surpreendido na forte reacção do Sporting na segunda parte e que quase chega ao empate, assustou-se e viu-se  obrigado a reagir, a meter mais defesas e médios defensivos para salvar a vantagem e a vitória.

ALEJANDRO HERNÁNDEZ (Árbitro) - 3 - Uma arbitragem muito autoritária, com pulso forte e determinado nas decisões, manchada por um erro grave, quando não teve a coragem de expulsar o Toloi, num lance que agarrou ostensivamente o Gyokeres, depois deste ganhar-lhe a frente para sair no contra ataque, seria o 2º amarelo e expulsão aos 83'.

GUILLERMO QUADRA (VAR) - 5 - A coragem que faltou ao árbitro, teve-a o VAR, quando não teve dúvidas em assinalar a grande penalidade por mão clara na bola do Scalvini dentro da sua área a remate do Diomande.

publicado às 02:35

Futebol, Subjectividades e Manipulação

Julius Coelho, em 03.10.23

Ainda sobre as incidências dos vários lances que marcaram o jogo do Sporting em Faro, as decisões tomadas pelos árbitros e VAR levantaram uma onda gigantesca de comentários por todas as redes sociais, jornais e programas desportivos, não mais que uma campanha orquestrada muito à conveniência, por quem não esperava um Sporting forte, coeso e com indícios claros para durar, numa das épocas mais importantes e decisivas dos últimos tempos.

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Nas "Notas de Julius" abordei na classificação do árbitro e VAR alguns lances, que perante as imagens que nos foram apresentadas julguei eventuais erros nas suas decisões, recordo que o post das Notas é elaborado imediatamente a seguir  ao términos do jogo, sem tempo para ver repetições de imagem ou de ouvir opiniões técnicas. 

Já tive ampla oportunidade de rever as imagens, nem todas, (mas já explico) e com mais tranquilidade e atenção encontrei pormenores que fazem a diferença e alteram algumas das coisas que escrevi no post. No lance da expulsão do Gonçalo Silva é mão ostensiva para impedir a bola de entrar na baliza, é vermelho, decisão correcta, independentemente da presença do guarda-redes, verdade que a UEFA e a FIFA escrevem ao lado da lei conselhos na questão da dupla penalização, mas sendo ostensiva é vermelho.

No lance de bicicleta do Nuno Santos, como é mesmo possível continuarem a apresentar as imagens de uma única câmara, a da frente? Como podem aceitar avaliar o lance nessa única condição? É aqui que começa a mentira, a manipulação, porque não são mostradas as imagens laterais ou as por trás da baliza? Eu fico com a clara ideia que o Nuno nunca chega a tocar no avançado e as imagens laterais iriam provar isso mesmo, tem gente que o sabe, que viu mas que não interessa mostrar.

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Lance do segundo penálti com derrube na área do Marcus Edwards, com as vária imagens mostradas de vários ângulos e vistas com atenção (é para isso que existe o VAR) o José Luís tenta de facto o desarme mas...não toca na bola e faz toda a diferença, porque depois deixa ficar a perna precisamente para impedir que o Marcus siga no último drible, penálti claro. Nas primeira imagens durante o jogo que foram mostradas, sempre tudo muito à pressa, fiquei com a ideia que tivesse tocado com a biqueira da bota não dei por esse decisivo detalhe, que volto a referir faz toda a diferença.

O Sporting conseguiu uma vitória difícil no S. Luís, porque se complicou, mas muito justa, e é inconcebível que seja alvo das frustrações de quem gostaria de estar na sua posição.

publicado às 03:04

As Notas de Julius 2023/24 (08)

Julius Coelho, em 01.10.23

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com Farense da 7ª jornada da Liga BETCLIC, que resultou numa vitória por 3-2. Golos de Viktor Gyokeres 21' e 90' (penálti) e Pedro Gonçalves 35'.

LEÃO GANHOU, MAS SAIU CHAMUSCADO DO S.LUÍS

O Sporting saiu do Algarve na liderança isolada do campeonato após um jogo muito estranho, esteve tão perto de poder golear  o adversário como o de ter saído vergado a um resultado escandaloso. A jogar em superioridade numérica e com 2 golos de diferença, permitiu com grande surpresa que o Farense chegasse ao empate com 2 tiros de livre, valeu um penálti já ao cair do pano (90'), que deram a vitória e os 3 pontos. O início da partida até que foi muito prometedor, 2 golos e expulsão de um jogador adversário, anteviam uma vitória fácil e por números expressivos, mas nada disso aconteceu, inexplicavelmente a equipa entrou numa espiral de erros individuais e colectivos que quase deitavam tudo a perder, levando os adeptos a um tremendo ataque de nervos., Estranhamente o Farense manteve-se sempre no jogo e acreditou que podia fazer história, empatou a partida e quase que chega a um escandaloso 3º golo. Terão todos que reflectir bastante no que aconteceu.

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DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 4.5 - Foi o herói, empurrou a equipa para a vitória. Marcou os dois penáltis com classe, não dando a mínima hipótese de defesa ao Ricardo Velho. O único elemento da equipa que nunca acusou a pressão. Teve as dificuldades esperadas em conseguir espaço num campo mais pequeno para aplicar a sua força e velocidade, nas raras vezes que o teve, fez estragos na defesa, como na primeira vez que conseguiu escapar, foi por ali fora e só parou quando cruzou para o lance que resultou no primeiro penálti.

ANTONIO ADÁN - 2 - Voltou a provar que livres directos perto da sua área são como penáltis, cada tiro cada melro, e foi sempre assim desde que chegou ao Sporting. Tem dificuldade na reacção do ataque à bola, quando reage já a bola vai a entrar na sua baliza. Fez defesa importante que evitou o terceiro golo do Farense.

RICARDO ESGAIO - 1 - Consegue com facilidade espaço para cruzar como quer, mas tudo destrói depois nos cruzamentos sempre mal direccionados, um lateral do Sporting tem que ter mais qualidade nesse tipo de lances. Um desastre.

OUSMANE DIOMANDE - 3 - Voltou a destacar-se no trio dos centrais, com melhor acerto, mas também acusou a saída do capitão (patrão), desgastou-se em acções extra, acudir para dobrar algumas bolas no centro e mesmo no lado oposto da defesa, para reparar erros dos colegas. Na hora de atacar a vitória deu preciosa ajuda aos colegas da frente nas acções de empurrar o adversário para trás , para junto da sua área.

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 1 - Teve uma saída prematura do jogo (12'), quando parecia arrancar para mais uma exibição ao seu nível, mas após um excelente corte num movimento acrobático, forçou a perna ou o joelho e sentiu dor, resolveu que era melhor parar e ficar por aí.  

GONÇALO INÁCIO - 2.5 -  Assumiu a posição do centro da defesa com a saída do capitão, mas nunca conseguiu assumir o comando, andou à deriva em vários lances e falhou algumas intersecções de bolas longas que causaram problemas e desgaste nos colegas na ajuda para reparar o erro. Faltou-lhe maior serenidade para poder ler melhor os lances e poder transmitir mais segurança à equipa. 

NUNO SANTOS - 3 - Muito envolvido com o jogo, até porque grande parte dos lances de ataque da equipa passaram pelo seu corredor. Teve os seus momentos altos, 2 grandes remates, um voou por cima e o outro escaldou as mãos do Ricardo Velho, marcou o pontapé de canto que resultaria no segundo golo O seu pior momento quando se lembrou de fazer uma bicicleta perto da sua área na zona frontal, pôs-se a jeito e teve azar, livre, cartão amarelo e golo do adversário, terá que ter mais cabeça neste tipo de abordagem.

MORTEM HJULMAND - 1 - Jogo para esquecer do dinamarquês. Nunca conseguiu entrar no jogo e por isso tudo lhe saiu mal, foi menos um em toda a primeira parte. Uma falta disparatada que lhe provocou um cartão amarelo e um livre perigoso que resultaria no primeiro golo do adversário e pouco depois nova má abordagem à bola, lance em que acabou por escapar ao vermelho perdoado pelo árbitro. Não surpreende ter ficado na cabine após intervalo.

HIDEMASA MORITA - 3 - Exibição intermitente, teve um bom inicio de jogo, foi durante algum tempo o elo perfeito de equilíbrio da equipa, num meio campo com menos Hjulmand, mas após a vantagem de 2 golos entrou em acções mais desequilibradas, menos pensadas e com muita precipitação, deixando-se envolver depois pela pressão, quando a equipa da casa chegou ao empate.

PEDRO GONÇALVES - 3.5 - O mais esclarecido no transporte da bola,  tentou várias acções com sucesso de rotura e já em zonas de finalização com remates que feriram o adversário, um deles fora da área numa execução perfeita deu o segundo golo à equipa. Manteve-se até final em alta rodagem, sem acusar o facto do adversário ter empatado a partida, teve por 2 vezes o 3º golo nos pés.

MARCUS EDWARDS - 2 - Voltou às exibições da aselhice, a mostrar grande fragilidade nos contactos físicas, (sempre que se encostam cai como uma pena) e desconcentrado, como no lance que se deixou antecipar no centro do terreno e que quase termina no 3º golo do adversário, os dribles nunca lhe saíram, com excepção precisamente na sua última tentativa, quase no final do jogo, quando apareceu estatelado no relvado, dentro da área do Farense e que resultou com o árbitro a marcar o penálti que deu o golo da vitória no jogo. 

MATHEUS REIS - 2.5 - Entrou cedo no jogo, a substituir o capitão, parece estar melhor fisicamente que nos jogos anteriores, correu muito e viu-se solto sempre pronto a ir a todas, mas pecou na má leitura dos lances, muita precipitação que os danou. Por 2 vezes chegou à área adversária com espaço para cruzar, quando a equipa procurava voltar à vantagem no resultado, mas faltou precisão na direcção da bola.

PAULINHO - 3 - Deu outra dimensão ao ataque, sempre muito envolvido nas acções que obrigaram os centrais adversários a maior atenção e a ficarem mais posicionais a defender. Conseguiu chegar à bola em 2 cruzamentos, mas não conseguiu dar a força necessária nos cabeceamentos.

GENY CATAMO - 1 -  Substituição falhada, não acrescentou nada à equipa quando mais precisava na hora do risco total na busca da vitória, foi sempre desarmado facilmente nas tentativas de aplicar os seus dribles rápidos, parece passar uma fase de menor convicção, de menor confiança.

DANIEL BRAGANÇA - 1 - Também pouco ou nada acrescentou com peso notado, nas suas acções nos 10' que jogou, mais fresco e com energia para ajudar a equipa a chegar ao golo da vitória, correu muito atrás da bola, mas poucas vezes a encontrou ou veio ter com ele.

RÚBEN AMORIM - 3 - Que sufoco mister. Com o ouro em ambas as mãos e quase que o entregam ao bandido. Não se compreende porque vários elementos da equipa não conseguiram decifrar o que o jogo pedia a partir da vantagem de 2 golos e ainda em superioridade numérica, porque afinal, todos os de Faro compreenderam perfeitamente e deram lição na leitura. Tão perto de golear e tão perto de um resultado que seria um escândalo e que deixaria marcas incalculáveis na equipa, escaparam de boa. Vai servir para reflectirem e conversarem todos já no treino imediato, perceberem o que afinal aconteceu. como se pode deixar o adversário alimentar-se das adversidades que a equipa lhe provocou?.

JOSÉ MOTA - 3 - Quase que viu o sonho realizar-se. O mérito da sua equipa nunca ter saído do jogo e manter-se sempre crente até ao fim, sem nunca se desmantelar, mesmo a perder por 2 e a jogar com 10 contra o líder do campeonato. Verdade que os 2 tiros certeiros de livre que deram o empate foram fundamentais, a vitamina que alimentou a fé. Aplicaram as armas que poderam e aceita-se, muito por culpa do Sporting, que as permitiu e não conseguiu contrariar.

LUÍS GODINHO (Árbitro) - 2 - Vários erros técnicos e disciplinares e que geraram discussão, atiraram o jovem arbitro alentejano para uma nota negativa. Verdade que perdoou o segundo cartão amarelo ao dinamarquês do Sporting, mas parece também ter errado no primeiro amarelo, o avançado farense faz falta primeiro, atirando com a mão ao peito do Morten, ou marcava a primeira falta ou não marcava nada. A bicicleta do Nuno é executada sem adversários por perto, é já na queda do jogador do Sporting quando um adversário se acerca precisamente para provocar o contacto, ajuizou mal o lance e com consequências. No último penálti, apitou prontamente e não foi contrariado pelo VAR.

MANUEL MOTA (VAR) - 1 - Também errou grosseiramente, devia ter chamado o árbitro para ver as imagens do lance que resultou na expulsão, nem amarelo quanto mais vermelho, o guarda redes ainda está dentro do lance e nunca se irá saber se chegaria à bola. Errou no último lance de penálti, o Zé Luís já lá tinha a perna quando a inglês lhe tocou e caiu.

publicado às 10:30

As Notas de Julius 2023/24 (07)

Julius Coelho, em 26.09.23

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Rio Ave da 6ª jornada da Liga BETCLIC, que resultou numa vitória por 2-0. Golos de Paulinho 10' e Marcus Edwards 26'.

 LEÃO GANHA, NUMA GRANDE DEMONSTRAÇÃO DE FORÇA

Com mais uma vitória sem espinhas, vencendo o Rio Ave (uma das melhores equipas da Liga), o Sporting recuperou a liderança do campeonato. Os leões entraram muito fortes no jogo, sem darem a mínima chance ao adversário, que logo de início foi obrigado a montar acampamento no seu meio campo, tal a avalanche dos ataques rápidos da equipa de Alvalade. Liderados principalmente por Marcus Edwards e Paulinho sobre a batuta de Morita, chegaram aos golos com naturalidade, marcando 2 e com mais uma mão cheia de oportunidades desperdiçadas na primeira meia hora e que dariam ainda mais cor à exibição bem conseguida em toda a primeira parte, de encher o olho aos adeptos que encheram as bancadas do estádio. O Rio Ave que nunca conseguiu chegar à baliza de Adán nos primeiros 45', entrou mais decidido a arriscar tudo na segunda metade da partida, avançando todo o bloco e fixando uma linha de 3 avançados, mas a equipa de Rúben Amorim já tinha trancado as portas, gerindo a vantagem num ritmo mais moderado mas com segurança, até final.

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DESTAQUE - MARCUS EDWARDS - 5 - O inglês deu espectáculo, surpreendente na rapidez com que subiu de forma, correu quilómetros entregando-se de corpo e alma ao jogo e à equipa, teve o seu bem merecido prémio, no excelente lance que executou com velocidade, intensidade e boa visão, que resultaria no primeiro golo do jogo e pouco depois com nova execução de génio, a meter a bola na baliza pelo buraco da agulha, fazendo o seu primeiro golo na Liga esta época. Notável também, nas recuperações sem bola em várias acções defensivas bem executadas. É deste Edwards que a equipa necessita.

ANTONIO ADÁN - 3.5 - Foi espectador a maior parte do jogo. Na primeira parte só uma bola chegou mais perto da sua baliza, sobrevoando nas alturas e que foi parar na bancada, na segunda parte teve mais trabalho, principalmente nas bolas lançadas através de alguns pontapés de canto, mas que as suas mãos de ferro agarraram sempre com segurança. Viu por uma vez a bola entrar na sua baliza num lance que o VAR anulou por fora de jogo.

RICARDO ESGAIO - 3 - Fica o grande esforço e a dedicação que dá em todos os lances que disputa, mas teve a sina de destruir todas as bolas que lhe chegaram aos pés. O jovem espanhol esteve atento no banco...

OUSMANE DIOMANDE - 4 - Voltou a estar em grande destaque na defesa, nas acções dos cortes, a fechar, na antecipação e na saída com a bola no pé, sempre interessante a forma como decide com os pezinhos de veludo. Num dos últimos lances do jogo sentiu uma dor na coxa, saiu por precaução?.

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 4 - Boa exibição do capitão, intransponível e foi muitas vezes libero na antecipação a lances com bolas que chegavam pelo ar e que matou de raiz. Errou ontem menos nos passes curto e longo.

GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Exibição positiva e regular em todo o jogo, mais atento na antecipação e nos espaços que tinha que fechar, solto e desinibido também nas saídas com passe seguro.

NUNO SANTOS - 3 - Espevitou várias vezes o jogo no seu estilo habitual, conseguiu várias vezes ficar solto para cruzar para onde queria, mas pecou na definição. Participou nas várias triangulações rápidas que confundiram o adversário em toda a primeira parte, forçando-o a recuar no terreno.

MORTEN HJULMAND - 3.5 - Manteve a sua exibição regular e em bom plano em toda a primeira parte, com muita eficácia no desarme e a fechar os espaços no meio campo mesmo em zona alta, foi aí, que numa recuperação fez o passe lançando a fuga do Marcus que terminou no 2º e último golo do jogo. Mais discreto na etapa complementar acabou substituído (67').

HIDEMASA MORITA - 4.5 - Voltou a encher o campo e a mostrar pulmão que não acaba mais, muito competente nas suas tarefas, o que o torna cada vez mais fundamental na ideia de jogo do treinador, não sabe jogar mal e parece estar sempre em todo o lado. Fez assistência para o golo do Paulinho.

PEDRO GONÇALVES - 4 - Protagonizou lances que lhe dariam por larga margem o destaque do jogo, mas não era a sua noite, incrivelmente todos lhe saíram mal, ou por má decisão ou por má definição. Teve chances de fazer 2 ou 3 golos cantados e acabou no final a noite, sem glória. Correu muito, deu-se sempre ao jogo, mesmo em acções defensivas junto à sua área, por tudo o que fez e jogou, merecia ter recebido os festejos de pelo menos um golo marcado. 

PAULINHO - 5 - Uma primeira parte de leão com juba, foi mortífero na luta, levando a maioria das vezes a melhor com os defesas de equipa de Vila do Conde, provocando-lhes tremendo desgaste e desorientação. Marcou o primeiro (estava no sítio certo para empurrar a bola) e protagonizou uma mão cheias de lances que tiveram o golo iminente, uma delas isolado, podia ter marcado, mas quis oferecer o golo ao Francisco Trincão.

DANIEL BRAGANÇA - 3 - Uma primeira parte jogada em muita velocidade, uma vantagem de 2 golos a juntar ao desgaste  do jogo europeu na Áustria, fizeram a equipa baixar a intensidade na segunda parte, foi a vez de dar palco ao Daniel para controlar melhor a posse da bola que corria riscos de perder-se para o adversário, pautou e bem o jogo no ritmo que a equipa podia dar naquela altura sem correr maiores riscos.

FRANCISCO TRINCÃO - 1 - Nova entrada em falso, não acerta com o seu futebol, tem sempre algo errado nas suas acções, ou porque perde o timing do passe, ou porque teima em meter-se por caminhos impossíveis, vai somando más exibições que o comprometem e a equipa necessita do Trincão que todos conhecemos.

GENY CATAMO - 2 - Entrou na fase final da partida para explorar os espaços que o adversário já oferecia nas suas costas. Acabou mais posicional em zonas mais recuadas a ajudar a fechar o seu corredor, só por 2 vezes conseguiu libertar-se e fugir no contra ataque com espaço, mas acabou por decidir mal no ultimo passe.

MATHEUS REIS - 2 -  Entrou também já na parte final da partida, mas com exibição muito modesta, bem distante das prestações que lhe vimos fazer em épocas anteriores. Muito preso na posição e pouca alegria nas intervenções fizeram-no passar despercebido. 

LUÍS NETO - SEM NOTA - Entrou já no fechar do pano do jogo, a substituir o Diomande por lesão.

RÚBEN AMORIM - 5 - Podemos comparar as dificuldades dos rivais na jornada após os jogos europeus, só o Braga ganhou com folga no resultado, beneficiando de um cartão vermelho que o colocou em superioridade numérica muito cedo na partida. O Rúben fez uma preparação irrepreensível de um jogo que se antevia complicado e difícil, as equipas treinadas pelo Luís Freire dão sempre muita luta, jogando em toda a largura do campo, olhos nos olhos com o adversário, só com uma entrada daquelas muito forte, de leão, do melhor que lhe vimos fazer esta época, podia garantir os 3 pontos e o retorno à liderança da Liga. 

LUÍS FREIRE - 2.5 -  Foi enganado, não esperava aquela tremenda entrada, fortíssima do leão. Viu a sua equipa muito desorientada, aos papeis no relvado durante toda a primeira parte, sem conseguir responder à velocidade de passes e movimentações dos jogadores do Sporting, sabe que escapou a uma goleada que mataria o jogo para a segunda parte. Juntou depois as tropas ao intervalo e tentou surpreender na segunda parte, avançando as linhas, ainda meteram a bola na baliza do Adán, mas golos fora de jogo não valem e por aí ficou.

CLÁUDIO PEREIRA (Árbitro) - 5 - Uma das melhores arbitragens que assistimos na Liga. Este jovem árbitro parece ter futuro se não se deixar estragar, sempre bem no controle do jogo com boa visão dos lances. Um só erro e já na segunda parte, o central do Rio Ave Aderllan Santos devia ter ido tomar banho mais cedo, depois de um lance bem duro sobre o Paulinho, lance para amarelo e que seria o segundo e expulsão.

NUNO ALMEIDA (VAR) - 4 - Protagonizou o momento mais expectante da noite,  a longa espera para a decisão do lance em que a bola entrou na baliza do Sporting, mas 6 cm já são muitos centímetros para um fora de jogo. De resto não se meteu em mais nada e foi o melhor que fez.

ADENDA

Todas as notas incluindo as dos árbitros e VAR são escritas imediatamente a seguir ao jogo sem a possibilidade de rever eventuais imagens novas que posssam ser apresentadas posteriormente. Com as imagens do jogo que nos foram apresentadas pela Sport TV não conseguimos identificar a enorme dureza do lance do Bruno Ventura sobre a perna do Morita a que o árbitro e VAR deviam ter dado vermelho.

publicado às 03:19

As Notas de Julius 2023/24(06)

Julius Coelho, em 22.09.23

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Sturm Graz da 1ª jornada da Liga Europa (fase de grupos), que resultou numa vitória por 2-1. Golos de Viktor Gyokeres 76' e Ousmane Diomande 84'.

ESTÁ MORTO O BORREGO NA ÁUSTRIA, MAS AOS 76' O SPORTING PERDIA...

O treinador leonino fez uma revolução em Graz, mudou quase meia equipa para fazer descansar vários dos titulares, mas os substitutos estiveram muito aquém do que se exigia num jogo europeu, realizaram uma primeira parte feia, com uma exibição muito pobre, sem chama, com um futebol algo embrulhado e pouco esclarecido contra um adversário que se apresentou sempre temeroso e sem grandes argumentos para chegar à baliza do guarda redes espanhol Adán. Perante tamanha inércia, não surpreendeu todo aquele apagão colectivo da equipa, em que se colocou a jeito para sofrer o golo fortuito do Sturm Gras logo no início da segunda parte, Rubén Amorim percebeu o perigo e mudou tudo de imediato, colocando a equipa titular que ainda foi a tempo de dar a volta ao jogo e dar um fim definitivo ao enguiço histórico nos jogos na Austria. O leão entrou com o pé direito na Europa e já lidera o grupo junto com a Atalanta.

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DESTAQUE - PEDRO GONÇALVES - 4.5 - Foi o joker que mudou o jogo e provocou a reviravolta no marcador, um lance de génio que provocou um bruáaa no estádio com remate pronto a que o guarda redes austríaco (até então o melhor elemento em campo) só teve tempo de sacudir a bola para a sua direita a que Gyokeres pleno de oportunidade chegou e atirou para o fundo das redes, estava feito o empate. Pouco depois marcou um livre muito bem executado que foi mal rechaçado pela defesa e que resultou no excelente golo do Diomande, estava feita a remontada.

ANTONIO ADÁN - 3.5 - Duas únicas intervenções de registo em todo o jogo, a primeiras defendeu bem, com muita agilidade, a outra chegou atrasado, com a bola a bater no seu poste direito e ser depois recargada para o golo do Sturm Graz. 

GENY CATAMO - 2.5 - Aposta sem resultado prático, nunca conseguiu enganar o seu opositor, desperdiçando vários lances que poderiam gerar perigo. Parece mais talhado para entrar nas segundas partes já com o jogo partido e com espaço mais aberto para os seus dribles já  com os defesas mais cansados.

OUSMANE DIOMANDE - 4 - Voltou a rubricar a melhor exibição do trio da retaguarda, torna-se quase inultrapassável o que saca toda a moral aos seus opositores. O maior pecado insistir em facilitar no passe curto após o desarme. Teve o grande momento da noite, marcou o golo da vitória histórica, depois de uma excelente finta que tirou 2 adversários do caminho à entrada da área. Faz golo há 2 jogos consecutivos.

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 3.5 - Exibição no geral bem conseguida e imponente só traída pelo bloqueio geral de toda a equipa no fatídico minuto 58', uma bola rematada na zona central que foi bater no poste e depois recargada já no centro da área para o golo adversário, onde estava pois o capitão?

GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Estava avisado da velocidade do adversário e das bolas nas suas costas, esteve sempre atento e não facilitou, perdeu um golo cantado, quando uma bola lhe pareceu rechaçada pelo guarda redes do Sturm, muito a jeito para um cabeceamento fácil, mas atirou de novo para a zona do gigante kjell, permitindo-lhe que voltasse a defender.

MATHEUS REIS - 3 - Exibição esforçada com acções muito previsíveis nos momentos de carregar a bola e muito bloqueado nas acções defensivas, parece ter regredido tal a falta de confiança que mostra com a bola no pé, com um futebol básico com risco zero.

MORTEN HJULMAND - 4 - Foi dos poucos elementos que se salvaram daquela primeira parte muito deprimente, foi uma ilha no meio campo a carregar a equipa para a frente, bom critério na decisão dos lances e sempre oportuno a aparecer no momento certo para as triangulações, deu-se sempre ao jogo, às linhas de passe, falta-lhe só mais velocidade de execução que virá com os jogos. Mostrou visão nos passes longos que executou com perícia.

DANIEL BRAGANÇA - 2.5 - Exibição falhada para o que se exigia e esperava. Perdeu uma oportunidade soberana de marcar pontos. Bom de bola no pé mas excessivamente com passes para os lados e para trás sem grande progressão. Foi colocado como o motor principal da casa das máquinas do meio campo, mas apareceu logo gripado ou a trabalhar a 2 tempos. Muito bom para fazer o "meinho" nos treinos, mas quer-se é que jogue futebol para a frente, assim vai ser difícil.

FRANCISCO TRINCÃO - 1 - Que acidente uiiiiii!!! Vai ter que reflectir muito sobre estas últimas prestações na equipa. Falhou com estrondo mais uma oportunidade dada pelo treinador e pior, quando se vê que a equipa já não conta muito com ele. Teve oportunidade inacreditável para se redimir num lance de golo fácil, mas nem aí e já dentro da pequena área rematando de cabeça sem convicção, atirando a bola muito para a zona da figura do guarda redes austríaco que evitou o golo.

VIKTOR GYOKERES - 4.5 - Voltou a ser o elemento que mais correu, que mais desgastou os defesas adversários, que mais porrada levou, pontapés e agarrões (garrotes no pescoço) e aos 90' ainda fazia sprinters lançando a bola em profundidade, é o novo Capitão América mas de verde e branco. Acertou e falhou lances sempre numa luta feroz e sem tréguas, mereceu mais que ninguém o golo que marcou na hora da remontada.

PAULINHO - 3 - Não teve culpa das bolas não lhe terem chegado na primeira parte, por isso sentiu-se obrigado a recuar várias vezes no terreno à procura do jogo desgastando-se. Na hora da entrada dos pesos pesados na busca da remontada, teve papel importante nas manobras atacantes que empurraram os austríacos para perto da sua área.

NUNO SANTOS - 3 - Não estaria prevista a sua entrada, mas com a equipa a perder teve que ir ajudar a dar a volta ao jogo. Fresco e mais rápido sobre a bolo que o colega substituído (Matheus Reis) foi também decisivo nos lances que obrigaram o adversário a recorrer constantemente à falta, na tentativa desesperada de travar o rejuvenescido leão.

HIDEMASA MORITA - 3 - Pouco tempo em campo, mas a tempo de pôr ordem no meio campo e ajudar a equipa a dar a volta ao jogo. Os austríacos vieram finalmente a conhecer as garras do leão, o que vale o verdadeiro Sporting. 

MARCUS EDWARDS - 2.5 - Nas suas acções, conseguiu algum desequilíbrio na defesa adversária, quando esta se sentiu obrigada a deslocar mais um elemento para as dobras na zona do jovem inglês e com isso abriram outros espaços na zona frontal, que passaram a ser melhor aproveitados pelos colegas do ataque.

IVÁN FRESNEDA - 2 - Entrou para garantir ao Marcus Edwards para se lançar só nas acções de ataque. Cumpriu a fechar o seu corredor, depois porque é muito fácil jogar ao lado do jovem craque da Costa do Marfim.

RÚBEN AMORIM - 4 - O seu plano A para o jogo teve que o rasgar, não funcionou e pôs a equipa a jeito de não ganhar o jogo contra um adversário muito limitado. Por esta hora deve estar muito pensativo e preocupado com o futuro, pelas oportunidades que deu aos menos utilizados e que não deram garantias para nada, nem ajudaram ao menos a fazer descansar os titulares. Depois do susto do golo austríaco teve que meter toda a carne no assador, levar para jogo todas as peças do motor original e com ele conseguiu dar a volta ao jogo, quebrando a tal maldição histórica em terras austríacas. 

CHRISTIAN ILZER - 3 - Ainda sonhou, embalado pela vitória do rival no dia anterior em Lisboa, acreditou que estando na frente do marcador e já perto do final do jogo (fizeram grande festa no banco) que a história iria repetir-se, mas...este leão não esteve pelos ajustes e fez justiça ao marcador no Merkur Arena. Teve que se conformar, as diferenças entre as duas equipas são afinal... abissais!

NICOLA DABANOVIC (Árbitro) - 4 - Boa arbitragem, num critério quiçá excessivamente largo que permitiu várias faltas, algumas bem durinhas nos jogadores do Sporting, com o Gyokeres a ser o mais castigado desde o início do jogo.

JOCHEM KAMPHUIS (VAR) - 4 - Não atrapalhou, todos os lances do jogo foram claros, sem necessidade da sua intervenção.

publicado às 03:34

As Notas de Julius 2023/24(05)

Julius Coelho, em 18.09.23

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Moreirense da 5.ª jornada da Liga BETCLIC, que resultou numa vitória por 3-0. Golos de Morten Hjulmand 54', Viktor Gyokeres 61' e Ousmande Diomande 90+6'.

O LEÃO ATROPELOU NA SEGUNDA PARTE

O Sporting voltou a assumir a liderança da Liga após uma exibição muito conseguida, especialmente em toda a segunda parte do jogo, em que atropelou um Moreirense que se foi esvaziando, resignado ao futebol prático mas muito demolidor da equipa de Rúben Amorim. 3 golos, 3 bolas nos ferros e mais umas quantas oportunidades de golo iminente que poderiam ter dado um resultado final ainda mais devastador para os rapazes de Moreira de Cónegos, que só nos instantes iniciais da partida conseguiram ameaçar com perigo a baliza do guarda redes espanhol.

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DESTAQUE - MORTEN HJULMAND - 5 - O dinamarquês que consegue ler o futuro. Encheu o campo, fazendo a diferença na leitura do jogo interpretando-o de forma impecável, o que lhe permite chegar sempre em antecipação. Percebeu-se que os espaços reduzidos são a sua praia, navegou como peixe na água dentro do bloco muito apertado do adversário. Desbloqueou o jogo com um dos seus remates de meia distancia cheio de intenção, (já tinha acertado no poste na primeira parte). O enorme ascendente da equipa em toda a segunda parte deveu-se em muito às suas acções no meio campo que "mataram" o adversário. 

ANTONIO ADÁN - 3 - Levou um tremendo susto no início, quando viu uma bola a raspar-lhe no poste baliza, um momento em que os colegas da defesa ainda procuravam acertar com as marcações. Depois desse lance teve um resto de noite tranquila, o adversário já não incomodou mais.

RICARDO ESGAIO - 3 - Exibição competente mantendo sempre bom andamento nas várias piscinas que fez pelo seu corredor, mas o resultado das suas acções pouco deram à equipa. Podia ter feito o primeiro da noite, mas o Tiago Martins do VAR não deixou, viu que estava supostamente adiantado 5 cm

OUSMANDE DIOMANDE - 4.5 - Quando conseguir ler melhor o timing das suas acções, no segundo toque na bola após o desarme, será um central dos melhores a nível mundial, quando aprender a decidir prático e pragmático, irá ser cobiçado por muitos tubarões da Europa. Destacou-se com facilidade nas divididas e ainda fez o 3º que fechou o resultado.

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 4 - Voltou a ter pulso forte no agarrar do cabo de aço de toda a defesa, bem na antecipação e como sempre imperial nas alturas. Cheirou o golo por duas vezes mas não cabeceou com a colocação devida. Excedeu-se nos lançamentos longos para os espaços de ninguém.

GONÇALO INÁCIO - 3 - Exibição fraca, deu demasiada facilidade em vários lances, com uma reacção lenta e que podiam ter dado dissabores. Estranhamente viu-se algumas vezes perdido no timing de ataque ao lance.

NUNO SANTOS - 4 - O público leonino nas bancadas adora-o e ele sabe-o. A sua irreverência no jogo tem sido bem constante ao longo dos anos, continuando a empregar imprevisibilidade nos seus lances. Executou excelente remate com a bola a queimar as mãos do Kewin e fez a assistência para o golo do Gyokeres após sprintar até à linha do fundo.

HIDEMASA MORITA - 5 - Voltou a ser elemento fundamental no meio campo, correu kilómetros para quem só tem 2 pulmões, procura entrosar-se cada vez mais e melhor nas acções com o dinamarquês e no futuro farão, seguro, grande dupla, ontem já ficou uma amostra do que poderão fazer. Merecia o golo que quase marca em 2 ocasiões, a primeira acertou no poste e depois atirou remate fortíssimo a meia distancia para a defesa da noite do guarda-redes do Moreirense.

PEDRO GONÇALVES - 3 - É o vagabundo da equipa, tem ordens para andar por onde quiser, dificulta a marcação do adversário que nunca sabe onde vai cair-lhe entre as suas linhas. Foi muito castigado com faltas duras, mas na maioria o árbitro fez vista grossa. Não deu nas vistas perante os holofotes, mas fez muito jogo na ajuda a ligar as linhas do ataque da equipa. Faltou-lhe sim, decidir melhor no último passe.

MARCUS EDWARDS - 3 - Esta época tem concorrência de peso e terá forçosamente que dar corda aos sapatos, ontem voltou a não se sentir confortável no seu jogo de desequilibrar e foi mais vezes menos um, do que elemento que acrescentou. Vai ter que melhorar substancialmente nas suas acções. 

VIKTOR GYOKERES - 5 - Poderia ter sido também o eleito para o destaque. Já existem poucas palavras para descrever tudo o que este sueco faz em campo, fica cada vez mais surpreendente como é que um jogadorzazo destes andava pela segunda divisão inglesa. É incrível como sai quase sempre por cima, mesmo nos lances que parecem perdidos, será um dos principais culpados, de Alvalade encher na maioria dos jogos durante toda a época, todos o querem ir ver ao vivo.O seu futebol é muito acima da média, ontem voltou a arrasar, ajudou a desbloquear o jogo com uma excelente assistência e marcou o segundo, fuzilando de cabeça.. apesar de ter sido massacrado em todo o jogo com faltas duras. Ontem, os 2 nórdicos atropelaram o Moreirense.

PAULINHO - 3.5 - Quase que fazia o 5º golo do campeonato num voo fantástico por cima do defesa, mas o cabezazo levou a bola à barra. Viu-se em boas movimentações de ligação com o colega sueco, numa delas quase que o isola na cara do Kewin.

MATHEUS REIS - 2.5 -  Entrou já na fase de gestão para o quarto de hora final, viu-se por duas vezes a ganhar espaço na área adversária para poder cruzar sem oposição, mas só saiu bem na primeira, a que Paulinho respondeu atirando na barra.

FRANCISCO TRINCÃO - 2.5 - Está a perder espaço na equipa e não foi por falta de oportunidades, teve bastantes. Entrou na fase final do jogo ainda a tempo de cruzar bem para a cabeça do Coates, mas a bola saiu à figura do guarda redes do Moreirense.

GENY CATAMO - 4 - Em cada jogo parece muito determinado a ganhar terreno ao colega inglês Marcus. Mostra um futebol endiabrado, imprevisível mas com a bola bem segura e protegida, tem o ataque da serpente, rápido e mortífero no um para um. Acrescentou claramente com a sua entrada.

DANIEL BRAGANÇA - 2 - Pouco tempo em campo e sem qualquer impacto ou registo.

RUBÉN AMORIM - 5 - É líder na quinta jornada e não fosse o azar de Braga e mais líder estaria agora e com todo o mérito. Viu que a equipa não entrou bem no jogo, por demorar a perceber a dinâmica do adversário, mas depois a equipa encaixou nas marcações e aos poucos foi empurrando o atrevido Moreirense para trás, para o seu meio campo e assumir o controle total  da partida. A segunda parte não tem grande história tal foi o domínio avassalador,  atropelou por completo o adversário, marcaram 3 golos e outros tantos ficaram por marcar. As substituições na hora e conforme o jogo já pedia, apesar de alguns dos substitutos trazerem pouco ou nada à equipa.

RUI BORGES - 3 - O mérito do atrevimento inicial em que por breves momentos confundiram o Sporting, jogando olhos nos olhos, mas durou pouco tempo. No geral foram engolidos por um leão faminto, uma só oportunidade de golo contra 8 ou 9 do adversário dizem tudo.

MANUEL OLIVEIRA (Árbitro) - 1 - A arbitragem do costume deste velho freguês que deve ver nas camisolas do Sporting um qualquer diabo, este mesmo árbitro que antes da chegada do VAR roubou dezenas de pontos ao Sporting, épocas atrás de épocas, mostrando sempre a sua habitual arrogância após a tomada das más decisões, como que desafiando para uma qualquer reacção os jogadores do Sporting. Incrível a coragem de fazer vista grossa a faltas grosseiras para acção disciplinar, com o Sporting a ser severamente penalizado, faltas bem claras e visíveis nos lances corridos.

TIAGO MARTINS (VAR) - 2 - Que dupla! Ficou do jogo, os 5 cm no golo anulado ao Sporting, os empurrões ao Coates e ao Gyokeres na área do Moreirense. Na dúvida não surpreende para que lado saiu sempre a decisão.

publicado às 03:00

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