Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Alguém escreveu algures que o futebol é o ópio do povo, que o faz alucinar no epicentro de sentimentos brutais e radicais, sempre numa transformação constante que os resultados, os golos e a falta deles provocam, a velocidade com que se viaja do desanimo, frustração e depressão há euforia é incrivelmente supersónica.
Ontem a Selecção portuguesa na voz dos portugueses estava condenada a uma morte prematura, muito pela péssima imagem que deixou no 1º jogo contra os checos, hoje, após a vitória contundente à Turquia, já se fala na Final e em ganhar o Europeu. A verdade é que se o selecionador espanhol fizer o seu trabalho de casa e deixar-se de continuar a querer ser o principal protagonista pelas piores razões, a matéria prima que abunda na Selecção consegue fazer a diferença, principalmente em jogos contra selecções como esta Turquia que optou meter-se por atalhos que não conhece, arranjando um grande sarilho para si mesma e que acabou sem surpresa, num duplo suicídio, o tentar jogar de igual contra Portugal e depois com um auto-golo absurdo, que fará com certeza parte dos auto-golos mais caricatos de sempre do futebol a este nível.
As grandes selecções, recheadas de grandes jogadores tecnicamente evoluídos, tendem a crescer durante este tipo de torneios, o ambiente do grupo ganha melhor coesão, os erros estratégicos são detectados e corrigidos e o "jogo" de conjunto evolui. Esta Selecção Turca afinal não se mostrou diferente das anteriores, mostrando que continua a anos luz da qualidade das melhores selecções do planeta, tentou o bluff de jogar de peito feito, imagine-se a pressionar a primeira linha portuguesa, mas não passaram das aparências, porque depressa se percebeu que lhes faltava muita coisa, em que mais de metade dos seus jogadores não tem para dar.
A Selecção portuguesa aproveitou e muito bem o cenário de espaços que os turcos lhe ofereceu, para se alimentar da adrenalina, da vitamina motivacional e fazer boa figura num jogo bem jogado por todos os elementos, obtendo uma vitória justíssima e sem história, com especial destaque para o jovem possante Nuno Mendes que fez da sua exibição um paraíso e em que os 80 anos somados entre Pepe e CR7 ainda envergonharam e humilharam os turcos, arrasando-os.
Portugal vai terminar no 1º lugar do grupo, garantindo já a passagem para a fase do mata mata, onde começará na verdade o Europeu.
Jogo da Final da Taça de Portugal no Estádio do Jamor que resultou numa derrota por 1 - 2 após prolongamento. Golo de Jeremiah St. Juste, 20'.
A RESSACA DAS FESTAS SACOU RIGOR AO LEÃO E LÁ SE FOI A DOBRADINHA
O Sporting deixou fugir a Taça, perdendo a oportunidade de abrilhantar a época com a tão ansiada dobradinha. Erros crassos condenaram a vitória do leão ainda muito cedo, depois de Geny Catamo oferecer de bandeja o empate (1-1) ao FC Porto (25'), um corte disparatado que isolou o Evanilson que só teve que encostar e logo a seguir aos 29', Jeremiah St. Juste ofereceu a sua expulsão ao árbitro, desconcentrado teve que parar o Galeno, em falta, depois de o deixar fugir, ficando a equipa reduzida a 10 elementos durante 90' (60' + 30'), virando o jogo do avesso e a ficar tudo a favor dos Dragões.
Foi então que a equipa de Amorim finalmente acordou e percebeu a situação, cerrou fileiras, fechando todos os caminhos para a sua baliza, numa muita clara estratégia de tracção atrás, oferecendo assim a iniciativa ao adversário que, apesar do domínio, de todo consentido, não criaram ocasiões de golo, mostrando muitas dificuldades em ultrapassar a bem organizada defesa dos leões, que lá foi resistindo e que até podia ter feito o 2-1, não fossem os excepcionais reflexos do Diogo Costa. O FC Porto conseguiu o seu golo, já no prolongamento, aos 100' , beneficiando de uma grande penalidade, resultado de mais um erro clamoroso, desta vez do jovem guarda redes Diogo Pinto, que até estava a ser muito competente dentro dos postes, com várias boas intervenções, mas errou completamente na saída e abordagem ao lance, derrubando o avançado do FC Porto.
DESTAQUES:
Pela positiva, GYOKERES que fez uma partida ingrata, sempre sózinho contra o Mundo, bloqueou os centrais do FC Porto, não os deixando participar na construção. HJULMAND, fez o que pôde sempre em alta rotação e nunca se lhe acabaram as pilhas. COATES, fez inúmeros cortes e foi imperador nas alturas. POTE, fortíssimo nas bolas paradas, quase todas levaram perigo à baliza do Diogo Costa. QUARESMA que deixou com a sua exibição de novo a questão porque foi mais uma vez preterido e não foi ele o titular, voltou a secar Galeno.
Pela negativa, JEREMIAH ST. JUSTE, verdade que fez o 1-0, mas já tinha antes falhado vários passes comprometedores, a sua expulsão prematura foi uma condenação anunciada da equipa não poder chegar à vitória e à dobradinha, um lance capital em que voltou a falhar no rigor, na concentração e na reacção, por ler mal os movimentos atacantes do adversário. DIOGO PINTO, até parecia querer surpreender positivamente, felino entre os postes com varias boas intervenções, mas borrou a pintura em lances fora deles, sem a noção do timing de saída, em que falhou por 2 vezes, em lances bizarros, um deles resultou na grande penalidade que ditou a derrota da equipa. GENY CATAMO, herói no jogo contra o Benfica e vilão ontem no Jamor, claramente o elemento de menor produção e com aquele erro em que ofereceu o empate, fazendo o FC Porto acreditar que podia ganhar o jogo, erro que irá acompanhá-lo para sempre, nas piores recordações. TRINCÃO, muitos furos abaixo do que vinha produzindo, nem condução nem protecção da bola, amputando a equipa de criar na sua ala direita do ataque, pareceu acusar o "presente envenenado" do seleccionador.
RÚBEN AMORIM acabou por não conseguir sacar o chip das festas da cabeça dos seus jogadores, a falta de rigor, concentração e alguma moleza na reacção precipitaram os vários erros na defesa que condenaram a equipa à derrota. Só acordaram quando se viram em inferioridade numérica, dando depois uma boa resposta, muito solidários entre todos, mas aquele penálti...acabou com tudo.
Arbitragem, os múltiplos erros acumulados do árbitro FÁBIO VERÍSSIMO penalizaram sempre muito mais o Sporting, com incidência de 2 lances na área do FC Porto - mão de Octávio e derrube de Diomande pelas costas - (já para não falar na não expulsão de Varela), erros esses que deixaram dúvidas muito sérias e concretas a que o VAR JOÃO PINHEIRO decidiu fechar os olhos e ignorar flagrantemente.
Uma derrota, que não retira minimamente qualquer brilho à extraordinária época que a equipa fez e que podia ter ficado ainda mais brilhante ontem, com a conquista da Taça de Portugal na grande festa do Jamor.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Desportivo de Chaves da 34ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 3 - 0. Golos de Viktor Gyokeres 23', 27' e Paulinho 55'.
A FESTA DO CAMPEÃO
O Leão terminou a época com mais uma vitória num campeonato de sonho, 100% vitorioso em casa e com mais 10 pontos que o 2º classificado o Benfica, totalizando a sua maior pontuação de sempre, 90 pontos. Os campeões nacionais chegaram aos 96 golos (marcaram em todas as jornadas) com o seu artilheiro Viktor Gyokeres como rei dos melhores marcadores (29). Depois da festa fantástica e merecida de ontem à noite, num estádio de Alvalade enchido de cor, música e alegria será a hora de mudar o chip, recarregarem as baterias e prepararem o último jogo da época, a grande Final do Jamor. Gyokeres bisou e Paulinho levantou as bancadas do estádio com um "golazo".
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 6 - A indiscutível grande figura do campeonato 2023/24. Revigorou o ADN Sporting. Precisaria de várias páginas para descrever tudo o que fez de bem em toda a época.
DIOGO PINTO - 6 - Terá oportunidade única de se mostrar e brilhar na Final do Jamor.
RICARDO ESGAIO - 6 - É campeão nacional e o resto é conversa.
LUÍS NETO - 6 - Teve a sua despedida de sonho como jogador mas... poderá continuar com o leão ao peito noutras funções, seria merecido.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 6 - Voltou a ser o " EL COMANDANTE". Um dos grandes obreiros do título, nas tormentas guiou sempre a equipa por águas seguras.
GONÇALO INÁCIO - 6 - Chegou ao patamar dos craques, imprescindível na equipa base titular.
NUNO SANTOS - 6 - O motor extra que a equipa precisou em vários jogos. A irreverência que enervou adversários mas também tudo à sua volta.
MORTEN HJULMAND - 6 - O coração da equipa, bombeou futebol em toda a linha do terreno por esses estádios fora. O pêndulo perfeito da equipa que marcou ritmos seguros e competentes. Todos os caminhos do campo iam dar ao médio dinamarquês.
HIDEMASA MORITA - 6 - Quiçá os seus olhos rasgados dêem outra capacidade de visão dos lances, que magicamente antecipa. O elemento da equipa com maior competência do passe certeiro.
FRANCISCO TRINCÃO - 6 - Lembrou-se de "explodir" a meio da época após a pesarosa travessia do deserto. Não desaprendeu em nada, bem pelo contrário, transformou-se num tremendo "cracazo". Criar? Dêm-lhe a bola que ele faz o resto.
PEDRO GONÇALVES - 6 - O elemento mais completo da equipa, o mais cerebral, muito temido pelos adversários pela sua grande imprevisibilidade no que faz. Em forma ninguém o pára.
PAULINHO - 6 - Conquistou a pulso o respeito de todos mas teve que "mostrar os dentes". Talhado para resolver jogos, sendo o jogador do campeonato que mais pontos deu à sua equipa. O coro que entoa a sua música aumentou consideravelmente, hoje em dia todas as bancadas do estádio a cantam com alma.
JEREMIAH ST. JUSTE - 6 - O campeão do azar, mas levou a melhor na luta com as lesões das sua pernas muito velozes mas... de cristal. Verdade é que quando esteve a 100% foi o melhor defesa da Liga.
DANIEL BRAGANÇA - 6 - Foi a grande surpresa, a maior sensação na segunda volta do campeonato, quando a equipa ameaçou oscilar, agarrou-a pelos colarinhos e levou-a para a frente, calando muitas bocas.
MARCUS EDWARDS - 6 - É uma autêntica montanha-russa cheia de subidas e descidas, algumas vertiginosas. Um grande mistério as suas exibições, para o extraordinário e para o abismo porque nunca se sabe como vai ser.
FRANCISCO SILVA - 6 - O benjamim 2024. Quase que eram visíveis as pulsações do coração no peito, quando entrou.
RÚBEN AMORIM - 6 - E agora mister? Falta tentar ainda meter a mão na Taça e não deixá-la viajar para o Norte. A sua grande obra está concluída, trabalha agora os naturais aperfeiçoamentos para a tornar ainda mais artística. Criou uma grande base, um ADN genuíno que fez o Sporting voltar a viver os violinos e assim será para continuar, para grande alegria dos seus adeptos.
JOÃO TEIXEIRA - 3 - Com as limitações naturais de uma equipa que desceu de divisão, bateu-se com galhardia, principalmente na segunda parte depois de reduzida a dez elementos. Tentaram dar réplica ao campeão nacional que teve o ataque mais demolidor do actual futebol português.
MANUEL OLIVEIRA (Árbitro) - 3 - Hoje não há notas negativas para ninguém (?), são "tempos de festas". Recorreu às imagens do VAR por 3 vezes e aceitam-se as decisões que tomou.
RUI COSTA (VAR) - 3 - Esteve muito activo o velho freguês do norte, mas afinal a última palavra foi e será sempre do árbitro.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Estoril da 33ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 1 - 0. Golo de Paulinho 81'.
NO RESCALDO DA FESTA PAULINHO RESOLVEU
Depois da semana festiva, plena de emoções pela comemoração do título, o leão voltou para disputar a penúltima jornada do campeonato na Costa do Sol, no Estoril, entrando na partida sonolento, ainda com os sintomas do rescaldo dos festejos, com as duas equipas muito encaixadas durante toda a primeira parte, sem resultar lances de grande perigo nas duas áreas. Após o intervalo e com as substituições, o campeão nacional decidiu acordar, carregou a bola com outra velocidade e imprevisibilidade, chegando com naturalidade ao golo que garantiu a vitória no jogo, alcançando vários recordes, o maior número de vitórias (28) e um novo máximo de pontuação (87) que confirmam uma época das mais extraordinárias na história do clube. Paulinho entrou e resolveu, Nuno Santos teve acção decisiva no golo e na melhoria da equipa na 2ª parte.
DESTAQUE - FRANCISCO TRINCÃO - 4.5 - Acabou por ser o mais regular e esclarecido em toda a partida, com vários lances bem definidos que arrastaram a defesa do Estoril a cair nos erros.
DIOGO PINTO - 3.5 - Noite muito tranquila, só perturbada uma única vez, o susto de ver a bola esbarrar no poste. Surpreendeu com o bom jogo de pés, colocando a bola longe com precisão.
RICARDO ESGAIO - 3 - Exibição ao nível mediano que nos habituou em toda a época.
OUSMANE DIOMANDE - 3 - Sempre muito atento na antecipação ganhou a esmagadora maioria dos lances.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 4 - Foi sempre o patrão, limpando tudo à sua frente com a competência habitual.
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Quiçá tenha exagerado nas faltas nos duelos com o Cassiano que esbarrou sempre no muro do jovem central.
MATHEUS REIS - 3 - Exibição 'QB', que deu pouca vida ao seu corredor no apoio da construção, deixando-se amarrar excessivamente em tarefas defensivas.
DANIEL BRAGANÇA - 3.5 - Irregular, poucas vezes mexeu com o jogo, oferecendo pouco critério no apoio do ataque. Uma situação que se tem repetido quando é titular.
HIDEMASA MORITA - 3.5 - Andou mais escondido na primeira parte, em tarefas muito previsíveis que ajudaram o meio campo adversário a encaixar no jogo do Sporting. Soltou-se na 2ª parte, aparecendo com mais "andamento" na ligação da bola com a linha da frente.
PEDRO GONÇALVES - 3 - Fez alguns ameaços na baliza do Estoril na primeira parte, dando a ideia que podia crescer na partida, mas não foi por ele que chegou a melhoria da equipa, deixou-se esvaziar e acabou substituído.
VIKTOR GYOKERES - 4 - A "fera" soltou-se algumas vezes e só à "porrada" os defesas canarinhos o conseguiram parar, foi bastante massacrado em todo o jogo, com o árbitro a ser conivente a não assinalar as acções faltosas.
PAULINHO - 4.5 - Falam que vai embora no final da época, se for verdade ainda vão chorar por ele. Entrou e resolveu com mais um golo que deu 3 pontos à equipa. E já leva 20 golos na época.
NUNO SANTOS - 4.5 - Vai acabar a época em grande forma, mexeu completamente com o jogo, dando-lhe o ritmo de campeão, tudo o que fez foi bem feito e com critério de qualidade elevada. Teve acção decisiva no lance do golo e nos melhores momentos da equipa na 2ª parte.
IVÁN FRESNEDA - (SEM NOTA) Entrou aos 89'.
MIGUEL MENINO - (SEM NOTA) Entrou aos 89'.
KOBA KOINDREDI - (SEM NOTA) Entrou aos 90'+2'.
RÚBEN AMORIM - 5 - Saiu vitorioso num campo que resultou difícil para todas as equipas, percebeu a sonolência geral da equipa na entrada no jogo e viu onde tinha que mexer, trazendo de volta o campeão nacional na segunda parte. Com a vitória alcançou 2 recordes históricos, o maior numero de vitórias e de pontos.
VASCO SEABRA - 3 - A estratégia do congelamento não deu resultado nenhum, perdeu o jogo e só rematou uma única vez à baliza do Sporting, com isso abdicou da possibilidade de oferecer um melhor espectáculo ao público que entusiasticamente encheu o Estádio. Que desperdício!
JOÃO GONÇALVES (Árbitro) - 3 - Uma arbitragem repleta de equívocos e que não tinha necessidade, num jogo fácil de dirigir. Várias acções faltosas passaram sem punição, sendo o Gyokeres o mais prejudicado, foi bastante massacrado com o seu beneplácito.
RUI OLIVEIRA (VAR) - 3 - Uma falta sobre Viktor Gyokeres para grande penalidade foi ignorada.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Portimonense da 32ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 3 - 0. Golos de Paulinho 13', Francisco Trincão 70' e Viktor Gyokeres 90+2.
UM TÍTULO QUE CHEIRA BEM, CHEIRA À LEÃO CAMPEÃO
Nem todos os autocarros e comboios que o Paulo Sérgio trouxe do Algarve, impediram o leão de cumprir a profecia da vitória, perante um estádio de Alvalade lotado e em delírio pelo cheirinho à fragrância do título. O guarda redes nipónico Nakamura que evitou 4/5 golos cantados, barrou uma goleada das antigas e que dariam muito maior justiça ao resultado, face ao domínio avassalador do Sporting num jogo de sentido único. Paulinho decidiu com um golo e assistência, Trincão e Gyokeres (27 golos) também facturaram. O título fica agora ao alcance de um empate, ou de uma escorregadela do Benfica hoje à noite.
DESTAQUE - PAULINHO - 5 - Correspondeu, valorizando a aposta do treinador, fartou-se de jogar, marcou, assistiu e fartou-se de falhar. Assumiu o protagonismo decidindo a partida.
FRANCO ISRAEL - 3 - Nem por uma única vez foi testado. Assistiu ao jogo de cadeirinha.
RICARDO ESGAIO - 3 - Cumpriu sem entrar em grandes riscos.
OUSMANE DIOMANDE - 3 - À direita na sua posição natural sente-se mais confortável, exibição competente.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 4.5 - Voltou a destacar-se como o melhor elemento da defesa, sempre muito confiante liderou aquela tremenda barreira que se tornou de todo intransponível aos avançados algarvios.
GONÇALO INÁCIO - 4 - Reapareceu mais solto e mais decidido nos duelos e no acerto do passe, como o que lançou Nuno Santos e que resultou no golo inaugural. Viu o Nakamura negar-lhe com a defesa da noite, um golo cantado, após um 'tremendo cabezazo'.
NUNO SANTOS - 5 - Uma das melhores exibições da época, endiabrado tratou a bola por tu, surpreendendo com habilidades raras na sua recepção. Assistiu o Paulinho no 1-0.
MORTEN HJULMAND - 3.5 - Não foi das suas melhores noites, sem grandes lances de protagonismo, mas pautou a sua exibição na regularidade que se lhe reconhece. Liderou a rotação da bola na procura dos caminhos no meio do bloco muito fechado e encolhido da defesa do Portimonense.
PEDRO GONÇALVES - 3.5 - Teve grande oportunidade para marcar, após passe genial do Trincão, quando isolado rematou de primeira com o guarda-redes nipónico a somar mais uma grande defesa, com as pontas dos dedos.
FRANCISCO TRINCÃO - 4 - Exibição agradável, sempre em grande rotação a confirmar o seu bom momento, foi o autor de vários lances criativos que muito confundiram a bem organizada defesa algarvia. Fez o 2-0, dando tranquilidade à equipa e aos adeptos.
VIKTOR GYOKERES - 4 - Voltou a marcar e chegou aos 27 golos, seguindo imparável na liderança da Bola de Prata. Escaldou a mão do guarda-redes japonês com um 'tremendo tirazo' que levava selo de golo.
GENY CATAMO - 3 - Com as substituições a equipa ganhou ainda mais consistência e intensidade. A sua entrada coincidiu com o bom momento do 2-0, golo que aniquilou as expectativas do adversário.
DANIEL BRAGANÇA - 3.5 - Trouxe clarividência e pragmatismo à construção de jogo. Após jogada de insistência e toque artístico, serviu o Gyokeres para o 3-0.
HIDEMASA MORITA - 2 - Entrou na parte final da partida, sem lances de destaque, com o adversário já vergado ao destino da derrota.
EDUARDO QUARESMA - 2 - Entrou aos 80' com a vitória praticamente garantida.
MATHEUS REIS - (SEM NOTA) entrou aos 89'.
RÚBEN AMORIM - 5 - Só a ansiedade podia transformar-se no maior adversário da noite, mas a gigante vontade de todos, de quererem vencer, de chegarem rapidamente ao título superou tudo, por muitos autocarros que viessem a estacionar na frente da baliza do inspirado guarda redes japonês. Já deram entrada, isolados, no estádio Olimpo da glória e já se ouvem os aplausos e os trompetes, a meta está logo ali a seguir à curva.
PAULO SÉRGIO - 2 - Trouxe uns quantos comboios e autocarros que não resultaram, depois agarraram-se ao Nakamura para não levarem um saco cheio de golos. Timidamente só fizeram 2 remates, que nem acertaram na baliza do Sporting.
LANCU VASILICA (Árbitro) - 3.5 - Uma primeira parte com excelente arbitragem, na etapa complementar cometeu erros que seriam evitáveis com maior concentração.
GUSTAVO CORREIA (VAR) - 3.5 - Um lance duro sobre Gyokeres, sem bola, na área do Portimonense, que pareceu passível de grande penalidade, de resto nada mais a apontar.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o FC Porto da 31ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou num empate 2 - 2. Golos de Viktor Gyokeres 87' e 88'.
UM PONTO PRECIOSO NA PIOR EXIBIÇÃO DA ÉPOCA
ESTRELINHA DE CAMPEÃO?
Exibição desastrosa do Sporting, salva no minuto 87' pelos dois golos de rajada do avançado sueco que deram à equipa um empate quase caído do céu. Amorim inventou! (Gyokeres e Morita no banco), uma ideia que resultou num grande equívoco durante mais de uma hora de jogo, com o 2-0 ao intervalo a ser muito lisonjeiro para a turma de Alvalade que esteve quase sempre muito inadaptada pelas várias alterações na equipa inicial, cometendo um chorrilho de erros individuais primários, respondendo sempre com lentidão e desacerto no passe. As substituições na segunda parte (Gyokeres em especial) trouxeram o sistema familiar, acertaram a defesa e deram maior velocidade na circulação da bola que empurrou o FC Porto para o seu meio campo, criando finalmente situações perigosas para a baliza do Diogo Costa. Gyokeres bisou oferecendo um ponto precioso, Nuno Santos e Edwards assistiram.
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5 - Um Dragão em grande festa, com os seus adeptos eufóricos a terem minutos específicos para homenagens histéricas, só que entrou no jogo o Viking sueco, que também resolveu participar na animação, dedicando-lhes o minuto 87`, quando marcou de rajada os 2 golos do empate que lhes gelou o entusiasmo e a alma das bancadas azuis. Um "pontazo" que pode ser decisivo nas contas finais do título.
FRANCO ISRAEL - 1 - Entregou de mão beijada o 1- 0 ao FC Porto, um erro muito grave e que o irá penalizar nas análises internas feitas pela equipa técnica. Forçosamente terá que melhorar substancialmente no jogo de pés se quer continuar na baliza do Sporting.
GENY CATAMO - 3 - Tentou em vários lances individuais iludir o mau jogo da equipa na primeira parte. Andava já desaparecido do jogo, quando fez aquela excelente recuperação de bola que resultou no golo do empate (2-2).
JEREMIAH ST. JUSTE - 2 - Cometeu vários erros pela excessiva má leitura na disputa dos lances, não basta ser rápido, é preciso saber também meter o pé e o corpo sem falta. Já amarelado devia ter ficado no balneário ao intervalo.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 3 - O menos mal naquela primeira parte muito negra da linha da defesa. Foi também enganado pelo erro grave do Israel, deixou-se comer num passe entre as pernas que isolou o Evanilson no 1-0, e logo a seguir no 2º golo o FC Porto não fechou a autoestrada que se abriu perto de si no centro da defesa.
OUSMANE DIOMANDE - 1 - Exibição inqualificável para um jogador que veste a camisola do Sporting. Muito nervoso, inseguro e perdido em quase todos os lances que interviu, oferecendo várias bolas aos adversários com uma péssima leitura dos lances. Não se apresentou minimamente preparado para a sua missão, devia ter saído mais cedo.
GONÇALO INÁCIO - 2.5 - Verdade que o constante desacerto do Diomande não o ajudou, tentou jogar simples mas os passes raramente lhe saíram com critério. A sua outra função de avançar no terreno ainda resultou pior.
MORTEN HJULMAND - 3 - Também acabou contagiado pela péssima primeira parte da equipa, andou aos papeis na maioria dos lances na primeira parte e teve um erro crasso, quando escorregou no lance do 2-0. Recuperou o "seu jogo" na segunda parte, quando a equipa ficou mais equilibrada com as substituições, agarrando finalmente o meio campo.
DANIEL BRAGANÇA - 2.5 - Faltou-lhe velocidade na execução e capacidade para dar continuidade aos lances, acabou engolido pela maior intensidade que o adversário impôs no centro do terreno. Depois, aquela decisão com escorregadela que quase deu o 3º ao FC Porto...
PEDRO GONÇALVES - 2 - Nunca conseguiu agarrar o jogo, os apoios também chegavam sempre atrasados e era encurralado com facilidade.
FRANCISCO TRINCÃO - 2 - Tentou carregar a bola, mas teve dificuldade em livrar-se da marcação apertada do Varela. Melhorou depois com as alterações, acabando o jogo em melhor plano.
PAULINHO - 1 - Foi menos um, não ligou o jogo, não ganhou lances individuais, não deu o apoio que o Pote e o Trincão necessitavam, foi sempre presa fácil na última linha da defesa azul.
EDUARDO QUARESMA - 4 - É um assunto absurdo, um mistério porque fica no banco, é o melhor de longe naquela posição, quando entrou a música foi outra, voltou a secar o Galeno e a todos que lhe apareceram por aquele lado. Sabe também sair com melhor critério que o colega St. Juste.
NUNO SANTOS - 4 - O Nuno pode ter as suas limitações técnicas, mas não se exagere se comparado com o Gonçalo Inácio na posição, com a sua entrada a melhoria foi radical, finalmente a equipa teve profundidade e um grande cruzamento com régua e esquadro para o Gyokeres fuzilar no 1-0.
HIDEMASA MORITA - 3.5 - Trouxe músculo, intensidade e pausa na leitura dos lances para a tomada do centro do terreno, o adversário ficou a partir daí asfixiado no seu meio campo, sem poder sair.
MARCUS EDWARDS - 3 - Escassos minutos em campo que mexeram ainda mais com o jogo, grande assistência para o 2-2, Gyokeres foi só encostar. Acabou expulso num lance estranho com o Galeno.
RÚBEN AMORIM - 2 - Uma semana muito negra que deixou a nação sportinguista à beira de um ataque de nervos, haverá todavia muito ainda por explicar. Apresentou-se no jogo afectado, mais nervoso que o habitual e não teve discernimento na montagem da equipa e da estratégia. O Gonçalo Inácio à esquerda a marcar o Conceição e fazer o corredor sem profundidade? O St. Juste às aranhas para travar o Galeno estando o Quaresma no banco? O Gyokeres estava apto? Entrou ainda a tempo de impedir a derrota que parecia já certa.Valeu a estrelinha de campeão.
SÉRGIO CONCEIÇÃO - 2 - Com grandes sorrisos de orelha a orelha, já se preparava para o discurso triunfante da grande vitória, quando da neblina surgiu um Viking... que num minuto fez todo aquele estrago. Aproveitou bem as ofertas que o treinador do Sporting resolveu oferecer, mas depois, quando os leões voltaram a ter a sua equipa base, tiveram que fugir para o seu meio campo e de lá já não saíram até ao 2-2.
NUNO ALMEIDA (Árbitro) - 3 - Arbitragem com vários erros na interpretação das faltas. Entrou depois na "lei" da compensação sempre criticável.
ARTUR SOARES DIAS (VAR) - 3 - Fica por explicar a diferença que viu nas supostas cabeçadas no lance entre o Galeno e o Edwards, porque estranhamante só o jogador do Sporting foi expulso.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Vitoria de Guimarães da 30ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 3 - 0. Golo de Pedro Gonçalves aos 30', Viktor Gyokeres 45+3' e 49'.
"O MUNDO SABE QUE" O TÍTULO FICOU AGORA MAIS PERTO
O Sporting secou um V. Guimarães muito murcho no vulcão de Alvalade (perto de 50 mil), mantendo o registo 100% vitorioso em casa (15 triunfos) com o domínio absoluto em toda a partida. Os leões estiveram sempre por cima, muito confiantes e sólidos a defender, sem consentir qualquer oportunidade ao adversário. Pote desbloqueou (30') um bloco vimaranense que começou o jogo muito temeroso e encolhido junto da sua área, com mais um golo "à Pote". Tudo ficou depois mais fácil, com os minhotos a serem obrigados a correr riscos, oferecendo mais espaços nas suas costas. As oportunidades foram naturalmente surgindo, com os leões a marcarem mais 2 golos e desperdiçando vários, que advinharam goleada. Pote marcou e assistiu, Trincão e Bragança também assistiram, e o suspeito do costume, Gyokeres, bisou, colocando a equipa numa posição invejável para chegar ao título a quatro jornadas do fim.
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5 - Marcou 2 golos decisivos e andou sempre perto do terceiro. Voltou a provocar muito sofrimento nos centrais adversários, obrigando-os a ficarem acampados, muito posicionados atrás. Um grande slalom, que fez explodir o estádio com emoção frenética (passando por vários adversários), merecia o golo.
FRANCO ISRAEL - 3 - Foi espectador de cadeirinha, só viu por uma vez a bola sobrevoar a sua baliza por um remate desferido à distancia. Mas... podia ter tido uma noite muito negra, uma saída mal calculada e atrasada, derrubou o adversário que apareceu isolado na sua área. Seria grande penalidade e expulsão, o fora de jogo salvou-o e também à equipa.
GENY CATAMO - 4 - Exibição muito positiva, carregou a bola várias vezes por fora e por dentro, criando vários desequilíbrios nas linhas recuadas do Vitória. Quase que faz o primeiro num lance com remate bem executado, mas Borevkovic negou-lhe o golo em cima da linha de baliza.
JEREMIAH ST. JUSTE - 4 - Agora com as lesões afastadas, sobe de forma e produção a olhos vistos a cada jogo, mais confiante na disputa dos duelos físicos e da velocidade, destacou-se pela positiva.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 4 - Conduziu a defesa com a segurança e concentração habitual, distribuindo algumas reprimendas à mistura por alguns erros dos colegas no posicionamento. Ofereceu a "cadeirinha" ao Franco Israel para que assistisse sentado tranquilamente à partida, enquanto o grande capitão resolvia tudo à sua frente.
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Está em nítida recuperação para as boas exibições, mas ainda não foi desta que chegou à nota 4, mas esteve quase, a pontaria do passe parece ter voltado, a antecipação aos lances também, mas falhou ainda em alguns posicionamentos, valeu-lhe o pronto socorro do seu 'capitão' a acudir.
NUNO SANTOS - 3.5 - Com a sua característica rebeldia galgou várias vezes o seu corredor oferecendo linhas de passe e "llegada" aos espaços da profundidade, criando em vários lances o pânico na defesa adversária.
MORTEN HJULMAND - 4.5 - Teve dificuldades em toda a primeira parte a lidar com o bloco adversário muito recuado e muito fechado, com poucos espaços entre linhas. A perder por 2-0 o adversário finalmente resolveu subir no terreno e aí o dinamarquês apanhou-os na sua já bem conhecida rede, fazendo grande pescaria na segunda parte na esmagadora maioria dos lances em que tentaram atacar.
DANIEL BRAGANÇA - 4.5 - Depois do grande clic há jornadas atrás, agora só sabe jogar bem, agarrou com todo o mérito o lugar do Morita e tomou-lhe o gosto. Foi enorme na criatividade e agilidade a pensar os lances. Teve participação directa em dois golos.
PEDRO GONÇALVES - 5 - O mérito de voltar a inventar o sempre difícil primeiro golo do jogo, o que desbloqueou o bloco "catenaccio" dos minhotos e ainda teve participação decisiva nos outros dois golos.
FRANCISCO TRINCÃO - 4 - Uma recepção do outro mundo na área adversaria com finalização para o passe do "toma-lá e faz-te famoso" para o Gyokeres que foi só encostar para o terceiro da noite. Voltou a carregar a equipa em vários lances que mostraram que continua a passar um bom momento.
MARCUS EDWARDS - 3 - Entrou com muito fogo no jogo, impulsionado pelas bancadas já em festa pela vitória garantida. O adversário com a toalha já atirada ao chão não teve alma para contrariar os 2 lances que executou quase na perfeição, um túnel dentro da área e isolado atirou ao lado, no outro fez golo, mas foi anulado por fora de jogo.
HIDEMASA MORITA - 3 - Entrou também bem no jogo, ganhando todos os duelos e acertando os passes, viu-se mais solto e rápido a executar e a ler os lances, mostrando que recuperou bem dos problemas físicos que o tolhiam.
PAULINHO - 2 - Bom lance com bola que deu em golo anulado, desmarcou bem o Gyo que estava em fora de jogo.
EDUARDO QUARESMA - 2 - Foi a jogo quase no final 82', a tempo de se evidenciar em dois acções importantes, roubando a bola ao adversário que tentava ganhar as suas costas.
IVÁN FRESNEDA - ( SEM NOTA) Entrou aos 86'.
RÚBEN AMORIM - 6 - Mais uma etapa importante e decisiva ultrapassada, era dos jogos que provocaram alguma ansiedade e nervosismo, o Guimarães ganhou na 1ª volta e vinha de uma vitória recente no Dragão em que apresentou bom futebol. Estavam por isso todos avisados, preparou muito bem os seus jogadores mentalmente, para a importância do acerto no passe e do posicionamento entre linhas. Sabia que com paciência e concentração máxima o golo apareceria e depois eles acabariam por ceder, a abrir espaços e ficarem a jeito para as armas letais da equipa e foi o que aconteceu.
ÁLVARO PACHECO - 2 - A sua equipa apresentou-se muito murcha de ideias, investindo tudo num bloco fechado e muito baixo, à italiana, o golo do Pote rompeu-lhe a estratégia e quando tentou subir mais as linhas, caíram no engodo do líder do campeonato que os secou definitivamente. A nota mais positiva, foi terem escapado a uma goleada.
CLAUDIO PEREIRA (Árbitro) - 4.5 - Boa arbitragem deixando jogar, com erros de parte a parte, mas com decisões coerentes. Procurou andar fora dos holofotes do protagonismo.
RUI COSTA (VAR) - 4.5 - Decisões acertadas, os golos legais e o golo anulado por fora de jogo.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Famalicão da 20ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 1 - 0. Golo de Pedro Gonçalves aos 19'.
"AGARRÁMO-NOS UNS AOS OUTROS" PARA AGARRAR O TÍTULO
O Sporting ultrapassou o síndroma de Famalicão e ganhou a embalagem que pode vir a ser decisiva (7 pontos) para a conquista do título nacional, quando ficam a faltar 5 jogos para o final. A importante vitória de ontem garantiu também já ao leão, o bilhete para a liga milionária dos campeões, num jogo muito tenso, com um caudal ofensivo menos generoso que o habitual em que criou poucas oportunidades, mas também não deu nenhuma a um Famalicão (Israel nem foi testado) que jogou sempre de bloco muito baixo, prevalecendo o golo do Pote marcado cedo (19') e que garantiu os 3 pontos. Pote resolveu, Trincão assistiu, Coates deu segurança, Bragança acrescentou e o Famalicão não incomodou a baliza dos leões.
DESTAQUE: SEBASTIÁN COATES (Cap) - 5 - Voltou a ser gigante, o principal culpado do Famalicão nunca ter incomodado o Franco Israel. Secou o ponta de lança adversário (Cádiz) e nunca deu hipóteses a todos os que lhe apareceram pela frente, nas bolas pelo ar ou junto à relva.
FRANCO ISRAEL - 4 - Os colegas da defesa limparam todos os lances e não lhe deixaram uma única bola difícl para que pudesse brilhar. Só mesmo as bolas fáceis e aí, esteve sempre muito atento, intervindo sem erros.
GENY CATAMO - 3.5 - Não conseguiu fazer a diferença habitual nos lances do 1x1 e quando conquistou espaço foi pouco feliz na definição.
OUSMANE DIOMANDE - 2.5 - Deixou-se levar pela precipitação na guarda ao veloz Chiquinho, cometendo vários erros desnecessários e que lhe custaram um cartão amarelo e a saída ao intervalo.
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Manteve-se sempre firme e muito competente nas suas acções, principalmente nos minutos finais, quando o Famalicão subiu as linhas no tudo por tudo. Menos bem o passe longo, ainda muito descalibrado.
NUNO SANTOS - 2.5 - Conseguiu a faceta de estragar os lances todos em que interviu, por isso foi várias vezes repreendido pelos colegas que nunca perceberam se rematava ou cruzava, com a bola a passar sempre longe de toda a gente e da baliza do Luís Júnior.
MORTEN HJULMAND - 4.5 - Sempre melhor e esclarecido, como peixe na água, a cortar as linhas de passe ao meio campo famalicense, destruindo-lhe grande parte das tentativas de contra ataque. Raras vezes teve espaço para subir e apoiar o ataque da sua equipa, quando teve, fé-lo sempre com bom critério.
DANIEL BRAGANÇA - 4.5 - Voltou a mostrar que é o elemento do meio campo em melhor forma actualmente, sempre activo na reacção ofensiva e defensiva, ganhando a maioria dos lances. Um grande remate proporcionou a defesa da noite ao Luís Júnior que com a ponta dos dedos desviou a bola para a trave, negando-lhe um grande golo.
FRANCISCO TRINCÃO - 4 - Liderou os períodos em que a equipa dominou perto da área adversária, rápido a pensar e a executar, carregando a bola em vários lances. Foi dele o passe que isolou Pote para o golo. Com o cansaço foi caindo de produção, mais ausente do jogo na última meia hora.
PEDRO GONÇALVES - 4.5 - Resolveu o jogo com um dos seus remates secos e certeiros depois de uma jogada bem ensaiada da equipa. Podia ter dado o 2-0, num lance em que foi pisado dentro da área, um penálti claro que o árbitro e VAR ignoraram grosseiramente.
VIKTOR GYOKERES - 3.5 - Voltou a não marcar, mas lutou sempre como um leão até ao derradeiro segundo. Menos exuberante que em outros jogos, mas manteve até final a defesa adversária sempre em alerta máximo. A jogada do golo deve-se muito a ele. Fez o passe para Trincão e depois correu em diagonal arrastando um defesa com ele.
EDUARDO QUARESMA - 4 - Excelente entrada, mostrou ao colega Diomande como se faz para marcar brincas na areia como o Chiquinho, não lhe deu hipótese.
HIDEMASA MORITA - 3 - Não trouxe quando entrou (68') o músculo e a energia que a equipa necessitava para que o meio campo não caísse para o adversário. Também teve que se agarrar aos colegas no quarto de hora final para segurarem os importantíssimos 3 pontos da vitória.
PAULINHO - 2.5 - Entrou quando a equipa já sentia dificuldades em manter o ritmo e a intensidade iniciais, recuou mais no terreno quando percebeu que era mais importante o apoio defensivo para segurar a vitória.
RICARDO ESGAIO - 2 - Pôs- se a jeito de ser expulso e deixar a equipa reduzida com ainda um quarto de hora para o final. Um lance em que percebeu que não iria ter pernas para acompanhar o avançado do Famalicão.
IVÁN FRESNEDA - 2 - A equipa já estava a vacilar nos instantes finais e com o adversário no risco total, entrou para ajudar a estancar os corredores bloqueando a profundidade ao adversário.
RÚBEN AMORIM - 6 - Saiu de Famalicão com o merecido triunfo, no jogo mais badalado do campeonato que precipitou uma atmosfera pesada e estranha pela importância que tinha nas contas do título. Afinal, foi uma viagem no tempo (20.ª jornada), para voltar ao presente com uma vantagem bem mais distante do segundo classificado e que pode vir a ser determinante na conquista do campeonato. Todos sentiram em demasia o peso dessa responsabilidade que lhes tolheu alguma da dinâmica, passando com isso a equipa por algumas dificuldades. Atento, respondeu sempre com inteligência ao que o jogo pedia. Objectivo conseguido.
ARMANDO EVANGELISTA - 2 - Deveras temeroso, optou por uma estratégia muito encolhida, de bloco baixo e junto, com contra ataques esporádicos na fé de eventuais erros da defesa do Sporting. A sua equipa nunca incomodou o guarda-redes do Sporting que não fez uma única defesa. Por sua vez viu o seu guardião evitar com grande defesa o 2-0 e também muito beneficiado por um penálti claro a ser perdoado pela equipa de arbitragem.
FÁBIO VERÍSSIMO (Árbitro) - 2 - Foi a prior arbitragem que lhe vimos fazer esta época nos jogos do Sporting, foram erros a mais, técnicos e disciplinares com maior benefício para a equipa da casa.
HUGO MIGUEL (VAR) - 1 - A Federação deveria pensar em poupar os custos do VAR nos jogos do Sporting, estarem lá na Cidade do Futebol ou não estarem é a mesma coisa. Uma grande penalidade clarissima que o VAR estava obrigado a ver e assinalar, ainda com o escândalo da agressão do Di María, que não foi expulso, bem fresco na memória de todos.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Gil Vicente da 29ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 4 - 0. Golos de Francisco Trincão 7' e 31', Ousmane Diomande 11' e Andrew (auto golo) 38'.
À CAMPEÃO, O LEÃO FOI A BARCELOS E ENGOLIU O GALO
O Sporting voltou a dar show na noite de ontem em Barcelos, bastaram 38' para arrumar com o Gil Vicente, marcando quatro golos sem resposta. Uma primeira parte de luxo, jogada unicamente no meio campo da equipa minhota e que vincou a enorme superioridade da equipa que lidera isolada o campeonato nacional. As diferenças cedo ficaram expostas entre as duas equipas, no ritmo, atitude, intensidade, velocidade de execução, passe, risco e alegria pelo jogo. Um leão em "modos rolo compressor" que nunca deixou pensar o adversário, matando-lhe pela raiz, quaisquer tentativas de poder chegar com perigo à baliza do Franco Israel. Resultado dilatado ao intervalo, que permitiu ao treinador leonino poder gerir depois o esforço da equipa, poupando alguns elementos. Trincão bisou, Diomande voltou aos golos, Pote e Bragança assistiram e Gyokeres voltou a acertar na barra e já são 3 seguidas.
DESTAQUE - FRACISCO TRINCÃO - 5 - Frenético, sempre ligado à corrente assumiu o protagonismo do ataque, marcou 2 golos, andou perto de fazer o hat trick e ainda participou num outro golo. Impulsionou a equipa para uma primeira parte demolidora.
FRANCO ISRAEL - 4 - Com a competição vão diminuindo os erros e a ansiedade, esteve sempre tranquilo entre os postes e assertivo fora deles. Voltou a brilhar com uma grande defesa.
RICARDO ESGAIO - 3.5 - As alas estiveram em menor plano de toda a equipa, quase no final deixou-se ultrapassar já dentro da sua área e quase que oferece o golo ao Gil Vicente. No ataque teve espaço, mas pouco engenho.
EDUARDO QUARESMA - 4 - Um regresso feliz à titularidade, não perdeu um duelo e ganhou vários com a sua grande arma, a antecipação.
OUSMANE DIOMANDE - 4.5 - Na ausência do capitão Coates, assumiu a liderança da defesa e ganhou pontos, agora já fora do ramadão as energias voltaram em força e foi implacável com os avançados gilistas. Marcou golo decisivo, o 2º aos 11'.
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Voltou a ser o elo mais fraco do centro da defesa, notou-se algumas melhorias mas ainda não saiu da má fase que atravessa.
GENY CATAMO - 3.5 - Teve muita bola dando sempre grande intensidade aos lances, mas foi pouco feliz nas decisões, o adversário avisado teve sempre muita gente nas dobras.
DANIEL BRAGANÇA (Cap) - 4.5 - Subiu em flecha de rendimento de forma bastante surpreendente, na intensidade e velocidade na leitura dos lances, dando sequência há excelente fase. Após um tremendo roubo de bola inventou o 3-0, que matou de vez o adversário.
HIDEMASA MORITA - 4 - Andou quase todo o jogo fora dos holofotes, a fazer o trabalho mais difícil, correr muito sem bola para aparecer depois nos sítios certos como um bombeiro. Um grande remate ao poste, no lance que resultaria no golo inaugural, mais tarde descobriu Trincão isolado na área do Gil que falhou o remate fácil.
PEDRO GONÇALVES - 4.5 - Com ele a musica é outra, deu festival de técnica em lances inventados, assistiu para o 2º e 4º golos.
VIKTOR GYOKERES - 4 - Voltou a mostrar uma grande pontaria nos postes, em 3 jogos seguidos os postes e a barra negaram-lhe o golo, desta vez mostrou azia à "sorte" e nem festejou o 4º golo, depois da bola bater na trave, ressaltar para o Andrew e entrar na baliza. Procurou sempre marcar, mesmo quando teve colegas em melhor posição para fazer o golo.
MARCUS EDWARDS - 3.5 - Voltou a entrar bem no jogo, confirmando uma boa fase. Seguro no transporte e confiante nos dribles que desequilibraram a defesa adversária em vários lances. Anda a cheirar a titularidade.
SEBASTIÁN COATES - 3 - Foi poupado para jogar os 20' finais em modos de gestão, o resultado já estava à muito tempo decidido. Bem posicionado quase que faz o 5º, mas chegou tarde à bola.
PAULINHO - 3 - Entrou na fase do orgulho ferido do adversário vergados pelos 4 golos e que tentavam dar uma melhor imagem, aproveitando o abrupto desinvestimento do Sporting na intensidade. Teve grande chance de poder fazer o 5º, mas o Gyokeres não lhe passou a bola.
IVÁN FRESNEDA - 3 - Fez parte da gestão perante o resultado tão desnivelado, o treinador deu-lhe uma oportunidade depois dos escassos 7' da 4ª jornada, já lá vão vários meses. Não teve efeitos práticos, mostrou excessivo individualismo em lances sem espaço de progressão.
KOBA KOINDREDI - 3 - Está a crescer, nota-se mais entrosado com a equipa e com as suas tarefas, meteu o pé roubando a bola e saiu determinado a galgar terreno em alguns lances vistosos.
RÚBEN AMORIM - 6 - Nota máxima pela forma como preparou a equipa e a estratégia, correndo tudo na perfeição. Resolveu o jogo cedo e com goleada, importante para o goal average, poupou vários elementos, geriu a intensidade dos jogadores preparando já o jogo de Famalicão. Com mais tempo, organizou os detalhes e a mente de toda a equipa, para que fique imune à euforia dos adeptos que já vêm o título cada vez mais perto.
CARLOS CUNHA - 1 - Enfrentou um rolo compressor de excessiva voltagem, as diferenças ficaram expostas logo de início e foram abismais. O Sporting fez quatro golos e com chances claras de marcar outros tantos. Teve tarefa complicada no balneário ao intervalo, para inventar argumentos motivacionais que fizessem a equipa reagir na segunda parte. Verdade que viu uma melhor resposta dos seus jogadores, mas também porque o Sporting baixou consideravelmente o ritmo e a intensidade.
MANUEL OLIVEIRA (Árbitro) - 3.5 - Safou-se, muito raramente faz arbitragens só com erros menores nos jogos do Sporting, mesmo assim deixou passar empurrões claros a jogadores da equipa de Alvalade perto da área do Gil Vicente. Esteve melhor na disciplina, em que decidiu com mais justiça e isenção.
ANDRÉ NARCISO (VAR) - 3.5 - Não teve lances nem casos difíceis para se meter e bem, deixou-se ficar tranquilo.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Benfica da 28ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 2- 1. Golos de Geny Catamo 1' e 90+1'.
LEÃO DÁ PASSO DE GIGANTE E UMA PISCADELA AO TÍTULO
Com a 14ª vitória em casa, o Sporting carimbou a semana negra do Benfica (que já tinha dito Adeus à Taça) e vê agora o rival fugir-lhe perigosamente a caminho do título de campeão, cavando uma distância de 4 pontos e ainda com 1 jogo em atraso por disputar. A equipa de Alvalade fica também por cima e com vantagem folgada no goal average (+13), para o caso de empate pontual no final do campeonato. Geny Catamo resolveu! Abriu e fechou com 2 golos um espectáculo repleto de emoções, que provocou a dúvida de um vencedor até ao derradeiro segundo, depois do Benfica ter chegado ao empate no último lance da primeira parte. Mas fez-se a justiça divina, depois da equipa de árbitros ter escandalosamente perdoado a expulsão com vermelho directo ao argentino Di Maria, que agrediu com soco de punho fechado o Pote aos 32' da primeira parte, com o Benfica a escapar a ter que ficar reduzido a 10 elementos.
DESTAQUE - GENY CATAMO - 6 - O herói do derby, abriu e fechou o espectáculo da grande festa sportinguista, marcando os golos (com os 2 pés) mais importantes da sua ainda curta carreira, pelo tremendo significado e impacto que têm nas contas do título. Foi sempre o maior agitador, dos que mais arriscou no 1x1 e a exemplo do jogo da Taça na Luz, ganhou a maioria dos duelos ao Aursnes.
FRANCO ISRAEL - 5 - Com fenomenal defesa (com a pontas dos dedos) negou um golo feito ao Di Maria (81'), quando o resultado estava empatado. Deu sempre muita segurança à equipa.
JEREMIAH ST. JUSTE - 5 - Mostrou que sem os problemas físicos que o têm perseguido, pode aspirar a ser o melhor central da Liga. Não houve Rafa no jogo, porque o Neerlandês não deixou.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 6 - Exibição brutal, é um grande senhor no centro da defesa, lê o jogo como ninguém e aparece sempre no sítio certo. Vários cortes decisivos, alguns deles in extremis, que negaram o golo ao Benfica.
GONÇALO INÁCIO - 2 - "que pasa"? foi o elemento mais fraco da defesa, várias vezes ultrapassado e desastrado no passe, comprometeu várias vezes na saída de bola. Pareceu mal fisicamente e mentalmente, sem confiança.
MATHEUS REIS - 5 - O maior elogio, foi ter corrido com o Di Maria para o outro lado, fisicamente insuperável e o exemplo da solidariedade, nas dobras e na procura de espaços para as linhas de passe.
MORTEN HJULMAND - 4.5 - Inexplicável aquele amarelo aos 27' que o condicionou para o resto do jogo, foi o alvo do Artur Soares Dias, mas como este perdoou o vermelho ao Di Maria, ficou depois sem margem para continuar a perseguir o dinamarquês. Vestiu o proverbial fato macaco e foi o grande operário com trabalho extra, num meio campo em que "faltou" muito Morita.
HIDEMASA MORITA - 2 - Exibição mesmo muito cinzenta, surpreendentemente, pelas dificuldades em sair da pressão, falhando vários passes seguidos e sempre em timing mais atrasado aos adversários. Sem surpresa foi o primeiro a ser substituído, após o inicio da segunda parte.
FRANCISCO TRINCÃO - 3.5 - Brilhou com 2 grandes arrancadas pelo centro, definiu bem com o passe à medida, mas os lances que podiam dar em golo, acabaram por não surtirem efeito.
PEDRO GONÇALVES - 4.5 - Ficará na memória de todos a grande jogada de génio que inventou logo nos segundos iniciais e que resultou num dos golos mais rápidos de sempre nos dérbis. Foi agredido pelo Di Maria a que árbitro e VAR fizeram vista grossa.
VIKTOR GYOKERES - 5 - Voltou a fazer um grande jogo, ultrapassou várias vezes o António Silva e o Otamendi, gerando o pânico na defesa encarnada. Acertou outra vez e com estrondo no poste da baliza do Turbin que só pôde defender com os olhos.
DANIEL BRAGANÇA - 4.5 - Grande entrada, foi o melhor elemento do jogo em toda a segunda parte, rápido a decidir e a sair da pressão, pegou no jogo com muita segurança no transporte e no passe interior, obrigando o Benfica a recuar e a pensar em segurar o empate.
MARCUS EDWARDS - 3 - Também entrou bem no jogo, mais responsável na protecção da bola e no risco.
OUSMANE DIOMANDE - 3 - Com o Inácio muito desastrado, a oscilar cada vez mais, o treinador do Sporting sentiu-se obrigado em ter que tapar o lado esquerdo da defesa. O jovem Costa Marfienense cumpriu com muita segurança e desta vez não inventou, sendo pragmático nos lances em que interviu.
PAULINHO - 2 - Com muito pouco tempo de jogo e sem lances para brilhar, trouxe mais frescura no ataque.
KOBA KOINDREDI - 2 - Entrou mal no jogo, com uma má decisão que por pouco dá golo ao Benfica, mas pouco depois redimiu-se muito bem, cortando com o corpo uma bola que levava a direcção da baliza. Quase no final levou uma violenta pisadela que resultou na expulsão do Aursnes (segundo amarelo).
RÚBEN AMORIM - 6 - Nas hostes benfiquistas devem vê-lo como o grande cavaleiro vestido de negro, tão elegante e implacável, que cobiçou tudo só para ele e nada lhes deixou. Levou o terror e a destruição, roubando-lhes os principais sonhos da época numa só semana. Saiu das batalhas como o grande triunfador e a poder dar uma piscadela de olho ao título, depois de ter garantido a presença no Jamor. Teve a paciência de ler bem o jogo e soube esperar a sua hora, a hora de dar o golpe fatal.
ROGER SCHMIDT - 3 - Uma personalidade que não transmite simpatia na generalidade, pela sua arrogância e pelos vários disparates que comenta não merece ser feliz, não merece ganhar e teve que se vergar ao sabor amargo mas justo da derrota e viver a sua semana negra. Talvez agora tenha que repensar quem afinal é no campeonato português, o maior rival do Benfica. Querer Ignorar o Sporting saiu-lhe bastante caro.
ARTUR SOARES DIAS (Árbitro) - 1 - Que raio de futebol português é este? Uma autêntica comédia vergonhosa. Vamos ficar todos na expectativa de ouvir os áudios do lance da agressão de punho fechado, do Di Maria ao Pote. Várias decisões no jogo que indiciaram claramente ao que vinha, mas o Di Maria estragou-lhe os planos. Mais uma arbitragem vergonhosa, com sentido de encomenda.
LUÍS GODINHO (VAR) - 1 - Um COBARDE, a única palavra que pode designar a sua acção no lance da agressão do Di Maria, ficou em pânico por o Benfica ter que jogar em inferioridade numérica e já a perder 1-0. Teve medo das consequências, mas alguém terá que as averiguar, de quem e do quê afinal têm tanto medo.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Benfica para a Taça de Portugal - Meias Finais - 2ª mão, que resultou num empate 2-2. Golos de Morten Hjulmand 47' e Paulinho 55'.
SPORTING ELIMINA BENFICA, FOI MELHOR NO CONJUNTO DOS 2 JOGOS E VAI ESTAR NA FINAL DO JAMOR
Nem com a melhor exibição da época e perante o seu público a águia dobrou o Leão. Um jogo aberto com 4 golos e oportunidades repartidas, apesar do maior domínio da equipa da casa. Faltou maior intensidade e pressão à equipa de Alvalade que facilitou muito na defesa que se revelou instável, errando muitos passes na saída, com Diomande e Gonçalo Inácio em destaque pela negativa, desastrados na reacção e no passe . Com tamanha instabilidade, o treinador do Sporting viu-se obrigado, após intervalo, a fazer grande revolução no sector recuado, substituindo 3 elementos de uma assentada. Matheus Reis sacou influência ao Di Maria, St. Juste e Geny Catamo trouxeram outra dimensão ao futebol leonino e foram decisivos para que a equipa tivesse bola e pudesse responder com oportunidades, chegou à vantagem por duas vezes, mas o Benfica respondeu empatando a partida, resultado que serviu ao Sporting para carimbar com justiça a presença na grande final do Jamor.
DESTAQUE - MORTEN HJULMAND - 5 - Silenciou a Luz com um grande golo, fora da área rematou colocado metendo a bola na gaveta. Foi muito penalizado na primeira parte pelo grande desacerto do passe dos colegas da defesa, na segunda parte com mais espaço carregou a equipa em vários lances rápidos e vistosos, em que mostrou toda a sua grande classe.
FRANCO ISRAEL - 5 - Grande exibição, não merecia aquela traição dos colegas da defesa que consentiram os lances que resultaram nos 2 golos sofridos, com remates à queima sem defesa. Negou dois golos ao Di Maria com portentosas defesas e mostrou sempre muita segurança com os pés e com as mãos.
RICARDO ESGAIO - 2.5 - Fechou bem o seu lado, conseguiu sair com critério da primeira zona de pressão do adversário, os problemas estiveram mais à frente, quando tinha que decidir na construção, não esteve ao nível que se exigia.
OUSMANE DIOMANDE - 1 - Um dos piores jogos que fez no Sporting, inadmissível tantos falhanços, com passes demasiado curtos, interceptados facilmente pelo adversário. O Ramadam não pode explicar tanta displicência, que causou danos em toda a organização de jogo da equipa e que motivou o avanço das linhas de pressão do Benfica.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 5 - Se não fosse a sua grande experiência e aquela primeira parte podia ter acabado desastrosa, apesar dos vários erros cometidos pelos colegas do lado, manteve a tranquilidade e segurança nas dobras, com vários cortes de grande nível. Mostrou a grande liderança que se lhe reconhece com a bola no pé, dando o exemplo.
GONÇALO INÁCIO - 2.5 - Vários erros no passe e ainda a deixar-se ultrapassar em alguns lances na primeira parte, melhorou na etapa complementar, sendo mais assertivo no espaço e no passe curto mas sem a confiança para o passe largo. Os cruzamentos que resultaram nos golos sofridos saíram do seu lado, o que o penaliza.
NUNO SANTOS - 2.5 - Não surpreendeu com a facilidade que se lhe reconhece a sair pelo corredor, mas também nas dificuldades em fechar os espaços atrás na hora de defender, nunca conseguiu opor-se ao Di Maria.
DANIEL BRAGANÇA - 4 - O melhor elemento no meio campo durante a primeira parte, sempre com bom critério no passe, lutou muito na procura de espaços, mas foi um "D. Quixote" sempre muito isolado.
FRANCISCO TRINCÃO - 3 - Enquanto teve pernas tentou levar a equipa para a frente, exagerou em vários lances com bola perdendo a noção do timing do passe, deixando-se cair na armadilha do cerco adversário.
PAULINHO - 3 - Nota positiva pelo golo pleno de oportunidade e que levou a equipa à vantagem do 2-1, logo a seguir perdeu escandalosamente o 3-1 que mataria o adversário e pouco mais se viu. Nunca segurou uma bola de costas e falhou sempre na disputa dos lances aéreos.
VIKTOR GYOKERES - 4 - Jogou a meio gás e ainda assim fez a assistência para o 1º golo, deu vários nós cegos ao António Silva, atirou um balázio ao poste da baliza do Trubin após jogada individual sensacional e ainda deu de bandeja uma bola para o Paulinho falhar escandalosamente o 3-1. Penalizado por se ter deixado enganar pelo Otamendi no lance do 1-1.
GENY CATAMO - 3.5 - Revolucionou o jogo da equipa com a sua entrada, desconcertou o Aursnes em vários lances, e deu dimensão ao ataque da equipa, esteve envolvido nos dois golos da equipa. O negativo, quando se deixou "comer" algo infantilmente pelo Rafa, que apareceu nas suas costas a fazer o 2-2.
JEREMIAH ST. JUSTE - 3.5 - Merecia nota mais elevada, não fossem os 2 golos sofridos pelo seu lado, teve acção directa na melhoria da equipa em toda a segunda parte, sendo mais assertivo no passe que o substituído Diomande. Esteve ligado aos 2 golos marcados pela equipa.
MATHEUS REIS - 3.5 - Como no jogo da primeira mão voltou a ser a sombra do Di Maria, retirando-lhe influência e o protagonismo. O menos bem, a incapacidade de travar directa ou indiretamente os 2 cruzamentos que resultaram nos golos sofridos e que empataram no resultado.
MORITA - 3 - Discreto e sem entrar muito bem no jogo, foi lento a decidir no critério do passe e na leitura do timing de soltar-se da pressão dos adversários, que o encurralaram em vários lances.
MARCUS EDWARDS - 2 - Quase que consegue arrancar nota positiva nos 10' que jogou, protagonizou 2 grandes lances que levaram o pânico à defesa encarnada, estará de volta o pequeno grande génio?.
RÚBEN AMORIM - 5 - Conquistou justamente o primeiro objectivo da época, a presença no Jamor. Se a ideia primordial era desgastar o adversário obrigando-o a correr o dobro, foi conseguida, mas com riscos elevados, principalmente na primeira parte em que pouco ou nada resultou de positivo, com a defesa sempre muito insegura a consentir muitos erros desnecessários perto da sua área que convidaram o adversário a subir linhas e pressionar na saída de bola. Grande melhoria no segundo período com as substituições que efectuou e que rectificaram parte do problema. No conjunto dos dois jogos a equipa foi melhor e está justamente na final.
ROGER SCHMIDT - 4 - Tinha tarefa árdua, os jogadores encarnados teriam que correr o dobro se quisessem anular a desvantagem que trouxeram de Alvalade. A justiça de que tudo tentaram nos 90 minutos, correram de facto mais e lutaram heroicamente, com mais agressividade e velocidade, mas foi insuficiente, o adversário marcou por duas vezes e até podia ter matado o jogo fazendo 3-1. Terá que reconhecer que no conjunto dos 2 jogos o Sporting foi melhor e um justo vencedor.
JOÃO PINHEIRO (Árbitro) - 5 - É histórico, afinal ele sabe apitar, é só querer, e ontem quis, vestiu finalmente a camisola da arbitragem, honrando-a com excelente prestação, técnica e disciplinarmente, com a cereja no topo, pela forma segura como geriu o azedume encarnado no final do jogo.
HUGO MIGUEL (VAR) - 5 - Desta vez não se deixou influenciar pela pressão do universo lampiónico, incluindo os comentadores dos canais que transmitiram o directo. Quando querem até sabem.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Estrela da Amadora da 27ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 2-1. Golos de Paulinho 23' e Nuno Santos 40'.
VITÓRIA A PULSO COM MUITO CORAÇÃO E RAÇA DE UM LEÃO COM SEDE DE VENCER
Mais uma vitória crucial do leão de Alvalade, quando ficam a faltar agora 7+1 finais, nesta derradeira etapa para chegar ao título. Com nova remontada no campo de um adversário muito abnegado e matreiro, que acabou dominado por um grande Sporting muito cerebral, raçudo e com muito coração que só cometeu um único erro nos 90' que lhe custou ver-se a perder, à semelhança da última jornada, mas deram a volta ainda na primeira parte e depois do intervalo tiveram a capacidade de gerir a vantagem e não permitiram qualquer remate à equipa da Amadora. Trincão foi a estrela, Paulinho e Nuno Santos resolveram.
DESTAQUE - FRANCISCO TRINCÃO - 5 - Na casa do Estrela, foi ele a estrela que mais brilhou, como um cometa a deixar um rastro brilhante nas várias cavalgadas fulgurantes em slalom, que desequilibraram vincadamente o balanço do jogo para o lado dos leões. Construiu várias oportunidades claras de golo, a exemplo dos dois lances que deram a reviravolta no marcador, só lhe faltou marcar, merecia-o.
FRANCO ISRAEL - 3 - Cresce nos erros graves, de momento que a equipa ganhe, os erros funcionam como terapia de choque para um crescimento acelerado. Revela-se fortíssimo nas bolas à queima em que fez 2 defesas com grande aparato, todavia nos cruzamentos ainda tem etapas a cumprir, aquele falhanço que resultou no golo sofrido, foi deveras ridículo.
GENY CATAMO - 3.5 - Não esteve tão bem, alguma desinspiração na maioria dos duelos, engatou poucos lances em que finalizou com critério.
JEREMIAH ST. JUSTE - 4 - Já começa a reaparecer, ainda que a espaços, provocando desequilíbrios nas linhas adversárias com aquelas arrancadas que lhe reconhecemos. Sempre equilibrado nas tarefas defensivas, em que se realçou na antecipação.
OUSMANE DIAMONDE - 3.5 - Tentou ser pragmático nos lances, jogando de primeira para não correr riscos, mostrou alguma falta do fulgor que lhe reconhecemos, está em período de ramadão.
MATHEUS REIS - 3.5 - Tinha do seu lado a fava, o melhor jogador do Estrela, sentiu essa dificuldade e acabou amarelado que o intimidou, por precaução não voltou para a segunda parte.
NUNO SANTOS - 4 - Até parecia estar em início de época, "folgadazo" esticou quase sempre o jogo da equipa dando-lhe muita profundidade com relativa facilidade. Estava no sítio certo para empurrar a bola para o golo da remontada e marca pela segunda jornada consecutiva.
DANIEL BRAGANÇA (Cap) - 4.5 - A aproximar-se de colocar de novo em campo todo aquele talento que mostrou antes da lesão grave que sofreu. Ontem sim, foi um grande Daniel Bragança, assumindo a responsabilidade do lugar do dinamarquês e fê-lo com brilhantismo, correu o campo todo e esfarrapou-se pela vitória. Aquele critério no passe é irrepreensível, ao alcance de poucos.
HIDEMASA MORITA - 4 - Dos muito poucos que sabe desaparecer com a bola na pressão e aparecer depois solto noutra parte do campo, isso é...magia! Temos que ver a repetição em câmara lenta, para percebermos como faz.
PAULINHO - 4 - Voltou a ser decisivo, ajudando a resolver e não demorou muito após a equipa ficar a perder. Por duas vezes quase que chega à bola para o 3-1.
VIKTOR GYOKERES - 3.5 - Não foi a noite do Gyo para ser a do Trincão. Mesmo em noite menos inspirada, teve grande impacto na abertura de espaços e a criar a dúvida na defesa adversária em vários lances do ataque.
GONÇALO INÁCIO - 4.5 - Entrou à "Beckenbauer" mostrando classe, subiu ao trono da defesa e foi rei, ensinou no passe e no corte magnifico só ao alcance de um craque.
RICARDO ESGAIO - 3 - Era plena hora de gerir e não oferecer qualquer bola perdida ao adversário que espreitava a oportunidade, cumpriu bem.
MORTEN HJULMAND - 3 - Entrou quando já faltava o "rancor" ao Estrela, com mais espaço no meio campo livrou-se dos apertos que poderiam provocar amarelo e ajudou com a sua classe a manter o adversário sempre longe da baliza do Israel.
EDUARDO QUARESMA - ( Sem nota, entrou aos 92')
RÚBEN AMORIM - 5 - Ficou a ideia que o jogo correu-lhe pior que imaginou e preparou. O Estrela ainda ameaçou na primeira parte querer estragar a festa ao Leão, foi necessário muito trabalho, concentração máxima nos detalhes e cometerem um mínimo de erros, para conseguirem domar o adversário. Só o melhor Sporting da época pôde conseguir a reviravolta e não deixar depois que o Estrela fizesse um único remate á baliza do Israel. Sem Pote e Coates, com o Inácio e Hjulmand no banco e ainda com o Estrela a marcar primeiro, um cenário que fez recordar Vila do Conde, uma tarefa árdua que enfrentou, mas ultrapassou como um grande campeão.
SÉRGIO VIEIRA - 2.5 - Viu a sua equipa inaugurar o marcador com um golo oferecido e com isso tentou intimidar o líder do campeonato, mas a reacção pronta do leão com o golo do Paulinho resultou como uma valente paulada, acusaram a cacetada e ainda antes do intervalo já estava feita a remontada. Controlaram o Gyokeres mas abriram espaços para o endiabrado Trincão, valeu-lhes a grande exibição do Bruno Brígido que impediu uma derrota mais pesada e justa.
FÁBIO VERÍSSIMO (Árbitro) - 5 - Boa arbitragem não isenta de erros, várias faltas duras dos jogadores do Estrela a castigarem com as usuais pisadelas e que mereciam cartão amarelo. O lance na área com o Trincão a ser empurrado, justificava também revisão do VAR.
RUI COSTA (VAR) - 3 - Um único reparo, o lance do Francisco Trincão a ser empurrado dentro da área do Estrela que deveria ter chamado o árbitro para rever as imagens.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Boavista da 26ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 6-1. Golos de Viktor Gyokeres 45', 68', 79' (Penálti), Paulinho 54', 90+5' e Nuno Santos 88'.
O GOLO FORASTEIRO ACORDOU E SOLTOU OS LEÕES INSACIÁVEIS
O Sporting foi duramente castigado no único ataque do Boavista, uma má abordagem do seu guarda-redes (Fanco Israel) permitiu o golo da equipa do Bessa que gelou Alvalade, deixando os seus adeptos a roer as unhas durante 45', até que Paulinho fez explodir as bancadas com o golo do empate em cima do intervalo, foi o momento mágico, que iria lançar a equipa para uma segunda parte demolidora. Onze leões à solta e insaciáveis brindaram depois o público com uma avalanche aterradora de ataques sucessivos, bem construídos, que culminaram com uma goleada das antigas, meia dúzia de golos e que ainda podiam ter sido mais. Gyökeres fez hat trick e assistiu, Paulinho liderou a revolta, marcando 2 golos e também assistiu, Nuno Santos marcou e fez 2 assistências, Geny também brilhou, decisiva a sua assistência para o golo da remontada.
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5.5 - "Gyotrickeres" foi um leão ferido que se transformou num "animal" indomável e insaciável. Destroçou como um furacão toda a defesa axadrezada, rompendo-a por todos os lados, marcou 3 golos, assistiu e ainda escaldou por várias vezes as mãos do guarda-redes do Boavista.
FRANCO ISRAEL - 2.5 - Uma má execução na sua única intervenção, colocou a equipa em apuros em quase toda a primeira parte. Assistiu depois de cadeirinha à remontada, sem nunca mais ser incomodado.
GENY CATAMO - 4 - Entregou-se ao jogo com ganas de ajudar a dar a volta no resultado, a assistência milimétrica para o golo da remontada foi fantástica e o estádio respondeu com tremenda explosão de alegria.
OUSMANE DIOMANDE - 4 - Exibição muito personalizada, com a equipa a ver-se a perder muito cedo, assumiu com coragem a tolerância zero e não deu a mínima chance aos avançados do Bessa. Falhou uma oportunidade flagrante de marcar, numa recarga e com a baliza escancarada atirou ao lado.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 3.5 - Na gíria deu "duas casas" muito pouco habituais no capitão, escorregou, com a bola a ficar à mercê do adversário. Um tremendo "cabezazo" proporcionou uma das defesas da noite ao João Gonçalves.
MATHEUS REUS - 4 - Deu tudo o que tinha e foi dos melhores na primeira parte em que disputou cada lance com raça e intensidade, ajudando a empurrar a equipa na busca da remontada. Saiu exausto aos 55'.
NUNO SANTOS - 4.5 - Sempre com o pé no acelerador voltou a trazer muita intensidade ao seu corredor, combinou quase sempre bem na ligação com o avançado sueco. Fez 2 assistências e marcou o 5º golo.
MORTEN HJULMAND - 3.5 - O exemplo de um leão ferido, deu mau trato a todos os adversários que tentaram passar pelo seu território. Levou um amarelo e por precaução não regressou após intervalo.
HIDEMASA MORITA - 5 - Parecia multiplicar-se por vários Moritas, porque aparecia em todas as partes, percebeu o perigo e teve que mostrar os galões fazendo uma grande exibição.
FRANCISCO TRINCÃO - 4.5 - Correu kilómetros, tentando agarrar o jogo e a equipa por várias vezes na procura da remontada. Rápido com a bola e muito sacrificado sem ela, mostrou sempre grande inconformismo com o resultado adverso.
PAULINHO - 5 - Liderou a revolta, com uma grande assistência para o golo do empate, no tal momento mágico, a segundos do intervalo, e no início da segunda parte fez o golo da remontada que abanou todo o estádio, acreditou que chegaria aquela bola lançada pelo Geny.
DANIEL BRAGANÇA - 4 - Substituiu o colega dinamarquês e teve grande entrada no jogo, a subir claramente de forma, ganhou a maioria dos duelos e mandou no meio campo. Ofereceu à equipa muita confiança para poder construir os 5 golos que marcou na segunda parte.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Substituiu o exausto Matheus Reis mas teve entrada em falso, falhou nas primeiras intervenções, mas depressa se recompôs. Com um melhor acerto respaldou as costas do Nuno Santos, barrando quaisquer intento do adversário por aquele lado. Sofreu a grande penalidade que resultou no hat trick do Gyokeres.
EDUARDO QUARESMA - 3 - Jogou os vinte minutos finais, com o adversário já vencido e rendido sem qualquer chama atacante. Limitou-se a fechar e bem as costas do Geny.
RICARDO ESGAIO - 2 - Entrou para os derradeiros dez minutos e sem lances de registo.
KOBA KOINDREDI - 2 - Pouco tempo em jogo permitiram ainda assim, levar a bola em 2 lances vistosos, com critério e bem protegida entre linhas do adversário.
RÚBEN AMORIM - 6 - Foi aterrar em Lisboa na sexta feira e só ter o sábado para preparar o confronto de domingo, contra um adversário que podia provocar dissabores. Nesta fase, já não há margem para a recuperação de pontos perdido, só a vitória permite manter a ténue vantagem para o segundo classificado da Liga. A equipa levou logo no inicio um forte murro no estômago, mas teve uma reacção fantástica, exemplar, de campeão. Geriu bem o estado emocional de todos da equipa, levando-a a dar tudo, numa demonstração de força e qualidade, para uma goleada justa, face as inúmeras oportunidades e com lances bem desenhados.
RICARDO PAIVA - 2 - Ainda provocou danos nas unhas dos adeptos do Sporting, com aquele golo madrugador e muito fortuito, "construído" pelo guarda-redes do Sporting na única vez que chegaram à sua área com relativo perigo. A partir daí, viu a sua equipa a ser amassada e só foi uma questão de tempo e do número de golos que acabaram por surgir naturalmente.
ANTÓNIO NOBRE (Árbitro) - 3 - Conseguiu sempre e desde o início enervar as bancadas afectas aos leões pelas várias decisões forçadas em prejuízo do Sporting. Desconcentrado não marcou de imediato a grande penalidade clara e evidente sobre o Gonçalo Inácio, não fosse o VAR e...
LUÍS GODINHO (VAR) - 6 - O lance da grande penalidade sobre o Gonçalo Inácio a que o VAR teve que chamar o árbitro ao monitor, é a prova consistente da grande utilidade desta ferramenta, seria mais uma grande penalidade sonegada ao Sporting.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com a Atalanta para a LIGA EUROPA OITAVOS-DE-FINAL 2ª MÃO, que resultou numa derrota por 2-1. Golo de Pedro Gonçalves 33'.
"ADIOS" EUROPA!
Depois do mau ensaio em Alvalade no jogo da 1ª mão, o Sporting respondeu com uma excelente primeira parte no reduto da Atalanta, mostrando uma clara superioridade contrariando a esperada pressão do adversário e pondo em silêncio o público italiano que encheu as bancadas do estádio. Com justiça chegou à vantagem com um golo de execução soberba da dupla Gyokeres/Pote, mas o reatar pós-intervalo foi (mais uma vez) um descalabro, ainda não tinha decorrido um minuto e já os italianos tinham empatado, um golo que os galvanizou para a reviravolta que acabou por acontecer pouco depois. 2 golos muito consentidos pela defesa leonina que obrigou depois a equipa (já sem Pote) a esforços redobrados a correr atrás do resultado. Nos derradeiros 10 minutos a equipa de Amorim dispôs de várias chances (4) claras para empatar e levar o jogo pelo menos para o prolongamento, mas Edwards (partida deprimente) e Paulinho falharam clamorosamente.
DESTAQUE - PEDRO GONAÇALVES - 3.5 - Deixou a sua marca com a fantástica jogada finalizada com o excelente golo que dava vantagem na eliminatória. Espontâneamente, as lágrimas brotaram-lhe pelo rosto, mas não foram de felicidade mas sim de tristeza e dor pelo músculo rasgado. Viu-se a diferença de uma equipa com Pote, a mandar no jogo e depois sem ele, em que nunca mais se encontrou.
FRANCO ISRAEL - 3.5 - A equipa perdeu o jogo e a Europa mas ganhou um guarda-redes. O jovem uruguaio está mostrar que pode agarrar a baliza do "Damas". Não foi por ele que o Sporting foi eliminado.
RICARDO ESGAIO - 1 - Voltou a mostrar o que já se sabe, tem poucos argumentos para jogar a este nível elevado na Europa numa equipa do Sporting. A abordagem que teve no golo do empate italiano é surreal. Tentou uma grande corrida para se isolar pelo centro do terreno, mas fé-lo com pouca velocidade e foi parado.
JEREMIAH ST. JUSTE - 2 - Continua ainda muito longe do que pode e sabe fazer, com culpas também nos dois golos da Atalanta, no primeiro chutou na atmosfera. Mostrou pouca mobilidade nos apoios da construção. O Lookman deu-lhe água pela barba na 2ª parte.
OUSMANE DIOMANDE - 2.5 - Ainda é uma miniatura do "El Comandante Coates", muito físico, muita mobilidade mas também alguns erros graves no posicionamento na feroz marcação ao Scamacca. A posição de "5º homem" obriga também a manter a ordem e o comando e aí ainda lhe falta....voz. Nos golos sofridos marcou com os olhos.
GONÇALO INÁCIO - 2 - Aquele passe para os pés do Miranchuk e que resultou no golo da reviravolta italiana, mostrou bem que tem que trabalhar muito mais a concentração após-intervalo e já aconteceu outras vezes. A este nível de competição os erros têm quase sempre custos elevados. Teve o golo do empate à mercê, mas calculou mal o salto
MATHEUS REIS - 2 - Exibição pouco consistente mas fora da culpa directa nos golos sofridos, faltou mais audácia no apoio da construção, temeroso, poucas vezes procurou a profundidade das costas da defesa italiana.
MORTEN HJULMAND - 3 - Grande primeira parte (com Pote) do "6" leonino, pautou o jogo em grande nível técnico e táctico. No arranque da segunda parte e com os italianos a apertarem ainda mais, sentiu muito a falta do Pote ou até do Morita para fechar os espaços no meio campo, período em que foi forçado a recuar várias vezes, empurrado, até à zona central da sua baliza. Com a entrada do Daniel Bragança pôde de novo avançar no terreno, recuperar os seus espaços e o comando das ligações com a linha da frente.
FRANCISCO TRINCÃO - 2 - Muito ausente do jogo, com a saída do Pote por lesão esperava-se que assumisse esse papel mais criativo e a ligação artística com o Gyokeres, nem uma coisa nem outra, perdendo a maioria dos duelos. Por uma vez tentou isolar-se mas faltou-lhe velocidade.
MARCUS EDWARDS - 1 - Não esteve em Bérgamo. Jogador de dupla personalidade, um génio em uma meia dúzia de jogos por época e no resto dos jogos (esmagadora maioria) um "meia leca" fraco com e sem bola e com mentalidade de um júnior que não sabe ler o jogo. Joga sem alegria alguma, como se de um frete se tratasse. As vezes que perdeu a bola (os adversários já sabem que é só encostar) somando as oportunidades claras de fazer golo, quando nem à baliza remata, colocaram-no como o pior elemento da equipa. Terá que reflectir muito no que pretende do seu futuro no Sporting.
VICKTOR GYOKERES - 3 - Sempre com entrega de corpo e alma ao jogo, preponderante em toda a primeira parte no seu habitual papel de fugitivo quando teve Pote nos seus trilhos. A segunda parte foi diferente, muito mais isolado e sem alimentação da bola, só lá chegava com os chutos do Franco Israel. Também foi melhor marcado fisicamente por um defensor possante que o afastou mais do jogo.
DANIEL BRAGANÇA - 3 - Com dificuldades no início, com um estilo muito diferente do Pote demorou a adaptação ao jogo do adversário e ao da equipa e vice versa, só depois da reviravolta italiana se soltou, cerrou os dentes e agarrou o meio campo junto com o colega dinamarquês, ajudando a equipa a retomar de novo as redeas da partida e a encostar os italianos às cordas até ao apito final.
GENY CATAMO - 2 - Perdeu os 2 primeiros lances e deixou-se intimidar, perdeu audácia e alguma coragem de enfrentar os duelos nunca conseguindo ganhar a profundidade. Fez grande assistência para Edwards falhar escandalosamente e teve a sua oportunidade em lance do seu jeito, atirou em arco com a bola a subir muito.
NUNO SANTOS - 2 - Tentou trazer mais energia ao corredor direito, mas as suas usuais falhas técnicas tiraram-lhe confiança quando perdeu as primeiras bolas para o adversário. No minuto 90' teve um grande remate com a bola a sobrar para o Edwards ter a sua segunda grande perdida da noite atirando para as nuvens.
EDUARDO QUARESMA - 1 - Está a passar um momento critico, de menor confiança física, acusando os vários jogos seguidos em alta rotação. Não trouxe melhoria ao corredor direito, o sector mais fraco da equipa em todo o jogo
PAULINHO - 1 - Esteve perto do Céu, um grande lançamento isolou-o na cara do guarda-redes italiano e tomou a pior decisão, um chapéu já sem espaço quando tinha melhores opções, depois um outro lance com um cruzamento bem à sua medida, mas só fez cócegas com a cabeça na bola.
RÚBEN AMORIM - 2.5 - Jogo estranho com esforço inglório. Quis a vingança do jogo de Alvalade com a primeira parte a ser muito bem conseguida, mas a lesão do Pote e já sem o Morita a equipa afundou-se e não conseguiu segurar a vantagem que levou do intervalo. Terá que reflectir muito sobre a estranha entrada da equipa para as segundas partes, os adversários já usam esse "apagão" como estratégia. Tentou dar mais energia, renovando os corredores e construiu as oportunidades, mas azar, a bola veio parar sempre aos pés dos avançados errados.
GIAN PIERO GASPERINI - 3 - Sempre pragmáticos, duros no corpo a corpo e com enorme aproveitamento do que lhes foi oferecido pelo Sporting. Golos muito facilitados a juntar à ineficácia dos avançados leoninos construiram a sua passagem na eliminatória.
SANDRO SCHÄRER (Árbitro, Suiça) - 2.5 - Arbitragem inclinadinha para os italianos sempre que havia dúvida dos lances. Faltas duras com placagens evidentes dos italianos que deixou passar em claro.
LUCAS FAHNDRICH (VAR, Suiça) - 3 - Sem erros no pouco que teve que analisar.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Arouca da 25ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 3-0. Golos de Viktor Gyokeres 19', Geny Catamo 90+1' e Morten Hjulmand 90+6'.
GENY & GYO RESOLVERAM JOGO DIFÍCIL
Sporting ultrapassou um adversário temeroso, o Arouca, com uma vitória expressiva, mas muito suada. Beneficiaram de um golo nos minutos iniciais mas mantiveram a incerteza do resultado até aos 90'+1, quando Geny Catamo com um "golazo" matou o jogo e as esperanças dos bravos arouquences que tiveram uma melhor adaptação ao relvado em péssimas condições. Logo a seguir Morten Hjulmand deu o xeque mate definitivo com o terceiro golo, que consolidou a liderança dos leões na entrada para a derradeira fase da luta pelo título.
DESTAQUE - GENY CATAMO - 5 - À terceira foi de vez, já tinha ameaçado antes com 2 "tiros" mas com a bola a subir demasiado. Com a mira finalmente calibrada pôde fuzilar, sacando as dúvidas de um jogo que ameaçava querer complicar-se. Foi a figura, o seu golo confirmou o triunfo que ainda não estava de todo garantido e fez suspirar de alívio todas as hostes sportinguistas.
FRANCO ISRAEL - 4.5 - Está-se a querer confirmar como a grande surpresa da equipa nesta fase da época, conseguiu fazer esquecer o Adán, ganhando créditos na confiança do seu valor. Duas grandes intervenções, sendo uma delas fantástica a negar o golo do empate ao Arouca.
EDUARDO QUARESMA - 3 - Muitas dificuldades em adaptar-se ao terreno empapado, sem conseguir sair com a bola no pé. Por duas vezes deixou escapar o veloz guineense Sylla e que quase faz o golo do empate. Já não voltou para a segunda parte (Gonçalo Inácio).
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 4 - O capitão voltou a fazer um grande jogo, assumindo a importância da equipa ter que ganhar, liderou o factor concentração dos colegas em todos os momentos do jogo. Imperial no jogo aéreo, mas com o terreno muito empapado e com aquele trio de atacantes arouquenses extremamente velozes, não havia margem para riscos desnecessários e foi por isso substituído quando deu os primeiros sinais de fadiga.
OUSMANE DIAMONDE - 5 - Agora sim, já chegou! "bien venido" da CAN Diomande, foi simplesmente inultrapassável, pelo ar, pelo chão, na antecipação, nos duelos, à esquerda e por fim no centro, foi um autentico leão indomável, grande exibição.
MATHEUS REIS - 4 - Exibição muito competente, até os cruzamentos lhe saíram desta vez com critério, sendo assertivo com e sem bola. Fez grande assistência no primeiro golo, o avançado sueco foi só encostar.
MORTEN HJULMAND - 5 - No geral esteve bem, alguns problemas na primeira parte com o adversário a encontrar as linhas pelo centro do terreno e que criaram desequilíbrios. Corrigiu na segunda parte subindo claramente de rendimento e acabou em grande nível, marcando o 3º golo, num lance que é ele próprio a recuperar a bola.
HIDEMASA MORITA - 3.5 - Teve início forte com muita mobilidade, decisivo a empurrar o Arouca para trás nos minutos iniciais. Com a vantagem no marcador recuou, fazendo espera ao adversário mais atrás e com isso dividiu mais o jogo, permitindo espaços vazios no centro do terreno. Foi perdendo gás e acabou substituído aos 77'.
PEDRO GONÇALVES - 3.5 - A grande vontade de querer fazer muito e depressa sacou-lhe a real leitura dos lances, em vários deles foi muito trapalhão, sem o rigor do critério que se pedia. No remate também pecou, com o Gyokeres solto para encostar decidiu atirar para as nuvens.
FRANCISCO TRINCÃO - 3.5 - Teve acção muito decisiva no primeiro golo. Num outro lance e após vários dribles entrou na área isolado, mas adiantou muito a bola.
VIKTOR GYOKERES - 5 - Voltou a marcar (descolou-se outra vez do Banza) e assistiu para o golo final do colega dinamarquês. Por duas vezes apareceu na cara do Arruabarrena, mas perdoou, definindo mal.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Entrou apenas na segunda parte e teve início algo complicado, falhando várias interceptações, foi-se adaptando ao jogo e com mais confiança melhorou de produção com o correr do jogo. Terminou igual a si próprio.
JEREMIAH ST.JUSTE - 3 - Entrou bem na partida, mais rápido na chegada aos lances e assertivo no critério. Foi decisivo num lance perigoso com a sua conhecida velocidade.
PAULINHO - 3 - Conquistou a nota positiva pelo excelente lance em que recebeu a bola, rodou e serviu bem o jovem moçambicano para o golo que tranquilizou a equipa e os seus adeptos.
DANIEL BRAGANÇA - 3 - Decisiva a sua entrada quando Morita já não dava mais e o Arouca voltava a ameaçar querer dividir o jogo no meio campo. Ajudou a recuperar o controle do centro do terreno e a criar as bases para os golos da vitória que acabaram por chegar.
NUNO SANTOS - SEM NOTA - (entrou aos 90')
RÚBEN AMORIM - 5 - Na teoria era um dos campos mais complicados e para agravar a situação, a chuva forte estragou o relvado, criando mais um obstáculo extra à equipa. 3 golos marcados e outros tantos lances desperdiçados dão a ideia de uma vitória fácil, mas não foi assim, o desperdício de golos feitos, provocou a dúvida no resultado quase até final, com o Arouca a ameaçar o empate em cada lance que ganhava a bola. Foi obrigado a fazer correcções, com a equipa na segunda parte a conseguir fechar melhor as linhas de passe aos Arouquenses no centro do terreno, fechando-lhe a torneira que jorrou vários lances de aproximação perigosa à área do Sporting em toda a primeira parte.
DANIEL SOUSA - 3.5 - Ainda embalados pela grande vitória ao FC Porto chegaram a este jogo com o Sporting super motivados, acreditando que também podiam tirar-lhes pontos. Deram tremenda réplica, lutando por cada lance e por todo o centímetro do terreno, explorando com inteligência os equívocos da primeira parte da equipa de Amorim no meio campo, provocando incerteza no resultado quase até o final. Muito bem montada a sua equipa, com ideias de jogo bem claras.
NUNO ALMEIDA (Árbitro) - 5 - Bom arbitragem no geral, com alguns erros mais notáveis na segunda parte, em que não fez boa avaliação em alguns lances faltosos.
TIAGO MARTINS (VAR) - 5 - Todos lances a foi chamado para passar a pente fino com as imagens ao seu dispor, decidiu bem.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com a Atalanta para a LIGA EUROPA OITAVOS-DE-FINAL que resultou num empate 1-1. Golo de Paulinho 17'.
LEÃO REMENDADO FICOU CURTO PARA A EUROPA
Com a ausência de alguns elementos nucleares, a equipa ressentiu-se e não foi capaz de manter durante muito tempo a vantagem do golo marcado por Paulinho, aos 17 minutos. Os italianos responderam rapidamente, adaptando-se e explorando as fragilidades que o Sporting colocou bem a nu pela queda abrupta da intensidade, incapaz de contrariar as amarras que resultavam da tremenda pressão que os jogadores da Atalanta exerceram em todas as zonas do campo. Os leões com o foco principal na conquista do campeonato e com as várias mexidas na equipa mais titular, levaram para o jogo uma mensagem de cumprimento de serviços mínimos que pudessem manter intactas as possibilidades de discutir a eliminatória em Itália. Um risco que acabou por resultar, apesar de verem 3 bolas a serem devolvidas pelos ferros da sua baliza.
DESTAQUE - FRANCO ISRAEL - 4.5 - Seis grandes "defesas", 3 delas com os olhos, a desviar a bola para os postes. Surpreendeu pela positiva na maior parte dos lances que interviu. No golo italiano ficou demasiado amarrado na baliza e chegou atrasado para corrigir o erro do passe curto do Quaresma.
GENY CATAMO - 3 - Na única vez que conseguiu fugir aos italianos deslumbrou-se, isolado rematou muito denunciado à figura do guarda redes da Atalanta quando tinha o colega Gyokeres em melhor posição de poder encostar para golo.
EDUARDO QUARESMA - 2.5 - Exibição comprometedora com 2 grandes erros, tem culpas directas no golo italiano pelo atraso muito curto para o seu guarda redes que reagiu tarde e deixou-se comer já dentro da área com uma "cueca", pelo veloz Lookman que atirou ao poste. Melhor acerto na parte final do jogo a defender e com algumas iniciativas de saída com bola em slalom.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 4 - Esteve num nível bem superior aos colegas da defesa, nunca se deixou intimidar pela pressão forte muito subida dos italianos. Teve grande chance de fazer o 2-1 com um "cabezazo" a levar a bola a embater no poste.
OUSMANE DIOMANDE - 2.5 - Ainda não regressou da CAN.
MATHEUS REIS - 3 - Decisivo no lance que resultou no golo leonino. A pressão constante dos italianos amarrou-o a maior parte do tempo nas acções defensivas.
KOBA KOINDREDI - 2.5 - Algumas poucas saídas e passes largos com boa intenção resultaram em muito pouco para o que a equipa necessitava. Muito macio sem bola, quase sempre acampado esqueceu-se que também fazia parte do jogo.
HIDEMASA MORITA - 3 -Exibiu-se num ritmo muito moderado, sem meter o pé na disputa, evitando os apertos.
FRANCISCO TRINCÃO - 3.5 - O elemento mais inconfomado da equipa, tentou sempre esticar o jogo carregando a bola e a equipa para a frente nas poucas vezes que os italianos permitiram.
MARCUS EDWARDS - 2.5 - Um grande lance de início enganou a todos que pensaram que iria ter uma grande noite, rapidamente voltou ao registo medíocre dos últimos jogos.
PAULINHO - 3.5 - Um grande lance que resultou num excelente golo, com remate de sucesso e de ângulo já apertado e acabou aí aos (17').
MORTEN HJULMAND - 3 - Poupado jogou a segunda parte e trouxe outro perfume ao meio campo da equipa, mesmo com os italianos a imporem um maior domínio.
JEREMIAH ST. JUSTE - 2.5 - Ainda procura ganhar confiança para poder chegar ao nível que lhe conhecemos.
VIKTOR GYOKERES - 3 - Também foi poupado e só cumpriu os 45' da segunda parte, ao ritmo de um treino "puchadito", sem grandes riscos físicos.
RICARDO ESGAIO - 3 - Os italianos estavam a crescer no jogo e a ameaçar poder voltar a marcar, entrou fresco para fechar o seu corredor e conseguiu.
DANIEL BRAGANÇA - 2 - Entrou para contrariar a pressão cada vez mais intensa que os italianos exerciam em todas as zonas do campo, num ultimo forcing para chegarem ao golo da vitória, o Daniel ajudou a repôr o equilíbrio.
RÚBEN AMORIM - 3 - Momento difícil, ter que saber gerir a equipa mantendo-a na luta final nas duas competições mais importantes da época. Nem todos da equipa conseguiram corresponder positivamente, à sua estratégia de poder levar vantagem no marcador para Itália, a Atalanta apresentou-se com maior capacidade física, limpando com relativa facilidade a maioria dos lances que podiam gerar perigo à sua baliza. O positivo da noite, a eliminatória continuar em aberto e viu com satisfação que pode contar com um guarda- redes à altura dos grandes desafios que a equipa tem pela frente.
GIAN PIERO GASPERINI - 3.5 - Voltou a mostrar que preparou uma equipa muito competitiva, que consegue pressionar durante os 90' e com uma intensidade bem superior ao que o Sporting confronta na Liga portuguesa e também com bons recursos no banco, que lhe permitem fazer rotação sem provocar grandes oscilações no jogo da equipa. Beneficiou muito com o facto de este ser o melhor momento para defrontar um Sporting muito focado na luta (muito acesa) pelo título.
DANIEL SIEBERT (Árbitro - Alemanha) - 3.5 - Jogo sem grandes casos, tomou decisões fáceis, algumas delas (faltas) com inclinação no benefício dos italianos e que pareceram despropositadas.
DASTIAN DANKERT (VAR - Alemanha) - 3.5 - Sem casos complicados para decidir.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o S.C. Farense da 24ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 3-2. Golos de Daniel Bragança 11', Viktor Gyokeres 29' e Pote 53'.
TANTO FUTEBOL, TANTAS OPORTUNIDADES, PORQUÊ TANTO SOFRIMENTO?
O Sporting em gestão cumpriu diante do Farense. Uma grande entrada de leão a empurrarem os algarvios para o seu meio campo, com um futebol vivo, enérgico e muito atractivo que com naturalidade chegou à vantagem de 2 golos, viu 2 remates devolvidos pelos postes e várias outras acções de ataque bem construídas serem desperdiçadas no ultimo passe por milímetros e que há meia hora de jogo, podiam dar já uma expressão de goleada por 4 ou 5 golos, mas...só durou 30'. O desgaste do derby de quinta feira fez-se sentir, a equipa começou a perder gás, velocidade e a pressionar menos na frente, oferecendo espaços e com isso vida ao adversário. Uma má entrada na 2ª parte (outra vez) permitiu ao Farense empatar a partida, obrigando o treinador do Sporting a lançar os pesos pesados para recuperar o controle do jogo e dar nova energia a uma defesa que se estava a tornar macia. Pedro Gonçalves acabou por resolver com o 3º golo, garantindo uma vitória justíssima, que levou a equipa à liderança isolada da Liga.
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 4 - Sempre ele a fazer a diferença, marcou um "golazo" e fez a jogada da noite que levantou o estádio, um lance que merecia ter acabado em golo. Assumiu a voz de patrão quando o adversário fez o 2-2, empurrando a equipa para a vitória, é um ganhador nato.
FRANCO ISRAEL - 3.5 - Teve uma noite muito ingrata, de suor e sangue, sofreu 2 golos sem grandes possibilidades de os evitar e fez 2 grandes defesas a mostrar que podem contar com ele.
RICARDO ESGAIO - 3.5 - No seu jeito "sorrateiro" apareceu algumas vezes solto sem marcação, mas a falhar os vários cruzamentos, acabou por acertar no mais importante, quando assistiu para o 3º golo que garantiu a vitória.
JEREMIAH ST. JUSTE - 3 - Exibição agridoce, esteve perto de marcar por 2 vezes, uma delas com a bola a bater no poste, mas no inverso, teve desacerto na defesa, com passe errado para o adversário e falta perigosa à entrada da área no mesmo lance. No golo do empate do Farense, também se deixou surpreender pela entrada fulgurante do José Luís no centro da área.
OUSMANE DIOMANDE - 3 - A paragem longa está a trazer-lhe dificuldades de voltar à sua forma, ainda não lê bem os lances e reage com lentidão. Voltou a presentar dificuldades nos duelos.
MATHEUS REIS - 3 - Uma exibição idêntica ao jovem colega da Costa do Marfim, dificuldades em impor-se nos duelos e na leitura dos espaços a fechar nas suas costas.
NUNO SANTOS - 3 - Imprimiu muita rotação nos seus movimentos, passando facilmente a segunda linha da defesa algarvia, os problemas chegam sempre depois, na ultima linha, quando tem que cruzar, a falta de técnica limita-o bastante e falhou todos os cruzamentos. Podia ter facturado, quando solto na área adversária rematou duas vezes seguidas, de letra a bola bateu num adversário e depois na recarga com o pé direito, chutou para a bancada.
MORTEN HJULMAND - 3 - Jogou em nítido sacrifício, mas deu ainda bom contributo à equipa na grande meia hora, o desgaste do jogo com o Benfica limitou-o bastante depois e não pôde reinar desta vez no meio campo. Foi dos primeiros a ser substituído 55'.
DANIEL BRAGANÇA (Cap) - 4 - A melhor exibição desta época. Foi o capitão e fez por merecer a eleição, atirou-se com coragem ao jogo e foi o principal "culpado" do grande domínio nos primeiros 30' do jogo. Marcou o 1º golo após excelente execução e teve outros lances de bom nível, como as várias recuperações da bola perto da área adversária.
PEDRO GONÇALVES - 4 - Continua a exibir-se em grande plano, a caminho quiçá da sua melhor época ao nível estatístico. Excelente assistência para o golo do Gyokeres e depois resolveu a partida, marcando também o seu golo.
MARCUS EDWARDS - 2.5 - Um pouco melhor que no jogo anterior, mas voltou a ser o elemento menos da equipa, não conseguiu fazer a diferença nos duelos e voltou a perder a bola várias vezes para o adversário, alimentando-lhe vários contra ataques.
FRANCISCO TRINCÃO - 2.5 - Entrou bem no jogo (54'), no pior período da equipa já em queda pelo desgaste e ameaçava perder o meio campo. Trouxe energia, frescura e intensidade na melhor altura.
HIDEMASA MORITA - 3 - Não estaria prevista a sua entrada, mas com o resultado incerto e um adversário revigorado a impor alguma pressão, o japonês teve que saltar para o relvado com ordens claras de repor a ordem e conseguiu-o.
EDUARDO QUARESMA - 3 - Uma novidade vê-lo do outro lado de uma defesa que ameaçava abanar com as "chegadas" dos avançados do Farense, mais fresco e veloz fechou de vez a porta ao adversário.
SEBASTIÁN COATES - 3 - Também não estaría previsto vir a jogo, mas os golos do Farense assustaram, impedindo uma melhor gestão. O grande capitão Uruguaio com a sua entrada acalmou toda a defesa e a equipa, trazendo de novo a tranquilidade nos processos e com isso as investidas do adversário foram desaparecendo.
PAULINHO - 2 - Segundos após a sua entrada teve o 4º golo nos pés, teria feito melhor fazer o passe para o Gyokeres que seria só encostar, mas preferiu erradamente optar pelo remate com o guarda redes pela frente e já muito em cima da bola.
RÚBEN AMORIM - 3.5 - A equipa está a passar o momento mais crítico da época, nota-se o desgaste nos principais titulares numa altura crucial da luta pelos objectivos. Tenta tapar um dos lados, mas o lençol é curto e a montanha "russa" ainda só vai a meio. Fez a sua escolha para a equipa de ontem, com várias mexidas, que quase colocam a vitória em risco. Teve boas notícias do Norte com o Benfica a claudicar e que servirá de vitamina extra que ajudará os jogadores exaustos a esquecerem a dor e o cansaço para os próximos jogos. O Sporting é agora primeiro isolado na Liga e com um jogo a menos.
JOSÉ MOTA - 3 - A grande proeza, de em 3 jogos na época marcarem 6 golos à melhor equipa do campeonato e ainda o mérito da excelente reacção no jogo de ontem, depois de estarem a perder 2-0 e chegarem ao empate, mantendo até final o resultado indefinido, enervando o banco, jogadores e público de Alvalade. Nota positiva pela ambição demonstrada.
CLÁUDIO PEREIRA (Árbitro) - 4 - Boa arbitragem, sem erros de relevo para nenhuma das partes, deixou jogar a maior parte do tempo.
BRUNO ESTEVES (VAR) - 4 - Ao nível do colega do relvado, sem nada a apontar.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Benfica para a Taça de Portugal - Meias Finais - 1ª mão, que resultou numa vitória por 2-1. Golos de Pedro Gonçalves 9' e Viktor Gyokeres 54'.
RESULTADO NÃO TRADUZ A GRANDE SUPERIORIDADE DO LEÃO
O Sporting teve um domínio avassalador sobre as águias durante mais de 1 hora, fazendo por merecer uma vantagem até superior aos 2 golos que se registava nessa altura, mas desperdiçaram várias transições por más definições e ainda terminaram mal a partida. Pote abriu o marcador e Gyokeres (muito individualista) voltou a marcar num lance em que fez o quis do Otamendi. Morita e Hjulmand encheram o campo, Coates foi o melhor da defesa, já Edwards voltou a passar ao lado do jogo e ainda falhou uma oportunidade clara para marcar. Uma vitória justíssima mas com resultado escasso muito injusto para os leões, que deixaram insaciados os seus adeptos.
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5 - Protagonizou o grande momento da noite com mais um lance genial, passou como uma bala pelo Otamendi que ficou "nas covas", isolando-se na área encarnada e fuzilou o Anatolii Trubin, fazendo o golo que dá ao Sporting vantagem para a segunda mão.
FRANCO ISRAEL - 3.5 - Nada pode fazer no golo sofrido, Aursners rematou de muito perto fuzilando a sua baliza. Passou noite tranquila, o adversário pouco incomodou.
GENY CATAMO - 3.5 - Exibição com alguns bons lances, mas que não tiveram melhor seguimento devido a alguma lentidão a definir. O momento mais alto, quando assistiu Gyokeres para o lance do segundo golo.
EDUARDO QUARESMA - 4 - Secou o David Neres atirando-o para fora da partida ainda cedo. Sentiu depois mais dificuldades em travar o Di Maria e o Tengstedt, quando estes passaram para o seu lado.
SEBASTIAN COATES (Cap) - 4.5 - Limpou a esmagadora maioria dos lances na sua zona, mas também se "esqueceu" de fechar o espaço onde apareceu o Aursners a fuzilar para o golo encarnado.
OUSMANE DIOMANDE - 3 - Exibição pouco convincente do costa-marfinense que procura ainda recuperar a sua forma. Surpreendeu, ao deixar-se bater em alguns lances aéreos.
MATHEUS REIS - 3.5 - Muito mais fiável a defender que depois na ajuda (sempre desastrada) ao ataque da equipa, com várias perdas de bola pelas más decisões que tomou.
MORTEN HJULMAND - 5 - Encheu o campo e fez excelente assistência para o primeiro golo do jogo, colocou a redondinha na cabeça do Pote que não falhou.
HIDEMASA MORITA - 5 - Também brilhou com exibição de grande nível, especialmente na antecipação cortando inúmeras bolas ao adversário.
PEDRO GONÇALVES - 4 - Excelente primeira parte, a fonte da criatividade e da classe com que assinou vários lances. Fez o sempre mais difícil primeiro golo que ajudou a libertar a equipa.
MARCUS EDWARDS - 2 - Nunca acrescentou, perdeu quase todos os duelos no meio campo, podia ter marcado numa excelente oportunidade, só que demorou uma eternidade a definir.
RICARDO ESGAIO - 1 - Fez entrada à sua imagem, competente a fechar e desastrado nas decisõs que tomou nos lances do ataque, por 2 vezes podia ter marcado, mas a chutou às cegas com a bola a passar muito por cima da baliza do Benfica.
NUNO SANTOS - 2 - Quase que faz outro golo "Puskas" que seria o 3º e que daria maior justiça ao resultado, mas foi invalidado pelo VAR devido ao fora de jogo do Paulinho.
DANIEL BRAGANÇA - SEM NOTA - Entrou aos 90+2'.
JEREMIAH ST. JUSTE - SEM NOTA - Entrou aos 90+2'.
PAULINHO - SEM NOTA - Entrou aos 90+2'.
RÚBEN AMORIM - 5 - Viu a sua equipa dar excelente resposta ao empate de Vila do Conde, marcando uma clara superioridade sobre o Benfica em todos os setores e que merecia ir para a segunda mão na Luz com uma vantagem bem mais dilatada. A diferença mínima sabe a muito pouco, face ao que a equipa jogou e não deixou jogar o adversário.
ROGER SCHMIDT - 2 - O Benfica foi uma nulidade durante 1 hora de jogo e quase que não incomodou o Franco Israel em toda a partida. Fez o seu primeiro remate enquadrado aos 58 e só ganhou vida após o lance do Di Maria quando cruzou para o golo que reduziu a diferença. Um resultado claramente melhor que a exibição.
FÁBIO VERÍSSIMO (Árbitro) - 3.5 - Apitou com as dificuldades do costume, má avaliação de alguns lances em que marcou falta ao contrário e não viu um penálti sobre o Pote. No capítulo disciplinar deixou os jogadores exagerarem nos protestos sem os admoestar com cartão amarelo.
FÁBIO MELO (VAR) - 2 - Devia ter intervido no lance em que há grande penalidade sobre o Pote. Ficaram também algumas dúvidas sobre o lance que daria o 3º ao Sporting, parece ter sido o Otamendi a empurrar para fora de jogo o Paulinho.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Rio Ave da 23ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou num empate 3-3. Golos de Morten Hjulmand 9', Viktor Gyokeres 44' e Sebastián Coates 73'.
FALTOU CABEÇA E COMPETÊNCIA !!!
Ao contrário do que prometeu o treinador do Sporting, afinal a equipa não se apresentou tão preparada para o embate em Vila do Conde, sendo surpreendida por um Rio Ave que teve a ousadia de dividir e discutir a posse e superiorizar-se a espaços na disputa dos lances. Os leões que entraram na partida praticamente a perder (3'), resultado de um erro grave do Geny Catamo que se deixou ultrapassar facilmente pelo marcador do golo, conseguiram depois a remontada, mas entraram numa espiral de erros grosseiros, alguns de difícil explicação, como as 2 grandes penalidades escusadas que ofereceram uma vitamina extra, a que os vilacondenses não se fizeram rogados. Coates ainda deu a esperança da vitória quando voltou a empatar a partida (3-3), mas faltou cabeça, organização e competência na zona de finalização. Um resultado que bem negativo na luta pelo título, mas só podem queixar-se de si próprios, independentemente dos erros grosseiros que a dupla árbitro/VAR cometeu, prejudicando o Sporting na influência directa do resultado final.
DESTAQUE - HIDEMASA MORITA - 3.5 - Acabou por ser o elemento mais regular da equipa, o que menos erros cometeu. Esteve directamente envolvido no 1º (assistência) e 3º golos da equipa.
ANTONIO ADÁN - 1 - Voltou aos desempenhos catastróficos, exibição de um guardião "finito", numa clara linha descendente da sua carreira, nestes momentos que a equipa necessitava de um grande guarda redes. desiludiu, com péssimas abordagens. Provocou insegurança em quase todos os lances que interviu, um penálti escusado por chegar atrasado, uma bola que largou e que quase deu golo, somando várias outras decisões estranhas, como o arriscar fintar adversários junto à linha de golo.
GENY CATAMO - 1 - Entrou pessimamente mal na partida, como pode ser comido daquela forma tão facil no lance do primeiro golo? Acusou o erro e nunca mais se reencontrou, andou noutra frequência diferente da do jogo, ou se adiantava ou chegava atrasado aos lances.
OUSMANE DIOMANDE - 2 - Uma sombra do que tinha feito no jogo europeu anterior, teve dificuldades em acompanhar a velocidade dos avançados do Rio Ave por má leitura nos lances. Não deu a devida cobertura ao Geny na primeira parte e acumulou erros por faltas desnecessárias no segundo tempo, quando passou para a esquerda da defesa.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 3.5 - Seria também justo dar-lhe o destaque, impediu a derrota da equipa e deu o exemplo na raça e na concentração. Transmitiu sempre boa energia à equipa, empurrando-a por todos os meios para a muito desejada vitória que acabou por não acontecer.
GONÇALO INÁCIO - 2 - Muitas dificuldades em assentar o seu jogo, a acompanhar o ritmo alucinante da partida durante a primeira parte. Os demasiados espaços que o Nuno Santos deixava descobertos ainda lhe aumentaram os problemas. Acabou por sair com procupante lesão muscular.
NUNO SANTOS - 1 - Noite de pesadelo e inaceitável para um profissional do Sporting. Matou a equipa e no pior momento com um penálti inacreditável. O que é que lhe passou pela cabeça para atacar o lance quando só bastava fazer contenção? Além desse lance desastroso, acumulou uma série brutal de acções negativas. Terá as orelhas a arder, pelos raspanetes que levou do capitão Coates e do próprio Gyokeres. Uma atitude no jogo incompreensível, só ao nível de um juvenil e que teve consequências.
MORTEN HJULMAND - 3.5 - Esteve sempre por cima na luta pelo meio campo, pena a grande instabilidade que a defesa provocou em toda a equipa e que o tirou do sério. Com um bom remate de ressaca fez o 1-1 e tentou repetir o mesmo remate por mais 2 vezes, mas acertou mal na bola.
PEDRO GONÇALVES - 2.5 - Noite para esquecer, teve vários lances muito favoráveis para dar a vitória à equipa, mas esteve péssimo no remate e desastrado nas bolas paradas. Noutros lances no meio campo e com espaço raramente conseguiu dar a bola em boas condições aos colegas da frente.
FRANCISCO TRINCÃO - 3 - Estava a ser claramente o elemento mais desequilibrador da equipa até se lesionar fortemente, num lance de claro penálti e eventual expulsão (pé em riste de pitões do Miguel Nóbrega) a que o árbitro e VAR fizeram vista grossa. Antes voltou a estar à beirinha de marcar, numa recarga à boca da baliza que proporcionou a defesa da noite ao Jhonatan.
VIKTOR GYOKERES - 3.5 - Voltou a ser o elemento mais inconformado e que mais tentou levar a bola e a equipa até à área do Rio Ave, teve duas oportunidades, numa fez o golo da remontada quase a terminar a primeira parte e que podia ter galvanizado a equipa para a vitória, na outra o guarda-redes defendeu.
EDUARDO QUARESMA - 3 - O jogo rapidamente decifrou que devia ter sido ele o escolhido de início, conseguiu com melhor eficácia parar aquela ala direita supersónica do Rio Ave, mas também não ficou bem na fotografia quando deixou o Azis aparecer solto na área, com o Adán a provocar o penálti.
MARCUS EDWARDS - 1 - Entrou muitíssimo mal na partida, não se viu ganhar um único lance, apresentando-se particularmente inadaptado ao terreno e ao jogo do adversário, foi sempre um a menos na equipa.
MATHEUS REIS - 1 - Também não entrou nada bem no jogo, o que lhe valeu fortes reprimendas dos colegas especialmente do Hjulmand. lento e previsível no passe e quando parecia entrar finalmente no jogo, o árbitro apitou para o final.
RÚBEN AMORIM - 2 - Difícil traçar em poucas palavras o muito que deve ser dito da preparação deste jogo em Vila do Conde, queimou-se um tiro por culpa própria, vários jogadores da equipa não conseguiram apresentar a mentalidade competitiva que se exigia para as características do adversário, cometendo serie de acções de erros grosseiros que surpreenderam muito pela negativa. Quando as coisas no relvado não estão a correr bem e só se fazem três substituições, é porque a lição foi mal estudada por todos e o banco não previu soluções. Os corredores foram muito mal defendidos, fechados e nada trouxeram de útil no ataque e na profundidade. Faltou cabeça, organização e competência.
LUÍS CARLOS FREIRE - 5 - Voltou a mostrar o que já se sabia, um treinador da nova era, com futuro. Muita audácia na forma como montou a sua equipa e do pouco fez muito, olhou de frente sem medo a equipa que pratica o melhor futebol em Portugal, dividiu o jogo, os lances e a posse de bola com mérito e lealdade. Travou o Sporting, mas também beneficiou claramente dos erros grosseiros das equipas de árbitros.
ANDRÉ NARCISO - 1 - Arbitragem manhosa com tendências de inclinação nas suas decisões, prejudicando claramente o Sporting no técnico e disciplinar, deixando depois à conveniência a batata quente nas mãos do VAR nos lances capitais. Viu claramente a joelhada na cara do Gyokeres que seria expulsão, viu o penálti sobre o Trincão e viu a falta clara sobre o Pote no lance que resultou no golo do Rio Ave, a sua intenção percebeu-se também na altura dos descontos, depois do tempo que o jogador expulso demorou a sair do relvado, apitou aos 5' exactos, a missão foi cumprida?
ANTÓNIO NOBRE - 1 - Se ao árbitro ainda se lhe pode dar algum benefício da dúvida nos lances descritos, ao VAR com toda aquela artilharia de camâras e vídeos não pode haver perdão para erros tão grosseiros e agora o que vai acontecer-lhe? No futebol português, o crime é um negócio rentável, compensa sempre !!!
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Young Boys para a Liga Europa PlayOffs, 2ª mao, que resultou num empate 1-1. Golo de Viktor Gyokeres 13'.
QUANDO NUM FESTIVAL DE FALHANÇOS CARICATOS A VITÓRIA FOGE
O Sporting voltou a ser muito superior ao Young Boys, mas deixou fugir a vitória no meio de tanto desperdício. Uma boa primeira parte a dar seguimento ao excelente momento que a equipa atravessa, pecando só na escassa vantagem do golo solitário marcado cedo (13'), pelo bombardeiro sueco e que praticamente sentenciou a eliminatória. Com a vantagem clara(4-1) nas duas mãos, os leões passaram a gerir o resultado em toda a segunda parte, baixando consideravelmente o seu rendimento, com as várias substituições a descaracterizarem o jogo da equipa e que acabou por sofrer o golo do empate quase no final (84'). Gyokeres desperdiçou uma grande penalidade, Edwards e Daniel Bragança falharam golos cantados muito perto da linha de golo.
DESTAQUE - OUSMANE DIOMANDE - 4 - Deu espectáculo, um grande regresso com muita sede de bola e alegria pelo jogo, demonstrando que já é de facto o melhor central do Sporting. Imponente, arrasou em todas as suas intervenções.
ANTONIO ADÁN - 3 - Até adivinhou o lado na grande penalidade muito bem marcada. Aqueles pés é que continuam a ser uns bons aliados dos adversários, mas há que continuar a tentar...melhorar.
RICARDO ESGAIO - 3 - Sendo dos elementos mais frescos deu boa resposta em toda a primeira parte, no melhor período da equipa, rápido e intenso na disputa dos lances e a dar-se sempre ao jogo, às linhas de passe.
EDUARDO QUARESMA - 3.5 - Mas que grande dor de cabeça para o treinador, enquanto no centro da defesa o recém chegado da CAN, Diomande, dava espectáculo, o Eduardo não lhe ficava atrás e respondia que aquele lugar agora é dele e que está preparado para dar muita luta a todos.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Foi notado o seu grande desgaste físico nos lances que teve que intervir, valeu-lhe muito ter ao lado um super Diomande que resolveu (quase) tudo. Não regressou para a segunda parte.
MATHEUS REIS - 3 - Que pena ser tão ineficaz na segunda fase da construção, quando se aproxima da zona de finalização. Voltou a tomar más decisões no último passe, um tremendo contraste com a primeira fase, em que se mostra sempre muito competente.
MORTEN HJULMAND - 3.5 - Ganhou com mérito o lugar de indiscutível no centro do terreno onde é rei. Liderou muito bem o ritmo e a intensidade que quis impor e quando foi substituído notou-se bem a diferença.
DANIEL BRAGANÇA - 2.5 - Falhou um belo golo cantado em cima da linha da baliza após grande lance do Edwards, atirou contra o pé do guarda-redes. A seguir, nova grande oportunidade para fuzilar mas atirou para a bancada, a juntar algumas perdidas de bola no meio campo que provocaram contra ataques do adversário. Continua longe do que se lhe exige para jogar nesta grande equipa do Sporting.
FRANCISCO TRINCÃO - 3.5 - Assistiu para o golo do Gyökeres, inventou o lance que resultou na grande penalidade e ainda somou mais alguns lances geniais que romperam as linhas defensivas da equipa suíça.
MARCUS EDWARDS - 2.5 - Que falhanço no "toma lá e faz-te famoso" do Gyokeres, foi tão caricato que deve ter aliviado a consciência do Bryan Ruiz pelo histórico falhanço no derby de Alvalade em 2017. Ficou ainda ligado ao golo sofrido, ao cometer a grande penalidade.
VIKTOR GYOKERES - 4 - Não foi poupado, jogou os 90' e voltou a ser o elemento mais produtivo da linha atacante da equipa verde e branco. Marcou grande golo, ofereceu um golo cantado ao Edwards, apesar de ter falhado a grande penalidade e outra oportunidade flagrante.
NUNO SANTOS - 3 - Jogou a segunda parte, competente a defender o corredor, mas quase nada trouxe na ajuda do ataque e ainda falhou soberana oportunidade quando solto dentro da área adversária atirou contra as pernas de um defesa.
KOBA KOINDREDI - 3 - Voltou a deixar na escassa meia hora que jogou boas indicações, além da condução com bola agora mostrou-se nos passes longos bem medidos. Tem todavia os vícios naturais de equipa pequena, não acompanha até ao final os bons lances que cria, o instinto fá-lo parar, com receio de ser apanhado no contra ataque adversário.
PEDRO GONÇALVES - 3 - A equipa estava a cair a pique, a começar a faltar ideias no ataque e a sua entrada (65') devolveu a criatividade, como ficou demonstrado em meia dúzia de lances geniais. Quase que faz um grande golo num remate em arco.
LUÍS NETO - 1 - Sem ritmo de competição, o que se lhe pode exigir? Entrou mal no jogo, desacerto no passe, faltas desnecessárias por chegar atrasado, falhanços na leitura do espaço e onde estava no lance (do seu lado) que resultou no penálti e golo do empate dos suíços? Foram coisas a mais para os apenas 10' que jogou.
IVÁN FRESNEDA - 2 - Um grande viva para o jovem espanhol neste seu regresso, após longa paragem. Entrou bem na partida, "lleno de ganas" e com bom acerto no pouco tempo que jogou.
RÚBEN AMORIM - 3.5 - 'Que noche' mister! Como pode uma goleada anunciada pela enxurrada de desperdícios acabar num empate? Decidiu não facilitar excessivamente na rodagem de jogadores, a equipa da primeira parte voltou a ser muito competente, jogou o futebol do grande nível das últimas partidas, criando várias oportunidades de golo feito mas a bola só entrou na baliza uma só vez. Na segunda parte era o momento de fazer a gestão, com o risco da consequente quebra de ritmo e acerto no passe, um penálti falhado e os suíços a fazerem o golo do empate castigando injustamente a equipa.
RAPHAEL WICKY - 3 - Tentou aproveitar todas as migalhas que o Sporting lhe foi deixando, as várias oportunidades desperdiçadas, um penálti falhado e a quebra de acerto nos lances... migalhas que o ajudaram a manter-se vivo, até que a oportunidade surgiu, um penálti caídinho das estrelas a oferecer-lhe o empate.
IVAN KRUZLIAK (Árbitro - Eslováquia) - 4 - Arbitragem sem casos, gerindo as suas decisões com bom índice de acerto, passou quase sempre despercebido no jogo e isso é o melhor elogio a um árbitro.
CHRISTIAN DINGERT (VAR - Alemanha) - 4 - Também com decisões acertadas, nas grande penalidades.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.