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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Quando a agenda encheu, também o Sporting embaciou. À primeira sucessão de três jogos numa semana, os rapazes de Rúben Amorim não tiveram a mesma energia: as maldades do calendário tocam a todos.
Os três da frente ganharam, mas de formas diversas. O extraordinário é que, por um par de minutos, o pior desempenho (o do Benfica) não rendeu o primeiro lugar em igualdade de pontos com o Sporting. Seria, nesse caso, a melhor equipa da Liga, para aplicar a lógica de Jesus?
O Gil Vicente discordaria, mesmo a jogar com apenas dez. Rematou tanto como os lisboetas (12 vezes) e enquadrou mais bolas na baliza (7), depois de os conter sem problemas aparentes enquanto teve onze jogadores lá dentro e até depois disso. O Benfica será sempre um perigo, pelas armas à disposição, mas fica a ideia de que piora, em vez de melhorar. A Supertaça vai trazer mais dados, depois de amanhã, ainda que o adversário viva as suas próprias idiossincrasias.
O FC Porto fez, com o Nacional, o jogo mais consistente dos três. Conseguiu o feito raro, esta época, de acabar uma jornada da I Liga sem golos sofridos, nem percalços de monta. Na verdade, fez setenta metros de um futebol sem contestação. Nos outros trinta, estragou jogadas atrás de jogadas com um catálogo inteiro de más decisões individuais e erros técnicos incompreensíveis que fizeram da noite de ontem bastante menos do que ela devia ter sido, como se não fosse possível aos jogadores reunirem o mesmo foco nas duas pontas do campo. Foi mais desconcertante ainda por três dos participantes no ataque serem Corona, Otávio e Taremi, a quem a bola não costuma incomodar. Por muito confuso que esteja, o Benfica não dará tantas chances.
Texto da autoria de José Manuel Ribeiro, Director do jornal O Jogo
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