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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Esta minha opinião não é de agora, nem sequer recente, já vem de há muitos anos e nada do que se tem verificado na actualidade do futebol português me faz mudar de opinião: respeito a Instituição Benfica, detesto a cultura desportiva benfiquista e considero-a uma das piores do Mundo, se não até a pior.
Reconheço que se trata de uma generalização, e que por ser assim será algo injusta, dado que nem todos os benfiquistas pensam e agem da mesma maneira. Dito isto, creio que é adequada a uma vasta maioria.
Isto vem a propósito das decisões de arbitragem do dérbi, em que Carlos Xistra e Hugo Miguel (VAR) cometeram uma série de erros grosseiros, nomeadamente em prejuízo do Sporting. Mas apesar das imagens à disposição, a tal cultura desportiva benfiquista impede mesmo mentes mais sensatas de reconhecer a realidade dos lances mais em disputa.
Não vou alterar o meu parecer sobre o jogo, nem sequer pretendo convencer seja quem for daquilo que recusam ver, mas aqui temos mais umas opinões de indivíduos experientes na arbitagem, sobre os referidos lances, assente numa reportagem do jornal Expresso:
Esteve mal, mesmo muito mal em alguns lances e foi também mal auxiliado pelo vídeoárbitro. Esta é a análise global dos especialistas à arbitragem conduzida por Carlos Xistra no sábado em Alvalade, num jogo muito intenso e disputado que terminou com o marcador a zero.
A marcar esta arbitragem "infeliz", nas palavras de Duarte Gomes, estão essencialmente quatro lances. Dois que dariam lugar à marcação de penálti e dois que deviam ter resultado em expulsão.
Os penáltis a que o ex-árbitro internacional se refere envolvem Rúben Dias por contactos de “intensidade excessiva” com jogadores do Sporting no coração da grande área.
O primeiro envolveu Mathieu, aos 15 minutos. O central do Benfica usou a mão sobre o ombro do central do Sporting e ainda levantou o pé à altura da cara do jogador.
O segundo lance, refere-se a uma carga de Rúben Dias sobre as costas de Bas Dost impedindo o avançado de saltar.
Não são grandes penalidades “de preto no branco, mas suficientes para poderem desequilibrar e derrubar os adversários”, escreve Duarte Gomes. Assinalá-los faria ainda mais sentido seguindo o critério do próprio árbitro em lances em que marcou falta atacante por contactos de intensidade menor.
Rúben Dias volta a estar envolvido num lance que para Duarte Gomes seria de expulsão clara, quando já ao cair do pano (84’) deixou Gelson Martins no chão depois de o atingir com o cotovelo de forma ostensiva no rosto. Neste caso, garante Duarte Gomes, o video-árbitro "era obrigatório", mas não interveio.
A segunda expulsão teria lugar pouco depois. Bruno Fernandes deu um verdadeiro pontapé na perna de Cervi, “de forma despropositada e violenta. Lance passível de vermelho directo" e que também justificava a entrada em acção do VAR, na opinião do especialista.
Em resumo, “noite infeliz de um bom árbitro, em partida em que ninguém quis ajudar”.
Como Duarte Gomes, Jorge Faustino e Marco Ferreira estão de acordo com a decisão do árbitro de não punir um lance a envolver Rui Patrício e Rafa logo aos oito minutos. O choque era inevitável, mas não foi faltoso.
Defendem que devia ter sido exibido o vermelho a Rúben Dias e a Bruno Fernandes aos 90 minutos, lembrando Marco Ferreira que o jogador não tinha qualquer hipótese de jogar a bola.
Quanto às grandes penalidades que terão ficado por assinalar em dois lances que envolveram Rúben Dias, Jorge Faustino concorda com Duarte Gomes e considera que ambos deviam ter dado lugar à marcação de penálti, apesar de, sobretudo o primeiro, ser de difícil análise in loco.
Marco Ferreira aceita a decisão do árbitro nos dois casos.
Critério largo, frágil no capítulo disciplinar e muito mal auxiliado pelo VAR, resumem os analistas.
O “Tribunal d’Jogo” é o mais cáustico na análise: “arbitragem catastrófica”, escreveu José Leirós; Jorge Coroado apontou falta de coragem ao juiz da partida e Fortunato Azevedo também considerou o trabalho de Xistra globalmente “sem classe e sem coragem”.
Os três concordam que deviam ter sido assinaladas grandes penalidades por falta de Rúben Dias aos minutos 15’ e 56’; e que o vermelho devia ter sido mostrado a Rúben Dias no lance em que atingiu Gelson Martins na cara com o cotovelo.
No caso da falta de Bruno Fernandes sobre Cervi, Coroado é o único a achar que o que há a apontar ao médio leonino é ter sido “objectivo no derrube”, aceitando a advertência com cartão amarelo.
ÚLTIMA HORA: O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) ordenou hoje a abertura de um auto de flagrante delito, pela Comissão de Instrutores (CI) da Liga, com vista à instauração de um processo sumário a Rúben Dias, na sequência do lance com Gelson Martins, no dérbi do passado sábado.
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