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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
João Palhinha foi uma das "novelas" da pré-temporada do Sporting e, seja por ter existido um entendimento entre os intervenientes, seja por "linhas travessas", acabou por ficar no plantel, estando até ao momento a escrever uma das belas histórias da temporada e sendo unanimemente reconhecido como um elemento chave no excelente rendimento da equipa.
Com um esquema baseado em três centrais e dois laterais de forte apoio ofensivo, a equipa necessita de um elemento que faça a ligação entre sectores e que a estabilize tacticamente. Alguém que reaja logo à perda de bola da equipa, fazendo a pressão e permitindo o tempo necessário para que esta se reequilibre, e que, ao mesmo tempo, saiba ocupar os espaços, jogando tanto em antecipação como em contenção, conforme a necessidade do momento. Paralelamente, esse elemento deve ser dotado das capacidades imprescindíveis para, uma vez recuperada a posse de bola, ser uma ajuda aos centrais na construção ofensiva.
João Palhinha, pelas suas qualidades físicas e técnicas, associadas à evidente inteligência táctica, tem vindo a desempenhar esta essencial posição na equipa, de forma exemplar. O conhecimento que já possuía das ideias-base de Rúben Amorim também ajudou-o nessa tarefa. É só avaliar o rendimento da equipa após a sua entrada e a forma como ela, a partir daí, cresceu.
Poderia ter saído por 10/12 milhões de euros, mas, a esta distância, podemos afirmar que no rácio qualidade/preço, muito dificilmente encontraríamos alguém que desempenhasse a função melhor do que o Palhinha. E, em boa hora para o Sporting, não só não saiu, como ainda teve o prémio da renovação. Muitas vezes a melhor solução está mais próxima do que pensamos.
Ele é a verdadeira âncora da equipa, aquele que surge a estabilizar o "barco", no local onde se podem gerar as tormentas. E tanto é assim, que as forças externas já perceberam sua importância no fio de jogo da equipa e tentam condicionar o seu rendimento, através da sucessiva marcação de faltas (muitas delas inexistentes) ou na amostragem de cartões amarelos, como aquele aos 37 segundos do jogo com o Gil Vicente.
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