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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A observação pessoal de qualquer realidade é sempre subjectiva, daí a dizer-se cada cabeça sua sentença. Na minha perspectiva, Alexandre Pais parte de um pressuposto errado, ao considerar as claques um ramo da árvore leonina.
As claques não são ramos naturais da árvore, são um enxerto criado por João Rocha, com um objectivo claro: organizar um grupo com a função específica de animar o espectáculo desportivo e apoiar os atletas.
Acontece que esse enxerto evoluiu no pior sentido, e além de um simples ramo quis ser a árvore, ocupando-a e até substituindo-a. Por outras palavras, quis e conseguiu, em certas circunstâncias, governar o Sporting de fora para dentro. O resultado está à vista.
Os presidentes devem exercer o seu poder, sem terem que dividir esse poder com quem não foi eleito. Essa ideia de Alexandre Pais que Frederico Varandas devia fazer cedências e dividir o poder brada aos céus. Neste aspecto, há dois caminhos: fazer cedências e manter mordomias, ou cortar o mal pela raiz. Optou pelo segundo, com as consequências que se estão a ver. Foi, para mim, uma decisão louvável. Se recuar, quem sairá derrotado é o Sporting.
Alexandre Pais conclui que Varandas não cortou a raiz e que este ramo vai renascer. Está, sem dúvida, dependente de resultados desportivos e do equilíbrio financeiro do Clube. E se o prognóstico do jornalista se concretizar e o Sporting voltar a ser governado da rua, continuará num caminho de retrocesso.
Texto da autoria de Nação Valente
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