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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
"Oitavos" da Champions capitalizam FC Porto para a outra guerra que o clássico abriu.
Aos olhos de administrador financeiro, metade da época do FC Porto está feita. Há um ano, nem perder agora o título incomodaria muito, porque o terceiro lugar e o play-off da Liga dos Campeões davam ainda mais dinheiro. É um objectivo cumprido por Sérgio Conceição que casa bem com as finanças do clube no arame, mas casa ainda melhor com o mercado de Janeiro.
O FC Porto-Benfica de há uma semana não era só um jogo de futebol, nem apenas mais um clássico: era uma etapa estratégica para se chegar à reabertura das inscrições em situação de escolher entre apostar no título ou guardar as economias para a época seguinte. O resultado prático destas duas últimas semanas é que nem Sporting nem Benfica vão guardar as economias, mesmo com o desbaste que a Liga dos Campeões fez nelas.
Depois das batalhas nos estúdios, nos relvados, na sala do VAR, nas páginas dos jornais e nas cabeças confusas de alguns moralistas de ocasião, vai chegar a batalha mais sanguinária de todas, que é a das compras. Provavelmente, sem cumprir o primeiro objectivo, isto é, sem os 7,5 milhões de euros que o jogo com o Mónaco valeu, o FC Porto não poderia entrar nesses apertos. Ou, pelo menos, não seria com certeza mais fácil que a UEFA lhe permitisse reforços de Inverno. O que nos leva à segunda parte do desafio portista: o FC Porto versão Conceição provou que é genial a não gastar dinheiro e ninguém lhe pode tirar esse mérito, mas às vezes não ter outra opção é um descanso.
José Manuel Ribeiro jornal O Jogo
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