De Maria a 09.03.2017 às 17:53
Nem interessa se a conta aos juros, devidos, está errada ou como o dinheiro foi usado para algo que se queria.
Bruno mentiu ao dizer que tinha o dinheiro. Não tinha. Porque pura e simplesmente não era dele. E se tinha para pagar não deveria depois tê-lo usado no que bem entendesse.
Pelo menos em minha casa, através das gerações, primeiro paga-se o que se deve e depois os mimos. Nunca ocorreu a alguém tirar o dinheiro da electricidade para comprar sapatos novos.
Quem sai mal pintado é o Sporting. Porque o Bruno fez-se o Sporting. E tudo a assobiar para o lado:
- a Doyen sem se preocupar muito em receber porque quanto mais tarde melhor. Sai sempre a ganhar. Como disse que o faria. A Doyen parece achar que ganha mais com o dinheiro do lado do Sporting do que no banco...
- O Bruno porque quer uma obra e chamá-la sua. E quando os outros festejarem títulos (e ganhos) ele faz a inauguração; e o Sobrinho encarrega-se de lhe dar tempo de antena nos media...
Faz lembrar as escandaleiras que de vez em quando aparecem de alguém que vive acima das suas possibilidades com o dinheiro dos outros. (que ninguém veja o que tem de mal diz tanto sobre quem o faz e quem deixa fazer) (pergunto-me se a adopção por parte do que não é nem nunca foi dono disto tudo ou de alguma coisa não tem a ver com o conhecer dos sintomas e querer lá estar quando bater no fundo. Sim, porque o fundo do Bruno é sempre mais abaixo. E o tal senhor tem o dom de só chamar a atenção quando é muito tarde para todos menos para ele).
Duas chatices (para as quais nos devemos preparar ver esparramadas nos jornais - o dinheiro acaba porque alguém fecha a torneira e depois não há como alimentar aquilo que se criou (que num recinto desportivo é muito grave e perigoso de suceder).
Siga!
De AF a 09.03.2017 às 18:24
Maria,
Em tempos não muitos longínquos, tive uma disputa com a Optimus, eles entendiam que a empresa deveria pagar uma facturas, porque o contrato ainda estava em vigor e eu entendia que não deveria pagar nada, pois entendia que o contrato estava rescindido.
Como é óbvio a questão acabou em tribunal e 3 ou 4 anos depois o Juiz decidiu que deveria pagar uma pequena parte das facturas (mais ou menos 25% da divida) e o remanescente deveria ser objecto de uma nota de credito que a Optimus teria de emitir.
Da forma como expõe a sua opinião eu terei agido erradamente!
De Rui Carvalho a 09.03.2017 às 18:55
a intenção conta e muito, recorrer aos tribunais quando se pensa ter razão é legitimo... mas neste caso só o Bruno "acreditou" ter razão... lá está, as intenções...
mas achar 25% da divida um pequeno valor... 25%, 1/4... eu não acho pouco mas tudo bem...
De AF a 09.03.2017 às 19:28
Rui, é uma questão do copo meio cheio ... Corri o risco de pagar 100%, só paguei 25%, não é pouco mas foi aquilo que o Juiz entendeu ser justo e acabei por considerar uma grande vitoria perante a real possibilidade que existiu de pagar os 100%.
Repare que a Optimus tinha um bom serviço jurídico, com muitas mais condições que o Advogado que nos defendeu que não deve ter dedicado muito tempo ao assunto.
Tive sempre com a sensação que nada deveria pagar e que a Optimus é que nos deveria reembolsar, mas a Gerência não quis avançar com um processo e aguardou pela injucção colocada pela Optimus, por via disso, em determinada altura, cheguei a pensar que podíamos perder totalmente a questão.
No caso do Sporting, ainda acredito que a decisão não foi apenas de BdC, mas terá envolvido a equipa jurídica e directiva e também acredito que apenas fazendo o que foi feito, foi possível ultrapassar uma fase bem complicada. Por isso é minha opinião que mais do que o Sporting foi BdC quem ficou mal na foto, por uma boa causa, na opinião dele.
A comparação entre casos ultrapassa-me. A essência do contracto com a Doyen nunca esteve em disputa. Os argumentos que o Bruno/Sporting apresentou relacionou-se com o alegado comportamento incorrecto da impresa na transferência do Rojo.
De qualquer modo, com as decisões tomadas há longo, em várias instâncias, qual é a razão que estamos a debater a questão ?
O post relaciona-se exclusivamente com o montante da dívida, nada mais.
De AF a 09.03.2017 às 19:35
Desculpe Rui Gomes, publiquei nova resposta sem ver este seu ultimo comentário e tem toda a razão, estamos a desviar a conversa ...
Se puder elimine os meus comentários, pois as comparações nada acrescentam, e relendo a sequência até me parecem descabidas.
Desculpe.
De Maria a 09.03.2017 às 21:08
A comparação aqui não se aplica.
Aqui a "Optimus" já ganhou e você não provisionou o que teria de pagar (sempre uma boa ideia) e não só não paga o que deve como deixa os juros acumular.
Se não consegue entender o mecanismo...
Essa história que alguém refere de que o culpado é Bruno e não o Sporting é uma ingenuidade. Quem deve é o Sporting. Quem tem prémios congelados é o Sporting. Quem vai pagar - de todas as formas e feitios - estes desvarios e desonestidades é o Sporting.
De Nelson a 09.03.2017 às 20:01
Concordo com os argumentos apresentados, mas não contrariam o que eu disse.
O pavilhão está construído.
Tenho dúvidas que a banca financiasse o sporting para a construção do pavilhão. O Bruno utilizou esta jogada para antecipar a construção do mesmo. Eu no lugar dele não o teria feito, pois acho que todo este processo dá má imagem ao sporting. Financeiramente é como já disse, teríamos de comparar os juros legais a pagar
à Doyen com os da banca, caso esta financiasse.
É certo que o Bruno terá preferido esta via para ter este trunfo eleitoral. Os sócios pelos vistos não se importaram com a guerra com a doyen. Enfim, é o Presidente que temos.
Acho que não foi a forma mais correta para se chegar à construção do pavilhão, mas está feito, disfrutemos dele.
De AF a 09.03.2017 às 21:54
Nelson, o pavilhão foi um acréscimo que a situação gerou, no fundo foi/é um bónus.
A verdadeira motivação, que muita gente, na qual me incluo, embora conceda a excepção nesta situação, é que os fins não justificam todos os meios.
Efectivamente, para além da óbvia necessidade de entrada de capital, o Sporting estava sob observação da UEFA por incumprimento do fair-play financeiro, arriscava a uma multa de alguns milhões, eventual proibição de inscrição de novos jogadores e de participação nas competições europeias.
Obrigatoriamente teria de apresentar resultados líquidos positivos e para isso a necessidade de vender bem atletas era um facto. Com o plantel pouco valorizado, a valorização do Rojo no mundial proporcionou um negocio muito atractivo, acontece que o jogador pertencia à Doyen e no final do negocio, ficávamos sem o jogador e praticamente sem dinheiro nenhum. Com ou sem motivo, pelos vistos sem, procedeu-se à rescisão com a Doyen, considerando nulos os contratos e proporcionando um rendimento que acaba por ser determinante no Resultado Liquido Positivo apresentando nesse ano de 19M, afastando de vez o incumprimento do fair-play da UEFA.
Foi correcto o que fez Doyen, julgo que não, mas entre fazer o bem beneficiando a Doyen ou o mal beneficiando o Sporting, nesta situação a minha escolha é óbvia.
Admito que pudessem ser estudadas outras alternativas, vender outros jogadores por exemplo, mas seriam sempre possibilidades e com esta conduta ficamos com certezas.
De nelson a 10.03.2017 às 10:22
Todos esses argumentos são válidos. Digamos que matou dois coelhos com uma cajadada só, ou seja, pavilhão e fair play financeiro. Mas todas as decisões de roptura acarretam custos e neste caso o Presidente não se livra das críticas daqueles que teriam preferido outra via, menos penalizante em termos de imagem.
Há sócios que preferem uma via mais politicamente correta, mas já vimos que este Presidente não olha a meios para defender o sporting. Pelos vistos a maioria dos sócios prefere um Presidente destes em que os fins justificam os meios. E agora está mais legitimado.