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A complexidade de Fundos e cláusulas

Rui Gomes, em 24.01.14
 

 

O tema que abordamos neste texto, surgiu pelo debate sobre o post "O excedentário de longo prazo" em que um leitor argumentou - com alguma razão de ser - que o contrato de longo prazo: três anos mais dois de opção - de Diogo Salomão, era fácil de explicar. O leitor apresenta o seu argumento assente na premissa de que foi menos dispendioso para o Sporting rubricar a acima referida renovação contratual do que indemnizar o Fundo que adquiriu 25 por cento dos direitos económicos do jogador, a troco de um milhão de euros, assente também na informação desse leitor que o salário de Diogo Salomão é somente 10 mil euros/mês.

 

Levei a cabo alguma investigação neste sentido, em que muito valeu a informação comunicada pelo meu colega de blogue, Desert Lion, cuja actividade profissional relaciona-se com matéria desta natureza.

 

As conclusões apuradas são as seguintes, depois de se ter confirmado que o "Sporting Portugal Fund" adquiriu 25% do passe do jogador pelo referido valor de um milhão de euros:

 

É verdade que muitos (não todos) contratos de venda a Fundos têm cláusulas mínimas de compensação para o Fundo. É preciso ter em conta que muitos desses contratos foram feitos não como uma forma de comprar um activo que se desejava, mas antes como forma de financiar as actividades correntes - ou seja, de reforçar a tesouraria . Assim sendo e entendido pelo Fundo quase como um financiamento, em que se limita o risco de perda de capital por via dessas cláusulas. Se a ligação do jogador ao Sporting acabar, o Fundo recebe o valor acordado como mínimo e fica assim fechada a relação no que toca a esse activo. Claro, para confirmação absoluta, é necessário analisar os contratos individuais, uma vez que os termos e condições de cada variam mediante o acordo firmado com o Fundo. Por outras palavras, este tipo de investimento por um Fundo, com esta especificidade de condições, funciona quase como um empréstimo bancário - com ou sem juros - em que o activo é dado como garantia do capital emprestado.

 

Por conseguinte, o argumento do leitor não deixa de ser válido, embora não incontornável, porque desconhece-se, concretamente, se o contrato de Salomão contém essa cláusula e, daí, o Sporting ser forçado a compensar o Fundo com um milhão de euros - no mínimo - se não renovar o contrato e o jogador acabar por sair a custo zero.

 

A outra parte do argumento do leitor que é discutível, relaciona-se com o salário de 10 mil euros ao mês de Salomão. Este valor não foi confirmado e, na minha opinião, acho que é excessivamente baixo, mesmo atendendo à corrente política da Sporting SAD. Sendo verdade, significaria, de facto, que em três anos de contrato o Sporting despenderá cerca de 400 mil euros em salário, muito menos do que terá de pagar ao Fundo. Se o jogador se mantiver no Clube esses três anos - até 2017 - o Sporting terá então de accionar os restantes dois anos de opção para continuar a evitar o referido pagamento. Este processo terá eventualmente de terminar, mas aqui estamos a lidar com as incertezas do que poderá ou não ocorrer nos próximos anos.

 

A minha conclusão pessoal em tudo isto é que os adeptos estão sempre pelo menos parcialmente no escuro, porque o Clube não revela, e porventura não deve revelar, publicamente, todos os detalhes dos contratos que assina. No caso de Diogo Salomão, partindo do princípio que ele não conseguirá espaço em qualquer uma das equipas do Sporting, terá de ser continuadamente emprestado ou, querendo ver-se livre do jogador de uma vez por todas, o Clube terá de compensar o Fundo. E isto, evidentemente, poderá ser aplicável a outros jogadores das duas equipas, em que Fundos já têm um investimento. 

 

publicado às 04:22

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13 comentários

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De Manuel Santos a 24.01.2014 às 05:52

Complexa personalidade que você tem! Você vê sempre negro onde os outros vêm verde. Com tantis assuntos positivos: Equipa, treinador, formação, boas dicisões da direção, embora com erros aqui e ali - como a questão de contratos extensos de alguns jogadores. Mas você prefere continuar a malhar no presidente Bruno de Carvalho, porque...sim! Irra, você às vezes chega a ser pior que a CS (Record, Bola e OJogo). Não será amigo pessoal dum João qualquer qie se acha muito Querido e que dirige um jornal com muita Manha? Pensa ser assim que valorizará o Sporting? Quem é que verdadeiramenze procura promover? Incompreensivel!
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De Rui Gomes a 24.01.2014 às 10:51

É por de mais evidente que o caro leitor tem um problema de compreensão ou então não sabe ler. Este post em nada se relaciona com louvar ou criticar, positivo ou negtivo, é apenas e tão só uma realidade no contexto de Fundos e o seu investimento em jogadores. Neste caso concreto de Diogo Salomão, mas de igual modo aplicável a qualquer outro.

Mesmo "incompreensível" a sua deplorável atitude !!!

Passe bem
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De Fernando Mamede a 24.01.2014 às 08:26

Em 1º lugar, deixe-me congratular o caro Rui Gomes pelo seu excelente blog. Ainda sou do tempo em que os sportinguistas na blogosfera era críticos por tudo e por nada e alguns pensavam pela própria cabeça (a maioria seguia a moda do momento). Nesse tempo havia uma rejeição crítica à verdade oficial (tal como revelada pelo próprio clube, através do seu jornal oficial ou outros) e os interessados procuravam obter informação para lá do que interessaria aos dirigentes do momento. E se é óptimo que os histéricos, os teóricos da conspiração e as pessoas simples que os seguiam tenham temperado a sua acção no objectivo de minar o trabalho e a legitimidade das direcções anteriores, e ninguém tem pena que os incorruptíveis de outrora se tenham transformado nos lambuças do presente, é bom que subsistam pessoas capazes de pensar com a sua própria cabeça. Como é bom de ver pelo post do caro Rui Gomes, por obra e graça do espírito crítico, tem-se mais informação por aqui do que aquela que é transmitida aos sócios (por canais oficiais).

Em 2º lugar, relativamente ao teor do post, deixe-me dizer-lhe que se está a assumir uma equação meramente financeira, em que o valor do contrato oferecido (2014+3+2) é inferior ao valor de uma eventual cláusula indemnizatória a pagar ao Sporting Portugal Fund - Fundo Especial de Investimento Mobiliário Fechado, gerido pela ESAF - Espírito Santo Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.. Ora, para admitir isso, temos de aceitar que, por um lado, o salário do Diogo Salomão era relativamente baixo - e que, sendo baixo, admitiu prolonga-lo até 2019 (à vontade do Sporting). Numas contas por alto, admitindo que a cláusula de indemnização do Fundo era correspondente ao valor que o fundo pagou pela aquisição de parte dos direitos financeiros - 1.000.000€ - isso significaria que o Diogo Salomão tinha um salário de 1.000.000/56 = 17.857. E isso significaria também que o Diogo Salomão, que estava a uma temporada de terminar o contrato (podendo transferir-se livremente e, consequentemente, receber um prémio pela transferência) estava disposto a aceitar que o Sporting pudesse exercer uma opção de renovação de mais 2 anos (até aos seus 30 anos de idade), prolongando este salário, sem que ele pudesse ter uma palavra a dizer. Significando isto que o Diogo Salomão poderia ganhar nos próximos e decisivos 6 anos da sua carreira, 1.500.000 (brutos) no máximo, sem poder receber prémios de transferência e sem ter grande poder de negociação. Pois bem, considerando que o jogador até goza de algum reconhecimento em Espanha, que salários dessa ordem de grandeza são comuns entre clubes espanhóis e que esse país tem um regime tributário bastante mais favorável, a decisão do Diogo Salomão em renovar nestes termos parece bastante estranha. Mas admitamos.

Porém, isso obrigar-nos-ia a admitir também que o valor da cláusula indemnizatória era igual ao valor pago pelo Fundo. Faça-se o seguinte exercício: admita-se que o valor era metade (de 500.000€), concluiríamos que, para a equação se manter, o Diogo Salomão se tinha comprometido a ganhar, pelo período de 6 anos, um valor 8.929€ mensais, o que seria ainda mais difícil de acreditar. E como ninguém tem a informação real (ou é suposto ter, também porque os órgãos oficiais não a comunicaram), cada um dá o salto de fé que bem entende.

Em 3º lugar, vamos parar 1 minuto para pensar (coisa difícil) quem era a contraparte neste negócio. E paremos para pensar (ui...) se porventura esta questão não poderia/deveria ter sido acautelada na estupenda reestruturação financeira que foi realizada de forma contemporânea à renovação do contrato do Diogo Salomão. Se, como é sugerido, o jogador não contava e a sua renovação foi feita com um propósito meramente contabilístico, não teria sido interessante negociar com o BES (gestor do fundo que detinha a referida percentagem e/ou o direito a ser indemnizado) uma solução distinta? Mistério...

Em 4º lugar, já que nos detivemos na difícil missão de pensar, por que não nos interrogamos a razão pela qual o André Santos ou o Renato Neto (outros haveria), não foram objecto do mesmo tratamento. É que o 1º saiu do clube a "custo zero" e o 2º foi emprestado no seu último ano de contrato. A cláusula indemnizatória era só para o Salomão? Mistério...
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De Fernando Mamede a 24.01.2014 às 08:40

(cont.)

Por último, em 5º lugar, não choca a ninguém que uma pessoa seja considerada meramente pelo seu "valor contabilístico"? Que não se infira que o valor contabilístico é indiferente, pois não é para a realidade de um clube com dificuldades financeiras, mas o facto daquele "activo" respirar, falar com outros "activos", ocupar o espaço de outros "activos", ter ambições pessoais... esse facto, não sugeriria que talvez fosse melhor adoptar uma postura um nada mais... humana, vá lá?

Saltos de fé, desumanidades ou tratamento diferenciados à parte, o que é mais interessante nesta questão do Diogo Salomão não é que a Direcção do Sporting tenha eventualmente considerado que o jogador poderia ser desportivamente útil e uma mais-valia financeira no futuro - porque só quem não decide é quem não erra e também importa o valor da contingência associada ao erro - mas a velocidade com que os seus "enviados especiais" (chamemos-lhes assim) vêm a terreiro apresentar justificações (e atirar poeira para os olhos).

Não percebem os enviados (ou quem os envia) que assim, não apenas prestam um mau serviço ao Sporting, como prestam também um mau serviço a quem pretendem proteger, porque isolar alguém da crítica é isolá-lo da realidade. Triste trabalho das penas amestradas...
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De Rui Gomes a 24.01.2014 às 11:15

Caro Fernando Mamede,

Em primeiro lugar, muito obrigado pelas suas simpáticas palavras, em contraste com o leitor que o precedeu que tem obviamente um qualquer problema difícil de diagnosticar.

Apresenta vários interessantes e pertinentes cenários que reforçam a minha ideia deste tipo de actividade pelo Sporting, no contexto de Fundos e o seu investimento em jogadores. Ainda mis relevante foi o facto de ter mencionado os casos de André Santos e Renato Neto (cujo contrato termina um Junho de 2014), que nem me vieram à ideia, e aos quais se pode juntar, por exemplo, William Owusu (nem se sabe o seu actual paradeiro) e Vítor Golas que, aparentemente, treina com a equipa B, sem poder jogar, e cujo contrato também termina em Junho de 2014. Não há muito tempo publiquei um breve texto em que mencionava que os rumores que constam sobre uma possível renovação do guarda-redes até 2017, disposição, que eu saiba, ainda não confirmada pela SAD.

Após ler o seu comentário, levei prontamente a cabo alguma investigação e encontrei este artigo do JN em referência ao Salomão, André Santos e Renato Neto, entre outros, e o comunicado do Sporting à CMVM sobre o investimento nestes jogadores do Sporting Portugal Fund . O então investimento no André Santos até superior ao dos outros: 1,75 milhões de euros, e fica agora por esclarecer como é que o Fundo foi compensado - se de facto foi - dado que o jogador saiu a custo zero.

Essa informação encontra-se disponível aqui:

http://www.jn.pt PaginaInicial /Desporto/Interior.aspx?content_id=1955179

e refere a operações de Agosto de 2011, poucos dias depois desse Fundo ter sido criado.

Saudações Leoninas
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De L a 24.01.2014 às 10:50


Com o caro Rui Gomes porventura a dar azo ao seu sono retemperador no outro lado do Atlântico, congratular o também caro Fernando Mamede pela paciência da reflexão, até porque como diz só mesmo a avidez de algumas fontes fidedignas, sempre tão expeditas, nos fazem voltar ao absurdo desportivo dos contratos de longa duração nesta altura da época.

Desde o 1º dia e com muita gente a temer o pior, rescisões em catadupa, sempre disse, tomara o Bruno. Sobretudo agora em que ainda nem sequer é liquido que possamos vir a estar presentes nas provas da UEFA ou sequer inscrever novos jogadores, com tanta coisa ainda por resolver. O caso do Diogo Salomão, ainda por se afirmar e que tinha em 2013/14, a sua derradeira época para justificar a contratação e onde fosse, impulso fundamental muitas vezes, foi mais um que se empurrou com a barriga, já que desta vez nunca se pôde contar com a odiosa dupla, cheque e vassoura. Mais um caso onde sem dinheiro se usou a barriga para empurrar para a frente na tentativa de também diluir custos ou valores já anteriormente contratualizados. Mais do que a remuneração de fundos quando também deixou de haver crédito bancário interessa sobretudo a decisão desportiva e no que implica em ambição e motivação do atleta, sempre fundamentais no seu rendimento. E mais um jogador que nunca se afirmou no Sporting já consegue ver agora a carreira toda com essa camisola? Mas é baratinho. Mesmo sem dinheiro ninguém pensou que o jogador também podia realizar a última época emprestado, quiçá até reacender algum interesse em Espanha?

Recorrendo claro à única voz da verdade como fonte:

http://www.sporting.pt/Noticias/Futebol/Fut_Prof/notfutprof_futrenovsalomao_280813_115875.asp

E já agora o resto:

Mauro Riquicho: contrato até junho 2016, cláusula de 45 milhões
Ruben Semedo:contrato até junho 2017, cláusula de 45 milhões
Mica Pinto: contrato até junho 2018, cláusula de 45 milhões de euros
João Mário: contrato até junho 2018, cláusula de 45 milhões de euros
Wilson Eduardo: contrato até junho 2018, cláusula de 45 milhões de euros
William Carvalho: contrato até junho 2018, cláusula de 45 milhões de euros
Luís Ribeiro: contrato até junho 2018, cláusula de 45 milhões de euros
Ricardo Esgaio: contrato até junho 2018, cláusula de 45 milhões de euros
Edelino Ié: contrato até junho 2018, cláusula de 45 milhões de euros
Filipe Chaby: contrato até junho 2019, cláusula de 45 milhões de euros
Cristian Ponde: contrato até junho 2019, cláusula de 45 milhões de euros
Iuri Medeiros: contrato até junho 2019, cláusula de 45 milhões de euros
Kikas: contrato até junho 2019, cláusula de 45 milhões de euros
Betinho: contrato até junho 2018, cláusula de 60 milhões de euros

Que me perdoem outra vez os maiores fans do Bruno mas no renovado léxico leonino isto só tem um nome - gestão desportiva danosa. Mas fica para a próxima auditoria. No futebol até os grandes presidentes dependem sempre de quem os rodeia, para o bem e/ou para o mal.
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De Rui Gomes a 24.01.2014 às 11:17

Caro L,

Apenas para não me tornar repetitivo, refiro-o à resposta que eu dei ao comentário do leitor Fernando Mamede que, porventura, ajuda esclarecer mais um pouco esta temática dos Fundos e investimento em jogadores de futebol.
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De L a 24.01.2014 às 14:57


Efectivamente nada de novo, a questão de fundo é sempre a mesma. Quando num movimento associativo assistimos a uma disputa pelo poder completamente fora do calendário eleitoral, ainda por cima com uma das partes sem quaisquer condições e em que ainda tratamos os nossos como nunca devemos tratar sequer os nossos adversários o mais certo é ocorrerem mesmo danos irreparáveis como foi efectivamente o caso, como várias negociações e renovações em curso. O caso Bruma que também levantaram entretanto e que fez correr muita tinta foi só um exemplo. De lá para cá empurrou-se tudo e mais alguma coisa, muito para lá do razoável, para as costas da direcção anterior e quase tudo o que foi feito, como é o caso deste post, foi muito mais no sentido dos actuais se manterem no poder do que a pensar no bem do Sporting. Puro instinto de sobrevivência.

Felizmente para todos era impossível a época estar a correr melhor e como o caro Rui Gomes ainda escreveu ontem há muita coisa que vai precisar de tempo para ser tema. Só há uma verdade irrefutável, cada vez mais pobres e mais dependentes como também não podia deixar de ser. Ainda podem sempre tentar transformar o movimento associativo numa cooperativa para tentarem resgatar a SAD com um dinheiro extra de cada sócio. A registar alguma mudança neste paradigma nunca vai depender em nada dos novos órgãos eleitos. Agora já não porque o Prolongamento é mesmo um programa insuportável, mas o Barroso a dourar a pílula e a dar conta dos grandes feitos do Bruno ainda foi durante algum tempo o meu programa de humor preferido na televisão portuguesa.
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De Lion73 a 24.01.2014 às 11:58

É capaz de explicar, mas fazendo o minimo de sentido, em que é que isso indicia gestão danosa? Com factos, números. Porque presumo que tem ideia do tipo de custos envolvidos no prolongamento de contrato de ex juniores ou seniores de primeiro ano, ao fazer esse tipo de valoração.

Quanto às multiplas referências aos enviados da direcção, é algo que já foi discutido anteriormente. Risivel que e sendo consensual o bom trabalho desta direcção, porque as medidas globalmente fazem sentido e os resultados estão à vista, os outrora silenciosos e/ou cumplices de uma gestão irresponsável ( valoração assente em factos e não em subjectividades de natureza dúbia ) se arroguem agora ( num momento de clara recuperação ) de um espirito critico nunca antes visto, enquanto o Sporting rumava para o abismo.

É uma anedota, pegar-se num caso como o Diogo Salomão, para daí montar um filme de despesismo e irresponsabilidade. Risivel, repito. E ridiculo.
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De Fernando Mamede a 24.01.2014 às 13:49

Lion73,

Seria de facto ridículo tomar um exemplo de uma medida de gestão e daí "montar um filme de despesismo e irresponsabilidade".

Mas creio que ninguém, excepto o meu amigo, o fez. O que o L disse foi "gestão desportiva danosa" e não "gestão financeira danosa" - e ainda que concedendo que a 1ª tem um forte impacto na 2ª, esse impacto pelo menos não é sentido no imediato. Em momento algum, se referiu que a renovação do Salomão foi um acto irresponsável do ponto de vista financeiro.

Mas não é menos ridículo que o meu amigo venha defender quem não precisa de defesa. Ou venha atacar quem exprime uma opinião distinta da sua. O argumentário reciclado da "cumplicidade na gestão danosa" serviu-nos apenas para um propósito: o de demonstrar uma vez mais, acaso fosse necessário, que não é possível exprimir qualquer crítica sem que se pretenda silenciado pelos vigilantes do regime.

É tão banal e tão reles quanto o argumentário utilizado...
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De Lion73 a 24.01.2014 às 17:02

Pois é evidente que o Fernando Mamede tem que conceder, que uma "gestão desportiva danosa" tem óbvias repercussões na gestão global do clube.

O que o user L faz, além de pegar no caso Salomão, é usar como prova ( mirabolante ) da tal gestão danosa a renovação de contratos de longa duração com os jovens da formação. Isto não é uma opinião. Isto não é uma critica. Isto é pura desonestidade intelectual, sem qualquer raciocinio lógico inerente e é este tipo de exercício que vai merecer o ataque a pretensas opiniões contrárias que não passam de cenários fantasiosos.

É isto que vai originar a defesa de quem tem feito um bom trabalho no Sporting. A critica a erros, de facto ( e já os houve ), a posturas e comportamentos ( que de maneira nenhuma a personalidade de BdC é consensual, mesmo entre quem elogia o seu desempenho ) têm todo o cabimento e merecem nada mais que uma discussão saudável sobre o clube.

Não foi o caso do comentário do user L nem do seu. Espírito critico e liberdade opinião são privilégios e direitos que resultam da clareza e factualidade argumentativa e não escudos para dores de cotovelo crónicas.
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De Sardinha a 24.01.2014 às 14:44

Pelo contrário, é uma gestão desportiva responsável e de acordo com o rumo traçado. Apostar na formação e resguardar com contratos longos as melhores promessas da academia. Todos vão dar craques? Com certeza que não, mas no caso de singrarem no futebol profissional não iremos ser apanhados de calças na mão como no caso Bruma. Isto sim um caso de clara gestão danosa, desportiva e financeira. Entre muitos outros casos, como a venda a retalho de grande parte das percentagens de passes das jovens promessas a fundos para pagar despesas correntes. Isso sim é gestão danosa e que compromete o futuro do SCP por umas migalhas.
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De Sérgio Palhas a 24.01.2014 às 12:23

Considero o Post do Rui interessante e informativo, no entanto o aproveitamento que alguns escudados na capa do "sentido critico" fizeram de seguida já me parece despropositado.

SL,

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