De Luis Carvalho a 09.12.2022 às 21:46
Vi o jogo muito a espaços e não vi a segunda parte do prolongamento. Quando voltei a olhar para a TV, lá estava a vitória da Croácia nos pénaltis. Curioso, o Brasil tem jogadores, não tanto equipa para ganhar e por números claros. Gosto sempre de ver os Brasileiros, têm arte, mas creio que têm um problema de há muito, não sabem como jogar, deixar a arte falar como no Mundial de Espanha e perder, ou jogar mais à Europeia curta e perder igualmente. Lembro-me do primeiro Mundial que vi o de 1970 no México( do de 1966 só recordo o jogo com a Coreia e por um episódio engraçado no restaurante onde estávamos na Praia da Rocha), o Brasil era tudo o que era arte no futebol, para um miúdo como eu era, Jairzinho, Pelé, Carlos Alberto, Rivelino, etc, foram uma descoberta fantástica. A equipa de 1982, era igualmente algo que dava um gosto tremendo ver jogar, mas perdeu contra o pragmatismo Italiano, naquele que talvez tenha sido o melhor jogo de futebol a que assisti. A Europeização do futebol brasileiro, por força de quase todos os jogadores jogarem na Europa, trouxe obviamente menos romantismo, a arte está lá, mas está inibida, cerceada. A Croácia é quase tudo o que não gosto no futebol, é um futebol chato, resulta, mas não me entusiasma, apesar de ser um regalo ver Modric a jogar. Pode ser da idade, mas tenho muitas saudades dos Campeonatos do Mundo, de 70, 74 e 82, o futebol era muito mais puro.