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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A honestidade era verde e um burro comeu-a. Ser honesto foi, em tempos, uma honra. Hoje é uma virtude ser desonesto. A vários níveis. No que ao futebol diz respeito, deixou de ser excepção para ser mais regra. No que concerne ao Sporting, que sempre foi um clube sério e honesto, a desonestidade é merecedora de elogios. Sei que existe noutros clubes, mas sendo criticável, preocupa-me sobretudo a que se pratica no meu.
A Doyen Sports é um fundo com existência inteiramente legal, e que os clubes utilizam sem qualquer obrigatoriedade. As suas regras estão definidas e os seus utentes conhecem-nas. Quando utilizam os seus serviços, estabelecendo contratos, fazem-no de livre vontade, independentemente de estes serem justos ou injustos. Aliás, este ou outros fundos têm servido, para os clubes disporem de activos que de outra forma não conseguiriam. Em conclusão, os clubes quando fazem contratos com estes fundos, sabem ao que vão, e têm que cumprir aquilo que assinaram, que tem que ser cumprido por ambas as partes. Não podem depois vir carpir-se, sacudindo a água do capote. Fazer figura de rico com o dinheiro dos outros é fácil, mas insustentável.
.O Sporting brunista é "useiro e vezeiro" no uso de artimanhas de chico-espertismo para não cumprir esses contratos, fazendo com que seja activada a acção judicial, ganhando assim tempo, para ir ficando com o que não lhe pertence. Esta situação passou-se com o caso Rojo, e tem remake com o caso Labyad. Se esta forma de actuar, seja com quem for, não é desonestidade não sei o que é. Por isso, quando vejo adeptos elogiar estes actos de calotice, põem-se os poucos cabelos em pé. Creio que os adeptos sportinguistas são, na sua maioria e na sua vida privada pessoas honestas, portanto não compreendo que aceitem a prática da desonestidade pela direcção do seu clube. Quer queiram que não, acabam por ser coniventes com uma prática condenável.
A honestidade era verde, mas hoje já não é. Há uma regra que eu considero fundamental. Quando consideramos normal, e até louvável, a prática da desonestidade na nossa casa, não temos autoridade moral para a criticar na casa dos outros. Bem vindo aos actos desonestos justificáveis. Viva o admirável mundo novo.
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