A explicação sobre os três guarda-redes no Euro 2020

Rui Gomes, em 16.06.21

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Tenho vindo a questionar Fernando Santos por ir a jogo com três guarda-redes e relegar para a bancada três jogadores aptos a alinhar, no caso de ontem Diogo Dalot, João Palhinha e Gonçalo Guedes.

Depois da questão me ter sido referida por um nosso leitor - e eu efectuar a minha própria pesquisa - acabei por chegar à conclusão que, havendo algum erro, é da UEFA e não do Seleccionador Nacional, que se limitou a cumprir com os Regulamentos vigentes.

Passo a explicar...

Há muito que a UEFA permite a inscrição de 23 jogadores, inclusive de três guarda-redes, para esta prova. Por consequência, até agora, esses 23 jogadores eram todos inscritos no boletim oficial de cada jogo e tinham lugar no relvado ou no banco de suplentes.

No EURO 2020, devido ao factor Covid-19, a UEFA aprovou uma adenda permitindo a inscrição de 26 jogadores. Contudo, deixou inalterado o Regulamento original no que diz respeito aos 23 que vão a jogo, inclusive, repito, dos três guarda-redes.

Daí, que todos os seleccionadores sejam obrigados a equipar três guarda-redes e a relegar para a bancada três jogadores de campo. Não faz sentido, mas é a lei da terra!

Fica o assunto assim devidamente esclarecido e o meu reconhecimento de ter sido injusto para com Fernando Santos.

Veremos, portanto, quem serão os ocupantes da bancada frente à Alemanha.

P.S.: Pela Covid-19, existem outras regras excepcionais que no contexto dos guarda-redes não vale a pena elaborar nesta altura.

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publicado às 13:45

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8 comentários

De MAV a 16.06.2021 às 14:11

Muito bem esta rectificação...

De Orlando Santos a 16.06.2021 às 14:57

Penso que Palhinha irá para o banco e, provavelmente, entrar na 2ª parte para o combate no meio campo.

De Rui Gomes a 16.06.2021 às 15:40

Provavelmente, será a vez de Pote ir para a bancada.

Digo isto, porque Fernando Santos tem à sua disposição o melhor marcador de Portugal e o segundo melhor marcador da Alemanha, mas nem um nem o outro aparentam ser de muita importância para ele. É preferível o Bernardo Silva ou até o Jota andarem a arrastar-se em campo.

Para não esquecer o Félix que não me surpreenderá que venha a ser titular contra a Alemanha.

De LG a 16.06.2021 às 15:18

Quem sabe, sabe.
A fonte foi esta: https://documents.uefa.com/v/u/WVKcnryVkASzztwJjPBcIw

De Rui Gomes a 16.06.2021 às 15:36

A fonte é fácil de encontrar, mas a questão nunca me veio à ideia por não fazer sentido.

A UEFA, ao aprovar a adenda, devia ter também alterado o número de jogadores que podem ser inscritos jogo a jogo, para não colocar os seleccionadores na pouca agradável situação de ter de excluir três jogadores por partida.

Típico da UEFA, e até da FIFA, em vez de simplificarem as coisas, complicam.

De LG a 16.06.2021 às 15:50

A solução mais simples seria manter os 23 convocados como nos europeus anteriores, aí já ninguém discutia a presença do 3.º GR no banco
Eu acho que faz sentido: será mais verosímil uma equipa precisar no mesmo jogo de um 3.º GR do que um treinador precisar de 11 jogadores de campo suplentes e não saber quem vai colocar.

Pela sua lógica os bancos deviam levar todos os 15 jogadores não titulares, há mesmo necessidade disso?

De Rui Gomes a 16.06.2021 às 16:08

Um treinador precisar do 3.º guarda-redes deve acontecer excepcionalmente uma vez por ano em todos os campeonatos do Mundo.

A questão dos jogadadores que vão para o banco, ou melhor, para a bancada, prende-se com o estado de espírito de cada um. Serem convocados, treinarem normalmente com o plantel e depois irem para a bancada.

Se Fernando Santos sabe utilizar o muito talento que tem à sua disposição, é outra conversa. Tem dois pontas de lança e praticamente não os usa, um deles o segundo melhor marcador da Bundesliga. Tem o melhor marcador de Portugal, e é um médio, e veremos se chega a calçar.