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Dando seguimento ao recém-post sobre o fundo Sporting Portugal Fund e a sua percentagem de passes de jogadores do Sporting, referimos aqui a mesma disposição relativamente à HOLDIMO - Participações e Investimentos, SA - e a parceria estabelecida com a Sporting SAD, em que foram cedidas percentagens dos direitos económicos detidos pela SAD referentes a 23 jogadores. Mediante o que foi aprovado em Assembleia Geral, com o aumento de capital da SAD, a realizar (já terá sido realizado) por subscrição particular pela sociedade Holdimo, no montante de 20 milhões de euros, esta passará (já terá passado) a deter 23,5 por cento do capital da SAD. Em contrapartida, o Sporting recupera (já terá recuperado) as percentagens dos jogadores do plantel, que estão (estavam) na posse da Holdimo.

 

No Relatório e Contas referente ao Exercício 2012/2013, apenas 23 jogadores são referidos, no entanto, o presidente do Sporting, em entrevista à Sic Notícias, salvo erro em Junho de 2013, apresentou uma lista de 28 jogadores. O acima citado Relatório e Contas não nomeia os jogadores, mas podemos adiantar aqui alguns nomes, e as respectivas percentagens então (ou ainda) na posse da Holdimo:

 

Bruma - 50%

Tiago Ilori - 20%

Marcelo Boeck - 15%

Jeffrén Suarez - 20%

João Mário - 15%

Cédric Soares - 25%

Diego Capel - 15%

André Martins - 25%

Adrien Silva - 20%

Ricardo Esgaio - 25%

Santiago Arias - 20%

Stijn Schaars - 15%

Elias -20%

Betinho - 45%

 

Isto, à parte das percentagens na posse de outros Fundos, como já previamente indicámos as do Sporting Portugal Fund.

 

O fundo Quality Football Ireland Limited, detém ou já deteve percentagens dos seguintes jogadores:

 

Carlos Chaby (Filipe) - 50% - Preço pago pelo Fundo 1 milhão de euros

Cristian Ponde - 25% - 100 mil euros

Diego Rubio - 40% - 1.400

Elias Trindade - 50% - 3.850

Fabian Rinaudo - 50% - 1.100

João Mário - 25% - 400

Stijn Schaars - 37,5% - 319

Tobias Figueiredo - 50% - 1.000

 

O fundo Doyen Sports Investments, detém ou já deteve percentagens dos seguintes jogadores:

 

Marcos Rojo - 75% - 2 milhões de euros

Zakaria Labyad - 35% - 1.500 milhões de euros

 

* O valor cedido ao Fundo sobre Marcos Rojo foi na realidade de 3 milhões de euros, sendo que a prestação remanescente venceu em Outubro de 2013 e, segunda consta, não foi exercida pelo Sporting por falta de liquidez para o efeito.

 

Entre tanta informação, ainda aparece a Leiston Holdings - assente em "Associação de Participação" - com 50% do passe de André Carrillo, pelo qual pagou 352 mil euros, e 48% de Valentin Viola, por 2.280 milhões de euros. Estranho este tão baixo valor por Carrillo, mas é o que se verifica no Relatório e Contas.

 

Em conclusão, e tendo em conta alguma leitura e/ou interpretação errada da minha parte, parece ser óbvio que de uma forma ou outra, com um ou mais Fundos, a maior percentagem dos direitos económicos da vasta maioria de jogadores do Sporting - equipa principal e B - estão nas mãos de Fundos, por actos de gestão da anterior administração da Sporting SAD. Neste contexto, a actual liderança está completamente isenta de responsabilidade. A única disposição que pode ser apontada a Bruno de Carvalho e à actual SAD, é a promessa incumprida do investimento de 18/20 milhões de euros, que teria então possibilitado a recuperação destes passes, na totalidade, caso tivesse surgido logo no início do mandato, ou da época, antes dos jogadores se valorizarem. A exemplo simples e claro, quanto teria então custado negociar a percentagem de William Carvalho (que foi alienado (40%) a troco de 400 mil euros), comparado com o seu actual valor depois da excelente época por si realizada e a respectiva valorização no mercado.

 

publicado às 18:05

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11 comentários

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De iorda9 a 25.03.2014 às 20:16

Concordo com praticamente tudo

O que a anterior direcção fez tem um nome: hipotecar o futuro do Sporting

Concordo consigo que teria sido obviamente uma medida sensata recomprar os passes de alguns desses jogadores e é uma falha importante de Bruno de Carvalho não ter esse dinheiro.

No entanto o que não percebo é como e que condições o poderia fazer.

Será que havia valores estabelecidos e prazos ?
Será que passava sempre pela negociação ? é que se assim fosse já em Setembro ou Outubro vinham olheiros ver William Carvalho e não seria nada facil negociar com os fundos.

Importante mesmo é ficar em 2º lugar (pelo menos) e ter entrada directa na Liga do Campeões - garante um encaixe significativo e dá-nos uma posição mais confortável para negociar os nossos jogadores e ao mesmo tempo o clube torna-se mais atrativo a futuras contratações.

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De Rui Gomes a 25.03.2014 às 20:30

Tudo são factos menos o último parágrafo, que é a minha opinião.

Já aqui abordámos, em detalhe, essa questão dos prazos de recompra, etc. O que é lógico e tudo indica de viável concretização, especialmente a lidar com o Sporting Portugal Fund, é que a recompra é negociável com determinados jogadores e sobre determinadas condições, a partir do momento em que o jogador ainda não foi valorizado e o gestor do Fundo entender que não prejudica os seus constituintes.

No post eu referi, quanto timing, logo no início do mandato ou antes do início da época, não em Setembro ou Outubro, que poderia não ser tarde para alguns jogadores mas já tarde para outros, a exemplo de William Carvalho.

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De Sergio Palhas a 25.03.2014 às 20:22

Excelente trabalho Rui,

Recompra de percentagens de jogadores é sempre muito complicada porque quem "empresta" nestes casos não o faz para ajudar mas sim para ter um retorno bem acima do normal!

Ainda assim a parceria com a Holdimo terá sido excelente porque me parece que nesse caso haveria uma convergência de interesses ... ajudar o SCP. Quanto aos outros casos acho mais dificil.

SL,


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De Rui Gomes a 25.03.2014 às 20:38

Não obstante condições sobre prazos e outras estipulações, tudo é negociável a partir do momento e em circunstâncias em que o gestor do Fundo sentir que não está a ser prejudicado.

Quem dava 3/4/5 milhões por William Carvalho em Junho ou Julho ?... Ninguém. E quem diz ele, muitos outros também.

A anterior administração da SAD tinha também alienado o passe de Eric Dier e conseguiu recuperá-lo, negociando e dando outros valores em troca. Tudo é possível, portanto, havendo o querer e os imprescindíveis meios, claro.

Não considero o acordo com a Holdimo excelente, por si, mas sim o melhor possível nas circunstâncias, dado que a liquidez então (e agora) não oferecia outras alternativas.
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De Sergio Palhas a 25.03.2014 às 20:44

O Eric Dier salvo erro envolveu o passe dos Torsileeri
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De Rui Gomes a 25.03.2014 às 21:24

O Torsiglieri também já estava no Quality Football Ireland. Em troca de Dier, o Sporting deu 50% de Filipe Chaby e ainda consentiu negociar João Mário e Christian Ponde.

O Sporting agora tem 100% do Eric.
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De Sérgio Palhas a 26.03.2014 às 08:25

Ok estáva convenccido que tinha passado por uma permuta envolvendo o passe do Torsiglieri.

SL,
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De Tony a 25.03.2014 às 20:45

A maioria de passes dos jogadores da equipa A ou B? Não me parece...

Seria interessante ter uma lista com os jogadores do Sporting e a percentagem que o Sporting tem (independentemente de quem tem o resto).

SL
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De Rui Gomes a 25.03.2014 às 21:13

Acho que não lhe parece porque não fez as contas. A pergunta mais adequada, especialmente sobre a equipa principal, é quais são os jogadores cujos passes não estão num Fundo. Assim de memória, pela informação disponível, vem-me à ideia apenas aqueles contratados esta época, e mesmo esses é necessário investigar.

Se fizer pesquisa aqui no blogue, já publiquei diversas listas de jogadores e as respectivas percentagens.
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De Lion73 a 26.03.2014 às 12:10

Uma nota.

Os tais 18/20 M referidos como "promessa incumprida", por mais que 1, 3, meia dúzia de vezes foram referidos que entrarão na forma de aumento de capital no âmbito da reestruturação financeira a concretizar em que há pontos, como se sabe, que aguardam despacho relativamente a isenções fiscais.
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De L a 30.03.2014 às 21:24


É o futebol actual, os fundos querem rentabilidade e os clubes precisaram de diversificar o crédito, assim como assim já nunca conseguiam liquidar qualquer tipo de empréstimo. No Sporting, no Benfica e no Porto, independentemente do patamar e do tamanho da bola de neve de que falamos. O que nunca muda é a importância dos resultados desportivos, são tão importantes para as tabelas classificativas como para a rentabilidade do negócio e o futebol continua mais ou menos o mesmo desporto para os adeptos. Sem resultados é que nunca é possível fazer nada no futebol, quanto mais aumentar receitas como também acabamos de ver.

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