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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
É absolutamente notório: à medida que se aproxima a fase decisiva do campeonato, mais a Federação Portuguesa de Futebol – através do seu controverso Conselho de Disciplina – intensifica a sua bem evidente abjecta, sistemática, arrogante e prepotente perseguição ao Sporting Clube de Portugal.
Fá-lo descaradamente, mediante decisões absurdas, bizarras, polémicas e discriminatórias – alimentando a suspeita de decidir intencional e desigualmente a favor do clube ou dos clubes da simpatia pessoal dos membros do CD – desprezando o seu dever de, acima de tudo, garantir integralmente a verdade desportiva.
Tal vil comportamento reforça, de resto, o enigma de como e por quem são recrutados e nomeados os elementos que compõem os vários Conselhos da FPF, nomeadamente o de Disciplina. Quem terá, e porquê, escolhido o seu actual presidente? Pelas suas específicas e comprovadas qualificações para o cargo a desempenhar, por interesses clubistas ou por mais uma incompatível e abusiva ingerência da política no futebol? Neste caso, trata-se de uma presidente e, simultaneamente, deputada parlamentar de um partido cujo chefe, como é sabido, apoiou publicamente o anterior presidente do SL Benfica.
Tal acumulação de funções está, porém, e finalmente, prestes a extinguir-se efectivamente. Como noticiado pela imprensa (embora sem o relevo que se justificava), a Assembleia da República, baseada na recomendação da sua Comissão de Transparência, aprovou, em Julho último, uma alteração ao Estatuto dos Deputados, já oficialmente promulgada pelo Chefe do Estado, que vem a impedir os deputados de “integrar, a qualquer título, cargos executivos em organismos e clubes desportivos” – aguardando-se a respectiva.entrada em vigor no início da próxima legislatura.
Salienta-se que a resolução em referência foi aprovada com os votos de todos os partidos representados no Parlamento – com a notória excepção de um único. Adivinhe-se qual: esse mesmo... o partido da presidente do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol.
Aliás, esta questão da duplicidade simultânea de funções oficiais já tinha sido causa de grande polémica e votações parlamentares nos princípios de 2020, devido, precisamente, à designação da deputada Cláudia Santos para a presidência do Conselho de Disciplina da FPF.
A alteração nesse oportuno momento da tão contestada lei ter-nos-ia poupado dois anos de um leque de decisões delirantes e aberrantes, perplexas e controversas, contraditórias e discriminatórias, ditatorialmente impostas, indiscutível e absolutamente danosas, as quais – acumuladas com sucessivos acontecimentos vergonhosos em plenos estádios do país – têm contribuído decisivamente para a queda da apreciação, interna e externa, do cada vez mais desacreditado futebol português.
Artigo da autoria do nosso estimado colaborador Leão da Guia
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