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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Para além de poderem e deverem ser debatidos os critérios utilizados pelo Conselho de Disciplina da FPF, muitas vezes dissonantes e, por isso, objecto de alta discussão e de controvérsia há, dentro da mesma questão, aspectos que merecem uma mais profunda reflexão.
Por estes dias o Conselho de Disciplina derramou sobre alguns clubes e jogadores um rol de castigos a punir certos gestos e palavras que terão sido registados nos relatórios de árbitros e observadores após alguns jogos que ficaram esmaltados por incidentes vários, na linha daquilo que se pode considerar (infelizmente) normal no futebol português.
Quando acima escrevíamos sobre critérios não estávamos só a olhar para a actuação de alguns dos árbitros, mas sim, naturalmente, a pensar em decisões diferentes para casos muito semelhantes. E esse será, sem dúvida, o primeiro e grande pecadilho do Conselho de Disciplina. Dá que pensar, e dá também lugar a reclamações de quantos se sentem mais lesados.
Outro aspecto da questão tem muito a ver com os regulamentos pelos quais as autoridades federativas se regem, e que são, nalguns casos, verdadeiras bizarrias.
Só que a responsabilidade pela criação desses regulamentos deve-se exclusivamente aos clubes que, quando atingidos, protestam em tons completamente desabridos.
Daí ser exigível um maior grau de responsabilidade àqueles que enviam às assembleias gerais onde os esses documentos são aprovados figuras de segunda e terceira escolhas, quando esse protagonismo deveria ser assumido pela principais figuras dos clubes.
Também o comportamento dos adeptos de muitos clubes têm enormes culpas no cartório, sendo de repudiar muitas das atitudes assumidas em determinados desafios e tidas como falsamente destinadas a apoiar as equipas da sua simpatia.
Porque quando as claques extravasam para além daquilo que seria normal, as tesourarias dos clubes que apoiam é que sofrem as consequências.
É tempo de o futebol português sair do buraco em que se meteu há muitos anos.
Artigo da autoria de Ribeiro Cristovão, em Rádio Renascença
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