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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A claque Torcida Verde, afecta ao Sporting, fez um apelo esta quarta-feira à intervenção do Estado no futebol e à responsabilização directa das SAD e dos dirigentes, face ao clima de tensão na modalidade em Portugal.
Luís Repolho e Paulo Jorge Barros, ambos representantes do grupo organizado de adeptos formado em 1984, lamentaram no seio da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, Assembleia da República, que as leis existentes contra a violência no desporto não sejam devidamente aplicadas, dando como exemplo a proibição de apenas algumas dezenas de adeptos de entrarem nos estádios, enquanto em Inglaterra são cerca de 2.000.
"Se esperarmos que o futebol se auto-regenere, é equivalente a esperar que a máfia se auto-regenere", afirmou Luís Repolho, acrescentando: "Acreditamos que as pessoas têm de ser mais responsabilizadas. Ou o Estado intervém directamente ou demite-se desta matéria. Falei da máfia porque o futebol é um estado dentro do Estado".
Embora tivesse sido solicitada há já cerca de um ano, depois da morte do adepto italiano Marco Ficcini nas imediações do Estádio da Luz, em Lisboa, a audiência acabou por se realizar apenas agora, duas semanas depois dos incidentes com elementos ligados à Juventude Leonina na Academia do Sporting, em Alcochete, um tema que o representante da Torcida Verde optou por não comentar.
"Não acompanhamos esta histeria, que acontece de forma completamente demagógica. Está a tentar tratar-se um cancro com uma aspirina. É grotesco falar sobre o que se passou neste último mês, recuso-me a falar disso".
Perante as questões dos deputados dos partidos com assento na comissão sobre o papel da anunciada autoridade contra a violência no desporto, o adepto do Sporting confessou que se podem criar diferentes organismos, mas reiterou que a moldura legal já existe, o que falta é fiscalização e aplicação por parte do Estado.
"Acho que se devia olhar para a lei. Haja coragem. A lei do país deve estar acima da lei do futebol. Não tenham medo dos clubes", finalizou.
Uma boa iniciativa deste grupo que, como sempre, lamentavelmente, deve passar ignorada por quem de direito se devia preocupar e agir em conformidade.
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