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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Há, fora do cada vez mais reduzido grupo de apoiantes Bruno de Carvalho, dois pontos de vista: os que, mesmo reconhecendo muitos erros, se revêm no essencial do que foram os vinte anos antes de Bruno de Carvalho e que, na prática, encaminham o clube para uma total empresarialização onde os sócios não terão um papel central (o modelo dos grandes clubes ingleses); e os que, opondo-se ao estilo de Bruno de Carvalho e ao que sucedeu nos últimos meses, desejam resgatar o conteúdo do seu primeiro mandato e têm como prioridade manter a maioria do clube no capital social da Sporting SAD.
Estou convencido que os segundos estão em clara maioria. A questão é se os nossos principais clubes continuarão a ser um espaço de associativismo ou se se resumem definitivamente ao negócio.
O que acontecer ao Sporting será determinante para os outros clubes e, estando a falar das maiores associações do país, tem consequências que ultrapassam o desporto. Isto quer dizer que a lição de sábado ainda vai a meio.
Se os sócios perdessem o controlo do clube, a conclusão seria terrível: sem a mão firme de um ditador uma comunidade é derrotada pelos interesses.
Se os sportinguistas conseguirem manter o seu controlo sobre o Sporting terão provado que a democracia não é sinal de fraqueza, é a melhor forma de defender o que é nosso. O maior sinal de maturidade que os sócios poderiam dar seria, depois de recusarem o ditador, recusarem quem lhes queira tirar as rédeas clube.
Quanto a Bruno de Carvalho, que se candidate para entreter a comunicação social. O debate sobre o futuro do clube não o inclui.
Daniel Oliveira, jornal Expresso
Nota: Novamente a referência ao primeiro mandato do destituído lunático - período em que o autor do artigo foi seu acérrimo apoiante. Acho melhor esperar mais algum tempo, aguardar o resultado de auditorias ao seu consulado, e então voltaremos a falar sobre este assunto.
O Sporting Clube de Portugal tem razão de ser, que não inclui entreter a comunicação social, especialmente se isso implica subjugar os Sportinguistas a dois meses de campanha eleitoral do desprezível ex-presidente.
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