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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A contratação de um ponta de lança, com características diferentes de qualquer avançado do plantel principal, parece uma realidade cada vez mais improvável e Rúben Amorim, à partida, prepara-se para enfrentar a metade inicial da próxima época com os avançados disponíveis, incluindo o jovem Rodrigo Ribeiro. Neste contexto questiona-se a forma como o treinador vai montar o ataque.
Mantendo o esquema de três avançados, continuará Paulinho como referência mais "fixa" ou optará Rúben Amorim por um ataque móvel com três avançados "baixinhos"?
A exemplo do ocorrido em determinados jogos da segunda metade da época passada e até já nesta pré-época, a segunda opção dá sinais de começar a ganhar preponderância. Num plantel constituído por, pelo menos, sete avançados/extremos (Pote, Edwards, Trincão, Rochinha, Tabata, Fatawu, Nuno Santos) que encaixam na perfeição neste estilo de jogo, parece que Paulinho poderá perder o estatuto de "intocável" e alternar a titularidade com os avançados mais móveis e tecnicistas.
É bem legítimo questionar se no campeonato nacional, especialmente contra equipas que jogam maioritariamente fechadas, o ataque mais móvel terá capacidade para, de forma permanente, ser uma opção válida e consistente. Pode-se argumentar com a necessidade de uma maior presença na área mas, salvo em situações de "desespero", tal vai contra a ideia e sistema de jogo de Rúben Amorim.
Sabendo que o treinador do Sporting CP é alguém convicto nas suas ideias e persistente na sua aplicação, é bem provável que o ataque móvel esteja a ser exaustivamente trabalhado de forma a ser a opção ofensiva principal.
Nesta realidade, Paulinho, que também pode ser uma opção num ataque sem posições definidas, poderá perder alguma preponderância face aos "concorrentes" mais móveis e tecnicistas. Certamente não perderá a confiança de Rúben Amorim, mas poderá ter uma titularidade intermitente e ser mais utilizado em função das características do adversário ou como opção quando o ataque móvel não conseguir "desbloquear" o jogo.
Trata-se de uma mera reflexão mas as últimas prestações e avaliações da equipa apontam este caminho mais "móvel" como uma possibilidade de percurso para Rúben Amorim. Não o definiria como Plano A, com subsequentes B, C... mas antes como uma opção que, face à "matéria prima" disponível, está a ser muito bem trabalhada de forma a corresponder aos desejos ofensivos do treinador. Quanto melhor for o resultado, mais será utilizada. Sem prejuízo do recurso a outras opções.
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