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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Os sportinguistas têm experienciado uma autêntica montanha-russa de emoções desde que surgiram os primeiros rumores sobre a provável saída de Rúben Amorim, a culminar nesta última bem fenomenal semana, em que se viu o Sporting vencer o Manchester City num jogo histórico e a derrubar o SC Braga, através de uma espectacular reviravolta.
A partir da conferência de imprensa do dia 1 de Novembro, em que o presidente Varandas ousou da palavra depois de Rúben Amorim, fiquei absolutamente convencido que João Pereira seria o próximo treinador do Sporting. Apesar da minha grande curiosidade, não fiz nenhuns contactos para tentar confirmar a situação. Mesmo entre amigos, há certas questões que não devem ser abordadas.
Afirmei aqui, na altura, que a ideia não me agradava, pela sua pouca experiência como técnico. Agora, com a sucessão já oficializada, não mudei de ideias, mas limito-me a apoiar o novo treinador e a desejar a continuidade de sucesso da equipa.
Enquanto jogador do Benfica, João Pereira era o jogador que eu mais detestava no futebol português, muito pelo seu temperamento e irreverência. No Sporting, surpreendeu-me muito com o seu profissionalismo e comportamento quase impecável.
O facto de ter nascido e de ter sido criado no então notório Casal Ventoso, ajuda muito a explicar a sua fibra como jogador. Acredito que agora, com o passar dos anos, experiências e maturidade, está mais calmo e sereno.
Um grande amigo meu, infelizmente já falecido, também ele natural desse velho bairro de Lisboa, jogador profissional de futebol, formado no Atlético CP, e mais tarde treinador - chegou a treinar três equipas minhas - contou-me muitas histórias sobre o que era viver naquela localidade.
Um dia, tínhamos um jogo na capital, por mera coincidência com o Sporting, de Manuel José, e fomos os dois ao Casal Ventoso para entregar uma encomenda à mãe do meu amigo que ainda ali residia. A própria pediu ao filho para não entrar no bairro, que ela viria ao nosso encontro nas imediações. E assim aconteceu.
Neste momento fico na expectativa, não conhecendo o suficiente de João Pereira como treinador. O seu recém-percurso nas equipas de formação não nos oferecem elementos suficientes para uma avaliação concreta. Principalmente, no que diz respeito à liderança de 'graúdos' sob alta pressão. O Sporting está em todas as provas em disputa, lidera o campeonato e tem uma muito boa hipótese de ficar entre os primeiros oito da Liga dos Campeões.
Parece-me que a escolha de Luís Neto para integrar a equipa técnica, a pedido do próprio João Pereira, foi uma excelente decisão. Ele identifica-se perfeitamente com a equipa e com todos os jogadores, podendo, assim, facilitar o processo de transição. Os adjuntos do novo técnico também me intrigam, pela positiva. Apesar da actual excelente equipa que temos, não é perfeita, havendo espaço e oportunidade para melhorias.
Acredito, por fim, que João Pereira e o seu staff vão dar continuidade ao que está bem feito, mas é inevitável, com o passar de algum tempo e dos jogos, que se venha a verificar algumas nuances inovadoras.
O Sporting CP, neste momento, está numa excelente posição para realizar uma temporada histórica. Esperamos que assim seja!
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