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A frustração, compreensível pelo inesperado resultado da equipa do Sporting nos Açores, invadiu o universo sportinguista e a ela associou-se um extenso rol de críticas.

A crítica é algo que devemos aceitar e com a qual devemos conviver e aprender. Inúmeras vezes é necessária para despertar e corrigir comportamentos. A sua ausência promove o conformismo e a inacção, resultando na perpetuação de erros que potencialmente levam ao fracasso. A questão principal não está, portanto, na sua existência, mas no modo e no objectivo com que é efectuada.

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É inegável a excelente prestação desportiva da equipa de futebol do Sporting CP no último ano e meio. Também não é menos verdade que o rendimento apresentado pela equipa no jogo com o Santa Clara não esteve de acordo com essa anterior prestação. No entanto, tal não é motivo para, através da crítica, elaborarem-se cenários "catastrofistas" que colocam tudo e todos em causa, tão típicos da bipolaridade comportamental inerente a uma parte do universo sportinguista. Pior é a sua inaceitável utilização para, de forma oportunista e com segundas intenções, atingir outros alvos.

Não se trata de abolir ou silenciar a crítica, conformando-se com o "inócuo" e exasperante discurso do "melhor resultado possível". Muito menos satisfazer-se com o que foi recém- conquistado e voltar aos tempos da luta pelo terceiro lugar. Mas a memória, a serenidade e a racionalidade, não devem permitir que o primeiro desaire (falamos da primeira derrota no campeonato) seja motivo para colocar em causa jogadores e orientação técnica, nem esquecer o que motivou vitórias consecutivas e títulos que nos trouxeram a este nível de exigência.

Num clube como o Sporting CP a exigência que promove a crítica é a mesma que obriga ao realismo e a assertividade dessa mesma crítica. Críticas efectuadas ao sabor de constantes alterações emocionais contribuem mais para a instabilidade do que para a resolução de problemas, por mais bem intencionadas que possam parecer. De boas intenções...

publicado às 02:49

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3 comentários

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De Elitista a 10.01.2022 às 12:10

Bom dia,
Esta questão nada tem que ver com crítica mas com mentalidade e exigência.
É a diferença entre ganhar de 20 em 20 ou anos ou ser hegemónico!,
Para quem gosta da primeira hipótese, a derrota de 6ª Feira foi uma chatice, acontece, só uns podem ganhar, não se pode ganhar sempre, etc.
Os que querem, EFECTIVAMENTE, ganhar sempre, percebem que não se pode ganhar sempre mas depois há os Bayern, Juventus, Milan, Inter, Liverpool, Man United, benfica, FC Porto e, depois, há os outros!
Parece que, afinal, todos perdem mas há uns que perdem mais do que outros...
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De Leão do Norte a 10.01.2022 às 12:44

Caro Elitista,

A crítica, por si só, não está directamente relacionada com a mentalidade e exigência. A forma e o objectivo com que se critica é que pode estar relacionado.
O que escreve é algo que em tese concordo mas gostaria que na práctica dependesse mais da mentalidade e da exigência do que depende.
Há realmente uns que perdem mais do que outros, mas tal não está relacionado com o alto ou baixo nível de critica. Está muito mais relacionado com a exigência e mentalidade e o texto procurou dissociar a ideia da associação directa entre estas e a crítica.
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De Elitista a 10.01.2022 às 15:36

O caro não estará a confundi crítica com maledicência?
São radicalmente diferentes!
Veja: certa vez o Dr. Dias da Cunha, após (mais) uma humilhante eliminação aos pés do Gençlerbirliği, e em resposta a uma pergunta de um jornalista a respeito do que havia dito aos jogadores no balneário, respondeu "disse-lhes que estas coisas acontecem, é futebol e têm que levantar a cabeça".
Não criticou!
Os "meninos" ficaram tão sensibilizados com a postura compreensiva do líder que, duas semanas volvidas, fomos afastados da taça de Portugal por um V. Setúbal a militar na 2ª liga e, tal como o "colosso" turco, em pleno Estádio Alvalade...

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