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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Para lastimável descrédito do Desporto e da Justiça deste singular país, tem-se constatado ultimamente a tendência de alguns dos maiores devedores ao fisco e à banca (isto é, a todos nós, cidadãos contribuintes) - nomeadamente empresários da construção civil e da imobiliária - se refugiarem comodamente como altos dirigentes de populares clubes de futebol. Um expediente habilidoso que, resistindo ilicitamente ao cumprimento da lei e das dívidas, lhes permite garantir a manutenção da sua vida confortável, em prejuízo das vítimas ignoradas e sofredoras dos seus calotes.
A fim de conservar o seu poder (indispensável à sua segurança) esses astutos personagens cultivam avidamente o apoio das aduladoras e inconscientes massas adeptas dos seus clubes, usando simultaneamente o seu prestigioso estatuto na conquista de uma influência cada vez mais notória e pessoalmente interesseira sobre as variadas instâncias desportivas, políticas ou da comunicação social – o que resulta, obviamente, numa promiscuidade crescentemente suspeitosa e altamente perniciosa para a imprescindível integridade do movimento desportivo nacional, sobretudo o futebolístico.
Neste particular e inflamado contexto, não surpreende que o comum observador manifeste o seu repúdio pela frequente e desavergonhada exibição pública, nas elegantes tribunas dos estádios e outros locais, desses desafiantes grandes caloteiros, principalmente quando ladeados de governantes e políticos igualmente destituídos de pudor.
Texto da autoria de Leão da Guia
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