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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Logo a partir da primeira jornada da época o colombiano Fredy Montero mostrou que poderia vir a ser o novo goleador de serviço do Sporting. Estreou-se de forma fenomenal com 3 golos frente ao Arouca, e com o total de 6 nos primeiros 4 jogos, incluindo a Académica, Benfica e o Rio Ave. Nas próximas seis jornadas ficou em branco apenas contra o SC Braga e o Vitória de Guimarães, marcando nos restantes, dando-lhe os seus actuais 13 golos, que lhe permitem liderar os goleadores da Liga.
O que está por verdadeiramente compreender - pese algumas conjecturas para o efeito - é a causa da sua travessia pelo "deserto" desde a 11.ª jornada frente ao Belenenses, o último jogo em que marcou. Ficou em branco nos últimos cinco jogos - incluindo os dois para a Taça da Liga, um destes, contra o Marítimo, em que não entrou em campo. Não por mera coincidência, o Sporting ficou também em branco em três desses cinco jogos: Nacional e Estoril para a Liga e o FC Porto para a Taça da Liga.
A contenda que decerto pesa na mente de sportinguistas - porventura até também na do treinador - é a causa, à raiz, desta seca, por quem já demonstrou ter ampla capacidade para penetrar as balizas adversárias.
Como adepto, tenho a minha teoria, que poderá ou não ser certeira. Existem, na minha opinião, dois factores fundamentais: o primeiro, e para mim o mais importante, é a ausência de um criativo na equipa, de um número dez que viabilizaria o jogo ofensivo do Sporting pelo corredor central, permitindo servir o ponta de lança de forma mais eficaz e directa. Mas, poderá dizer o leitor, ele marcou aqueles 13 golos mesmo sem haver o tal criativo. É verdade, mas a razão para isto leva-me ao referido segundo factor fundamental: de há uns jogos a esta parte - nomeadamente desde a 12.ª jornada - os extremos do Sporting têm vindo a descer de forma e de rendimento e com esta disposição, a perder a sua capacidade de ganhar a linha e servir o ponta de lança na área com mais frequência e melhores condições. Invariavelmente, os cruzamentos têm sido em número reduzido e mal colocados e, mais vezes do que não, ou Montero não está em posição para poder recuperar posicionamento ou está rodeado de defesas que impossibilitam a finalização. Como as coisas se situam neste momento, qualquer golo do avançado terá de surgir por inspiração individual sua. Isto, em termos gerais, já que não há regra sem excepção.
Por tudo isto, e mais, tenho vindo a sugerir nos mesus escritos que o Sporting deveria tentar assegurar os serviços de um médio criativo no mercado de Janeiro e caso isso não venha a ser possível, Leonardo Jardim deveria considerar alterar ligeiramente o sistema de jogo, mudando para o 4x1x3x2, abdicando de um extremo e permitindo com que Fredy Montero possa jogar nas costas de Slimani que, nesse sistema, entraria no onze.
Esta é uma teoria de treinador de bancada que, na realidade, não tem que tomar as decisões, mas nem só os que estão em campo percebem de futebol. Uma disposição é certa: Fredy Montero não está a marcar e denota falta de inspiração e de confiança e compete a quem de direito rectificar a situação.
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