De Gambrinus1904 a 30.10.2021 às 19:18
Acho que devia haver possibilidade de 11 substituições: 3 ao intervalo nos 45 minutos, 3 ao intervalo antes do prolongamento de 15+15 minutos nos jogos a eliminar, e as 5 que já existem no decorrer do jogo.
Há jogadores suficientes para isto tudo. E, tirando o Man City, o PSD, e o Bayern, mais nenhuma equipa do Mundo tem dois 11 de nível semelhante, sendo que aqui o problema não é o nº de substituições, mas o capitalismo desregulado que deixámos que infectasse o futebol, agravando desigualdades que já existiam, e fazendo-o de forma injusta e sem correspondência ao tamanho da massa adepta dos clubes.
Quanto ao nº de jogos, se esse número aumenta, isso deixa feliz todos os adeptos, e não apenas os organismos que organizam as competições. E mais jogadores a entrar em campo significa mais oportunidades para os jogadores que, no modelo atual, correm o risco de falhar o lançamento das suas carreiras ao estarem parados uma época inteira, nos seus 21 ou 22 anos, a ver os outros "adultos" em campo desde Setembro até Junho.
Aliás, isto levanta também a questão sobre se as equipas B são justas ou se são, essas sim, uma forma de desvirtuar a verdade desportiva, até porque como sabemos não podem subir de divisão mesmo que fiquem em 1º lugar na segunda liga, e têm um plantel variável, onde tanto podem jogar os jovens dos clubes grandes, como os "adultos" da equipa A que estejam a precisar de ritmo competitivo. A meu ver, seria bem menos batoteiro permitir o empréstimo desses jogadores todos às equipas da segunda liga.
E vou mais longe: olhando para a enorme perda de interesse das novas gerações no futebol, vendo que a vida passa cada vez mais a correr, e que cada vez menos gente tem paciência para estar 1h30m (+15 do intervalo, + não sei quanto tempo para ir ao estádio) a ver a bola ser chutada para um lado e apara o outro, às vezes sem golos, é preciso encurtar o tempo de jogo, provavelmente passando já para 40 minutos por cada parte, mais um prolongamento de 20 sem intervalo (portanto uma só parte).
É também essencial pensar na adição de mais duas linhas no meio campo, como no hóquei, para proibir equipas de atrasarem a bola para o seu guarda-redes (a não ser que ele jogue a líbero no meio-campo como o Manuel Neuer tanto gosta de fazer).
É preciso pensar também se queremos o fora-de-jogo a anular golos por meros centímetros, quando é óbvio que a maioria do corpo dos jogadores está em linha e estes não beneficiaram em nada desse avanço de meros centímetros. Aliás, isto faz tanto sentido que, pelo que sei, já está a ser estudado para implementação em breve. Ou o avançado está com o equivalente a UM CORPO inteiro à frente do penúltimo defesa (o chamado fora-de-jogo óbvio), ou considera-se "em linha". E poderá até ser assinalado 100% por tecnologia, em vez de ser pelos fiscais-de-linha (que apenas assinalarão aqueles fora-de-jogo de vários metros e de que ninguém tem dúvida).
Tudo isto, e muito mais, deve ser pensado, discutido, e testado! Até mesmo os Mundiais a cada 2 anos. Só uma coisa eu sei que não podemos fazer: deixar tudo como está, por mero saudosismo do passado. A tradição é a mais ilógica das ideologias, seja em que área for, e o futebol não é excepção.
Saudações desportivas (de um adepto de outro clube que respeita o trabalho feito, e as conversas tidas, neste blog leonino)