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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Aproveitei o feriado para dar uma vista de olhos por alguns blogues assumidamente pró-Bruno Carvalho (ainda esta semana uma pessoa que trabalhou directamente para um tal de João Duarte confirmou-me aquilo que eu já sabia: que existem nesses e noutros blogues, como o nosso, vários assalariados indirectos do Carvalho a comentar) e 90% estão a fazer aquilo que já se previa depois do escândalo de Varsóvia: culpar Jesus e desculpar Bruno Carvalho. Não tenho qualquer dúvida que esta falta de solidariedade virá ao de cima caso a situação desportiva piore.
Bruno Carvalho, por incapacidade própria, falta de projecto/ideias e de equipa, entregou-se em Junho de 2015 a Jorge Jesus, que o salvou de ser logo corrido do Sporting, depois da forma vergonhosa como Marco Silva saiu. Jesus, como referiu publicamente, depressa percebeu o que Carvalho e a sua equipa (não) valiam e tomou 90% controlo do futebol do Sporting, desde a indicação do novo director desportivo a contratações e dispensas, passando até pela política de comunicação, numa clara deturpação do que deverá ser a hierarquia num clube. E Carvalho ainda se queixava de Marco Silva! Jorge Jesus só terá sido ultrapassado por Carvalho na surpreendente venda de Montero em Janeiro, que resultou da existência da tal “dupla almofada” ou “Champions de gestão” e que tanto nos prejudicou a época passada.
No segundo ano, Jesus apoiado por um bom fim de época, apesar de termos ganho "bola", perdeu qualquer respeito que ainda tivesse pelo Carvalho e dispensou e contratou quem quis (a única excepção foi Castaignos) com comissões milionárias à mistura (o caso Alan Ruiz é especialmente escandaloso) e ainda exigiu que Bruno lhe fizesse o mesmo que tinha feito em benefício próprio: a duplicação do seu vencimento base.
Hoje Bruno Carvalho sente-se completamente impotente. Por um lado, Jorge Jesus faz o que quer no futebol e não lhe passa cartão (ok não o proíbe de estar no banco), por outro, na relação com os adeptos, está cada vez mais refém de alguns membros das claques, aos quais vai pagando favores, nomeadamente pela oferta de centenas de bilhetes, muitos para revenda para benefício próprio, como aconteceu no jogo com o Real Madrid em casa e provavelmente neste jogo com o Benfica (pelas minhas contas ontem não foram disponibilizados nas nossas bilheteiras mais de 800 dos 3200 bilhetes que o Sporting tinha, o que é vergonhoso).
Para além disto ainda temos que aturar as constantes birras, ordinarices, faltas de desportivismo e respeito pelos adeptos que levaram Bruno Carvalho a, mais uma vez, virar as costas no fim do jogo a quem tanto se sacrificou para apoiar a nossa equipa. O que ele gosta mesmo é de voltas olímpicas e de se pôr à frente dos jogadores para receber os aplausos quando se ganha. Uma autêntica tristeza, agravada pelo facto de muitos darem como garantida a continuidade disto nos próximos anos!
P.S.: Ontem vi os últimos dez minutos do jogo do Gent na Turquia para ver se o Braga continuava na Liga Europa, o que seria importante na luta com os russos pelo tão importante 6º lugar no ranking da Uefa. A 5 minutos do fim, um jogador turco lesiona-se durante uma jogada perigosa dos belgas que estavam a tentar tudo para marcar o golo que lhe daria a qualificação. O belga que ia fazer um centro para a área optou para atirar a bola para fora para que o turco fosse rapidamente assistido, perante o desespero dos seus colegas e até do treinador. Nesse momento fiquei com a quase certeza que os belgas acabariam por vencer (ok contei também com o efeito Peseiro). O fair-play não só ainda existe, como até pode compensar. Infelizmente esta situação seria hoje quase impossível no futebol português, começando no nosso Clube que sempre esteve à frente neste capítulo.
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