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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Não é difícil vislumbrar o grande talento e as qualidades de Jovane Cabral. Também é inegável que Rúben Amorim percepcionou essa realidade e deu-lhe oportunidades para o demonstrar. No entanto, a inconstância exibicional e as inoportunas limitações físicas colocaram o jogador numa situação algo delicada nas opções do treinador. Perante esta realidade, verificou-se que a melhor opção, para jogador e Clube, seria a saída através de empréstimo.
Aproveitando o que parecia ser um interesse antigo, Jovane Cabral foi emprestado à Lazio. Mudando assim o contexto competitivo e jogando com regularidade o jogador poderia, finalmente, confirmar tudo o que dele se espera.
No entanto, esta nova experiência começou muito atribulada. Foi noticiado, pela imprensa italiana, que o treinador da Lázio, Maurizio Sarri, foi surpreendido por esta contratação, tendo tal facto provocado um mal estar com a direcção do próprio clube e originado um conflito com o director desportivo.
Mera coincidência, ou não, a utilização de Jovane Cabral pela Lázio tem sido meramente residual. Participou apenas em 2 jogos, num total de 72 minutos. Sarri tem justificado esta pouca utilização do cabo-verdiano com a baixa condição física e o calendário competitivo intenso.
Independentemente das razões, o que se constata é que o empréstimo de Jovane Cabral ao clube italiano não tem de modo algum correspondido às expectativas do jogador e do próprio Sporting, podendo mesmo ser considerado um retrocesso na sua evolução. E com a época a caminhar rapidamente para o final das suas competições não é de esperar uma alteração radical deste panorama.
É sempre possível que, apesar da escassa utilização, os responsáveis da Lázio acabem por reconhecer o potencial em Jovane Cabral e accionem a cláusula de compra, mas convém, realisticamente, o Sporting e o jogador, assumirem este retrocesso e começarem a delinear alternativas futuras. Continuar com toda esta actual estagnação competitiva só tende a prejudicar, e muito, o desenvolvimento do atleta e o próprio Sporting.
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