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Não sei se é apenas impressão minha, mas parece-me que ano após ano fala-se mais na arbitragem em Portugal, do que no próprio futebol que é praticado dentro das quatro linhas. Um estado lamentável, quase intolerável, e, muito mais preocupante, não há indicações algumas no horizonte que vai melhorar, pelo contrário.

 

Temos antecedentes históricos, é verdade, e será sempre difícil rasurar essas ocorrências das memórias de todos os intervenientes, desde do adepto, a passar pelos jogadores e treinadores, até chegar aos dirigentes, estes, ao fim e ao cabo, os reais culpados, directa e indirectamente, de tudo isto.

 

Os elementos da arbitragem cometem erros, indiscutívelmente. A contenda que é debatida hoje e sempre, centra-se na diferença entre o erro humano e o erro deliberado, até malicioso, que visa beneficiar, e por efeito colateral, prejudicar terceiros e adulterar a verdade desportiva, se é que esta ainda existe na alta competição. Também, em abono da verdade, não há falta de intervenientes que não hesitam em apontar o dedo acusatório à arbitragem para desculpar as suas próprias insuficiências. Lamentavelmente, temos um bom número destes no futebol português.

 

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Com não podia deixar de ser, mais uma mancha no futebol português, com Artur Soares Dias a apresentar queixa à polícia, depois de ter sido alvo de ameaças por parte de dois indivíduos com adereços dos Super Dragões. O episódio ocorreu esta quinta-feira, no local onde o árbitro da AF Porto treinava, na Maia.

 

Depois do sucedido, houve uma reunião de emergência entre José Fontelas Gomes, presidente do Conselho de Arbitragem, Artur Soares Dias, Jorge Sousa, Luís Ferreira, Vasco Santos, Carlos Xistra, Bertino Miranda, vogal do Conselho de Arbitragem, e Paulo Costa, vice-presidente. Ao mesmo tempo, o local foi alvo de reforço policial.

 

Com Artur Soares Dias nomeado para dirigir, este sábado, o Paços de Ferreira-FC Porto, 16ª jornada da I Liga, veremos que decisões serão tomadas pelo Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol.

 

publicado às 04:04

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5 comentários

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De Pedro Miguel a 06.01.2017 às 08:58

Caros amigos,

Eu estou preocupado com o estado do futebol português. Isto tem tudo para acabar mal... E os comentários neste e (em muitos) outros blogs, e em páginas do facebook de clubes e dirigentes, mostram a exaltação de muitos adeptos.

Ontem, na TVI24, ouvi uma declaração de um comentador, que deveria ser analisada por todos. Eu sei que o Rui Pedro Brás é benfiquista. Mas acho que ele tem razão.

Dizia ele que "todos devem pensar na sua postura, porque todos têm culpa do que se está a passar. Jogadores, treinadores, dirigentes e jornalistas."

Depois deu um exemplo que me parece perfeitamente óbvio. O NES fez parte de uma das vencedoras equipas de sempre do Porto. Apanhou a altura do "apito dourado", e agora teima em justificar as suas derrotas com os árbitros.

O Jorge Jesus foi o treinador com mais troféus ganhos no Benfica. Ganhou tudo o que havia para ganhar em Portugal. Mas na altura era "limpinho, limpinho". e agora??

Eu não quero com isto dizer que, pontualmente, os clubes não tenham razão de queixa. Muito mais o Porto que o SCP esta época, mas não tentem desculpar os seus próprios erros com os dos árbitros, pois estão a colocar em risco a integridade física deles e das famílias.

O Porto ficou em último lugar do grupo da Taça da Liga. Empatou em casa com Belenenses e Feirense. E a culpa é do árbitro? Ele esteve mal? SIM! Mas não explica tudo.

E até compreendo declarações mais "a quente" após o jogo. Mas nas newsletters já a frio, é inexplicável.

O SCP não foi além de duas vitórias em casa, por 1 a zero, com Arouca e Varzim, sendo este da 2ª liga. No jogo com o Varzim utilizou, inclusivé, a quase totalidade da equipa titular.

Pelo contrário, foi para o jogo com o Setúbal com alguns suplentes, e nem sequer acautelou a questão da média de idades.

Perdeu com um penalti aos 92 minutos, que diga-se vários árbitros consideram bem assinalado, e ainda tiveram um outro, MUITO MAIS CLARO, não assinalado aos 71 minutos, que poderia ter colocado o jogo em 2 a 0.

Mas o destaque vai para o penalti aos 92!!

O mesmo para os jornalistas. Passaram programas inteiros a falar do penalti no último minuto, mas esqueceram-se de falar do penalti aos 71.

De resto, por ser tão flagrante, talvez esse é que até deveria ter merecido honras de "primeiras páginas" de jornais.

Ou então, uma primeira página com o título "Bronca", e uma foto do golo que o André falhou.

Eu concordo que o SCP foi prejudicado na Luz. E penso que a indignação à volta desse jogo é perfeitamente justificável. Além de que é contra um adversário directo.

Faz-me lembrar o golo do Maicon na Luz em fora de jogo. Todos os Benfiquistas se lembram disso, mas não se lembram da arbitragem da semana anterior a essa em Coimbra. Aquele é que fez, realmente, a diferença.

Agora, utilizar os árbitros, nesta semana, para mascarar os maus resultados de 3 jogos, é pouco sério e perigoso.

Por muito que os sportinguistas não gostem de ouvir, o Benfica também foi prejudicado no jogo com o Vizela. Foi um golo mal anulado e um penalti transformado em livre directo.

Mas o Benfica não se desconcentrou e foi à procura do resultado. Ganhou por 4 a 0, e mais ninguém falou nisso!

Porque estamos no "Camarote Leonino", eu pergunto aos sportinguistas que aqui vem dizer que "isto já não vai lá com palavras", ou que vivemos no "estádio lampiónico":

- Bastava o Bryan Ruiz ter marcado "aquele golo", o o SCP ter ganho ao União da Madeira, para ter ganho o campeonato. E a culpa é dos árbitros? Ou do Benfica?

A bem do futebol, critiquemos o que for de criticar, mas comecemos por "nós". Olhemos para dentro e identifiquemos o que nós e o nosso clube poderia ter feito para ganhar, e passem depois para os factores exógenos, antes que isto descambe em alguma desgraça.

Cumprimentos a todos, e votos de que o FDS seja limpo de casos.
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De roc a 06.01.2017 às 09:46


Boa análise. Assino por baixo
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De Amaf a 06.01.2017 às 10:21

Gostava que alguns ilustres, informem qual a lei do jogo que permite um clube que jogue mal, possa ser prejudicado e o seu adversário possa ser beneficiado.

A verdade é que:

"Os vouchers substituíram a fruta numa modernização do roubo."

O discurso actual dos benfiquistas quando confrontados com o esquema dos vouchers é exactamente igual ao discurso dos portistas quando eram confrontados com o esquema da fruta.



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De Pedro Miguel a 06.01.2017 às 10:29

Amaf,

Nem sequer vou comentar a sua comparação entre os vouchers e a "fruta".

Vou só perguntar-lhe o seguinte:

- Se os vouchers já acabaram, o que é reconhecido por todos, o Benfica agora é beneficiado (no seu entender), porquê?
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De Amaf a 06.01.2017 às 11:18

A fruta a partir de determinada altura também acabou, mas como diria o seu mentor, largos dias tem 100 anos.

A fruta, ou melhor os vouchers, na minha opinião só acabam quando os OBSERVADORES que aceitaram os vouchers forem todos substituídos, e a maior parte dos árbitros promovidos à pressão sejam enviado para o lugar que a sua categoria merece.

Num qualquer pais civilizado, o tema vouchers teria provocado um terramoto, mesmo que a legislação fosse omissa, existem responsabilidades que deveriam ser assumidas pela estrutura dirigente, quer federativa quer no próprio clube. Acha que um árbitros que seguramente ganham bem mais que 5000 euros tem dificuldade em pagar as suas refeições? Então qual o motivo para entregar o voucher, se queriam fazer charme, cortesia, que a fizessem com os bombeiros que ganham bem menos.

Antes que venham com tal conversa, que digo é a mesma dos portista sobre a fruta, e o deposito na madeira e a lagosta no balneário?
Respondo já, o pulha só fez um deposito e foi banido da direcção do Sporting e a lagosta, não consta que no final os árbitros, delegados e observadores levem um saco com a dita cuja para casa de forma a repartirem com a família e amigos.

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