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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Um tema que eu não pretendia revisitar, mas que as circunstâncias me obrigam a fazer isso mesmo.
A minha posição, desde o primeiro dia, sobre o antigo treinador do Sporting, é muito clara. Senti que a sua contratação era uma tomada de decisão inteligente, mais a mais com um contrato de quatro anos, por ser um técnico jovem e muito promissor. Repugna-me - sempre me repugnou - como foi tratado e eventualmente despedido pelo presidente, entendendo eu que apesar de alguns dos seus erros no ano inaugural ao leme da equipa, fez o suficiente para merecer e justificar um segunda época em Alvalade.
Em suma, na sua curta estada de "leão ao peito", com um salário de aproximadamente 500 mil euros/ano, conquistou um título que até ao momento escapa ao treinador dos milhões, não obstante os seus mais de 40 reforços desde que assumiu a liderança da equipa. Este enquadramento, em contraste com a atitude de Bruno de Carvalho em Dezembro de 2014, ao mandar Marco Silva procurar mais-valias para o plantel na equipa B.
Para evitar de pagar os restantes três anos de contrato, o ainda presidente do Sporting lança um processo de 400 páginas contra o seu ex-treinador. Em Julho de 2015, o Sporting participou à CMVM ter chegado a um acordo mútuo com Marco Silva e toda a sua equipa técnica (João Pedro, Gonçalo Pedro e Paulo Sampaio "Rifa") para a rescisão dos respectivos contratos, colocando um ponto final na contenda.
Muito embora o nome do treinador tenha sido referido ocasionalmente, a realidade é que deixou de fazer parte do panorama leonino e não se vislumbrava que quase três anos após a sua saída, ainda fosse tema de conversa. Isto, porque Bruno de Carvalho - e reagindo ele, reagem, em simultâneo como não podia deixar de ser, a sua falange de apóstolos - continua a dar indicações de se sentir "ameaçado" pela sombra do treinador. Tanto assim é, que lançou novo ataque a Marco Silva na recém-realizada Assembleia Geral. Ataque este completamente despropositado e sem qualquer benefício para o Sporting.
Entretanto, constam informações na praça de que Marco Silva, enquanto em Alvalade, "passava" informações a um jornalista do jornal A Bola. Não tenho conhecimento de causa, por conseguinte, não estou em posição para poder confirmar ou refutar estas acusações. No entanto, acho tudo isto muito estranho. O que nos querem fazer acreditar é que Marco Silva agia em detrimento de si próprio, dado que como treinador do Sporting comunicava para o exterior informações sobre o seu trabalho e sobre a sua entidade patronal.
Que isto seja prontamente abraçado como arma de arremesso pelo novo "rei" de Alvalade e os seus apóstolos não é surpresa algum. Ao fim e ao cabo, está em jogo a imagem e o ego do presidente, que exigem ser defendidos até à morte, custe o que custar. Fica por explicar, no entanto, a razão desta alegada ocorrência não integrar o acima referido processo de 400 páginas que Bruno de Carvalho lançou contra Marco Silva, se de facto contribuiu para o seu despedimento por justa causa, na altura.
Igualmente surpreendente, que um jornal que por norma não é considerado fiável entre adeptos, de repente, já tem toda a credibilidade do mundo. Espectacular !
Marco Silva faz parte do passado, não tem influência alguma de momento, directa ou indirecta, na actualidade sportinguista, e deve ser tratado como um livro fechado.
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