Camarote Leonino

Nada percebo de tácticas e estratégias de jogos de futebol, pois sou mero e certamente mau "treinador de bancada", mas partilho desta análise e opinião.
Enquanto ex-praticante de alta competição de uma modalidade de pavilhão, sempre retive como ideia e convicção, que as ditas tácticas têm sucesso, se o treinador for um líder natural, competente, que transmite confiança e ensinamentos e, talvez acima de tudo, a sagacidade de analisar, potenciar e explorar, as diferentes capacidades técnicas e físicas da matéria prima, em prol de um colectivo combativo e coeso.
SL

Caro amigo sub entende-se que um sistema de base permite multiplas estrategias, quero com isso dizer que no sistema de raíz dos 3 centrais se treinam depois varias estrategias consoante o adversario alem de varios pormenores especificos que ajudem a explorar com maior eficiencia as fragilidades detectadas em cada jogador que defrontem.

"Não acredito que o Benfica do JJ jogará no sistema táctico do Amorim, implica muito treino" .

Schmeichel , com essa frase ja respondeu aonde eu queria chegar e explicar.
Óbviamente que Amorim nao descobriu nada que ja nao tenha sido descoberto , o que comento precisa primeiro de reflexâo e análise para que compreendam o que pretendo dizer .

Muitos treinadores o já tentaram de facto, mas falharam, ou porque nao compreendem na perfeiçâo o seu funcionamento ou porque nao investiram no tempo necessário para que seja bem assimilado com as respectivas consequências da tal primeira fase de risco de algumas derrotas.
É um sistema que para dar certo precisa de tempo , muitos treinos , um investimento a largo prazo nada aconselhável de o iniciar durante a época.

Amorim chegou quase no final da época anterior e ja vinha com essa ideia na cabeça , arriscar a classificaçâo da equipa que acabou em 4º mas dar de imediato inicio ao treinamento do sistema que transitou de imediato para a pré-epoca.
Como expliquei ja passou a tal fase de maior risco e agora colhe os frutos.

Neste modelo a parte mais importante á na saída , o engôdo de chamar o adversário a fazer pressâo com loucas correrias desgastando-o e obrigando-o a abrir espaços nas suas costas , ao conseguir passar essa primeira barreira fica-se com mais espaço que se fôr bem aproveitado em velocidade pode ate lograr superiodade numerica e respectivas melhoreres oportunidades de marcar.

O Braga ganhou na Luz com um sistema irmâo , uma linha de 5 defesas em linha a defender sempre que perdiam a bola.

JJ sente-se que está a ficar ultrapassado por isso ja se nota a falta daquele ar alegre de sabe tudo e de fanfarrâo. Vai tentar nestas 3 semanas de paragem da Liga testar o sistema. Por isso digo que é uma boa noticia , porque se fôr por aí terá que passar primeiro o deserto.

Julius,

O facto de muitos treinadores terem tentado sem sucesso a tactica dos 3 centrais deve-se essencialmente ao facto de a maioria dos jogadores por esta Europa fora terem trabalhado habitualmente num sistema de 4 defesas, e mudar todos estes conceitos implica muitas horas de treino, coisa que não o têm. Eu diria que todos os treinadores treinam um sistema de 3 centrais, outra coisa é jogar sempre com 3 centrais, isto implica muito treino na ligação entre laterais/centrais, implica treinar muitas vezes a saida de bola, etc.
Eu não acho que seja mais ou menos difícil de jogar neste sistema, acho sim que para determinados jogadores é mais dificil ou fácil jogar num determinado sistema táctico.
No caso do Sporting por exemplo não estou muito certo de que estes 3 centrais são os ideais, falta-lhes velocidade e acho que o Quaresma trará benefícios. Uma outra situação essencial é o nº6 que foi resolvido com a entrada do Palhinha, e outra situação essencial é os laterais serem ambos ofensivos, situação imprescindível neste sistema do Amorim.

Sinceramente sou apologista de uma equipa identificar-se com um sistema de raiz que ja esteja no seu ADN e treinar os jogadores que chegam todos os anos esse sistema , se ja estiver assimilado pela maioria, os novos mais rapidamente o entendem e interpretam-no na pratica com menor o maior dificuldade , eu fiz isso no Peru desde os juniores á equipa principal e todos ja assimilavam o mesmo sistema ( 4x2x3x1) como uma identificaçao personalizada ,desta forma os jogadores quando entram no jogo como titulares ou como suplentes durante, ja sabem de olhos fechados o que fazer.