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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
As mais recentes vitórias são um bálsamo para os sportinguistas após boa parte da época ter-se revelado muito penosa. O despedimento prematuro de Keizer e a aposta a destempo em Silas passaram uma factura desportiva grande. A chegada de Rúben Amorim, por muito que sejam criticáveis os 10 milhões pagos pelo jovem técnico, trouxe uma lufada de ar fresco a Alvalade. Tanto desportivamente, com a série de vitórias assinalável, como no discurso.
Mas a estrutura leonina, no caso Frederico Varandas, Hugo Viana e Amorim, entende que o plantel de momento à disposição – e que tão boa conta está agora a dar do recado, diga-se – não vai chegar para as encomendas. E para a exigência. Em Alvalade não resistem a dizer que vão lutar pelo título, por muito que se olhe para a realidade e ela diga que o recato nas palavras era mais aconselhável. Tanto presidente como técnico sabem que a pressão, o público nas bancadas hostis e uma época carregada de datas não se faz só com miúdos, por muito que a fé neles depositada seja real.
É vital que cheguem reforços de qualidade. Como fazê-lo sem dinheiro é complicadíssimo. Mas a verdade é que a argúcia de Varandas, Viana e Zenha será determinante para o futuro de Amorim. Sem ovos não há omeletas, por genial que seja o chef.
Texto de Bernardo Ribeiro, Director de Record
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