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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Ainda falta definir muita coisa quanto à logística total que suportará o regresso da Primeira Liga. Se pensarmos bem, falta até garantir que esta regressará de facto: num país que não adoeceu mas também não imunizou, com alguns infecciologistas a insistir na precocidade deste desconfinamento e com virologistas a insistir no risco de novo surto de Covid-19, o que, a confirmar-se, ainda pode fazer tudo voltar para trás. Estas duas semanas serão decisivas.
Agora, defina-se o que se vier a definir, é urgente juntar um plano de segurança pública às prioridades de topo. As claques portaram-se geralmente bem durante o confinamento, em alguns casos até especialmente bem ainda antes dele. Mas o tom em que os SuperDragões expressaram o seu apoio ao FC Porto à volta do Olival já era dúbio. Este vandalismo na Rotunda Cosme Damião, eventualmente perpetrado por adepto do Sporting, é um alerta.
As saudades do futebol; as tensões acumuladas no lockdown; uma certa atmosfera de fim-do-mundo em que alguns de nós ainda se deixam viver; o agravamento do desemprego e dos problemas socio-profissionais ao longo de Maio; a dispersão de ultras por espaços algo mais difíceis de determinar do que um mero estádio (mas, por outro lado, com eventual concentração numa geografia muito mais pequena do que o país inteiro) - tudo isso vai transformar aquelas oito semanas num período de alto risco, que exige uma estratégia de contingência.
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