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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Os ditadores são como os melões, só se sabe o que realmente são depois de abertos. O ditador golpista assumiu a presidência do Sporting Clube de Portugal através de eleições, como muitos congéneres o fizeram, sobretudo na área da política. Convém assim fazer um pouco de história.
O assalto ao poder no Sporting pelos ignóbeis golpistas começou em 2011. O abandono de Bettencourt levou ao aparecimento de uma multitude de candidatos, entre os quais estava o então desconhecido Bruno, o único que soube explorar o desencanto da nação leonina, recorrendo à demagogia e ao populismo.
Arregimentou alguns notáveis, como Barroso ou Sampaio, entre outros, ditos croquetes, mas croquetes bons. Arregimentou a juve leo, como guarda pretoriana, a troco de regalias, cada vez mais visíveis. Por uma unha negra não ganhou, quando já tinha montado o palco da adoração, rodeado de de fiéis e ruidosos seguidores.
Durante o mandato de Godinho Lopes, que fez uma direcção de saco de gatos, e cometeu erros de palmatória, o golpista manteve-se alerta à espera da sua oportunidade. Com os seus homens de mão, foi preparando o golpe. Godinho Lopes que mau grado os seus erros, não teve um mínimo de tolerância, entregou-lhe o poder de mão beijada. Aplauda-se a coragem de José Couceiro em ir a jogo, mas já entrou perdedor.
Com o apoio dos homens da finança, como Ricciardi e Sobrinho concluiu a reestruturação já estava em andamento. Em consequência teve de reduzir despesas e graças a treinadores baratos, jovens, mas prometedores, conseguiu melhorar os resultados no futebol.
Mas quem estava atento, percebeu, logo no segundo ano de mandato, que o ataque público à equipa após perder um jogo, não era comportamento de um líder equilibrado. Percebeu-se igualmente que pelo desrespeito por antigos presidente, pela recusa em pagar dívidas, como a da Doyen, se estava perante um individuo, sem princípios e sem valores.
Marco Silva, ao colocar-se ao lado da equipa para a manter motivada, traçou aí o fim do sua função como treinador. Ao não apoiar o presidente no seu desvario, conseguiu, muito por vontade dos adeptos, concluir a época com um título.
Com o universo leonino dividido, o ditador anunciado,teve oportunidade de jogar a carta Jorge Jesus, para acalmar os ânimos. Contudo, os resultados no futebol ficaram aquém do expectável. Foi-se ungindo com êxitos nas modalidades, graças a grandes investimentos, pelo que parece, retirados da SAD, ao arrepio da normas da mesma.
Com uma poderosa máquina de propaganda de lavagem ao cérebro de adeptos ingénuos e pouco dados à capacidade reflexiva, e que preferem a ilusão à realidade, teve uma auto-estrada aberta para a reeleição.
Apenas com um único opositor corajoso, mas que serviu de cordeiro pascal, para o seu sucesso, saiu ainda mais reforçado. Foi então que chegou à conclusão que o seu poder era absoluto. E se o poder corrompe, o poder absoluto corrompe completamente.
Todo o ano do segundo mandato, demonstra claramente essa assunção do poder absoluto. O aumento de ataques à equipa, a perseguição a jogadores mais contestatários, a ruptura com o treinador, as assembleias como actos de adoração do chefe, com o beneplácito da MAG, a guerra com todos os críticos, incluindo antigos apoiantes.
E por fim, o atropelo das leis vigentes, assumindo, descaradamente o poder, à margem dos Estatutos, e desafiando instituições do próprio estado, como os tribunais.
Espanta a pueril ingenuidade dos restantes órgãos sociais, que face a situação conhecida nos últimos meses, se demitiram. esperando que o ditador e os seus acólitos também se demitissem. Mas algum ditador se demitiu? Foram precisos cinco anos e acontecimentos graves para perceberem? Não estava há muito tempo demonstrada a natureza ditatorial do golpista? Não estranharam métodos de gestão, com utilização de verbas à margem das contas, como parece que aconteceu? Não tiveram conhecimento de desvio de verbas para os próprios bolsos, a ser verdade o que hoje vem na imprensa?
Agora, choram baba e ranho pelos tribunais, sabendo da lentidão da justiça e que esta é feita por homens, também sujeitos ao erro, ou à argumentação dúbia, como se viu na decisão da Providência Cautelar? A estes e outros, chamados notáveis, acuso de serem responsáveis pela situação em que está o Sporting. "Croquetes" bons para o ditador, que agora viraram o bico ao prego, "croquetes maus" que contribuíram com o seu silêncio e apatia para que se chegasse a este ponto.
Acuso os vários financeiros que lhe abriram os cofres. Acuso os votantes que não tiveram discernimento, nem vontade, para perceber os sinais que levaram à situação a que se chegou. Acuso as claques, vendidas ao poder, por um prato de lentilhas.
Ninguém viu o golpismo, em marcha? Estava claramente visto! Desejo que o despertar para o golpismo ainda venha tempo.Seja como for que esta situação termine, já ninguém tira esta mancha vergonhosa de cima da instituição. Seja como for que isto termine o Sporting levará tempo a recompor-se, se não ficar por muitos anos na mão dos golpistas.
Estou tão enojado com a situação a que se chegou, que não sei se voltarei a escrever sobre o assunto. Espero para ver.
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