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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Não tinha intenção alguma de voltar a abordar a temática mas como, pelos vistos, esta não vai ter "morte súbita", decidi adiantar mais algumas considerações que eu considero pertinentes. Analiso esta polémica da Taça da Liga em vários quadrantes distintos, mas incontornavelmente associados à mesma contenda:
1.º As leis da Liga e da Federação Portuguesa de Futebol que regem as competições nacionais;
2.º As responsabilidades dos representantes oficiais dos acima referidos órgãos, nomeadamente os delegados aos jogos;
3.º Os antecedentes associados ao tipo de ocorrência agora em disputa acesa;
4.º A responsabilidade de quem, em campo, durante jogos, representa o Sporting Clube de Portugal.
A primeira disposição é, agora, do conhecimento geral, e não vale a pena reiterar as alíneas relevantes, salvo apontar que não é matéria fácil comprovar intencionalidade. Muito dependerá dos relatórios dos árbitros e dos delegados aos jogos, sendo claro, no entanto, que as leis existem para serem cumpridas.
Grande parte da responsabilidade, para não dizer toda, do que ocorreu em Penafiel e no Dragão recai sobre os delegados da Liga presentes nos dois recintos: no Porto, Fernando Araújo e Miguel Oliveira e, em Penfiel, Abel Cutelo e Ricardo Coelho. E, como simples exemplo do que consta o cumprimento correcto ds suas funções, cito o final do último campeonato, com o FC Porto a jogar em Paços de Ferreira e o Benfica a receber o Moreirense. Os delegados destacados estiveram em comunicação e as duas partes de ambas as partidas começaram em absoluta sincronia. Situação que já se verificou em outros momentos decisivos da própria Taça da Liga. Compete às duas equipas de delegados de sábado passado, ao seu coordenador Emídio Fidalgo e à própria comissão executiva da LPFP, explicar a negligência por este incumprimento das leis e dos deveres, no Estádio 25 de Abril, em Penafiel, e no Estádio do Dragão, no Porto.
Existem muitos antecedentes de registo, especialmente por parte da Federação Portuguesa de Futebol, que tem sido até talvez exageradamente implacável com incumpridores, no contexto da discussão. Nem é necessário recuar muito no calendário: esta época, no Campeonato Nacional de Iniciados, o Paços de Ferreira e o Cachão foram punidos com derrotas por 3-0 devido a entrada tardia no recinto de jogo. No Campeonato Nacional de Seniores, o Barreirense perdeu 1-0 em Loulé, mas acabou punido com derrota por 3-0, pois uma avaria no autocarro atrasou a chegada ao estádio. Na época passada, nos Iniciados, o Oeiras-Belenenses terminou 1-1, apurando o primeiro para a 2.ª fase da prova. Mas o árbitro denunciou o atraso do Oeiras na entrada em campo e este acabou derrotado (0-3), precipitando vaga na 2.ª fase ao Olhanense.
Por fim, vamos ao que eu entendo devia ter sido a acção dos representantes do Sporting em Penafiel. Tendo amplo conhecimento do que ocorria no Dragão - presumo que estavam a acompanhar esse jogo - no mínimo dos mínimos, deviam ter abordado os dois delegados da Liga ao intervalo, fazer ver a situação e insistir que estes comunicassem com os seus colegas no Dragão para que as segundas partes de cada jogo começassem em absoluta sincronia. Caso esta exigência não fosse respeitada e implementada pelos delegados - anunciariam que jogavam sob protesto - e melhor agora a posição do Sporting para reclamar justiça. A alternativa - que eu não hesitaria a aderir - já foi debatida aqui no blogue e não vale a pena despender mais tempo e energia a debatê-la.
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