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Com a reabertura do mercado futebolístico de transferências é inevitável um aumento das discussões sobre a eventual necessidade de um reforço ao nível do plantel do Sporting, estando a questão do avançado, neste post definido como ponta de lança, entre as mais discutidas.

Com a prestação da equipa a surpreender, agradavelmente, pela positiva, facto que, não só aumenta as expectativas e exigências dos adeptos, como também gera um maior "respeito" dos adversários nos jogos com o Sporting, levando-os a utilizarem esquemas de jogo com elevada densidade defensiva, é pertinente colocar uma questão... é, ou não, necessário reforçar o sector ofensivo da equipa com outro ponta de lança?

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Em contra dessa necessidade de reforço podemos argumentar com a realidade financeira do Clube, com as características específicas de um mercado como o de "Inverno", ou com a rentabilização dos recursos internos disponíveis no Clube. Em relação a este último ponto há vários aspectos a salientar.

A recuperação do Luiz Phellype poderá oferecer um "reforço", faltando ainda saber o seu estado após a recuperação clínica e a forma como as suas características se encaixam no esquema e ideias do Rúben Amorim. A evolução do jovem Tiago Tomás também tem de ser considerada em conta, sabendo-se, no entanto, que muitos processos acelerados de "amadurecimento" podem ser prejudiciais para a carreira de um jovem. De Sporar, apesar da inconstância exibicional e de ainda não ter correspondido em pleno ao desejado por Rúben Amorim, é lícito esperar um contributo mais efectivo e decisivo. Por último, com reduzidas possibilidades de serem opções contínuas, mas para situações pontuais, temos os jovens da equipa B, da qual destaco o Pedro Marques.

Em favor da necessidade de um reforço ofensivo para a equipa e sem esquecer a realidade financeira do Clube, temos a evidente dificuldade que a equipa demonstra em ter presença contínua na área adversária, facto essencial contra equipas que jogam "fechadas", com linha defensiva muito baixa e que não permitem o espaço que a equipa necessita para o seu jogo em transição. E convenhamos que a maioria das equipas vai jogar contra o Sporting nesse esquema.

Face a estas visíveis dificuldades da equipa, seria útil ter outro tipo de ponta de lança, com características de jogo diferentes dos que actualmente compõem a área ofensiva do plantel do Sporting, especialmente com capacidade para jogar mais fixo na área, dar "luta" aos defesas e aproveitar o jogo aéreo.

Nesta necessidade de contratação apresenta-se um dilema. Será de tentar a contratação de goleador vindo de outro campeonato ou, pelo contrário, apostar num jogador já adaptado ao campeonato nacional?

Se a decisão recair sobre esta última opção, até porque já aqui no Camarote Leonino estes nomes foram abordados, dou dois exemplos de jogadores que, pelas suas características e rendimento, podem ser considerados, Douglas Tanque e Rodrigo Pinho.

Uma decisão como esta envolve sempre a avaliação e consideração de muitas variáveis, e o lançamento destas ideias serviu para revelar essa realidade, mas, seja a aposta na evolução ou consolidação das opções disponíveis, seja a da contratação de uma nova opção, julgo que a equipa terá de trabalhar e apresentar outras formas de actuação ofensiva, sob pena das equipas adversárias, pela habituação, encaixarem no jogo do Sporting, bloqueando assim as suas accções ofensivas. É urgente impedir que, à frente da baliza dos nossos adversários, se forme um "parque de estacionamento" de autocarros!

publicado às 04:04

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58 comentários

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De Manuel Tavares a 04.01.2021 às 13:33

Muito já se escreveu sobre o Paulinho, mas eu continuo pouco convencido de que ele é de facto a melhor solução para o SCP, embora seja mais responsabilidade da equipa e da estrutura do futebol do SCP saber isso.

Na minha assumida opinião de base de assunção, temos conseguido ser eficázes só com as soluções restritas que temos à disposição atual. Temos tido a sorte de o nosso jovem de enorme potencial TT ter sido capaz de faturar em muitos jogos, e de Pote, um médio centro a jogar à frente, estar a contribuir para o numero de golos da equipa. Sporar tem sido a outra alternativa mas não tem números de matador.

A maior lacuna de avançados que noto neste momento, e penso que deveria ser um requisito obrigatório numa hipotética aquisição seria de um PL de caracterias de bom cabeceador, além de bom finalizador com os pés. Se formos a ver nos lances de cantos e bola parada estamos limites às abordagens de cabeça do Coates e Feddal. Luiz Phellipe está proxima da recuperação mas ainda não sabemos o que esperar dele, é ainda uma incógnita, e Paulo Marques que mostrou raça e fome de golo não está a deslumbrar na equipa B. Temos que ser realistas face ao estado do clube e da equipa, e concordo com a abordagem expressa por Ruben Amorim, que para avançarmos numa contratação é com 100% de certeza de pegar de estaca. Esta é a filosofia de contratações ideal para melhorar o factor de gestão de contratações e mesmo que se nao contratarmos ninguém neste mercado, pelo menos, prefiro que assim seja, e joguemos com esta abordagem segura, mantendo estas oportunidades para os nossos jovens da formação. É um grande incentivo para eles crescerem. Por norma não têm espaço nas equipas principais. Além do Pedro Mendes, de quem esperava mais, temos ainda o Leonardo Ruiz com alternativas, eles que estão emprestados.

Abordando ainda o Rodrigo Pinho, jogador muito bom tecnicamente, mas parece-me uma alternativa de Sporar na forma de jogar. Seria um bom reforço mas não seria se calhar aquele PL tipo Jardel ou Bas Dost que em jogos fechados de autocarros e chuveirinho de cruzamentos para a área garantiria golos de cabeça.
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De Leão do Norte a 04.01.2021 às 17:34

Caro Manuel Tavares,

A frase de Amorim "para avançarmos numa contratação é com 100% de certeza de pegar de estaca, se não apostamos nos que cá estão" está a ser vítima do seu sucesso.
Neste momento as exigências e expectativas dos adeptos são tão elevadas, que mesmo qualquer jovem que entre na equipa terá de render, sob pena de, se não o fizer, ficar associado ao insucesso. Já não há grande margem para etapas de afirmação e crescimento. E esta condicionante não é boa para a evolução de qualquer jovem.
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De Manuel Tavares a 04.01.2021 às 18:07

Caro Leão do Norte,

Segundo o mesmo Amorim, a atual equipa é ainda o início de um processo de crescimento, e a lógica de um jogo por jogo, é precisamente para que todos os sócios e adeptos do SCP saibam que, apesar de toda a exigência, vontade e expectativa que possam ter, este é ainda um processo em evolução. E o que todos nós como adeptos e sócios devemos de uma vez por todos perceber e entender é que mesmo se as coisas correrem menos bem e perdermos a liderança no final, é interiorizar que estamos apenas no inicio de um caminho que até agora está a correr melhor que todos idealizaram, possivelmente os próprios elementos da estrutura de futebol e jogadores inclusivé.

Relativamente às etapas de afirmação e crescimento, o contexto atual a meu ver é bem melhor do que qualquer um que já tivemos até agora para quem está nas etapas finais da formação. Neste momento, para quem jogue nos Sub-23 ou na B acreditará mais que tudo dependerá dele e de lutar para chegar acima do que por mera sorte. O facto de estarmos a apostar numa equipa muito jovem, onde se mostra muito talento, e se dá o devido reconhecimento. Acho até que o factor mais importante de qualquer evolução de jovens é .... jogar. Para evoluirem precisam de jogar. Antigamente apenas alguns eram aproveitados após empréstimos. Obviamente que nem todos irão despontar em talentos, ou por lesões, ou por falta de talento, ou até por terem melhor concorrência, mas essa será a selecção natural. Com o anunciado aumento de campos na Academia de Alcochete e o aumento de mais formandos, o que precisamos produzir é os maior talentos, e estes precisam de ter oportunidades na equipa A sempre que possivel. Sabemos que estamos atualmente a produzir uma primeira fornada, mas temos muitos à espera nos sub-23 e B. Temos o dever de olhar para clubes como Ajax, Dortmund, Leipzig, Lille que têm filosofia de aposta em jovens. Quando ao insucesso ou à ansiedade do mesmo ou até o negativismo crónico que cultivamos como cultural no nosso clube, é já tempo de mudarmos esta nossa mentalidade crónica. Vamos ser mais positivos, vamos acreditar nos nossos talentos. Vamos acreditar que vão ter sucesso e não pensar para já e insucessos. SL.
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De Leão do Norte a 04.01.2021 às 23:05

Manuel Tavares,

Totalmente de acordo quanto ao conceito e estratégia ao nível da formação e do seu modo de articulação com a equipa principal.
E também estou de acordo que nunca foi tão "fácil" a um jovem da formação ter reais oportunidades na equipa principal, como no actual contexto.

Contudo o meu comentário prende-se com a situação específica dos reforços. Não é lícito, em nome de lhe dar uma oportunidade na equipa principal, "exigir-lhe" que rapidamente seja um "reforço" e como tal preencha as lacunas da equipa e faça o que outros não conseguem.
Até pode correr bem, mas nem todos são "Nuno Mendes".

E por mais discursos de paciência, de projectos de futuro, de controlo de expectativas que se façam, o futebol será sempre o momento e a maioria dos adeptos vai, infelizmente, reagir sempre em função desse momento. Seja no aumento exponencial das expectativas, quando o ciclo é positivo, seja, em proporção inversa, na crítica, quando o ciclo for negativo.

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