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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Não sei se o leitor ainda tem mais alguma coisa a dizer sobre o jogo de ontem, uma noite brilhante para a Selecção Nacional e uma exibição de sonho para Gonçalo Ramos, que, com o seu hat-trick, vai ocupar lugar digno na história do Mundial'2022.
Apenas mais algumas observações minhas. Como já referi ontem, a estatística mais em destaque tem a ver com os remates efctuados por Portugal, 14, contra 10 da Suíça. Desses, 9 foram enquadrados, resultando em 6 golos, uma eficácia de finalização tão deslumbrante como invulgar.
Curiosamente, a Suíça teve mais posse de bola, 53%, e mais eficácia de passe. Em faltas assinaladas, Portugal teve 12, mais duas que o adversário.
Outro aspecto importante, e que eu também já referi ontem, à entrada para este jogo Portugal tinha cinco jogadores no limite dos cartões amarelos: Danilo, Rúben Dias, Bruno Fernandes, João Félix e Rúben Neves.
O que isto significa é que mais um, no jogo com a Suíça, e o jogador em causa ficaria fora na próxima partida, que sabemos agora será contra Marrocos.
Só depois dos quartos de final é que volta tudo à estaca zero, pelo que um jogador que chegue às meias-finais só poderá ficar indisponível para uma eventual final caso seja expulso no jogo anterior.
Este é actual quadro disciplinar no que diz respeito à acumulação de cartões, mas nem sempre foi assim nas fases finais dos Campeonatos do Mundo.
Desde o Mundial 1970, no México, quando foram introduzidos os cartões, até 2002, na Coreia do Sul e Japão, os cartões eram acumuláveis desde o primeiro jogo até à final. Qualquer jogador que visse um segundo cartão, seja em que fase da prova fosse, teria obrigatoriamente de cumprir um jogo de castigo no jogo seguinte, como aconteceu com o alemão Michael Ballack, na final de 2002, em que o Brasil acabou por comemorar o «Penta» frente à Alemanha (2-0).
A FIFA acabou por alterar a regra a partir do Mundial 2006, na Alemanha, de forma a que na final pudessem estar os melhores jogadores de cada seleção, passando a limpar os cartões antes dos jogos das meias-finais. Desde então, cada jogador que chegue à meia-final com um cartão, fica com o cadastro limpo e só falhará a final caso seja expulso.
Na minha opinião, um jogo de castigo por dois cartões amarelos é deveras excessivo, tendo em consideração as condições do futebol moderno e da arbitragem.
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