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Ainda sobre o embate com a Académica

Rui Gomes, em 03.02.14

 

Por norma, escrevo as minhas crónicas de jogos logo após o apito final, e à pressa, enquanto os acontecimentos estão frescos na memória e também para permitir a usual troca de impressões entre leitores. Por esta razão e até porque não sou perito na matéria, é inevitável que deixe algo relevante omisso que, invariavelmente, acabo por mencionar nas observações aos comentários dos leitores. Com isto em mente, adianto aqui mais duas ou três considerações sobre o recém-embate com a Académica:

  

1. Se é verdade que Leonardo Jardim foi menos feliz com a escolha dos dois extremos para o onze inicial, não é menos verdade que fez uma decisão muito certeira pela lesão de Jefferson. Ainda com 62+4 minutos para jogar e com o Sporting todo ao ataque, fez sentido que Rojo mudasse para o lado esquerdo e Eric Dier entrasse para o seu lugar no eixo da defesa. O defesa argentino, embora não muito versado nesta posição na equipa do Sporting, oferece uma dimensão ofensiva que não está ao alcance de Iván Piris, que teria sido a alternativa. Por outro lado, Eric Dier é um bom central que apesar da sua juventude não teme acompanhar e até reforçar os mecanismos ofensivos da equipa. Recorde-se que foi ele que penetrou a grande área do Penafiel, para a Taça da Liga, e forçou a grande penalidade assinalada e executada. Neste jogo, colocou a bola na cabeça de Slimani para o que poderia ter sido o golo da vitória, evitado com uma boa defesa do guarda-redes dos "estudantes".

 

2. Se é verdade que o Sporting não depende de um só jogador e que Leonardo Jardim poderia (deveria) muito facilmente ter optado por não condicionar William Carvalho - eventualmente evitando o seu afastamento do "derby" da Luz com a "limpeza" dos cartões no jogo com o Arouca - e também que o jogador foi algo ingénuo na jogada em questão, não é menos verdade que no único lance do género em 90+2 minutos de jogo, Paulo Baptista não hesitou em puxar pela cartolina, sabendo muitíssimo bem das consequências dessa sua decisão. 

 

3. Se é verdade que de há uns anos a esta parte o Sporting é severamente penalizado por decisões de arbitragem, não é menos verdade que se coloca frequentemente ao jeito para isso, porque não dá a si próprio suficiente margem de erro para incidências dessa natureza e outras. Ao mais pequeno "deslize" - próprio ou de terceiros - fica fragilizado. Muito por isto, e não obstante a sempre presente ignóbil sombra do "sistema", não quero acreditar que o cartão amarelo do William tenha sido encomendado - como afirmou hoje Carlos Xavier. De igual modo, não acredito que Paulo Baptista não tenha assinalado a grande penalidade porque não quis, mas sim porque não viu claramente o lance e o árbitro auxiliar, que estava em melhor posição para o efeito, não teve a coragem e a honestidade de se assumir. Por tudo isto, entendo que não devemos recorrer sempre à arbitragem para explicar tudo, porque, na realidade, não explica tudo.

 

4. Não obstante as acima referidas considerações, não tenho dúvidas algumas que caso a grande penalidade aos 69 minutos tivesse sido assinalada e devidamente executada por Adrien, o Sporting teria saído do relvado com os três pontos. Já na fase final do jogo, Sérgio Conceição teria sido obrigado a desmantelar o "autocarro" defensivo e tornar-se-ia muito mais vulnerável às "démarches" ofensivas do Sporting, admitindo até que o marcador sofreria ainda mais alterações.  

 

5. Se é verdade que a vasta maioria de treinadores pecam por excesso de ego e teimosia, não é menos verdade que Leonardo Jardim não é a excepção à regra. A sua insistência no modelo de jogo que permitiu ao Sporting fazer a excelente época que tem vindo a fazer, é perfeitamente compreensível, mas já o mesmo não pode ser dito quando se atrasa a ajustar-se às circunstâncias de um jogo e de um adversário que está somente em campo para não perder e que demonstra pouca ou nenhuma ambição em ameaçar a baliza do Sporting. Foi esse o caso no embate de domingo, em que a Académica, salvo erro, só verdadeiramente ameaçou a baliza de Rui Patrício em duas ocasiões, e Leonardo Jardim tardou em lançar Slimani e fazer entrar mais um extremo.

 

6. As declarações de Leonardo Jardim sobre a disponibilidade de Shikabala incomodaram-me. Espero que seja somente uma estratégia por parte do treinador em não querer mostrar as cartas sobre a mesa. Pela informação disponível, o jogador egípcio está afastado de competição desde a primeira semana de Janeiro. Dado que o atleta moderno mantém-se em boas condições físicas, mesmo em períodos de inactividade, é lógico esperar que Shikabala se aproxime do nível dos seus colegas em relativamente pouco tempo. Mais complicado é a recuperação do ritmo competitivo e, neste caso concreto, adaptação a uma nova equipa e a um modelo de futebol a que não está acostumado. Parte deste processo terá de ser realizado através de treinamento mas o todo da adaptação só em competição poderá vir a ser concretizado. Dado que o Sporting só tem um jogo por semana e faltam somente 13 jornadas do campeonato, que terão de ser realizadas até ao dia 11 de Maio, bem espero que não seja necessário o tempo que Leonardo Jardim referiu para lançar este jogador. Se assim for, devemos repensar contratações do género no futuro, durante o mercado de Janeiro, já que o tempo é escasso e reforços, em princípio, são para utilização imediata.

 

7. Por toda a informação disponível, sinto que Shikabala poderá ser o "10" que o Sporting tanto necessita e se ele o provar no relvado, será indubitavelmente a peça preciosa do "puzzle" que permitirá o alcance dos conhecidos objectivos, nomeadamente nunca menos do que o 2.º lugar e o acesso directo à Champions. Se Leonardo Jardim não o vê como médio organizador, mas mais como um falso ponta de lança ou extremo, já não sei o que dizer, salvo esperar pela evidência em campo.

 

8. Em termos do campeonato, nada está perdido e não devemos optar por um discurso de negativismo,  apenas pelo desapontamento do empate com a Académica e pela expectativa de recuperar a liderança da tabela classificativa. A equipa tem vindo a fazer uma excelente época, muito pelo trabalho de grande qualidade de Leonardo Jardim e seus adjuntos que, na minha opinião, merecem todo o nosso reconhecimento e apoio, não obstante algumas disposições criticáveis. Perfeição não existe, especialmente quando se opera com "material" que não é topo da linha.

 

publicado às 16:17

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31 comentários

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De Eulevezinho a 03.02.2014 às 17:22

Acho que é a primeira vez que concordo a 100%!

Não podemos continuar a jogar em Alvalade só com um Av. Também desejo que a conversa de Shikabala, não passe disso. Os reforços são para o imediato. O impacto das contratações é agora. Heldon tem de ser titular e Wilson é a opção para segundo avançado. Se Shikabala estiver bem, vamos arriscar. Precisamos de desequilibrar. Espero que o Leo Jardim não seja teimoso ao ponto de não mudar porque acredita cegamente no sistema em todos os jogos. A segunda volta vai ser mt dificil.

Eulevezinho.blogspot.com
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De Rui Gomes a 03.02.2014 às 17:30

Há sempre a primeira vez para tudo, meu caro.
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De Lionheart a 03.02.2014 às 17:59

Parece-me que o Sporting perdeu a dinâmica que tinha nos melhores momentos e isso nota-se claramente na falta de golos do Montero, mas também no apagamento dos nossos melhores alas. O Carrillo sempre foi algo intermitente, capaz de jogadas brilhantes e depois de passar ao lado do jogo, mas o Capel era sempre muito voluntarioso, arrastava os defesas, provocava faltas, etc. Mesmo o Capel se apagou. Hoje vivemos do estardalhaço que o Slimani provoca na área na luta, e das bolas paradas (foi assim que marcámos em Arouca).

Contra a Académica, depois da substituição do André Martins, o Adrien, e mesmo o William, subiram mais no terreno e o Sporting passou a provocar mais pressão e a ter mais oportunidades, mas por outro lado ficou vulnerável atrás. A Académica não teve foi argumentos para explorar isso, mesmo assim conseguiu uma excelente oportunidade para marcar, em que o remate passa ao lado por milímetros.

Solução? Ou encontrámos um número 10 no Shikabala, ou que tal voltar a pôr o Adrien a 10 (embora seja uma solução de recurso e parece que não é a posição onde ele se sente bem), o Dier a 6 (o Jesualdo até estava a tentar fazer dele um trinco) e o William a 8 (de resto, onde ele jogava quando estava no Cercle)?
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De Rui Gomes a 03.02.2014 às 18:10

Sobre o Capel, é a minha opinião que sua maior inspiração é quando sente que faz parte do onze. Acho que com a utilização que Leonardo Jardim lhe tem dado ultimamente, perdeu essa confiança. Como já aqui indiquei, Wilson Eduardo é precisamente o inverso.

A solução terá de passar forçosamente pelo Shikabala a "10", caso contrário a sua contratação até não faz grande sentido nesta altura.

O resto, considero cenários menos desejáveis.

O Montero, ontem, apesar de não marcar, até terá sido o melhor em campo, mas penso que ele deve jogar mais próximo de Slimani e não vir tanto ao meio campo recuperar bolas ou iniciar jogadas.
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De Tywin Lannister a 04.02.2014 às 07:32

Shikabala esta temporada parece que apenas fez um jogo, pela selecção, em Outubro passado. A sua condição física pode estar em linha com o que se espera de um atleta de alta competição que apesar de não jogar, vai treinando assiduamente. Mas o facto de não jogar regularmente não abona muito a favor da sua forma de jogo, que não será a mesma de um Adrien ou um André Martins, por exemplo, daí a referência às três ou quatro semanas.

Nada disso impede todavia a sua utilização por alguns minutos já a partir do próximo fim-de-semana, mas daquilo que se pode perceber pelos vídeos que há disponíveis, Shikabala é um jogador individualista e que raramente decide em benefício da equipa, leia-se, raramente decide em passar a um colega desmarcado, em melhor posição.

Da mesma forma que Capel prefere fazer uso da sua velocidade e da sua capacidade de drible, o mesmo acontece com Carrillo, pois sempre resolveram assim os problemas, o mesmo acontece com Shikabala, que vai ser um pesadelo táctico, pois se a atacar, poderá ter bastante liberdade, a defender é capaz de pouco ou nada fazer. Daí que a maneira mais segura de o utilizar, pelo menos nos primeiros tempos, será como extremo.
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De Rui Gomes a 03.02.2014 às 19:02

PS: O referido "apagamento dos alas" tem muito a ver com mas medidas que os adversários entretanto tomaram para impedir os movimentos de transição e, claro, a ausência de jogo pelo miolo, resultando, entre outras disposições, na falta de profundidade e o ponta de lança quase a não ser servido.
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De UnHu_man a 03.02.2014 às 19:19

Enfim, já vejo comentários de alguns posts o típico sportinguismo a falar.
É por culpa de adeptos como estes que o Sporting atravessa um dos piores periodos da sua história. Começa-se a época com esperanças, normal, ultimamente tem caido logo tudo por terra, e passados 1 ou 2 meses começamos a criticar treinador e presidente e metemos o treinador na rua. Depois vem outro, e o ciclo continua até vir um novo presidente. Depois repete-se o ciclo maior.
Esta época finalmente estamos perto do sucesso (inesperado diga-se já) e vê-se já sportinguistas ridículos a começar a criticar o presidente e o treinador só porque descemos um pouco de forma.
Rídiculo. O maior problema do Sporting são alguns adeptos... Acordem!
Depois elejam outro presidente que não o Bruno de Carvalho ou peçam a saida do Jardim, e quando começarmos a entrar novamente num ciclo negativo depois não se venham lamentar.
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De Rui Gomes a 03.02.2014 às 19:54

Meu caro, acho que devemos fazer a distinção entre adeptos que pelo desapontamento do momento verbalizam uma ou outra crítica e aquela pequena minoria que extrema pelo exagero, até pelo ridículo.

O treinador continua a merecer a nossa total confiança e não é um mero resultado menos agradável que vai alterar essa disposição.

Tudo em contexto, penso eu.
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De Dinis Silva a 03.02.2014 às 20:02

O Sporting não vai entrar em nenhum ciclo negativo. O Sporting apenas necessita de impor o seu jogo a cada adversário, em cada circunstância de jogo e em função do desenrolar de cada jornada.
Considero que o modelo de jogo do Sporting, estando em evolução, se encontra desiquilibrado. Assenta numa grande coerência defensiva, numa pressão alta e num domínio do meio do terreno.
Temos muitos pouco golos sofridos, recuperamos bem as posições e as bolas conduzidas pelos adversários, ou seja, na fase de destruição-recuperação estamos bem e talvez sejamos das equipas mais maduras nesse domínio.
O que falta então? Muito pouco, na minha perspectiva, mas sobretudo muito na cabeça e desempenho de alguns jogadores: Capel, Carrillo, Mané e Wilson (ordem alfabética propositada) precisam de se posicionar num plano mais ambicioso, correndo um pouco mais, sendo mais objectivos (Wilson, por favor, dá uma biqueirada na bola, rebenta com as redes e deixa-te de efeitos técnicos), e sobretudo acreditando que a sua prestação é a chave de resolução de qualquer jogo.
Se cada jogador aumentar em metade a sua prestação a probabilidade de Montero ou Slimani concluírem aumenta exponencialmente, ao mesmo tempo que os antagonistas claudicam.
Por alguma razão, o "Esforço" vem antes antes da "Dedicação", "Devoção" e "Glória"!
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De Julius Coelho a 03.02.2014 às 20:20

Boa noite Sr Rui Gomes li este seu ultimo comentário e que respeito sobre o jogo e insisto na minha opinião discordante em alguns pontos importantes, o Sr Rui Gomes transmite a mensagem que se fizermos melhor excelente mas se não fizermos paciência, eu não me sinto satisfeito com o que já fizemos porque sou de opinião que podemos fazer mais perante as circunstancias actuais, perdemos as outras 2 competições e só estamos concentrados em (eram) 14 jogos do campeonato. Nos momentos das grandes decisões Jardim tem falhado pode afinal não ser um ganhador nato e tem se colocado a jeito para as criticas. Desta vez nem me escondo nos erros habituais da arbitragem que sempre nos desfavorecem, depois de visionar o nosso jogo com a Académica senti uma revolta e grande descontentamento pelo resultado quando e mais uma vez desperdiçamos as oportunidades quizá a ultima de alimentarmos a ideia de sermos campeões nacionais. Tenho uma visão mais ampla das consequências deste empate que nos coloca numa posição muito complicada. Uma derrota na luz será o adeus ao titulo ficarmos a 5 que serão 6 pontos do Benfica num momento crucial do campeonato não é a mesma coisa ficarmos na pior das possibilidades a 3 (4) já depois das visitas ás ao Dragao á Luz e a Braga .
Responsabilizo na totalidade o nosso treinador que desta vez cometeu demasiados erros alguns inexplicáveis , quando mais necessitamos de um Leonardo Jardim no seu melhor resolveu inventar..
O treinador do Sporting fez uma deficiente preparaçao da equipa para este este jogo, para se ser campeão tem que se ter mais garra colectiva, mais consistência, melhor preparação mental nos momentos de decisão no passe nas zonas de finalização. Oferecemos a 1ªparte á Academica jogando num ritmo de passeio. Não se entende a não entrada de Carrilho o nosso melhor extremo no desiquilíbrio de 1 para 1 e com melhor facilidade de chegar á linha, a teimosia de manter tanto tempo o Wilson Ed , jogávamos com menos 1, na lesão de Jeferson insisto na entrada de Piris , mais rápido que Rojo , Rojo é sim uma optima solução na esquerda se estivéssemos na posição na frente do marcador o que nao foi o caso. A ter que ganhar o jogo Piris impõe mais velocidade e intensidade na saída para o ataque e centra bem.
No amarelo ao william na verdade houve um momento que antecedeu a falta e se percebeu que a poderia fazer aí o treinador deveria ser enérgico, gritado forte e talvez ainda a tempo de william ter outra abordagem ao lance (foi perto do banco do Sporting) com Jorge Jesus embora eu sendo um critico á sua histérica actuaçao no banco william possivelmente não seria expulso. Digo isto porque eu tive essa percepção do que podia acontecer e infelizmente acabou por acontecer , fui treinador e sei do que estou a falar.
Comentou no final que Chikabala não estará em condições de jogar nos próximos 2 a 3 jogos quando deveria resguardar essa informação que mesmo até sendo verdade , ajudaria a confundir os adversários na preparação das tácticas contra a nossa equipa , o treinador do Sporting seja ele quem for ñão pode incorrer a estas ingenuidades.
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De Rui Gomes a 03.02.2014 às 21:50

Meu caro Juliuscoelho,

Respeito sua opinião a que tem pleno direito, no entanto, não concordo com alguns pontos da discussão e, sobretudo, quando diz que a minha postura é "se fizermos melhor excelente se não dizermos paciência". Nem imagino quais foram as minhas palavras que o levaram a essa errada conclusão.

Concordo que é difícil explicar porque é que a equipa deu meia parte de avanço ao adversário, como aliás já aconteceu em mais do que uma ocasião, mas não vamos exagerar. O treinador é criticável em algumas situações mas é injusto não reconhecer que foi o seu bom trabalho que permitiu ao Sporting chegar onde se encontra neste momento.

Qual é a sua sugestão ?... Mudar de treinador ?... Devemos aprender com o passado, nomeadamente com o passado recente que claramente demonstra que isso não resulta.

Tem uma ideia do Piris muito diferente da minha, já que ainda não lhe notei qualquer propensão ofensiva digna de registo.

Quanto ao que disse sobre Shikabala , quero crer que foi dito em termos estratégicos, para não revelar o que é obviamente uma consideração interna.

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De Julius Coelho a 03.02.2014 às 22:44

Caro Rui Gomes em nenhum momento comentei uma mudança de treinador um treinador com um trabalho competente nunca será boa ideia a sua substituição e neste momento seria catastrófico , faz alguns anos que o Sporting não tinha um treinador tão competente como o é Leonardo Jardim . Mas isso não impede de estar sujeito ás criticas quando erra, cabe-nos a nós sportinguistas pelos meios de comunicação disponíveis apresentarmos as nossas ideias algumas com outra visão na expectativa que cheguem ao seu conhecimento e que de alguma forma possam ajudá-lo na sua meditação mas sempre numa perspectiva construtiva.
louve-se esta direção por ter mantido o Rui Patrício e a sorte de termos william Carvalho junto com a perspicácia do treinador em potencializar a sua tremenda qualidade na posição 6 , as 2 peças basilares para se poder fazer uma grande equipa e que tem sido o primeiro segredo deste Sporting 2013/2014.
O que pretendi dizer no meu comentário é que provavelmente esta equipa do Sporting contra esta equipa da Académica em 10 jogos ganha 7 , empata 2 e perde 1 , ontem a abordagem ao jogo deveria ter sido bem diferente quizá nestes 14 jogos finais com outros incentivos + de premio de jogo por vitória.
Como disse fui treinador no Peru e nunca conheci a derrota , sei o tipo de terapia que tem que ser feita com um grupo ,adequada para cada jogo dentro sempre das circunstancias que semanalmente nos confrontamos, e é desse tipo de trabalho que creio que na semana que antecedeu esta jogo com a Académica não foi consequente , foi ineficaz e isso é da responsabilidade do treinador . áparte daquela primeira parte sem explicação quase que perdemos o jogo na 2ª, por 2 vezes um só jogador da Academica subia desde a sua área pela esquerda e quando já perto da nossa área ficando cercado pelos nossos defesas e sem solução de continuar o lance eis que surgia um outro seu colega pela direita que subiu sem que ninguém o acompanhe e sem marcação a receber o passe e que nos ía sendo fatal, este tipo de situações demonstra deficiente mentalidade na garra e na intensidade que se pretendia.
Rojo 1 vez e William Carvalho 2 vezes decidem remates para as nuvens quando é a equipa que decide o remate e não o jogador , quero dizer que antes de rematarem têm que ver a prioridade da sua ação para um colega em melhor posição ou no centro para o Slimani e Montero. Adrian sozinho á entrada da área com a bola a jeito de pedir um estoiro quase que nem acerta na bola , Montero e Slimani por 2 vezes de frente ao guarda redes fazem remates directos frontais a facilitarem a defesa, quando têm qualidade suficiente para terem a calma necessária para dar o jeito e direção que se pedia nesses lances.
Vi demasiada ingenuidade e falta de concentração num jogo demasiado importante para o Sporting e tenho que criticar o treinador por isso.
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De Tywin Lannister a 04.02.2014 às 06:13

A tomada de decisão em certos momentos na parte final do jogo deixou muito a desejar, algo que Leonardo Jardim deverá trabalhar no futuro. O que se viu neste jogo, já tinhamos visto contra o Nacional, e em certa medida, contra o Estoril-Praia também. Em certa medida, a última meia-hora da primeira parte não andou muito longe do que a equipa (não) fez contra o Rui Ave, por exemplo. ;)
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De MaxMartins a 03.02.2014 às 21:36

Concordo em parte com as suas opiniões, mas há uma que eu não estou de acordo...
É mesmo verdade que acredita que "é obra do azar" o facto de haver ábitros que não veem certas jogadas e com isso acabam por nos prejudicar...?
Eu não acredito nessa hipótese, pode isso acontecer algumas vezes, mas na maior parte das situações eu acredito que esses lapsos são voluntários...ou melhor dizendo...: são encomendados...
Se o que acontece com outras equipas fosse diferente...eu até acreditava no pai natal, mas com tudo o que se tem passado há uns bons anos a esta parte, já não nada que me convença de que por exemplo...:
"Não ver" um jogador do Gil sofrer duas faltas seguidas bem durinhas e nada marcar, para de seguida "ver" um penalti a favor do Benfica...seja apenas e só uma questão de azar do homem do apito...
Ninguém me convence de que o penalti não marcado contra o Rio Ave, o golo "surripiado" contra o Nacional e mais este penalti ontem contra a Académica, foram apenas obra de uma azar tremendo que colocou um mosquito o olho do árbitro e fiscal de linha a "coçar os olhos"...tudo ao mesmo tempo...!!
Pode dizer-me que "estou a esquecer" os 2 golos fora de jogo marcados pelo Montero...pois aqui nestes casos, eu acredito mesmo que o fiscal de linha não viu mesmo, porque se tivesse visto e atendendo ao historial...eram logo invalidades...
E melhor fora que o tivessem sido...pelo menos escusavamos de estar sempre " a levar com isso", quando somos prejudicados, que o somos normalmente em todos os jogos...

Olhe Viva o Sporting e pode ser que um dia também aconteçam para nós...só por sorte ou por azar...!!

SL
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De Rui Gomes a 03.02.2014 às 22:00

Meu caro, sei que tem lido os meus escritos onde critico arbitragens, algo que já faço há anos. Estes erros devem-se a diversos factores, inclusive de manobras obscuras nos corredores do poder. A questão é que nada se resolve e nada favorece a equipa andarmos constantemente a recorrer a este argumento.

O "sistema" tem de ser anulado e já escrevi inúmeras vezes que isto não acontecerá com meras palavras, sejam do presidente ou de outros.

A essência do meu argumento, hoje e sempre, é que a equipa tem de dar a si própria maior margem de erro para poder combater estas adversidades. No jogo de ontem, envolveria mais intensidade logo a partir do apito inicial e melhor finalização.

Sobre Paulo Baptista ou qualquer outro árbitro em Portugal admito tudo e mais alguma coisa, mas nem tudo é negro. Como explica ele não ter aproveitado aquele lance do Adrien para marcar grande penalidade ?

Foi o caro que mencionou "azar", eu nunca fiz essa referência.
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De MaxMartins a 03.02.2014 às 22:12

Nesse caso do Adrien "tivemos sorte" porque ele poderia muito bem ter assinalado penalti e se o fizesse...
"Teríamos azar" por ele não ter marcado primeiro a falta do jogador da Académica...seria assim uma coisa parecida com o penalti marcado pelo Paixão aos 90+2 contra o Gil...
Eu sei que o errar é como se diz...: humano...mas eles contra nós não só erram, como abusam do erro...!

Sim a equipa deveria ter jogado com mais intensidade nalguns momentos do jogo, mas mesmo assim fez o suficiente para em "condições normais" arrecadar os 3 pontos...
Agora não concordo nada com o que dizem alguns...:
Até aqui o Leonardo timha sido "o melhor do mundo"...
Agora...já não é tão bom assim...!!
Quanto à expulsão do William, talvez o defeito seja meu...mas acredito que se não fosse naquele momento...seria noutro a seguir...!!
Já não lhes dou o beneficio da dúvida...!

SL
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De Rui Gomes a 03.02.2014 às 22:40

Ainda não compreendi bem o todo dos seus argumentos mas, de qualquer modo, mesmo sendo apologista de apoio total ao nosso treinador, ilude-me completamente a forma como o Sporting entrou no jogo e a falta de qualidade nos primeiros 45 minutos. Como já indiquei, demos meia parte de avanço ao adversário, e já não é a primeira vez que isto acontece.
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De L a 03.02.2014 às 22:03


Confesso que também só li os primeiros comentários no post do jogo porque fiquei bastante triste com tanta cacetada no treinador e por causa de um jogo em que não fizemos nada de muito diferente do que temos vindo a fazer, que ia ser cada vez mais complicado já sabíamos todos. Mas e ao contrário de outro user gostava de deixar bem claro que considero estas discussões que abrangem mais a parte desportiva e onde aqui e ali até discordo mais com o caro Rui Gomes do melhor que há no Camarote. O futebol está muito longe de ser só para profissionais que até recebem para ser do Sporting, ao contrário de nós que ainda pagamos para poder desfrutar. O Sporting já era nosso muito antes do “sound bite”, era só o que faltava que cada um de nós não pudesse dar a sua opinião sobre o desenrolar da época ou depois de cada jogo, sempre mais que legitima.

Independentemente das suas preferências que as têm como cada um de nós, os bons treinadores alinham sempre o sistema consoante os jogadores de que dispõem. Inclusive parece que o Oliveira ontem esteve a tentar explicar o porquê do 4x3x3 ser hoje um sistema tão forte, na medida da ocupação do espaço pleno. Claro que eu também concordo que qualquer equipa fica sempre mais perto do golo consoante consiga chegar com mais gente à frente, mais determinante inclusive que 1 ou 2 avançados. Agora também acho é que temos grandes lacunas no meio campo relacionadas como não podia deixar de ser com o orçamento e que obstam muito à fluidez do jogo interior desejável por todos. É perfeitamente normal o desnorte e o tempo que as defesas contrárias demoram até voltarem a encontrar as marcações de cada vez que o Slimani entra. Muitos dos golos que marcou e resolveram jogos resultaram nesses primeiros instantes e depois à medida que o tempo passa e as equipas contrárias conseguem reagir normalmente por cada oportunidade há também um calafrio. Acho sobretudo que não se pode pôr em causa um treinador e uma dinâmica de jogo que crie tantas oportunidades como ontem contra a Académica, como diz o Aurélio Pereira o golo é o que há mais caro no futebol. Mesmo com uma tremideira que não era nada normal e que infelizmente também tem explicação acho que fizemos um jogo normalíssimo como outros e nunca fomos felizes na finalização. Em relação à escolha dos jogadores e apesar de também me ter custado muito perceber que Carrilo não ia entrar, ainda dou sempre mais o benefício da dúvida ao treinador que é quem trabalha com eles todos os dias.

Sobre o mercado o fundamental era não ver chegar propostas que ainda levassem alguém e lamentavelmente volto a discordar sobre as novas contratações que só serviram para assumir o que nunca quisemos assumir até aqui – se calhar porque faz toda a diferença - afinal sempre somos candidatos ao título. E qual é a diferença? Acabamos de comprar o Helton? Ok. E não conseguem convencer também o Elias já agora? Sobre o africano até tenho evitado falar mas também não acredito que chegue alguém com metade do valor do Montero quando o vemos a mostrar-se ao jogo mais recuado, meio playmaker meio 2º avançado.

Mesmo sem dinheiro se alguém não tivesse entrado no clube a pensar que ainda estava na construção civil - onde muitos empreiteiros pagam quando e quanto querem - tinha sido bem melhor. Se calhar não estavam informados que os jogadores já têm quem os represente há muito tempo. A fazer lembrar o Tarzan, com vários jogadores parados e a receber. Ainda agora ganhamos não sei quanto depois de oferecer o Jeffren. Uma autêntica maravilha. E sempre é verdade que a Académica também nos roubou um jogador? Estamos muito mais fortes.
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De Rui Gomes a 03.02.2014 às 22:35

Caro L,

Não me considerando um perito extraordinário, gosto mais de discutir futebol do que qualquer outro aspecto do Clube. Baseado na minha experiência pessoal ao longo de alguns anos, há muito que cheguei à conclusão que a vasta maioria de treinadores faz exactamente o inverso do que a "bíblia" exige, ou seja, determinam o seu modelo de jogo preferencial e adapatam os jogadores ao modelo. Como mero exemplo, Paulo Bento até se deu ao desplante de dispensar Varela porque no seu modelo não havia lugar para extremos natos, o que Varela era e ainda hoje é.

Eu gosto de ver o 4x3x3 em acção, simplesmente entendo que no Sporting não era o melhor modelo, pese o sucesso, pela ausência do médio criativo, o "10" que tanto evocamos. Por isso, sugeri diversas vezes vo 4x1x3x2, preferencialmente atacante, jogando somente com um extremo e não dois, como LJ faz. O problema que o Sporting está a encontrar cada vez mais, é as alas tapadas por falta de jogo no miolo e nesse corredor, falta também de capacidade nas lutas de um a um. Para superar "autocarros", estas dimensões de jogo são vitais.

Claro, em qualquer modelo, muito ou quase tudo se resolve com golos, mas quando eles não aparecem, como ontem, sujeitamo-nos às inevitáveis consequências, de ordem diversa.
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De L a 04.02.2014 às 10:43


Bom dia caro Rui Gomes,

Antes de mais começar por pedir desculpas por não ter tido oportunidade para continuar ontem à noite, claro que este género de tertúlia também é a nossa forma de exercer um direito perfeitamente legitimo, o de também irmos a jogo pelo nosso Sporting. Sobretudo o nosso grande gozo de adeptos. E muitos dos que hoje se mostram contra levavam lenços brancos para o estádio na última época, com a coordenação de uma MAG que mais para o final também já só aparecia quando pressentia sangue. Felizmente esta época não se vê nenhum sportinguista à espera que o Sporting perca. Entretanto também já me disseram que o Barroso foi outra vez para a televisão chorar com a questão dos árbitros. E claro que toda a vivência do caro inserida no fenómeno desportivo mais abrangente, assim como os muitos anos de sportinguismo são muito importantes para o blogue.

A minha opinião sobre o melhor sistema de jogo no Sporting e independentemente da do treinador sempre, prende-se directamente e como não podia deixar de ser com o que o Futre costuma chamar da melhor escola de extremos do mundo, portanto nada melhor que o 4x3x3 também na equipa principal para poder continuar a exponenciar os melhores extremos do mundo. E nenhum treinador trabalha ao mesmo tempo dois sistemas tácticos, a própria ideia subjacente às rotinas contraria-o, não é possível. Mais uma daquelas ideias peregrinas dos vários comentadeiros ao mesmo tempo na política e no futebol, tanto pedem um plano B para a execução orçamental como para o seu clube quando as coisas correm menos bem. Se o plano B e que no futebol está sempre muito longe de significar passarmos às rotinas de outro sistema táctico, fosse tão bom como o plano A não se chamava plano B. O que ganhamos num lado perdemos noutro, ficamos sempre mais desequilibrados. Antes põem-se em prática um conjunto de dinâmicas que implicam sempre mais risco, da mesma forma que também se treinam posicionamentos em caso de expulsão, quase sempre em caso de desespero e quando já não funciona mais nada. Porque a ideia que deve prevalecer sempre é o direito às substituições, por isso é que é muito importante ter no banco e nós em algumas posições nem no onze base, jogadores com a tal capacidade para mexer no jogo, como por exemplo Carrilo, o puto Mané e Slimani na área.

Quem dera orçamento que permitisse todas as soluções que o caro preconiza, nomeadamente no meio campo e desde o início do jogo mas voltando aos actuais, sempre que um destes jogadores com mais capacidade para mexer no jogo é várias vezes bem sucedido levanta-se outro problema para o treinador, que mais tarde ou mais cedo se vê obrigado a premiá-lo com a titularidade, excepto o Slimani até aqui e porque a meu ver também ficamos muito mais fracos só com Slimani na vez de Montero. Mas acabou de passar-se com o Mané, que por enquanto ficou-se com a ideia que deve continuar a crescer a saltar mais vezes do banco mas tem tudo para vir a ser um jogador fantástico. Eu também não nego que o Helton com 25 anos é mais consistente que um puto com 19 anos e vai-se agora retirar espaço a um jogador em que já se apostou e em que se vê muito mais potencial? No início desta época fizemos o mesmo a vários que não nos cansámos de aplaudir na época anterior e para além de não fazer sentido nenhum será que quem entra agora vem fortalecer o espírito de um grupo que tem dado muito bem conta do recado. Volto a dizer que ainda agora com a Académica criámos oportunidades antes e depois de Slimani, nunca jogamos é sozinhos. Se não havia dinheiro para mais e temos matéria-prima, esta equipa e este modelo de jogo estão muito longe de estar esgotados, havia que saber dar tempo ao tempo. E ainda acredito menos em ver alguém nesta equipa que não participe tanto sem bola do que com bola. Ninguém deixava de alcançar certos objectivos por falta de anúncio, lembra-se do Braga aqui há uns anos? Outra coisa que não ajuda nada é ver alguém no banco que não faz outra coisa que passar ainda mais ansiedade para dentro do campo. Imagine-se os que saltam do banco e que estiveram a conviver com aquele estado do presidente. Mal empregado não ter acordado das rezas com uma bola na testa.

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De L a 04.02.2014 às 10:45


Nós temos o plantel que temos, que resultou de um conjunto de decisões e eu também estou muito longe de ter concordado com todas, sempre subjacente a um orçamento mas este modelo de jogo com estes jogadores está muito longe de estar esgotado. O que nós também vemos é que orçamentos muito maiores também sentem outras dificuldades e vai ser sempre assim. Cada clube e cada equipa jogam com as armas que têm.

Finalmente quem acabou de fazer aquilo de que o Paulo Bento é acusado muitas vezes foi o Paulo Fonseca com o duplo pivot no Porto, onde o 4x3x3 é uma instituição há várias décadas. No Sporting a variável do 4x4x2, losango - que ainda é de longe a forma mais equilibrada para utilizar dois avançados ao mesmo tempo e aqui sim um harmónio em que o jogo interior está muito mais dependente do jogo do playmaker ou no limite do último passe e da capacidade de decisão do 2º avançado, ao contrário do jogo interior no 4x3x3 que muito mais que um artista pede é médios de transição com muita capacidade de bascular para encostarem na frente - já vinha do Fernando Santos, é mais que normal que passadas várias épocas o plantel estivesse mais que formatado a esse sistema táctico, o Paulo Bento não inventou nada. E nunca utilizou o Varela que se fartou de realizar pré-épocas em que nunca mostrou dimensão para jogar no Sporting e só depois de desvinculado é que decidiu explodir na Amadora. Está-se mesmo a ver o que aí vem com muitos contratos de longa duração na formação. Mas lançou e utilizou por exemplo o Nani, que inclusive nunca se cansou de dizer que deve a carreira ao Paulo. Que quando pegou na selecção e foi questionado sobre o sistema táctico voltou a dizer que dependia sempre dos jogadores à disposição. O passado é passado e Paulo Bento só engrandeceu e muito o do Sporting e mais uma vez, não obstante todas as opiniões em contrário.
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De Miguel a 03.02.2014 às 23:14

http://www.maisfutebol.iol.pt/diego-rubio-sporting-sandnes-transferencias-liga-noruega-internacional/52f003ede4b05591e0582a39.html

Diego Rubio emprestado ao Sandnes da Noruega
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De Rui Gomes a 03.02.2014 às 23:31

Obrigado Miguel, já tenho um post preparado nesse sentido, para sair mais logo.
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De Carlos N. T. a 04.02.2014 às 00:59

Inacreditável !!!!!! Há sempre qualquer coisinha que o treinador, o presidente, o sei lá quem, faz mal.. Pois há, mas isso nao é novidade!!

Também nao é novidade que aparecem logo os "melhores treinadores", as correccoes e, e, e...... Depois do jogo terminar até o verdadeiro treinador sabe o que eventualmente, teria e poderia ter feito melhor.
Também nao é novidade que todos nós, voces, sabem isso. Entao porque......????

Isso nao é ajudar de verdade..
O Sporting nao ganhou porque simplesmente, a bola nao entrou. Havia um dedo, uma perna, um corpo, um guarda-redes que teve o seu dia. Esquecam os supostos erros..

O Sporting ainda está na luta e isso sim é para nós adeptos importante.. Positivo

O Chico Bala chegou, é extranjeiro.... já é bom !!! Por favor, gente. Alguém de voces o viu jogar?? Uns videozinhos talvez.

Deixem-nos errar.. Com os erros se aprende.
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De Rui Gomes a 04.02.2014 às 01:29

Compreendo perfeitamente os seus sentimentos, embora não concorde com tudo o que afirmou.

Como sempre, nestas situações, peca-se, por vezes, por extremar pelo exagero, em todos os sentidos. Nesse aspecto até tem razão, mas deixa-me perplexo quando acha mal que um adepto se entusiasme com um reforço, potencialmente de qualidade, seja estrangeiro ou português. Pessoalmente, preferia o Cristiano Ronaldo mas acho que não está disponível neste momento.
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De Tywin Lannister a 04.02.2014 às 07:04

Foi com estes jogadores, este treinador e este sistema de jogo que aqui chegámos, e agora com os novos reforços, percebe-se que há uma tentativa de colmatar as lacunas tanto ao nível dos executantes como do sistema.

Carlos Mané e Wilson Eduardo deram boa conta de si diante do Penafiel, e têm-se mostrado algo melhores ou mais consistentes que Diego Capel ou André Carrillo, que estão num claro abaixamento de forma, mais evidente no primeiro, já que o segundo tem jogado mais pela certa, mas sem conseguir fazer grande diferença, pois quer seja Carrillo, ou Capel, ou Mané ou Eduardo, raramente têm espaços ou conseguem criar chances de desorganizarem a equipa adversária.

A Académica ao contrário do Penafiel ou do Arouca, não cometeu o erro de cair em cima do Sporting, mas preferiu antes esperar pelo Sporting, admitiu ser dominada territorialmente, mas tentando controlar na medida do possível o jogo, à italiana, fechando os caminhos para a baliza à guarda de Ricardo. E conseguiram-no também com algum auxílio do árbitro, que não viu algumas faltas a nosso favor, mas o mesmo não se pode dizer de algumas faltas que marcou contra nós...

Com Slimani em campo, o jogo aéreo passou a ser opção, pois já conseguia-mos tirar cruzamentos, mas Sérgio Conceição reforçou a defesa em termos numéricos e apostou em duas homens velozes para criar-nos calafrios. Manoel mal se viu, pois parece-me que não chegou a ter bola, já Salvador Agra pegou várias vezes na bola e foi por aí fora, retirando pressão sobre a sua equipa.

Faltou-nos a pontinha de sorte que tivemos em outras ocasiões, mas também faltou pressão em cima do adversário em pelo menos, boa parte da fase final da primeira parte, pois nenhuma equipa consegue estar sempre 90 minutos em cima do adversário, muito menos uma equipa ainda em construção como é o caso desta equipa do Sporting.

Os adversários já aprenderam que nos têm de respeitar, os árbitros por sua vez, ao contrário do que fazem com os nossos mais directos rivais, prejudicam-nos mais que aos adversários, mas temos de perceber que Roma e Pavia não se fizeram num dia. Se gostamos de recordar quão grande o Manchester United se tornou pela mão de Sir Alex Ferguson, e que o Sporting só tem a ganhar em seguir o mesmo caminho, é preciso lembrar que o mesmo precisou de vários anos até começar ganhar alguma coisa de jeito. E quem diz o Manchester United, diz o Borussia Dortmund, pela mão de Jurgen Klopp... "apostando na formação, nas contratações cirúrgicas a baixo custo e na criação de uma equipa na verdadeira acepção da palavra". Se calhar, "depois de muitos dos comentários" que fomos lendo, parece que "muitos de nós não estão preparados para ter a paciência a que esses cenários obrigam."
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De Nuno Espada a 04.02.2014 às 10:59

Caro Tywin, estava a ver que não "conseguia-mos" voltar a falar. Só porque o saber não ocupa lugar, aqui está a referência à 19ª contratação de Godinho Lopes (escolho literatura que disse ser ávido leitor):

http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC25584.pdf (pág. 12)

http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC30180.pdf (pág. 80)

http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC35783.pdf (pág. 13 e 114)

Não se acanhe pelo facto do Victor Golas ter sido bicampeão de juniores no Sporting.

"um gajo não sabe do que fala, não lê os relatórios e depois é natural que se sinta enganado"... ah pois é.
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De Tywin Lannister a 04.02.2014 às 16:35

Bem haja pelo reparo, afinal foram apenas 18 contratações na primeira temporada de Godinho Lopes e 5 recuperações de jogadores por empréstimo, fica registado o meu erro, o que com as 16 que fez na temporada seguinte, dá 36 jogadores, em geral, com custos demasiado elevados para as posses do clube. Pouco menos do dobro das 19 que tinha anteriormente referido ao dizer: "E quantas das 19 contratações realizadas no 1º e 2º defeso de Godinho Lopes não eram "para a equipa B". A resposta: sete, três por empréstimo, todas na segunda temporada. Tendo Santiago Arias e Diego Rubio jogado também pela equipa B, enquanto Atila Turan era emprestado.
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De Nuno Espada a 04.02.2014 às 17:16

Engana-se novamente.

Querendo considerar o Kikas como uma aquisição da era Godinho Lopes (pois, segundo me parece, já não teria contrato com o clube quando foi constituída a equipa B), terão sido 35 - e não 36 - as contratações realizadas - 8 das quais para a Equipa B na 2ª temporada (a saber, Seejou King, Júlio Alves, Kikas, Chula, Plange, Ruan Yang, Lucas Patinho e Sunil Chetri - todos com contratos de 1 temporada apenas e um dos quais sem qualquer objectivo desportivo - reconhecido por todos à altura, nomeadamente pelo jogador), 4 dos quais para a referida "bolsa de valores" na 1ª temporada (Atila Turan, André Carrillo, Santiago Arias e Diego Rubio, todos eles com contratos mais longos do que 1 temporada).

35 contratações, pouco menos do dobro das 18 contratações inicialmente referidas, realizadas em 4 janelas de transferência, relativas a duas equipas. Curiosamente, as 17 transferências realizadas por Bruno de Carvalho nas duas primeiras janelas de transferências não têm qualquer comparação possível com as 18 transferências realizadas por Godinho Lopes realizadas nas duas primeiras janelas de transferências.

Talvez fosse ainda interessante verificar quais eram os jogadores que compunham o plantel do Sporting na temporada 2010/2011, analisando o seu percurso profissional subsequente (após a saída do Sporting) e quais os jogadores que compunham o plantel do Sporting na temporada (da infâmia) 2012/2013 e qual o seu percurso profissional subsequente, por forma a aferir quais as condições encontradas à partida e qual a necessidade de proceder a uma reformulação profunda do plantel.
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De Anónimo a 05.02.2014 às 07:37

É verdade que me equivoquei em relação ao Victor Golas, que ora era emprestado, ora regressava à base, no que diz respeito às contratações de Godinho Lopes para a pretérita temporada, é verdade também que em momento algum considerei o Kikas como contratação para a equipa B, o que em si foi outro equívoco, já que tinha saído dos juniores para o Real Massamá e foi contratado de novo pelo Sporting para jogar na equipa B. Outro equívoco foi ter-me esquecido também do Nii Plange.

E assim sendo, em vez de sete contratações para a equipa B em 2012/2013, tivemos nove afinal: Ruan Yang, Lucas Patinho (por empréstimo), Sunil Chhetri, Jorge Chula, Fabrice Fokobo (este primeiro para os juniores), Júlio Alves (por empréstimo) e Seejou King (por empréstimo), Kikas e Nii Plange.

Já para a equipa principal, tal como referi anteriormente, foram nove as contratações feitas em 2012/2013: Zakaria Labyad; Gelson Fernandes, Khalid Boulahrouz, Marcos Rojo, Danijel Pranjić, Valentín Viola, Miguel Lopes, Hugo Ventura (por empréstimo, relegado para a equipa B) e Joãozinho (também por empréstimo).

18 contratações no total. Com 18 contratações na temporada anterior, ficamos com um total de 36. Mas como já tivemos oportunidade de discutir, esta temporada tivemos 17 contratações, seis das quais para a equipa B, uma delas por empréstimo. De 18 para 17, a diferença não é assim muita.

Estando de acordo que na primeira temporada de Godinho Lopes tivemos 18 contratações "(Boeck (1), Alberto Rodríguez (2), Ogushi Onyewu (3), Santiago Arias (4) Emiliano Insua (5), Atila Turan (6), Stijn Schaars (7), Fito Rinaudo (8), Luís Aguiar (9), Elias (10), Bojinov (11), Wolfswinkel (12), Capel (13), Jeffrén (14), Carrillo (15), Ribas (16), Rubio (17) e Xandão (18))", das quais quatro tinham com objectivo o desenvolvimento de jogadores a longo prazo como bem referiu (Arias, Turan, Carrillo e Rubio), mais a recuperação de emprestados como foram os casos de Victor Golas, André Martins, e Bruno Pereirinha.


Das 36 contratações feitas por Godinho Lopes, restam apenas 12 jogadores: Marcelo Boeck, Fito Rinaudo (actualmente emprestado ao Catania), Elias (até ver), Diego Capel, André Carrillo, Diego Rubio (emprestado ao Sandnes Ulf), Marcos Rojo, Valentín Viola (emprestado ao Racing Club), Miguel Lopes (emprestado ao Olympique Lyonnais), Fabrice Fokobo, Seejou King e Kikas.

Salvo erro, tirando os jogadores oriundos da formação, o actual plantel é constituído por jogadores com apenas uma ou duas temporadas no clube, antes desta. Dava jeito que esta rotação de jogadores parasse de uma vez e que a equipa começasse a ter alguma estabilidade de ano para ano. Se no meio campo tal parece possível, na defesa poderão haver uma ou duas mexidas (Rojo e Piris), assim como nas alas (Capel e Carrillo). Mas isto já é especulação.


Resumindo, Godinho Lopes e Bruno de Carvalho, em cada temporada, não têm grande diferença no que ao número de contratações diz respeito. Já no que ao custo das mesmas diz respeito, em relação a Godinho Lopes, não há muito mais a dizer, já em relação a Bruno de Carvalho, só nos próximos R&C teremos mais informações, para podermos fazer a devida comparação.


P.S.: em relação à agressão ao Jefferson, fico à espera, sentado, de um sumaríssimo para o jogador da Académica...
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De Anti-brunetes a 04.02.2014 às 11:11

Discordo no ponto do Rojo,não sendo a pior decisão que tomou no jogo(houve muitas bem piores)foi mais uma que revelou o seu desnorte.

Com Rojo a lateral esquerdo acabou imediatamente algum perigo que aquela ala pudesse causar(como causava com Jefferson).Ivan Piris é um verdadeiro lateral,e ontem ainda mesmo provou isso com uma assistência para golo nos B.

Como digo não foi a pior decisão,mas foi algo que não ofereceu absolutamente nada ao jogo do Sporting.Uma decisão estéril sem qualquer influencia positiva no jogo.

A verdade é que Jardim foi um desastre,não vale a pena andar com paninhos quentes sobre o assunto.

E nos só vamos sentir o real peso deste empate com a académica no próximo jogo contra o clube de carnide.Por agora desvaloriza-se,mais tarde vai se sentir o quão mau foi perder pontos nesta jornada.

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