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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Vou tentar ser o mais isento possível neste meu escrito. Sou sportinguista, gosto muito de futebol e sou um grande apreciador dos bons espectáculos que os chamados "artistas da bola" nos proporcionam.
Assim, vou dar a minha breve opinião sobre os jogos Guimarães/Benfica e Sporting/Porto. O Vitória foi claramente superior e perdeu o jogo. Provavelmente, com Paulinho Cascavél teria ganho (relembro os mais novos que Paulinho Cascavél foi um excelente ponta de lança que nos deu alegrias e não é o nome de nenhum árbitro internacional).
O comentador de arbitragem da Sport TV, no final da partida, disse claramente que ficou uma grande penalidade por marcar a favor do Vitória e que no mínimo o VAR Rui Costa deveria ter sugerido a Nuno Pinheiro o visionamento do lance com as diferentes câmaras. Tenho a certeza que se tal lance ocorresse na grande área do Sporting teria sido marcado a respectiva falta e mostrado um cartão ao jogador do Sporting, acontecendo o mesmo se fosse na área do Guimarães.
O Vitória não merecia perder o jogo. Ivo Vieira armou bem a sua equipa e causou muitos problemas ao Benfica, que ganhou praticamente sem dominar, em nenhuma ocasião, o jogo, tendo até demonstrado super ineficácia. O comportamento dos adeptos encarnados voltou a ser mau, muito mau, quero ver o que irá acontecer. Alguém me explica porque foi repetida a equipa de arbitragem do jogo do Benfica com o SC Braga? Alguém me explica porque razão jogos destes não são arbitrados por árbitros internacionais?
Ao contrário do que pode parecer não gosto nada de falar de árbitros e de arbitragens. Já o disse e escrevi várias vezes, em diversos locais. Mesmo quando acho que o Sporting é prejudicado muito raramente faço apreciações aos erros de arbitragem.
Na verdade, durante um jogo todos erram e é, muitas vezes, dos erros de uns que nascem os golos de outros. Treinadores e jogadores erram, mas, como sempre, o clubismo perdoa rapidamente esses lapsos. Já os árbitros não podem errar, apesar de ser da natureza humana o erro. Para dirigentes e treinadores dá jeito chamar esses erros, os que existem e os que não existem para camuflar os seus.
Quando se escolhem reforços para uma equipa, que acabam por não jogar ou que quando jogam demonstram não ser reforços, o que se pode dizer? E quando se mexe mal na equipa porque não se assume o erro? Ou se se está convencido que as opções tomadas foram as correctas e que falta tempo de trabalho conjunto a alguns dos reforços, porque razão não se assume frontalmente essa questão? Não assumir os erros próprios pode não ajudar a reconhecer o que de menos bom se fez e a modificar o que deve ser corrigido.
Dito isto, passo ao 'Clássico' Sporting/Porto. Como disse no final do jogo e escrevi a sair de Alvalade, não gostei do jogo e ainda menos do resultado. Não podemos falhar tanto. Como espectadores e adeptos, temos que exigir mais destas duas equipas cujos orçamentos são elevadíssimos para o contexto do futebol profissional nacional.
Criámos várias oportunidades e colocámos, nalgumas alturas do jogo, o FC Porto em grandes dificuldades, mas reforço, não gostei do jogo. Para mim exigia-se mais de ambas as equipas e, obviamente, não gostei do resultado porque não achei o Porto superior e acabamos por perder! Nem sei porque me lembrei do Bas Dost!
Fora do relvado achei inaceitável o comportamento dos supostos adeptos do topo sul que, entre outras coisas, lançaram tochas para o relvado (atitude sempre condenável), na direcção de Luís Maximiano. Sofremos dois golos que mostram porque razão temos uma defesa com golos sofridos muito acima do que se exige a um clube com o nosso orçamento anual.
As substituições de ambas as equipas vieram reforçar a ideia da nossa falta de opções face a outros clubes. Devo destacar as exibições de Marcus Acuña ( com a sua raça e crer) e de Luís Maximiano, que na fase final evitou que a diferença no resultado fosse maior, apesar das oportunidades de Vietto e de Coates.
A presença de espectadores acima dos quarenta mil, com muitos jovens e famílias, veio contrariar muitas das vozes que parece que só sabem ver a versão do copo meio vazio e só apontam os erros da actual Direcção ( e houve alguns ), mas esquecem a recente e terrível gestão do destituído presidente e ex-sócio do Sporting.
Ouvi e li críticas às declarações de Silas sobre o terceiro lugar. Não as entendo. Será que para chegar ao segundo lugar não temos primeiro que garantir o terceiro? Vêm aí Setúbal e Benfica (campeonato), e o final four da Taça da Liga. Desafios que precisam de apoio dos nossos adeptos e uma equipa o mais consistente possível. Sobre saídas e reforços prometo escrever brevemente.
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